logan_rj

Maeda ensinava jiu-jitsu no Rio 10 anos antes dos Gracies

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Convidado south_Pitbull

Endosso.

Entrei no Jiu Jitsu sendo Faixa Marrom de Judo e o que eu ouvi do meu Mestre foi: - Que bom, te ensinar a amarrar faixa eu não preciso.

E na real eu era branca mesmo. Branca grosso, bruto, sabia estrangular e pegar braço do kesa gatame, mas BRANCA.

Os brancas mais adiantados me raspavam e me pegavam e eu sequer sabia de onde vinha ou o que estava acontecendo.

Tinha esquecido de mencionar que tu também é quase preta de judo fabião!

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"Fala Elton,<br style="color: rgb(28, 40, 55); font-size: 13px; line-height: 19px; text-align: justify; background-color: rgb(250, 251, 252);"><br style="color: rgb(28, 40, 55); font-size: 13px; line-height: 19px; text-align: justify; background-color: rgb(250, 251, 252);">Cria um topico falando sobre esse movimento do Judô, de se desligar dessas limitações que foram criadas para torná-lo um esporte.<br style="color: rgb(28, 40, 55); font-size: 13px; line-height: 19px; text-align: justify; background-color: rgb(250, 251, 252);"><br style="color: rgb(28, 40, 55); font-size: 13px; line-height: 19px; text-align: justify; background-color: rgb(250, 251, 252);">Sem desmerecer, mas o judô hoje pode ser considerado uma arte marcial? É possível se defender em uma situação inesperada, usando o unicamente o Judô? Ou se tornou apenas um esporte? "

Tartaruga...vou reunir alguma coisa aqui desse movimento não organizado e posto sim...

Brother, não sou autoridade em Judô, na verdade sou apenas um cara normal que enxerga o Judô de forma um pouco diferente da maioria...só isso.

Pra responder sua pergunta é preciso analisar o Judô como um todo, sem olhar somente o treinamento desportivo, como é ensinado em 90% dos casos, veremos que é um Budô, ou seja, uma arte marcial moderna. Existe um programa no Judô chamado Kodokan Goshinjutsu, note que não falei 'Goshin jutsu no kata", que é apenas um kata baseado nas técnicas do Aikijutsu.Esse é um programa que reúne uma variedade de técnicas de auto defesa, algumas modernas, outras antigas, os japoneses que vieram ao ocidente davam aulas de Goshin, defesas contra todos os tipos de agressão, nos jornais que temos de Maeda mostra esse tipo de prática. Tem muita gente que pratica a arte como auto defesa, no Japão tem um departamento sobre isso, na Europa e EUA vc vai encontrar muita gente que faz isso, só que vai chamar de Jujutsu ou algo parecido, isso é devido a forte ligação que o Judô tem como esporte Olímpico, as pessoas tendem a se afastar do nome. Como a maioria dos katas de Judô tem a essência de aplicação real, é uma arte marcial sim, mas vc vai encontrar até judocas de altas graduações dizendo que Judô é um esporte, que essa era a vontade de Kano, que foram retirados técnicas perigosas e outras coisas que estamos acostumados a ouvir ou ler.Se defender com "apenas com Judô", vai depender de como se treina, como no BJJ, na rua não se puxa pra guarda ou se procura pegada para preparar uma melhor queda, é adaptação, se o treinamento é voltado a prática desportiva, fica complicado pra qualquer modalidade, dependendo da agressão, se for voltado ao defesa pessoal, tem grandes chances de ter uma boa defesa de um agressor, mas é bom lembrar que nada vai te dar 100% de sucesso na aplicação de qualquer modalidade de luta. defesa pessoal é adaptação.

“Praticar uma arte marcial como simples treino esportivo equivale a cultivar flores num jardim de cimento; não produz flor nem eficácia. Os esportes estão codificados por regulamentos estabelecidos para suprimir o máximo de perigo; é o objectivo do esporte. As artes marciais devem fomentar a audácia, o sangue-frio, a resistência, o golpe de vista, diante dum ataque armado ... dum combate em que se pode perder a vida ... não um título; é o objectivo das artes marciais”. Tadashi Abe (7.º dan de Aikido)

Se resume a essa frase tudo que falei...

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Bacana man, confesso que desconhecia esse lado do judô.

Estou bem acostumado ao "molde" que ele é hoje ensinado na maioria dos clubes aqui no Brasil.

Editado por Tartaruga

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Pegar pretas casca grossa e levar pro tatame da seleção para DAR AULA.

Encaixa uma raspadinha, uma passagenzinha de guarda. CAMPEÃO OLÍMPICO DE JUDO!

Estou errado? Creio que não! Os gringos já perceberam, a gente é que come mosca.

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Lemos perfeito seu comentario,quem assistiu ao mundial de judô por equipe no domingo viu as meninas perderem o ouro pra japoneses por causa de duas raspagens de gancho.

Uma que a Erika Miranda tomou da japonesa e a Katherine Campos levou da outra japenesa raspagem que qualquer faixa branca sabe realizar.

Vi coreanos fazendo guarda, atleta Israelense sendo campeã fazendo estrangulamento de lapela, ganhou a semi- final e a final com mesmo estrangulamento , inclusive

apagando uma francesa na final.

Atleta de Judô sem chão bom, não se cria mais em competições de nivel.

Eu sou um que treina os dois e reconheço a importancia de ambos e pra mim um não vive sem o outro.

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Só pra endossar a galera aqui ... na minha equipe apareceu uma moça lá ... o nome dela é Sabrina.

Faixa preta de judô, e branca de Jiu na cintura ... humilde demais, e muito gente boa.

Eu de propósito fui trocar queda com ela, no intuito de aprender ... tomei 2 Seoi lindos !!!

Mas no chão não dá pra comentar muito, pois eu era quase azul na época e a diferença de força era muito grande, então, fizemos o tradicional rola soltinho.

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Isso que o colega "judoka tradicional" falou aí é verdade... qualquer arte marcial em que se treina com foco exclusivo na prática esportiva, começa a perder sua eficácia como defesa pessoal... mesmo o BJJ. Pensa numa situação de briga, o cara vai lá e chama na 50/50 e parte pra um berimbolo... será que funcionaria?

Recentemente teve exame de grau em minha academia, e o mestre fez algo bem interessante... no exame de uma moça, que já treina há um tempinho, em vez dele solicitar que ela aplicasse as técnicas na forma "esportiva", a colocou em situações de simulação de agressão. Por exemplo, pediu para ela deitar e um rapaz entrar na guarda dela. Aí pediu para o rapaz simular um esganamento com uma das mãos, deixando a outra mão para trás e pediu para ela se defender...

pra quem tava de fora parecia muito óbvio o que deveria ser feito, e ela mesmo havia treinado muito armlock e triângulo da guarda, mas na hora, como ela não esperava esse tipo de situação, travou, não sabia o que fazer... o professou disse pra ela pensar, mais um pouco, ela pensou, pensou... aí ele deu uma ajudinha... aí ela lembrou... pé no quadril, fuga, domina o braço e pronto... saiu um armlock...

A mente dela estava tão condicionada a aplicar o golpe só em situação de competição que se esqueceu por um instante que isso serve para se defender de agressão também.

Editado por RicardoBJJ

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Isso que o colega "judoka tradicional" falou aí é verdade... qualquer arte marcial em que se treina com foco exclusivo na prática esportiva, começa a perder sua eficácia como defesa pessoal... mesmo o BJJ. Pensa numa situação de briga, o cara vai lá e chama na 50/50 e parte pra um berimbolo... será que funcionaria?

Recentemente teve exame de grau em minha academia, e o mestre fez algo bem interessante... no exame de uma moça, que já treina há um tempinho, em vez dele solicitar que ela aplicasse as técnicas na forma "esportiva", a colocou em situações de simulação de agressão. Por exemplo, pediu para ela deitar e um rapaz entrar na guarda dela. Aí pediu para o rapaz simular um esganamento com uma das mãos, deixando a outra mão para trás e pediu para ela se defender...

pra quem tava de fora parecia muito óbvio o que deveria ser feito, e ela mesmo havia treinado muito armlock e triângulo da guarda, mas na hora, como ela não esperava esse tipo de situação, travou, não sabia o que fazer... o professou disse pra ela pensar, mais um pouco, ela pensou, pensou... aí ele deu uma ajudinha... aí ela lembrou... pé no quadril, fuga, domina o braço e pronto... saiu um armlock...

A mente dela estava tão condicionada a aplicar o golpe só em situação de competição que se esqueceu por um instante que isso serve para se defender de agressão também.

Cara, acho que o que vc comentou é o "X" da questão, embora a discussão aqui seja em outro nível, essa briga boba que se vê por aí sobre "qual é melhor+eficiente Judo ou BJJ", deve ser deixada de lado. Acho que aquilo que aconteceu com o Judo deve servir de alerta para o BJJ, o desporto tá engolindo o caráter marcial.

Se alguém que pretende aprender defesa pessoal numa academia de BJJ assitir a uma competição moderna, vai desistir na hora. Vai ver neguim arrastando a bunda no chão, enrolando perna com perna, etc., e vai pensar: "to fora, isso não me serve!!".

Sou faixa verde de Judo e treino BJJ há um considerável tempo, e o único cara que veio falar comigo sobre defesa pessoal e me mostrou alguma coisa (não foi uma aula) foi o Sensei Rua, um judoca casca grossa de Campinas.

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Longe do nível dos posts dos mestres Alm e Lawyer, vou contar uma situação tensa, e depois engraçada.Era outubro ou novembro de 2000, eu tinha acabado de chegar ao Japão, na cidade de Ise-shi, sul da província/estado de Mie-ken (o mesmo estado onde fica a pista de Suzuka). Fui o 1o brasileiro a dar aulas de Jiu Jitsu na parte sul de Mie Ken.Eu era faixa roxa, graduado pelo Márcio Pé-de-Pano, e ao procurar revistas de artes marciais (Tatame e Gracie Magazine) em uma loja voltada ao público brasileiro no Japão, fui indagado pela dona do estabelecimento se eu lutava Jiu Jitsu (na época muito na moda no Japão, por conta do Pride), e se queria dar aulas aos filhos dela. Topei, e na 2a ou 3a aula, que era dada em ginásios públicos, onde se alugam espaços como quadras, tatames e etc por hora, apareceram japoneses que foram indicados por ela.Estava aprendendo a língua ainda, e toda a comunicação era feita em inglês. Em pouco tempo passei de 2 alunos infantis a 2 infantis + 8 adultos.Acontece que um desses japoneses, faixa preta de Judô, achava quase que inacreditável que alguém que não fosse faixa preta não só anulasse o seu Ne Waza, como também pudesse realmente lhe ensinar algo, e marcou de levar um amigo.No dia combinado, esse amigo, um outro japonês de uns 110 ou 120 kg (não musculoso, mas daquele tipo parrudo, tipo saco de batata) também faixa preta de judô e dono de alguns títulos de Judô importantes na região, apareceu e eu percebi que era nada mais nada menos que um teste. Começa o treino de JJ, passo posições e tal, e na hora do rola, o "pequeno convidado" me chama para treinar em pé. Sinceramente, eu sabia que ia ser trucidado, mas não podia envergonhar meus alunos e muito menos a arte marcial a quem eu representava. Depois de ser jogado pra tudo que é lado, já cheio de dor nas costas, ombro e etc., finalmente o pequeno se sentiu confiante e topou ir para o chão.Foi difícil pegar o cara, pois ele era muito forte e eu estava quebrado, mas depois de alguns ataques duplos, lembro que peguei no pescoço com um estrangulamento, que ele demorou pra bater e quase apagou. Ele ficou p...e aí veio pra cima praticamente sem técnica, e somente a partir desse momento, posso dizer que deixei de ser facilmente dominado e pude colocar em prática o que tinha aprendido até então com meus professores Adão Januário e Márcio Pé-de-Pano. Finalizei o japa de tudo que foi jeito, lembro até de uma omoplata que me deixou pendurado, mas que ele acabou batendo, pois não aguentou ficar muito tempo em pé.Depois disso ele nunca mais apareceu, e o amiguinho dele tomou um amasso caprichado na aula seguinte, rs.Segui dando aulas pra esse pessoal por mais 1 ano + ou -, até me mudar pra Hamamatsu e ficar somente como instrutor, e não professor, até parar em 2003. Fiquei totalmente parado no Jiu Jitsu por 8 anos, só voltando em 2011. Vamos ver quando sairá minha sonhada faixa preta (sou faixa marrom com 2 graus, atualmente).Abraços galera.

Pessoal, achei algumas fotos dessa época de dar aula em ginásio público no Japão, rs.k17wqs.jpgDa esquerda da direita abaixados: eu, o japa que pediu a dona da loja que arrumasse um professor de JJ, e um brasileiro que perdi contato, mas sei que hoje é faixa preta de um amigo meu, o Carlos Toyota, bem conhecido no Japão. Em pé: o japa faixa preta de Judô que levou o amigo "pequeno" e 2 irmãos que treinavam comigo.

Acho que a situação que vivi em 2000, no Japão, ilustra bem não só a relação entre Judô e BJJ, assim como o respeito e reconhecimento da nossa arte marcial no que se refere a técnicas de solo.

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Convidado south_Pitbull

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Lemos perfeito seu comentario,quem assistiu ao mundial de judô por equipe no domingo viu as meninas perderem o ouro pra japoneses por causa de duas raspagens de gancho.

Uma que a Erika Miranda tomou da japonesa e a Katherine Campos levou da outra japenesa raspagem que qualquer faixa branca sabe realizar.

Vi coreanos fazendo guarda, atleta Israelense sendo campeã fazendo estrangulamento de lapela, ganhou a semi- final e a final com mesmo estrangulamento , inclusive

apagando uma francesa na final.

Atleta de Judô sem chão bom, não se cria mais em competições de nivel.

Eu sou um que treina os dois e reconheço a importancia de ambos e pra mim um não vive sem o outro.

A recíproca que falei para o fabião também peço desculpas a ti dudu, esqueci de lembrar que tu eras preta de judo e roxa de jiu jitsu da gracie barra. Essa coisa de citar é complicado, sempre esquecemos pessoas que exemplificam perfeitamente a situação que queremos ilustrar.

Eu acho que dois caras personificam bem essa situação que estamos tentando apresentar.

Flavio Canto no judô, Paulo Filho no jiu jitsu. Optaram por caminhos opostos.

O Flavio Canto salvo me engano é preta da Gama Filho, Paulo Filho preta do Flamengo, dois clubes tradicionais formadores de atletas da seleção brasileira de judô. O Paulão também participou das seleções de base da seleção brasileira de judô, assim como o Canto, tendo muito destaque.

No que toca o jiu jitsu, Flavio Canto até a roxa venceu campeonatos, depois pediram para ele se afastar do jiu jitsu. O mesmo fizeram com o Paulão, para ele seugir na seleção deveria parar de competir no jiu jitsu, optou então por competir no jiu jitsu.

Mas ambos em minha opinão, são completos no chão e em pé.

Editado por south_Pitbull

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Minha UNICA participação nesse debate:

Essas visões de revisionismo e pesquisa tem mostrado um lado dos Gracie que a midia do Mestre Rorion não mostrou e que a Reila deve, com certeza, ter enviesado um pouco, sobre um comportamento pouco ético ou mesmo contestável por parte da familia, que levou a concluir o seguinte: Os Gracie foram os responsáveis sim por preservar o nome jiu jitsu e por desenvolver a luta mais com o foco pro ne waza.

Eu acredito que, se não fosse os Gracie - mal carater ou não, picareta ou não, dinheirista ou não, bandido ou não, marketeiro ou não - TODO MUNDO, DE ORIGEM NIPONICA OU BRASILEIRA TERIA ADERIDO AO JUDO OLIMPICO.Eu DUVIDO, com base no que eu ja estudei da psicologia humana e na minha experiencia de vida, que não seria assim.

Se tivesse ficado alguém seria como esses gatos pingados dos jujutsu n-sei-o-que-do-voo-da-pomba, que a gente ve por ai, não algo de grandes proporções.

Por fim deixo uma pergunta: dentro da visao marcial do Judô - Budo, defesa pessoal, eficiencia em combate, etc - quem fez mais mal ao Kano Jiu Jitsu? Os Gracie ou o Judô Olimpico?

Marketeiro, picareta, bandido ou filha da puta que fosse, alguém acredita que alguma coisa semelhante ao BJJ, com enfase quase absoluta em luta no solo, em constante evolução, iria ter se criado?

Não adianta falar em Sambo, em Catch ou em Luta Livre...o Sambo tem chão bom? Tem, mas não é especializado, é tridimensional e portanto nem tem como ter o requinte do ne waza do BJJ. O Catch Tem chão bom? Tem, mas a enfase sempre foi maior em firula de apresentação e em jogar por cima,sem a guarda do BJJ. A Luta Livre tem chão bom? Excelente, mas alguem acredita que ela seria o que é sem a existencia do BJJ? A necessidade é a mãe da invenção LLE se tornou excepcional como é, justamente pra bater de frente com o BJJ, por assimilar o BJJm justamente pra anular o jogo do BJJ.

A humanidade é assim. Ninguem desenvolve o que conserva/o que ta bom, desenvolve o que é deficiente.A moral simplesmente evidencia uma época...Moral não deixa legado, moral se adapta e legado permanece.

Eu adoro essa porra de luta de chão = mais sem pano do que com pano, é verdade - e se os caras que me possibilitaram hj ter acesso a essa atividade que tanto me alegra, me motivo e que, inclusive, uso como paradigma de aperfeiçoamento pessoal, tiveram carater duvidoso, lesaram alguem, fizeram marketing excessivo, quero mais é que se foda. Graças a esse povo, hj eu assisto meu MMA com os amigos, tiro o stress de pegar nego arrebentado em acidente e vejo MUITOS amigos queridos sustentarem suas familias.

Nem vou entrar no aspecto nietzscheano do direito do mais forte.

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Na minha opinião se não fosse os Gracie e seus desafios malucos e seu marketing agressivo o JJ estaria limitado a um pequeno grupo de adeptos em alguma cidade do pais.

Maeda rodou o mundo, passou pela Europa, EUA, Mexico, Cuba e alguns de nossos vizinhos.

E onde se vê outra arte derivada do judo original, (exceção ao judo olímpico), conhecida, desenvolvida e praticada mundialmente?

Concordo com a importância da linhagem de Luís França e Oswaldo Fadda, porém se não houvesse os Gracie, seus desafios e marketing agressivo, o JJ estaria como a luta livre: poucos e bons adeptos limitados regionalmente.

Não vejo nenhuma lógica em que para elevar o Kano tenha-se que diminuir os Gracie.

Também vejo como bobagem a discussão Carlos X Hélio. Para mim os dois eram amigos e companheiros, penaram e ralaram juntos no tatame. acredito que um não seria grande sem o outro, para que trazer essa suposta rivalidade postumamente?

Revisionismo para diminuir seu legado e atribui-los o rótulo de mercenários elitistas, no meu humilde ponto de vista, eh recalque puro.

Eu treino JJ no interior de MG pq algum dia Maeda e os Gracie deram a cara a tapa (literalmente) e difundiram a arte.

Por isso sou eternamente grato. E ponto final.

Editado por Hall

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Por fim deixo uma pergunta: dentro da visao marcial do Judô - Budo, defesa pessoal, eficiencia em combate, etc - quem fez mais mal ao Kano Jiu Jitsu? Os Gracie ou o Judô Olimpico?

Muito rapidamente numa pausa de trabalho:

Jigoro Kano não criou um estilo de Ju-Jitsu, nem nunca foi esse o seu objectivo. Ele criou o Judo, o que se passou é que naquela altura muita gente chamava ao Judo o Ju-Jitsu de Kano, tanto é que num dos episódios mais marcante da criação do Judo, o duelo (1886) frente ao Ju-Jitsu para a determinar a arte marcial que iria ser adoptada pela policia de Tóquio, a designação oficial sempre foi Judo vs Ju-Jitsu e nunca Kano Ju-Jitsu vs Ju-Jitsu.

Kano procurou distanciar-se do Ju-Jitsu, ou Ju-Jutsu, da mesma forma que os Gracie procuraram distanciar-se do Judo... ambos com os seus diferentes motivos e ambos com o objectivo de "vender" algo diferente, quer seja na forma ou no conteúdo.

O JJB, na minha opinião, não prejudicou em nada o Judo, e até na minha perpectiva, e aqui já estou a especular/divagar, pode estar a ajudar o Judo a dar mais força a uma das suas componentes base: o trabalho de newaza. Com a popularização do Ju-Jitsu e a visibilidade mediática do MMA, é importante as pessoas perceberem que no judo também se trabalha o chão e que aquela chave de braço que aquele lutador de MMA está a fazer, um judoca também sabe fazer... estão a perceber onde quero chegar?

O grande inimigo do Judo enquanto arte marcial, tem sido o próprio judo e a geografia mundial. Com a queda da URSS e com o surgimento de uma série de potência vindas do bloco de leste, a hegemonia de nipónicos e franceses foi posta em causa ao longo dos anos, sendo que era necessário travar "aqueles tipos" influênciados pelo Sambo e pela Greco Romana e que tem um Judo mais musculado e feio, mas muito eficaz. Como o vamos fazer? Tiramos tudo o que é ataque à perna...

Eu até era a favor que apenas fossem permitidos ataques à perna em contra-ataque ou na sequência de um ataque (o-uchi-gari para kata-guruma), agora retirar pura e simplesmente os ataques às pernas é um erro crasso... na minha opinião.

Exemplo: no ultimo treino que dei, estava a fazer randori com um aluno meu. Eu tinha uma pega no braço e a outra quase junto ao cinto, era uma pega muito forte e ele abaixou-se o mais possivel para eu não poder atacar em Harai-Goshi ou O-Soto-Gari, pelo que a minha unica opção era um Sumi-Gaeshi. Quando vou fazer o Sumi, ele pura e simplesmente agarramou-me a perna impedindo-me de fazer o ataque.

Situações destas aconteciam frenquentemente em competição e tornam os combates mais feios e parados, pelo que foi introduzida a primeira alteração, e com a qual eu concordava, de apenas poder atacar as pernas em contra-ataque ou em sequência de ataques.

Apenas uma nota histórica: o Kata-Guruma é uma técnica da Greco-Romana introduzida no Judo pelo Kano... quando muita gente defende a proibição das técnicas às pernas, defende-o com o objectivo do Judo se distanciar da Greco-Romana.

Abraço

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"Na minha opinião se não fosse os Gracie e seus desafios malucos e seu marketing agressivo o JJ estaria limitado a um pequeno grupo de adeptos em alguma cidade do pais."

R) A questão aqui não é essa, ninguém esta a desmerecer os Gracie, mas mostrando uma parte da história que não foi contada, particularmente não vejo nada demais, e se fosse ao contrário ? E se os Gracie fossem "apagados" da história e hoje estivesse uma outra linhagem sendo reconhecida pelo "desenvolvimento" do BJJ, não gostaria de poder dar um melhor econhecimento a eles ? Acho que você faria o mesmo, ou estou errado ? Nada de mais...

"E onde se vê outra arte derivada do judo original, (exceção ao judo olímpico), conhecida, desenvolvida e praticada mundialmente?"

R) já ouviu falar em Sambô ???

"Concordo com a importância da linhagem de Luís França e Oswaldo Fadda, porém se não houvesse os Gracie, seus desafios e marketing agressivo, o JJ estaria como a luta livre: poucos e bons adeptos limitados regionalmente"

R) Concordo, e vise e versa, se não fosse essa linhagem, o BJJ estaria limitado a uma pequena elite do RJ...fora do RJ existiam outros personagens que foram e são tão importantes como os citados por vc...BJJ não se resume apenas a Gracie.

"Não vejo nenhuma lógica em que para elevar o Kano tenha-se que diminuir os Gracie"

R) Não é diminuir, mas lembrar de que existiram OUTROS de tamanha importância quanto os Gracie, velho, imagine se fosse ao contrário, quanta gente já morreu e nunca será lembrado se não colocar-mos isso pra fora ???

Quantos grandes mestres pioneiros morreram e foram completamente esquecidos, apagados da história. Alguns morreram na miséria, fizeram de tudo pela divulgação da arte e não existe nenhum reconhecimento por parte de ninguém...vai na federação de Judô do RJ e procura por um quadro de Geo Omori, Satake, Takeo Yano, Hugo Melo e o prórpio Maeda, não vai encontrar nada lá...vai encontrar um monte de quadros em homenagem a presidentes...quem puder comprar e ler esse livro vai entender do que estou a falar, http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/159236/ren-sei-kan-meio-seculo-de-judo

Você acha justo isso ??? Acho que não...

"Revisionismo para diminuir seu legado e atribui-los o rótulo de mercenários elitistas, no meu humilde ponto de vista, eh recalque puro."

R) Não brother, longe disso, já falei que esta tudo documentado, contra fatos não existe argumentos, se precisar posto tudo aqui, mas sei que isso só vou parecer mais "recalcado", e não é minha intenção denegrir ninguém, mas faz parte do passado que discutimos aqui...nem quero entrar nesse asunto, mas se quiser até te passo por MP, assim que eu aprender a usar...

"Eu treino JJ no interior de MG pq algum dia Maeda e os Gracie deram a cara a tapa (literalmente) e difundiram a arte."

R) Donato Pires, Takeo Yano e George Gracie também...

"Por isso sou eternamente grato. E ponto final. "

R) Somos todos...a todos.

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Takeo yano, estou entendendo onde você quer chegar. Mas talvez essa coisa de se lembrarem mais de Helio e Carlos Gracie seja uma questão mesmo de números, de ascendência... é simples. Por exemplo, minha 'linhagem" (se é que eu posso afirmar dessa maneira...) é Hélio Gracie, já que ele quem formou o mestre do meu mestre do meu mestre...

Muita gente aqui é mais ligado ao Carlos pelo mesmo motivo... Se temos mais praticantes com essas linhagens que as demais, é natural que eles sejam maim lembrados que outros. Não desmerecendo os demais, como Fadda por exemplo.

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"Acho que a situação que vivi em 2000, no Japão, ilustra bem não só a relação entre Judô e BJJ, assim como o respeito e reconhecimento da nossa arte marcial no que se refere a técnicas de solo."

R) Ninguém aqui duvida disso, mas elite em luta de solo se chamava Kosen, era restrito as sete grandes universidades de Tóquio, regras bem parecidas com o BJJ, eram subordinados a Butokukai antes da Segunda Guerra, depois da ocupação americana ficou subordinada ao "novo Kodokan", que era subordinada ao Exército Americano, só poderiam praticar Judô na condição de desporto, na década de 80 começaram a fazer uma releitura desses campeonatos, mas a maioria dos grandes mestres especialistas em ne-waza já estavam mortos ou muito velhos para ensinar...Oda Tsunetane foi um dos últimos grandes mestres nesse tipo de combate, aluno direto de Kano, criou o Sankaku-jime (triangulo), com a morte desses mestres a coisa caiu muito, isso é assunto pra vários tópicos...

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