Axe_Spartan

Schilt e Aerts em Brasília, se eu morasse na região nunca perderia a oportunidade de encontrá-los, acompanhei muito K-1 quando era mais novo para deixar isso passar, inclusive fui lá no Instagram do evento e vi os dois hoje em dia, quanto tempo.

Realmente não tem, no catch wrestling sim, mas agora em outros tipos de wrestling, como no folkstyle (seja do ensino médio ou universitário) ou nos estilos olimpícos, não há qualquer finalização. Uma coisa que wrestler aprende facilmente, entretanto, são finalizações como guilhotina, d'arce e anaconda, pois são especialistas em ficar em posições (headlocks) que só um pequeno ajuste finaliza o adversário, o engraçado é que às vezes alguém acaba apagado nas competições de wrestling porque um adversário estava com uma pegada muito justa em um headlock. Sobre as finalizações nos membros inferiores, interessante cara, você tem bem mais propriedade para falar disso do que eu, eu só imaginei na teoria que isso não daria certo, você está colocando em prática isso, legal mesmo, tomara que as chaves de perna/pé virem técnicas a serem treinadas rotineiramente nas academias aqui do Brasil, e talvez isso seja possível com a popularização cada vez maior do esporte, onde vemos muitos competidores especialistas nessas finalizações. O interessante da popularização desse tipo de finalização é que, nesse aspecto, o jiu-jitsu se aproximou mais do seu aspecto de defesa pessoal, já que aqui não se busca pontuação, mas finalização, e rápida ainda, que destrói facilmente os ligamentos de uma pessoa.

Interessante oxe, não sei como a luta-livre aqui ensina isso, mas a única maneira que vejo isso dando certo é ensinar com repetição intensa, mas deixar isso fora dos rolas, o jiu-jitsu tem essa cultura de "sparring" diário nas academias, o que eu acho maravilhoso para a arte, pois aí você afia a técnica ensinada em repetições, utilizando-a com um oponente resistindo e tentando lhe finalizar também, mas usando finalizações que podem acabar com a carreira e até mudar a vida de uma pessoa, não vejo isso sendo possível nesse ambiente, apenas no treino repetitivo das técnicas mesmo. Só uma coisa oxe, no wrestling universitário americano não é ensinada técnicas de finalização, até porque não tem finalizações no wrestling, apenas mobilizações, mas que, até onde eu lembre, não envolve chaves de pé ou perna.

Top mesmo, e luta tranquilo, é leão novo começando a conquistar tudo, Snyder já não está arrumando mais nada e o Sadulaev parece que está naquela fase que começa a dar uma decaída, e já venceu tudo o que tinha pra vencer também, Snyder também na verdade. Ah, outra coisa, não é só russo lutando por outros países, muito americano está fazendo isso também. Sebastian Riveira (ganhou bronze), Roman Bravo Young (lenda do folkstyle) para o México, Stevan Micic na Sérvia (Micic ganhou o ouro no mundial do ano passado vencendo o campeão desse ano, o Higuchi), mas esse último infelizmente se lesionou algumas semanas antes das Olimpíadas, o Darian Cruz (outro campeão da NCAA D1). Então o nível está ficando ainda maior, das Olimpíadas e dos mundiais.

A lenda pipo! Valeu cara! Sempre que eu consigo, dou uma passada aqui.

Eu não consigo concordar com o Roger nessa. Temos aí, na minha opinião, um fortalecimento do jiu-jitsu, com ataques em áreas que facilitam finalizações de atletas que eles não conseguem derrubar (wrestlers), não sei como isso pode ser uma coisa ruim.

E aí Timbó. Olha, no começo estava desanimado quanto ao fato de a Rússia não ter ido, mas isso não fez muita diferença no final das contas, das 6 categorias, 3 foram vencidas por russos. Muito russo está lutando por outros países, o que acaba até aumentando o número de atletas desses países na divisões de peso, o que é muito bom para o esporte. Senti falta de alguns nomes, como o Sidakov na 74kg, mas isso não diminuiu de forma significativa o nível do campeonato. Na 97kg temos um outro grande nome agora, o Tazhudinov, que já venceu o Sadulaev e o Snyder no ano passado, e esse ano voltou a vencer o americano e levou a categoria. Na 125kg finalmente o Geno venceu o tão sonhado ouro que ele perdeu no segundo final para o Gable Steveson na última Olimpíada. Nas divisões mais leves (57 e 65) o Japão dominou, eles já eram fortes nessas divisões, e teve outro na final, na 74kg, eles realmente estão se fortalecendo como uma das maiores potências do esporte.

Já ouvi falar dessa história também. A chave de perna/pé era coisa mais de outras artes antigamente, catch wrestling, sambô, luta livre, etc. Hoje em dia, acredito que muito por influência do Danaher, todo jiu-jiteiro de alto nível (principalmente os que praticam No Gi) sabe uma coisa ou outra dessas finalizações, Gordon Ryan mesmo começou sua carreira pegando muito pé e joelho. Mas isso que você disse do treino a partir das faixas mais graduadas é verdade, pelo menos nas academias que pratiquei jiu, eram proibidas, não sei como é nos EUA. Mas é algo complicado mesmo, imagine ensinar um branca esse tipo de chave, se colocar mais pressão que o necessário ou não soltar rapidamente, destrói joelhos.

E aí Nego, cara, vira e mexe eu apareço por aqui, antigamente era direto, mas hoje fica mais difícil. Confesso que antes eu era mais viciado nos esportes de combate também, não assistia só as preliminares de um UFC, mas eventos menores completos para achar as promessas, hoje em dia me atenho ao main card de um UFC da vida e olha lá ainda hahah Mas a luta está no sangue, então sempre acabo vendo uma coisa ou outra. Pô cara, que maneiro que eu ajudei você a aprender alguma coisa, digo o mesmo inclusive, sempre rendeu ótimos debates com você a questão das lutas em pé.

Interessante sobre as academias de jiu nos EUA, imaginava que não era fácil, mas não tão difícil assim. Quanto ao sambo, a adaptação para o MMA dos praticantes de combat sambo é indiscutivelmente mais tranquila, vale tudo isso que você falou e tem até cabeçada, é uma modalidade muito bruta. Uma questão interessante, que eu estava pensando é, será que o jiu-jitsu também não era mais adaptável na época do vale-tudo, em que, apesar de não ter regras unificadas, os rounds geralmente eram mais longos (às vezes não tinham rounds) e o pessoal lutava sem luvas? Eu não sou lutador, mas eu imagino que as luvas atrapalham bastante o encaixe de diversos tipos de finalizações. Será que nas regras do vale-tudo (rounds longos ou sem rounds, com um limite de uns 30 minutos), se você colocasse 10 wrestlers de alto nível com noção de como se defender de finalizações contra 10 jiu-jiteiros de alto nível de hoje em dia, quem será que sairia mais vitorioso nessa brincadeira? Não é pergunta retórica não, é realmente uma discussão interessante. Uma vantagem que vejo do jiu-jitsu hoje em dia, trazida pelo Danaher, são as finalizações nas pernas/pé, e sempre vi isso como um ponto fraco dos wrestlers, porque para o jiu-jiteiro finalizar nessa situação, não precisa nem ter a queda do modo convencional.

Pois é, e que feito do Kaynan, levou double gold, 4x campeão do ADCC, finalizou 7 das 8 lutas, empatando com a campanha do Marcelinho em 2007, ficando 1 finalização atrás da campanha do Roger em 2005. Dominante demais, foi obviamente o maior nome deste torneio. E o Gordon se tornou o maior campeão da história do ADCC, amassou o Yuri Simões, 21x0, só faltou sair a finalização, mas o brasileiro se defendeu como se a vida dele dependesse disso.

Pelo jeito vai ser mesmo, acho que a única maneira do Kaynan perder é ser pego no pé, e esse era o perigo na luta contra o Dante, agora que vai pegar o Cyborg, isso não é perigo mais.

Kaynan finalizando todo mundo, Mica foi pego no pé agora pelo Dante Leon.

Eu acho que uma coisa que devemos considerar também é que pouco jiu-jiteiro está procurando ir para o MMA hoje em dia também, os mais famosos devem ganhar bem com academias nos EUA e em outros países, além dos torneios estarem com prêmios cada vez melhores. Wrestling e sambô não tem isso, pelo menos no wrestling, academias não atraem todas as idades como as de jiu-jitsu, são aqueles mesmos campeonatos sempre, com premiações bem limitadas, e pronto, a procura do MMA deve ser maior por causa disso, a questão financeira.

Que pegada nas costas e finalização foi essa do Mica agora na luta inicial do absoluto, pqp.