Garfield 0 Postado November 4, 2016 http://sextoround.com.br/107898-o-que-vi-no-daguestao-a-cascagrossalandia-do-mma/ Relato sobre o Daguestão, estou no celular, não consegui copiar a matéria... Se afirmativo puder fazer agradeço. Obs. Apesar do sexto round ser voltado para um público mais leigo achei interessante a matéria sobre esta tão desconhecida terra. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Eder Jofre55 0 Postado November 4, 2016 http://sextoround.com.br/107898-o-que-vi-no-daguestao-a-cascagrossalandia-do-mma/ Relato sobre o Daguestão, estou no celular, não consegui copiar a matéria... Se afirmativo puder fazer agradeço. Obs. Apesar do sexto round ser voltado para um público mais leigo achei interessante a matéria sobre esta tão desconhecida terra. O que vi no Daguestão,a cascagrossalândia do MMA Por Lucas Carrano Amigos do Sexto Round, Como alguns de vocês, principalmente aqueles que acompanham o Podcast do 6R, devem saber, na última semana estive no Daguestão, a mística região russa dos wrestlers/ lutadores de sambô mais duros do MMA, também conhecida como “Cascagrossalândia” por essas bandas. Abaixo, compartilho com vocês algumas das impressões que tive após visitar essa região que faz parte do imaginário coletivo dos fãs das artes marciais mistas. O clima é de cidade pequena Após uma escala na gigantesca Moscow antes de embarcar para a região sul da Rússia, não dá para deixar de notar a gritante diferença de tamanho, e pujança, da capital da Federação Russa com Makhachkala – capital e principal cidade da república daguestanesa. Este pobre escriba com Makhachkala ao fundo Não se enganem, Makhachkala não é uma cidade tão pequena assim, com quase 600 mil habitates atualmente, mas tem aquela vibe interiorana, sabe? Não que muitas pessoas falem muito inglês na Rússia, mas no Daguestão chegou ao ponto da recepcionista do hotel em que fiquei (revisado como o melhor da cidade no Trip Advisor, diga-se de passagem) não saber nem o verbo to be. Google Tradutor pra que te quero. A (não) agitação da cidade também denota essa condição, bem como o comportamento de alguns locais com relação a minha presença – até um pouco assustados, pois não estão acostumados a receberem turistas, que dirá um brasileiro radicado no Bahrein. Este clima, é claro, favorece o foco quase exclusivo às artes marciais por parte dos atletas, que têm poucas distrações – e some-se a isso o fato do Daguestão ser uma República majoritariamente muçulmana. O resultado é um grupo muito grande atletas reunidos e treinando de duas a três vezes por dia, seis vezes por semana, em intensidade absurda. Todo mundo luta alguma coisa Quando eu digo “todo mundo”, quase que chega a não ser força de expressão. Praticar algum tipo de arte marcial chega a ser uma obrigação se você é um homem daguestanês. Desde muito jovens, os garotos já são iniciados no mundo das lutas e, como sabemos que é bem difícil viver de outras artes marciais (mesmo as olímpicas), o caminho mais natural tem sido mesmo o do MMA. O relato a seguir me foi feito pelo peso médio/meio-pesado do World Series of Fighting, e invicto no MMA em nove lutas, Shamil Gamzatov. Não é uma questão de opção. Quando você é jovem, seu pai não te pergunta qual esporte você quer praticar, mas sim qual luta você vai fazer. Mesmo os meus amigos que não se tornaram atletas profissionais como eu, praticaram ou ainda praticam algum tipo de arte marcial”, disse-me o lutador de 26 anos. O espírito guerreiro está no sangue O Daguestão fica na região do Cáucaso, às margens do Mar Cáspio, e tem sua história marcada por guerras, conflitos, reconquistas e sucessivas batalhas. O povo, portanto, está historicamente acostumado ao combate. É lógico que fui provar a culinária local Mas esta questão vai ainda além. Pego como exemplo o peso meio-médio Gadzhimusa Gaziev, que fará a luta co-principal do Brave 2 em dezembro, e motivo da minha visita ao Daguestão. Em diversos momentos, Musa, como é chamado pelos amigos, pedia para que certas coisas não fossem registradas, ou mesmo perguntava minha opinião sobre o impacto de determinadas cenas sobre sua imagem. Se alguma coisa remotamente o fazia parecer ostentar, se exibir ou algo do tipo, logo já vinha um desconforto e, mais uma vez, os pedidos pra desconsiderar aquele momento. Por outro lado, qualquer demonstração de força, poder (principalmente bélico) e dedicação aos treinos é extremamente valorizada e, praticamente, a única imagem que os daguestaneses querem vender. Os locais também atribuem sua aptidão física para a prática esportiva à dieta local, com uma culinária rica em proteínas – com muito frango e carnes vermelhas grelhados -, pão branco, queijo e legumes. Luta é o esporte mais popular Sabe aquela velha máxima de que o MMA se tornou o segundo esporte do brasileiro? Todo mundo (mesmo) curte luta Pois no Daguestão, acredite, não só as artes marciais mistas, mas como qualquer modalidade esportiva de combate, são preferência nacional. E isso é muito sério. Todos os bares e restaurantes transmitem eventos locais e internacionais ao vivo e em VT, a maioria das pessoas conhece os principais lutadores e tem palpite para dar sobre as principais lutas – e não é aquela coisa rasa e superficial. Makhachkala não tem tradição em esportes de inverno, portanto está fora do circuito do hockey, modalidade mais popular na Rússia, e tem somente alguns campos de futebol. Por outro lado, em qualquer praia ou montanha que você for, fatalmente vai haver alguém fazendo um treino físico (no mínimo uma corrida), ou shadowboxing e wrestling. Derrubar não é a única coisa que importa Permita-me explicar: não é que os caras não respirem wrestling, mas sim que há bastante academias que oferecem treinos de trocação. O jiu-jitsu, é bem verdade, ainda é um quase desconhecido – até há professores na região (um deles até brasileiro, pelo que fiquei sabendo), mas o número de praticantes é bem pequeno, especialmente se comparado ao Combat Sambo ou o submission wrestling. No entanto, ao contrário do que se pode imaginar, não é raro encontrar turmas de caratê, taekwondo, kickboxing ou boxe na cidade – com atletas locais obtendo resultados expressivos em competições nacionais e internacionais. Há um monstro (ou mais) por academia “Trombamos” com um wrestler olímpico nas montanhas Parece brincadeira, em cada uma das várias academias que visitei tinha um atleta olímpico, um medalhista olímpico, um campeão nacional ou internacional de qualquer modalidade, ou, no mínimo, um representante em um dos principais eventos de MMA do planeta. E acreditem: há MUITAS academias. A cada cinco minutos você passa por uma equipe e ouve: “O Khabib Nurmagomedov treina aqui”, “aqui é o Islam Makhachev“, “Rashid Magomedov”, etc. A concentração de atletas de altíssimo nível em uma cidade relativamente pequena, e repleta de academias, gera um cenário de ampla concorrência interna. Assim, os diversos lutadores competem entre sim, com amigos e colegas de treino em eventos amadores e até profissionais por um lugar ao sol. Dessa “eliminatória da morte”, por fim, saem somente os mais duros, e a maioria deles acaba sendo alvo dos grandes eventos de MMA do planeta. Considerações finais Talvez minha principal surpresa com relação ao Daguestão tenha sido o povo, extremamente acolhedor e hospitaleiro – principalmente se comparado a Moscou, por exemplo. E sabem o que é ainda mais espantoso? Por mais que tenha cruzado com uma enorme quantidade de atletas inseridos no circuito internacional, há ainda um espantoso número de caras duríssimos “escondidos” nas academias dessa região de pouco mais de 50 mil km². Abraços! Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Eder Jofre55 0 Postado November 4, 2016 Bacana a reportagem , valeu Garfield. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Garfield 0 Postado November 4, 2016 Vlw Eder. Pelo elogio e pelo trampo Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Will S. F. 0 Postado November 4, 2016 Cara, que reportagem legal. Interessante a questão das várias academias, eu tinha uma visão toda errada do lugar, achava que eram todos uma turma só. Isso explica a toughness e competitividade dos atletas do Daguestão. Os caras se matam na competição interna na província, chegam no circuito internacional já com a experiência necessária. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
badock 0 Postado November 4, 2016 Parabéns pela reportagem, muito legal! Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Daniel Mendoza 0 Postado November 4, 2016 Massa Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Kim louco 0 Postado November 4, 2016 Show de bola a matéria. Isso mostro como o kabib e monstro,deve ter feito várias lutas na região e ainda é invicto no MMA. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Rappa Hemp 0 Postado November 4, 2016 muito bom! Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
JoãoNunes 0 Postado November 4, 2016 Muito parabéns pela reportagem!!! Matéria show! Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Timbó 0 Postado November 4, 2016 Obrigado pela referência ahuhahuhua Eu tinha visto essa reportagem. Muito show. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
Bob Lenhador 0 Postado November 5, 2016 Show de bola. Parabéns pela reportagem. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
DALLAS 0 Postado November 5, 2016 gostei! Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
cabrió 0 Postado November 5, 2016 Boa mesmo. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites