logan_rj

Maeda ensinava jiu-jitsu no Rio 10 anos antes dos Gracies

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Não creio que uma pessoa do gabarito de Jigoro Kano tenha criado o Judo simplemente para enganar os estrangeiros, acho que é uma ofensa a sua memória e tudo que ele realizou em vida, mas há realmente quem diga isso.

O Judô foi inserido nos jogos olímpicos desde a primeira olimpíada da era moderna, salvo engano!.

Na verdade acho que ele teve um trabalho homérico para identificar as diversas escolas de ju-jitsu antigo, compilar e registrar essas técnicas para que não se perdessem naquela fase de transição que o Japão atravessava em sua época.

Acho que o mérito dos Gracies (Carlos e Hélio) é maior ainda diante destas informações - de que apreenderam a arte com um Judoca - já que conseguiram perpetuar um ramo esquecido do Judo/Ju-Jitsu.

No wikipedia, diz que a primeira vez que o judo apareceu em uma competição de olimpíadas foi em 1964, na edição de tóquio.

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Não creio que uma pessoa do gabarito de Jigoro Kano tenha criado o Judo simplemente para enganar os estrangeiros, acho que é uma ofensa a sua memória e tudo que ele realizou em vida, mas há realmente quem diga isso.

O Judô foi inserido nos jogos olímpicos desde a primeira olimpíada da era moderna, salvo engano!.

Na verdade acho que ele teve um trabalho homérico para identificar as diversas escolas de ju-jitsu antigo, compilar e registrar essas técnicas para que não se perdessem naquela fase de transição que o Japão atravessava em sua época.

Acho que o mérito dos Gracies (Carlos e Hélio) é maior ainda diante destas informações - de que apreenderam a arte com um Judoca - já que conseguiram perpetuar um ramo esquecido do Judo/Ju-Jitsu.

Esse papo de falso Judô aí é decorrente de outra parada. O que rolou foi que,após o termino da Segunda Guerra,os aliados proibiram os japoneses de ensinar artes marciais. Dai o japonês esportivizou um pouco mais a parada pra poder continuar praticando. O Judô de antes da guerra seria semelhante ao Jiu Jitsu ensinado pelo Mestre Helio, ressalvadas as adaptações características de um desenvolvimento longe da fonte.

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Bom, já postei esse resumo aqui no topico treinos a portas fechadas, acho que vale para o tópico pq para mim foi esclarecedor:

Interessante a discussão ter chegado neste ponto, pq ainda ontem eu tava lendo um texto bastante interessante e esclarecedor sobre a luta de chão, o judô, Conde Koma e Carlos e Hélio Gracie. Me desculpem se o texto é um pouco longo, mas acredito que vale a pena ler:

O judô de Jigoro Kano, ou Kano ju-jutsu, como era chamado em sua criação, representa uma síntese desenvolvida a partir de vários estilos de ju-jutsu praticados no século 19. Um desses estilos de ju-jutsu, chamado de Fusen-ryu ju-jutsu era uma escola diferênte, enfatizava a luta de chão (Ne Waza) que foi incorporado ao judô depois de uma grande derrota dos alunos de Jigoro Kano por volta de 1900 para praticantes do Fusen-ryu ju-jutsu do mestre Mataemon Tanabe. Nessa época, os alunos do Kodokan de Jigoro Kano superavam os praticantes de estilos tradicionais de ju-jutsu.

No final da década de 1890, apareceu em Tókio Mataemon Tanabe, um mestre de uma escola bastante diferente de Ju-Jutsu, a Fusen-Ryu. A Fusen-Ryu era especializada ne-waza, luta de solo. Ao enfrentar os melhores do Kodokan, Tanabe usou uma estratégia diferente das outras escolas que tentaram antes (e que não tinham muita luta de chão). Ele não tentava lutar com eles em pé, mas já trazia "para a guarda" (do-shime) e no chão finalizava-os com chaves nas articulações e estrangulamentos.No Fusen-ryu ju-jutsu o ponto forte era a finalização. Aparentemente, eles também já treinavam técnicas isoladas e randori, só que mais no chão.

Foram feitos vários desafios entre o Kodokan e a escola Fusen-ryu, e o resultado era sempre o mesmo. Tanabe finalizando alguns dos melhores lutadores do Kodokan, inclusive o célebre discípulo de Kano, Hajime Isogai, O Kodokan, exatamente na virada do século, entre um desafio e outro, pôs-se a praticar técnicas de chão intensamente, com o que tinham e com o que não tinham. O que tinham vinha das escolas Tenshin-Shinyo-Ryu e Kito-Ryu, e não dava para enfrentar a escola de Mataemon Tanabe.

Procuraram ajuda na escola Takenouchi-Ryu, que contava com um bom currículo de ne-waza, incluindo, além das chaves e estrangulamentos, o trabalho de imobilizações. O último combate entre Isogai e Tanabe terminou, finalmente, empatado.

Na verdade Mataemon foi um dos poucos a vencer confrontos com o Kodokan, em matéria de ne-waza não havia confiança suficiente para enfrenta-lo de igual para igual, foi aí que Kaishiro Samura, Oda Tsunetame, Hajime Izogai e Suiti Nagoóka, empenhados em sanar essa falha, conseguiram finalmente melhorar consideravelmente o judô nessa forma de luta, inclusive, num desafio que veio a ser efetuado em Okayama, terra de Tanabe, em 1899, Hajime Isogai, treinado por Kaishiro Samura (samura era originário do estilo Takenouchi-ryu ju-jutsu, no Kodokan era o melhor nessa forma de luta) dominou completamente Mataemon Tanabe que, sem outra alternativa, com a luta já perdida, foge ao combate de forma comprometedora.Entretanto, o arbitro Katarô Imai, mestre de kito-ryu ju-jutsu, contra tudo e contra todos, declara empate. Mas Jigoro Kano reconheceu que o eficiência da escola Fusen-ryu era o melhor para finalizações e convenceu Tanabe a ajudar a melhorar a parte de ne-waza do Kodokan. Algumas fontes dizem que Tanabe passou os antigos documentos técnicos da Escola Fusen-ryu ao Kodokan.

Jigoro Kano era uma figura muito importante no governo, ligado ao Ministério da Educação, e diversos mestres, de diversas escolas, aceitaram sua liderança, inclusive Tanabe, no livro Judo Kyohan, de Yokoyama, podemos ver Tanabe demonstrando algumas finalizações.

Foi assim que o ne-waza do judô se desenvolveu, através de desafios contra a escola de Fusen-ryu e com a ajuda da escola Takenouchi-ryu.

Jigoro Kano inicialmente incentivou uso do Ne Waza nos clubes de judo de escolas e universidades, em razão de sua efetividade e por machucar menos os alunos. O treino de newasa era mais fácil a fim de permitir empates em campeoatos e encurtava o tempo de preparação de iniciante para campeonatos. Daí, técnicas como Hikikomi (posição quatro apoios) e Sankaku Jime serem populares e bem pesquisadas. KODOKAN ENTRA EM AÇÃO A eficiência, a efetividade e facilidade de aprendizado do Newasa por lutadores menores e mais fracos modificaram as competições de judô. Era mais fácil treinar um judoca em newasa para fazê-lo paralisar um judoca mais forte mais pesado de outra escola, então o Newasa passou a predominar no Kodokan.

Em 1914, no campeonato All Japan para escolas, realizado na Universidade de Kyoto, essa especialidade do Kodokan em Ne Waza foi chamada de "Kosen Judo". O Kosen é simplesmente um estilo do Kodokan Judo. O Kosen Judô tem as mesmas quedas e outras técnicas que o judô tradicional, mas com ênfase em newasa.(técnicas e luta no solo), como imobilizações, chaves e estrangulamentos. Este estilo de judô ainda é praticado nos tempos atuais. Os pequenos estudantes das Universidades Kosen eram comunente, dominados por oponentes maiores, já que não existiam categorias de peso no judô tradicional naquele tempo. Então era muito mais fácil para lutadores maiores e mais pesados derrubarem lutadores menores e mais leves. Essencialmente, o treinamento dos lutadores de Kosen eram as técnicas de newasa a fim de poder imobilizar, finalizar e escapar de imobilizações. O Kosen Judô Taiká era basicamente um campeonato baseado em disputa entre times.

A ênfase em Ne Waza, inicialmente vista com bons olhos por Kano, acabou predominando de tal forma na prática do judô durante as primeiras décadas do século 20, que Jigoro Kano passou a desestimular sua prática, sem contudo eliminá-la do curriculum da Kodokan em função de sua efetividade em combates reais. Foi devido ao sucesso dessa parte em competições, que Kano introduziu novas regras, limitando o tempo que o judoca poderia permanecer no chão. Foi determinado que as competições teriam e partir do Tachy-wasa (em pé) e se o competidor levasse o adversário mais de três vezes ao solo era declarado vencedor. Em 1914, Kano organizou o Torneio Entre universidades Kosen realizado na Universidade Imperial de Kioto. Este estilo esportivo de competição era chamado Kosen Taikai. Este estilo de Judô ainda é praticado em algumas universidades japonesas, em especial pelas sete ex-universidades imperiais do Japão. Este estilo é chamado de shichitei-judo (七帝柔道). Todo ano as sete Universidades realizam uma competição deste estilo.

Ao longo dos anos as regras do judô foram sendo alteradas visando desfavorescer o uso de Ne Waza em campeonatos, o que desestimulou seu ensino de um modo geral. Muitos, contudo, continuaram a praticar e desenvolver o Kosen Judo, especialmente no âmbito dos clubes de judô de universidades imperiais. Ainda hoje a prática do Kosen Judo existe no âmbito dessas universidades (ex. Kyoto) e em algumas academias isoladas, de acordo com o interesse do mestre nessas técnicas (que fazem parte do repertório do Kodokan). De um modo geral são menos praticadas pelos que enfatizam o treino para competição. Em 1925, Jigoro Kano decidiu redefinir as regras de competição do judô. Uma delas foi a de limitar ainda mais o tempo em que o atleta poderia gastar no chão. Isso, realmente veio a estacar tendência de predomínio das técnicas de newasa; mesmo assim, as escolas de Kosen continuaram pemitidas a treinar e competir do jeito eu já vinham fazendo desde o século anterior. Kosen Judô seguiu seu próprio destino e manteve as mesmas velhas regras de competição até os dias de hoje. Kano tomou o cuidado de não proibir as regras do Kosen ao introduzir novas mudanças. Ele assim procedeu por diversas razões:

1-Haviam, relativamente poucos judocas treinano apenas newasa;

2- Ele queria especialistas em newasa no Judô;

3-Ele não se convencia que fazer apenas newasa fosse ruim para o judô.

4-Os judocas do Kosen também praticavam Tachy-wasa, além do newasa.

Nage-wasa e Katame Wasa por Jigoro Kano.

Extraído do livro "Energia Física e Mental- escritos do fundador":

"Quando eu estava treinando, eu praticava muito Katame-wasa, mas depois comecei a gostar de nage-wasa, ao aprender o Kito-ryu, passei a crer que se deveria dar ênfase a nage-wasa nos aspectos técnicos do treinamento do judô. Isso não quer dizer que eu considere o Katame-wasa inútil, é claro, mas eu insisto na prática de nage-wasa no início, e só depois de Katame-wasa. Faço isso porque começar com Katame-wasa atrasa o progresso em nage-wasa, e é lógico que começar com nage-wasa faz com que seja mais fácil lembrar do Katamewasa em um estágio posterior. Quando criei o judô kodokan, estimulei a prática de nage-wasa por esta razão. Em resultado, nessa época um grande número de especialistas em nage-wasa se juntou a nós nos primeiros anos do Kodokan.

Pelo fato de termos enfatizado o nage-wasa, o Katame-wasa aos poucos foi deixado de lado. Por volta de 1887, mestres de várias escolas de todo país se reuniram no Departamento de Polícia Metropolitana de Tóquio. Entre eles havia especialistas em Katame-wasa. Ao competir com eles, os praticantes da Kodokan não tinham problemas ao usar o nage-wasa, mas inicialmente tiveram dificuldades ao usar o Katame-wasa. A mesma coisa aconteceu em várias competições realizadas na Kioto Butokukai, com especialistas em Katame-wasa de todo o país- os praticantes da Kodokan ganhavam com facilidade quando usavam nage-wasa, mas sentiam dificuldade com relação ao katame wasa, com o qual estavam menos familiarizados. Por esta razão, reforçamos a prática de Katame-wasa, na qual a Kodokan ganhou mais proeminência. Atualmente, a maioria dos praticantes da Kodokan pode confiar em sua técnica ontra qualquer oponente, seja usando nage-wasa ou Katame-wasa. Devo ressaltar, entretanto, que apesar de termos progredido na prática de Katame-wasa na Kodokan, nosso progresso em nage-wasa foi interrompido. Existe um limite para energia do ser humano e, quando se gasta muita energia em uma área, outra área é negligenciada- isso é inevitável. Por isso agora estou pensando seriamente no randori do futuro. Se Katame-wasa for praticado depois de se enfatizar nage-wasa, será possível que algumas pessoas desenvolvam grande habilidade em ambos. Porém como as pessoas normalmente não são excelentes em ambos, elas deveriam se concentrar no entendimento de nage-wasa, devotando menos energia ao katame-wasa. Os que têm interesse particular em Katame-wasa deveriam praticá-lo como forma principal. No futuro eu planejo usar essa estrutura ao dar instrunções.'

Dentre os alunos de Jigoro Kano do início do século 20 que dominavam as técnicas de Ne Waza oriundas do Fusen-ryu e Takenouchi-ryu ju-jutsu estavam Maeda, Tomita, Yokoyama e Yamashita. Maeda foi o Conde Koma, que viveu no Brasil entre 1914 e 1941, treinando membros da familia Gracie e também Luis Franca, mestre de Oswaldo Fadda, um nome influente mas menos conhecido do "jiu-jitsu brasileiro" (BJJ). Mitsuyo Maeda , conhecido como Conde Koma, foi um grande mestre de judô. Depois de percorrer vários países divulgando o judô, chegou ao Brasil em 1914 e fixou residência em Belém do Pará, existindo até hoje nessa cidade a Academia Conde Koma. Um ano depois, conheceu Gastão Gracie. Gastão era pai de oito filhos, sendo cinco homens, tornou-se entusiasta do Judô e levou seu filho Carlos Gracie para aprender a luta japonesa. Maeda conheceu Gastão devido a um desafio a um lutador do American Circus, Alfredi Leconte, o Hércules do circo, depois disso Maeda e Gastão ficaram muito amigos.

Pequeno e frágil por natureza, Carlos encontrou no "jiu-jitsu" o meio de realização pessoal que lhe faltava, descontando intervalos provocados pelas viagens do japonês, as aulas com Maeda duraram quase três anos, as aulas eram dadas em uma academia que maeda abriu em 1916,nos salões do Cine Teatro Moderno, localizado ao lado da Igreja de Nazaré, hoje uma praça, as aulas eram amplamente divulgadas nos ornais para quem quisesse aprender pagando.O primeiro aluno de Maeda foi o estivador Jacinto Ferro, ex-lutador de greco-romana, Jacinto foi instrutor de Maeda e ajudou a dar aulas para o Carlos Gracie.

Satake também abriu uma academia em 1916,em Manaus, o Luís França que formou o mestre Fadda, que foi o grande responsável pela divulgação do Brazilian Jiu-jitsu nos subúrbios do Rio de Janeiro, foi aluno de Satake e teve aulas com Maeda também.

fonte:http://judotradicionalgoshinjutsukan.blogspot.com/

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Extrai um trecho do Mestre Jigoro Kano e acho que ele encerra qualquer discussão sobre o assunto e mostra a genialidade dele e como ele estava a frente do seu tempo, parece que ele está prevendo o surgimento do BJJ, incrível:

"Existe um limite para energia do ser humano e, quando se gasta muita energia em uma área, outra área é negligenciada- isso é inevitável. Por isso agora estou pensando seriamente no randori do futuro. Se Katame-wasa for praticado depois de se enfatizar nage-wasa, será possível que algumas pessoas desenvolvam grande habilidade em ambos. Porém como as pessoas normalmente não são excelentes em ambos, elas deveriam se concentrar no entendimento de nage-wasa, devotando menos energia ao katame-wasa. Os que têm interesse particular em Katame-wasa deveriam praticá-lo como forma principal. No futuro eu planejo usar essa estrutura ao dar instrunções".

Tomara que a fonte seja confiável, porque parece que eles está prevendo mta coisa, acho que é quase impossível o cara ser um Roger Gracie e um Koga/Yamashita ao mesmo tempo, será que o Kimura tenha sido esse cara?

Pra ficar mto bom só com especialização mesmo.

No finalzinho parece que ele estava prevendo o surgimento do BJJ, rs.

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Extrai um trecho do Mestre Jigoro Kano e acho que ele encerra qualquer discussão sobre o assunto e mostra a genialidade dele e como ele estava a frente do seu tempo, parece que ele está prevendo o surgimento do BJJ, incrível:

"Existe um limite para energia do ser humano e, quando se gasta muita energia em uma área, outra área é negligenciada- isso é inevitável. Por isso agora estou pensando seriamente no randori do futuro. Se Katame-wasa for praticado depois de se enfatizar nage-wasa, será possível que algumas pessoas desenvolvam grande habilidade em ambos. Porém como as pessoas normalmente não são excelentes em ambos, elas deveriam se concentrar no entendimento de nage-wasa, devotando menos energia ao katame-wasa. Os que têm interesse particular em Katame-wasa deveriam praticá-lo como forma principal. No futuro eu planejo usar essa estrutura ao dar instrunções".

_________________________________________________________________________________________________________________________

É fato que a transição do praticante de Judô para o Jiu é mais tranquila a adaptação é mais facil.

Agora quando o praticante de Jiu vai para o Judô tem muitas dificuldades e normalmente não consegue dar continuidade na sua evolução em pé.

Eu vejo muito mais Judocas treinando Jiu do que o contrario pelo fato da adaptação mesmo.

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olha, conheço judoca que se adaptou bem e judoca, faixa preta, que desistiu porque não se adaptou. Concordo que a relação de judocas que se adaptam com mais facilidade ao jiujitsu é maior (até porque tem mais judoca procurando o jiujitsu que o inverso), mas também conheço vários do jiujitsu que se deram bemno judô. Um faixa roxa que treinava conosco foi pro exército e, não encontrando treino de jiu, foi pro judô. Hoje é campeão de judô pelo EB.

O Saulo acho eu que é o maior exemplo de um cara que migrou do Judo pro Jiu-Jitsu e deslanchou.

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Exatamente... isso causou um primeiro raxa na família, com George Gracie indo acho que para SP ou Minas ou nordeste... ou pros três... não sei ao certo... rs... fato é que aparentemente isso pode ter causado um pequeno raxa tbm entre Rickson e Rorion :foimau:

Que rolou treta entre o Rorion e o resto da família é fato.

No documentário Gracies e o nascimento do vale tudo tem uma galera falando isso. Até o Ryan diz que o Rorion com aquele lance de patentear o nome Gracie nos EUA fez com que o Rickson tivesse que usar o nome Rickson Jiu-Jitsu em vez de Rickson Gracie Jiu-Jitsu na placa de sua academia.

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Sem querer ferir susceptibilidades, mas há muita gente aqui que deveria ter mais cuidado ao falar do que não sabe e em muitos casos baseados em textos mal traduzidos ou "encomendados"...

Hoje em dia há uma palavra muito em voga um pouco por todo o mundo, e em especial cá em Portugal por causa da crise que atravessamos. Essa palavra é EMPREENDEDORISMO.

E é assim que eu vejo os Gracie, para o bom... e para o mau.

E quando comparamos legados e formas de estar na vida, certos nomes são falados e pronunciados com outra elevação.

Abraço

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Em relação ao empreendedorismo, concordo perfeitamente com você, agora quanto a parte de legados eu não compreendi.

Enquanto os Gracie (Carlos e Hélio, mais o último - pelo menos é impressão que tenho de tudo o que li aqui e fora daqui) foram empreendedores e com uma prespectiva de lucro (na minha opinião), o Kano foi um visionário, um educador, alguém que procurou que a sua arte fosse maior que o seu nome, maior que o homem...

Sei que posso ser polémico com esta afirmação, mas é o que penso.

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concordo em partes. A perspectiva do Hélio sempre foi mais voltada pro lucro mesmo, o que não acho anormal, já que o BJJ se desenvolve no Brasil, país de cultura ocidental, sob a égide do capitalismo. O Carlos, acredito, expandiu mais o pensamento, se voltou pra um jiujitsu estilo de vida, além do treino, focando na alimentação, nos hábitos cotidianos. A questão é que Gigoro Kano era um intelectual do mais alto gabarito, um pedagogo na acepção da palavra. Judô é algo sistematizado, com técnicas definidas e elencadas tal qual matéria acadêmica. O jiujitsu do Hélio não é sistematizado, Hélio revolucionou mas não conceituou o que desenvolveu, e Carlos se preocupou mais com outros aspectos do jiujitsu.

Não necessariamente! Carlos na fase Helio foi a parte intelectual fundamental, ja que organizava a maioria dos eventos na qual o Helio lutava. Ter um monte de filhos e uma "mansão" tem um custo financeiro alto, mesmo para época. Então obviamente, que o Carlos por mais espiritualizado fosse tambem tinha sua visão economica e de mercado para o jiu-jitsu que ensinavam.

A antiga academia do Centro, é um case interessante para qualquer professor que tem ou queira ter uma academia.

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A antiga academia do Centro, é um case interessante para qualquer professor que tem ou queira ter uma academia.

Rapaz, essa academia da Rio Branco parece ter sido uma cousa muito avançada para o seu tempo (e até para os dias de hoje).

Os Mestres Lawyer e Alm sabem bem disso.

Sorte de quem conheceu

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Convidado south_Pitbull

Enquanto os Gracie (Carlos e Hélio, mais o último - pelo menos é impressão que tenho de tudo o que li aqui e fora daqui) foram empreendedores e com uma prespectiva de lucro (na minha opinião), o Kano foi um visionário, um educador, alguém que procurou que a sua arte fosse maior que o seu nome, maior que o homem...

Sei que posso ser polémico com esta afirmação, mas é o que penso.

Eu não acho que lucro seja a síntese do legado gracie. Sim, os gracies não faziam caridade, o brazilian jiu jitsu ou jiu jitsu gracie, foi um projeto e uma forma de sustento de sua família, onde carlos acreditou e percebeu no começo dos anos 90 que podia ter um trabalho dando aula de arte marcial.

Ensinaram o jiu jitsu que Conde Koma lhes ensinou, SEMPRE dando crédito a Maeda, e hoje fica MUITO CLARA essa questão do porque jiu jitsu e não judô, o próprio maeda vendia seu produto como jiu jitsu no Brasil. Ele ensinou jiu jitsu no Pará.

Ele optou por ensinar Jiu Jitsu aos Gracie. Ele se apresentava como lutador de Jiu Jitsu. Enfim, foi uma opção do Maeda e por isso os Gracies deram o nome da arte marcial que ensinavam de jiu jitsu.

Talvez, fosse um pacto entre Maeda e a Kodokan, para que nessas apresentações e viagens pelo mundo eles não ensinassem nem apresentassem o Judô, que utilizassem o nome do antigo jiu jitsu (que era marginalizado), mostrando os "golpe sujos" e deixado o judo que tinha técnicas mais limpas e um sistema pedagócio e organizado da kodokan somente para os orientais. Talvez seja isso. Presunção minha.

A certeza, é que vendo essas matérias, é de que o Mestre Carlos e os demais Gracies, não aprenderam Judô e alteraram o nome para Jiu Jitsu. Aprenderam Jiu Jitsu que o Maeda ensinou. E sempre deram crédito a ele. Ponto final.

Quanto a questão lucro.

Resumir Gracie ao dinheiro é errado. Santificar os Gracies é tão errado quanto.

Os Gracies aprenderam jiu jitsu, fundaram uma escola, modificaram uma arte marcial, eram porradeiros pra caralho e movidos por orgulho, obviamente ganhavam dinheiro.

Queriam que eles dessem o nome da escola deles de Jiu Jittsu MAEDA? Se o Konde estava no Japão? Quem dava aula no Rio eram eles, o professor era o Carlson, depois ele e eo Hélio, era Jiu Jitsu GRACIE. Só eles davam aula no país todo.

E desafiaram a puta que pariu que veio pela frente, sentando a porrada em todo mundo. É isso que boa parte das artes marciais e inclusive os próprios judocas ficam um pouco ressentidos. Os Gracies captaram a essencia da arte marcial, que o Maeda tinha, Kimura também, Kato também. Era provar que a coisa funciona, trocar porrada, aceitar desafios.

Os Gracies confiavam tanto na arte marcial que aprenderam com o Maeda e que viram o Maeda dando porrada em todo mundo, que desafiavam as pessoas e sentavam a porrada. Que desafiavam outras artes e sentavam a porrada. A partir daí eles foram inclusive modificando o próprio jiu jitsu japones (ou ne wasa como queiram).

Dinheiro? Consequência, Gracies semrpe foram movidos por orgulho, ego, desafios. Chamava de frouxo eles saiam na mão. O helio foi bater no waldemar porque ele saiu da academia dele. E fez o Carlson sair na mão com o waldemar porque o helio já coroa perdeu pro waldemar.

Eu acho amargo demais resumir os gracies em dinheiro e empreendedorismo. É praticamente dizer que o Jiu Jitsu brasileiro é o mesmo que Judô, é como dizer que eles nada mais fizeram do que abrir uma academia de Judô no Centro do Rio sem dar os créditos ao Jigoro Kano, que foram espertos e deviam ter colocado uma foto do Kano em todo o tatame de BJJ que tem pelo mundo.

Sendo que não existe nada disso. É tudo diferente, Maeda veio pra cá e ensinou jiu jitsu por 3 anos, provavelmente golpes básicos e golpes sujos, deixou os gracies e rumou pro japão. Dali os gracies e os brasileiros fizeram algo COMPLETAMENTE DIFERENTE.

Tão diferente que os próprios japoneses reconheceram anos depois em seus eventos marciais, que aquilo era algo completamente distinto, chamando os gracies quase como deuses samurais, para lutarem contra seus judocas da kodokan.

Foram novos Kanos. Kano era um pedagogo. A pedagogia dos gracies era porrada. Mas a culpa não foi dos Gracies, a culpa foi do Maeda, que em vez de ensinar o judo da kodokan (que ja existia), ensinou só uma parte do jogo, o jogo sujo do jiu jitsu japones, que era mal visto no japão. Escondeu o caminho da pedagogia.

Da parte suja foi feito o BJJ, na porrada, literalmente e que me perdoe, se temos que botar alguma foto em algum tatame, é do mestre Hélio, que por mais que o mestre carlos tenha aprendido as primeiras aulas, quem saiu na porrada de verdade, foi o Hélio.

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se temos que botar alguma foto em algum tatame, é do mestre Hélio, que por mais que o mestre carlos tenha aprendido as primeiras aulas, quem saiu na porrada de verdade, foi o Hélio.

concordo!

Mas tentar discutir isso com qualquer membro ligado a Gracie Barra, é perda de tempo.

Editado por Tartaruga

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Da parte suja foi feito o BJJ, na porrada, literalmente e que me perdoe, se temos que botar alguma foto em algum tatame, é do mestre Hélio, que por mais que o mestre carlos tenha aprendido as primeiras aulas, quem saiu na porrada de verdade, foi o Hélio.

Discordo brother.. O Hélio recebeu mais divulgação, quando o Carlos botou o Hélio pra lutar profissionalmente o vale-tudo tava em franca ascensão. O Carlos começou a lutar e foi fundamental pra criação desse cenário esportivo.. Soube propagar o JJ como ninguém também. Sobre lutar ele lutou MUITO, só que ele achou melhor (e foi a atitude mais sábia a ser tomada) a partir de um ponto virar o mentor dos irmãos e trabalhar pra criar a imagem do Gracie Jiu-jitsu. Ele que fazia os anúncios nos jornais, realizava eventos de vale-tudo.. O Hélio não era o melhor dos irmão (o "Gato Ruivo" era melhor que o Hélio), mas o Carlos viu nele uma forma não só de propagar o jiu-jitsu como também manter o legado, uma vez que o Hélio era disciplinado e de certa forma submisso ao irmão. O Carlos foi a cabeça, o Hélio o corpo.

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concordo!

Mas tentar discutir isso com qualquer membro ligado a Gracie Barra, é perda de tempo.

Tartaruga, me desculpe! Mas contra fatos não tem como ter argumentos, e quem tentar argumentar vai sair como bitolado. Então não precisa ter pré-conceito, devido a um ou outro. Se tem informação valida, que compartilhe conosco. Ja que perda de tempo é comentar que membros da escola X ou Y é assim ou assado.

Digo isso, pois infelizmente muitos praticantes não se interessam ou nunca teve acesso a historia da arte suave. Muitos desses graduados, campeões e todo bla bla bla de ser isso ou aquilo. Por tanto quem tem esse conhecimento é importante e legal compartilhar, pois dai da a oportunidade de outros terem o papel de propagar tal informação e assim acabarmos com essas divergencias.

Se nada disso for feito, se tudo muito guardar para si tais informações. Vamos ter o que ocorre hoje, de repetidores de versões muitas vezes infundadas. O que não é legal, pois vai parecer algo que realmente não somos.

;)

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