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Treinos a porta fechada

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Origem do golpe "baianada", um pouco da Herois do rigid e uma historia do Mestre Paquetá.

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Coisas de antigamente

(retirado do blog do Mestre Roberto Leitão)

Era mais uma daquelas segundas-feiras incríveis, quando a TV Continental apresentava o programa “Heróis do Ringue”. Alguns transmitidos diretamente do Carioca Esporte Clube no Jardim Botânico, outros do Ginásio do Flamengo na Gávea, e alguns na sede do América FC, na rua Campo Sales, todos no Rio de Janeiro.

Este caso, se me lembro bem, foi no América, já então com a direção do empresário Domingos Carrozzine, que substituiu o Prof. Helio Gracie e seus comandados na produção do programa. O programa começava às 21hs e terminava normalmente por volta das 23hs, causando quase sempre reclamação do saudoso Professor Gilson Amado, que entrava logo depois com o seu programa educativo “Universidade sem paredes”. Eu sempre tentava justificar os atrasos e ainda dizia: “Professor, eu acho que nós estamos entregando uma audiência razoável, é só o sr. segurar”. Daí nasceu uma boa amizade, que culminou com meu trabalho na engenharia da Fundação da TV Educativa. Gilson realmente não gostava do que nós fazíamos e não entendia como eu, um professor universitário, especialmente da PUC-RJ, poderia estar metido ali. E eu realmente estava até o pescoço…

Enfim, pelo menos conseguimos conviver e nosso programa continuou sendo um sucesso de audiência.

Naquele dia, lutava mais um atleta da Academia Gracie contra um lutador de uma das muitas academias do subúrbio, que nesta fase participavam do programa. Tínhamos que reconhecer que o Sr. Carrozzine, bonachão com seus 140kg, era o oposto do Professor Hélio Gracie, sempre disciplinado, e havia aberto as portas para todos que quisessem participar.

Antes da luta, nas regras da chamada “Luta Livre Americana”, o verdadeiro Vale Tudo, quase sem restrições, o Carlson Gracie, maior lutador daquela geração de heróis, então instruía seu pupilo passando a regra adotada para 80% das lutas daquele tempo: “Fulano, você finta, dá uma “baianada” (que era o nome dado ao precursor do “double leg” do Wrestling ou ao Morote-gari do Judô em homenagem a Waldemar Santana, lutador baiano que vivia atacando as pernas) e bota ele no chão. Daí você passa logo a guarda, coloca o joelho na barriga e não para de bater até ele desistir. Entendido? Entendido?!!!”.

Naquela época, a receita funcionava 100%, pois ninguém conhecia o “sprawl”. E não deu outra, o lutador fez exatamente o que o Mestre Carlson mandou e em segundos estava ele massacrando seu oponente com poderosos socos no rosto, com a mão livre, sem luvas, como era costume então. Logo o outro rapaz desistiu, e o juiz (se não me falha a memória o “careca” Jaime Ferreira, com sua voz de trovão) suspendeu a luta e declarou vencedor o atleta da Gracie. O perdedor, que era muito valente, saiu coberto de hematomas e cortes, e pior, sabendo que não receberia nenhum tostão furado, pois a luta era com bolsa total ao vencedor, coisa muito comum naquela época.

No dia seguinte, o lutador vencedor, que também era de família então modesta, foi ao escritório do empresário receber o que havia sido contratado. A quantia de Cr$ 1500,00, que na realidade era bem pouco, mas estava sendo esperada ansiosamente pela mãe do atleta, como ele lhe havia prometido. Quando o lutador estava recebendo o dinheiro, se deparou com uma jovem senhora com filhos pequenos que se identificou: “Eu sou a esposa do “sicrano”, que lutou ontem à noite”, e continuou, “Olhe moço, meu marido é pedreiro, nós vivemos com muita dificuldade, ele está todo machucado, não pode trabalhar e nós não temos dinheiro para comprar os remédios que o médico receitou”. Aquilo calou fundo no coração do vencedor, que perguntou então: “Quanto a senhora precisa para os remédios?”. A resposta veio pronta: “Cr$ 1500,00!”. Estupefato, o lutador (meu amigo de muitos anos, que agora revelo) disse: “Sr. Carrozzine, dê o dinheiro para ela”, e assim foi feito. Como ele depois se justificou com a mãe dele, que esperava aquele dinheirinho, eu até hoje não sei.

Sabem quem era o lutador? Osvaldo Gomes da Rosa, o nosso querido “PAQUETÁ”, que é o mestre das filmagens, conhecido como o arquivo vivo do mundo das lutas, que tenho a honra de ser amigo.

São coisas da turma antiga que precisam ser lembradas e servir de exemplo.

Fonte: http://www.judoctj.com.br/historias-antigas-sobre-o-jiu-jitsu-e-a-luta-livre/

Maneira a história do mestre Paquetá, esse ai exalava Jiu-Jitsu!

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Maneira a história do mestre Paquetá, esse ai exalava Jiu-Jitsu!

Esse era sinistro mil anos de luta...sabia tdo e tudo (principalmente bastidores)

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PQP, faz um tempo que entro no forum do PVT,e sempre acompanhei a seção de Jiu Jitsu e etc, e a do Vale tudo, nunca tinha entrado na segundona pq a descrição não chamou minha atenção e nunca tive curiosidade de entrar, mas nessa semana um cara comentou no topico de comentarios sobre jiu jitsu, que o pessoal da segundona abriu um topico falando q a ronda ganharia da kyra no metamoris, e entrei aqui so pra ver se essa levianidade era verdade, quando pra minha surpresa abro esse topico e começo a ler ele pagina por pagina e penso "Caralho como não descobri isso antes, esse topico da quase um livro".

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Origem do golpe "baianada", um pouco da Herois do rigid e uma historia do Mestre Paquetá.

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Coisas de antigamente

(retirado do blog do Mestre Roberto Leitão)

Era mais uma daquelas segundas-feiras incríveis, quando a TV Continental apresentava o programa “Heróis do Ringue”. Alguns transmitidos diretamente do Carioca Esporte Clube no Jardim Botânico, outros do Ginásio do Flamengo na Gávea, e alguns na sede do América FC, na rua Campo Sales, todos no Rio de Janeiro.

Este caso, se me lembro bem, foi no América, já então com a direção do empresário Domingos Carrozzine, que substituiu o Prof. Helio Gracie e seus comandados na produção do programa. O programa começava às 21hs e terminava normalmente por volta das 23hs, causando quase sempre reclamação do saudoso Professor Gilson Amado, que entrava logo depois com o seu programa educativo “Universidade sem paredes”. Eu sempre tentava justificar os atrasos e ainda dizia: “Professor, eu acho que nós estamos entregando uma audiência razoável, é só o sr. segurar”. Daí nasceu uma boa amizade, que culminou com meu trabalho na engenharia da Fundação da TV Educativa. Gilson realmente não gostava do que nós fazíamos e não entendia como eu, um professor universitário, especialmente da PUC-RJ, poderia estar metido ali. E eu realmente estava até o pescoço…

Enfim, pelo menos conseguimos conviver e nosso programa continuou sendo um sucesso de audiência.

Naquele dia, lutava mais um atleta da Academia Gracie contra um lutador de uma das muitas academias do subúrbio, que nesta fase participavam do programa. Tínhamos que reconhecer que o Sr. Carrozzine, bonachão com seus 140kg, era o oposto do Professor Hélio Gracie, sempre disciplinado, e havia aberto as portas para todos que quisessem participar.

Antes da luta, nas regras da chamada “Luta Livre Americana”, o verdadeiro Vale Tudo, quase sem restrições, o Carlson Gracie, maior lutador daquela geração de heróis, então instruía seu pupilo passando a regra adotada para 80% das lutas daquele tempo: “Fulano, você finta, dá uma “baianada” (que era o nome dado ao precursor do “double leg” do Wrestling ou ao Morote-gari do Judô em homenagem a Waldemar Santana, lutador baiano que vivia atacando as pernas) e bota ele no chão. Daí você passa logo a guarda, coloca o joelho na barriga e não para de bater até ele desistir. Entendido? Entendido?!!!”.

Naquela época, a receita funcionava 100%, pois ninguém conhecia o “sprawl”. E não deu outra, o lutador fez exatamente o que o Mestre Carlson mandou e em segundos estava ele massacrando seu oponente com poderosos socos no rosto, com a mão livre, sem luvas, como era costume então. Logo o outro rapaz desistiu, e o juiz (se não me falha a memória o “careca” Jaime Ferreira, com sua voz de trovão) suspendeu a luta e declarou vencedor o atleta da Gracie. O perdedor, que era muito valente, saiu coberto de hematomas e cortes, e pior, sabendo que não receberia nenhum tostão furado, pois a luta era com bolsa total ao vencedor, coisa muito comum naquela época.

No dia seguinte, o lutador vencedor, que também era de família então modesta, foi ao escritório do empresário receber o que havia sido contratado. A quantia de Cr$ 1500,00, que na realidade era bem pouco, mas estava sendo esperada ansiosamente pela mãe do atleta, como ele lhe havia prometido. Quando o lutador estava recebendo o dinheiro, se deparou com uma jovem senhora com filhos pequenos que se identificou: “Eu sou a esposa do “sicrano”, que lutou ontem à noite”, e continuou, “Olhe moço, meu marido é pedreiro, nós vivemos com muita dificuldade, ele está todo machucado, não pode trabalhar e nós não temos dinheiro para comprar os remédios que o médico receitou”. Aquilo calou fundo no coração do vencedor, que perguntou então: “Quanto a senhora precisa para os remédios?”. A resposta veio pronta: “Cr$ 1500,00!”. Estupefato, o lutador (meu amigo de muitos anos, que agora revelo) disse: “Sr. Carrozzine, dê o dinheiro para ela”, e assim foi feito. Como ele depois se justificou com a mãe dele, que esperava aquele dinheirinho, eu até hoje não sei.

Sabem quem era o lutador? Osvaldo Gomes da Rosa, o nosso querido “PAQUETÁ”, que é o mestre das filmagens, conhecido como o arquivo vivo do mundo das lutas, que tenho a honra de ser amigo.

São coisas da turma antiga que precisam ser lembradas e servir de exemplo.

Fonte: http://www.judoctj.com.br/historias-antigas-sobre-o-jiu-jitsu-e-a-luta-livre/

Maravilhosa a historia .

OSS.

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Histórica luta de Hélio x Kimura contada pelo próprio Kimura:

Kimura é um nome muito conhecido tanto no Judô como no Jiu-Jitsu. Os leigos conhecem apenas pelo nome utilizado no BJJ à técnica chamada ude-garami. Mas Kimura foi o judoca que, depois de uma árdua batalha com Hélio Gracie, na década de 50, conseguiu vencê-lo. Mas o mais impressionante neste relato foi sua luta contra Waldemar Santana, que ocorreu na Bahia.

O texto abaixo foi escrito pelo próprio Kimura e relata de forma belíssima a sua luta contra Hélio Gracie, a vitória de Hélio sobre Kato, outro judoca japonês da equipe de Kimura e outras lutas que realizou no Brasil, como a luta contra Waldemar Santana, na Bahia.

Meu Judo – Por Masahiko Kimura

Depois de retornar do Havaí, eu fui para o Brasil por convite da São Paulo Shibun (Nota: Jornal local japonês em São Paulo). A São Paulo Shibun, que estava em prejuízo, teve a idéia de fazer pro wrestling para reviver os negócios. O período de contrato foi de 4 meses. Os participantes eram eu, Yamaguchi, e Kato 5º dan. Essa iniciativa foi de grande sucesso. Aonde quer que fossemos, a arena estava lotada. Isso fez o presidente Mizuno da São Paulo Shinbun muito feliz. Quando pedimos por aumento, ele triplicou o nosso pagamento inicial imediatamente. Em adição ao pro wrestling, nós ensinavamos Judô aonde quer que fossemos.

Kimura, com 24 anos de idade

Um dia, Hélio Gracie, 6º dan de Judô, lançou um desafio a nós. A regra da luta era diferente da de Judô ou de pro wrestling. O vencedor era decidido apenas por finalização. Não importavava quão claramente uma queda fosse aplicada ou por quanto tempo um Osaekomi durasse, não importava. Ele lançou um desafio a Kato 5º dan primeiro. O gongo soou. Kato estava com bom condicionamento, e arremessou Hélio algumas vezes. Porém, passados 15 minutos, eu comecei a ver frustação no rosto de Kato. Os arremessos não faziam nenhum dano a Hélio já que o tatame era macio. Na marca dos 30 minutos, estava evidente que Kato estava cansado. “O que é isso, Kato, vá para o Newaza, não fique de pé!”, a platéia japonesa gritava. Kato então derrubou Hélio com o-soto-gari, montou em Hélio, e começou um Juji-jime. A platéia gritava em empolgação. Mas, eu observei cuidadosamente, e Hélio também estava aplicando um estrangulamento de baixo. Eles estavam tentando estrangular um ao outro. Isso durou cerca de 3 ou 4 minutos. O rosto de Kato começou a empalidecer. Eu gritei, “pare!” ao juíz, e pulei na arena. Quando Hélio liberou o golpe, Kato caiu no tatame, com a cara no chão. Dois dias depois dessa luta, eu vi estudantes de Hélio descendo uma rua da cidade carregando um caixão. Eles estavam gritando, “O judoca japonês Karo está nesse caixão. Ele foi morto por Hélio. Nós pedimos seu apoio para o mestre de Judô Hélio Gracie!”

[Veja aqui o vídeo da luta de Hélio Gracie contra Kato]

Depois dessa luta, a popularidade de nosso show de pro wrestling declinou rapidamente. Os japoneses que encontrávamos nas ruas murmuravam, “eles devem ser fraudes, perdendo de um jeito tão patético.” Hélio lançou um novo desafio, dessa vez a Yamaguchi. O presidento Mizuno do Jornal paulista também implorava, “Sr. Yamaguchi, por favor mate Hélio, dessa vez.” Se ele lutasse Judô sob as regras japonesas, Yamaguchi era superior a Hélio tanto em Tachi-waza quanto no Newaza. Mas sob a regra brasileira, Se Hélio fosse imobilizado no chão, tudo o que ele tinha que fazer era ficar calmo e tomar cuidado para não ser pego em um estrangulamento ou chave. Hélio poderia lutar por um empate dessa maneira. Se ele usasse essa tática, seria difícil para Yamaguchi fazer Hélio desistir. Eu então disse a Yamaguchi, “Não se incomode para bolar um plano para fazer Hélio desistir. Eu aceitarei o desafio.” Até o dia da luta, nós continuamos a fazer shows de pro wrestling todos os dias. Três dias antes da luta, um jornal local lançou uma grande manchete, dizendo que “Kimura não é um japonês. Ele parece um cambojano. Hélio não pode lutar contra um falso japonês.” Eu fiquei surpreso de ver isso. Eu corri para a Embaixada do Japão com meu passaporte, e obtive uma prova que eu era japonês.

kimura-e-helio-gracie.jpg

Kimura aplicando o Ude Garami em Hélio Gracie

20.000 pessoas vieram ver a luta, incluindo o presidente do Brasil. Hélio tinha 1,80m e 80kg. Quando entrei no estádio, encontrei um caixão. Perguntei o que era. Me disseram, “É para Kimura, Hélio trouxe.” Era tão engraçado que quase dei uma gargalhada. Enquanto me aproximava do ringue, ovos eram lançados em mim. O gongo tocou. Hélo me agarrou pelas duas lapelas, e me atacou com um O-soto-gari e Kouchi-gari. Mas ele não me moveu nem um pouco. Agora era minha vez. Eu o joguei no ar por O-uchi-gari, Harai-goshi, Uchimata, Ippon-seoi. Por volta de 10 minutos de luta, eu o lancei por O-soto-gari. Eu planejava causar uma concussão. Mas já que o tatame era muito macio não teve muito efeito nele. Enquanto continuava a lançá-lo, estava pensando em um modo de finalizar. Eu o arremessei por O-soto-gari novamente. Assim que Hélio caiu, eu o imobilizei por Kuzure-kami-shiho-gatame. Eu mantive por dois ou três minutos, e então tentei sufocá-lo pela barriga. Hélio balançava sua cabeça tentando respirar. Ele não aguentava mais, e tentou empurrar meu corpo esticando seu braço esquerdo. Nesse instante, eu agarrei seu pulso esquerdo com minha mão direita, e torci seu braço. Apliquei Udegarami. Eu pensei que ele iria desistir imediatamente. Mas Hélio não bateu no tatame. Não tive escolha a não ser continuar a torcer o seu braço. O estádio silenciou. O osso de seu braço estava se aproximando do ponto de quebrar. Finalmente, o som do osso quebrando ecoou no estádio. Ainda assim Hélio não desistiu. Seu braço esquerdo já estava inutilizado. Sob essa regra, eu não tinha outra escolha a não ser torcer o seu braço novamente. Tinha muito tempo ainda sobrando. Eu torci o seu braço esquerdo novamente. Outro osso quebrou. Hélio ainda não bateu. Quando tentei torcer o braço novamente, uma toalha branca foi jogada. Venci por TKO(nocaute técnico). Minha mão foi erguida. Japoneses brasileiros correram para a arena e me ergueram. Por outro lado, Hélio deixava seu braço esquerdo pendendo e parecia muito triste, resistindo a dor.

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Depois posto a outra parte do Kimura x Waldemar Santana, senão o post ia ficar gigante

OSS

Fontes: http://www.judoctj.com.br/meu-judo-masahiko-kimura/

http://judoinfo.com/kimura4.htm

Editado por Hall

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Histórica luta de Hélio x Kimura contada pelo próprio Kimura:

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Depois posto a outra parte do Kimura x Waldemar Santana, senão o post ia ficar gigante

OSS

Fontes: http://www.judoctj.com.br/meu-judo-masahiko-kimura/

http://judoinfo.com/kimura4.htm

Hehe... lembro de quando o nosso colega de forum Azulzinho traduziu o que eu tinha postado em ingles para o portugues, e quando fui checar, nao eh que o www.judoctj.com.br confirmou que o texto posted por la tinha sido originalmente saido daqui mesmo do PVT? Ate os typos ainda estao la... vammpire Entao para prestigiar o esforco do colega Azul, vou colocar o link para a sua traducao original, que inclui a parte do Waldemar Santana (espero que o Hall nao se chateie :unsure: )

http://forum.portaldovt.com.br/forum/index.php?showtopic=125100

Editado por armlock

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Hehe... lembro de quando o nosso colega de forum Azulzinho traduziu o que eu tinha postado em ingles para o portugues, e quando fui checar, nao eh que o www.judoctj.com.br confirmou que o texto posted por la tinha sido originalmente saido daqui mesmo do PVT? Ate os typos ainda estao la... vammpire Entao para prestigiar o esforco do colega Azul, vou colocar o link para a sua traducao original, que inclui a parte do Waldemar Santana (espero que o Hall nao se chateie :unsure: )

http://forum.portaldovt.com.br/forum/index.php?showtopic=125100

Armlock,

Que chateado nada mestre!

Não tinha visto que era uma cópia de um tópico daqui, sorry.

Valeu pela tradução, Azulzinho.

Achei um texto bem interessante e resolvi compartilhar com nossos amigos.

Para mim esse tópico eh especial pq me estimulou a começar a treinar jiu jitsu.

Grande abraço,

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Vamos para a segunda parte com a luta do Kimura com o Waldemar Santana, agora devidamente quotado, :lol:

Em novembro de 1951, Eu fundei a Kokusai Pro Wrestling Association. Depois de eu voltar dos EUA fazendo lutas de pro wrestling, fiz shows de pro wrestling pelo Japão. Nesses dias, Rikidozan também começou uma nova organização chamada Japan Pro Wrestling Association. Então, a mídia de massa começou a falar sobre uma luta Kimura vs Rikidozan. Eu encontrei com Rikidozan e perguntei sua opinião. Ele disse, "essa é uma boa idéia. Nós poderemos conseguir uma fortuna. Vamos fazer!" A primeira luta seria um empate. O vencedor da segunda seria determinado pelo vencedor de um pedra-papel-tesoura. Depois da segunda luta, repetiríams o processo. Nos chegamos a um acordo sobre essa decisão. Quanto ao conteúdo da luta, Rikidozan deixaria eu arremessá-lo, e eu o deixaria me acertar com um golpe de faca da mão. Nós então trocaríamos golpes e arremessos. Porém, quando a luta começou, Rikidozan foi tomado pela ganância do dinheiro e fama. Ele perdeu a cabeça e se tornou um homem louco. quando eu vi ele erguendo a mão, abri meus braços para receber o golpe. Ele desferiu o golpe, mas não no meu peito, e sim no pescoço com toda a força. Eu cai no chão. Ele então me chutou. As artérias do pescoço são tão vulneraveis que não precisaria ser Rikidozan para me causar um knock down. Um colegial poderia infligir um knock down dessa forma. Eu não poderia perdoar essa traição. Aquela noite, recebi um telefonema informando-me que vários yakuza estavam a caminho de Tóquio para matar Rikidozan.

Enm março de 1955, eu fui ao México para fazer lutas de pro wrestling. Oito meses depois, eu fui a França para ensinar Judô durante o dia e fazer Pro Wrestling à noite. Fiz o mesmo em Londres. Depois de passar quase um ano em Paris e Londres, respectivamente, eu fui para a Espanha ensinar Judô e fazer lutas de Pro-Wrestling, e fiquei lá por quatro mêses. Então voltei a Paris para ensinar Judô por uma semana, e voltei ao Japão em janeiro de 1958. Assim que eu cheguei na estação Kumamoto, eu fiquei surpreso de ver 80 ou 90 mulheres bem vestidas alinhadas. Me perguntei se alguma celebridade tinha chegado a cidade. Minha pergunta foi logo resolvida. Sugiyama, vice presidente do "Cabaré Kimura", tinha alinhado as anfitriãs. Antes de eu partir para o México, eu deixei-o administrando o cabaré. Enquanto trabalhava como dono do cabaré, eu contatei promotores de Pro-Wrestling em Londres, França Alemanha e Brasil. O Sr. Takeo Yano no Brasil me respondeu imediatamente. Ele era da prefeitura de Kumamoto, e tambem um graduado da Chinsei Junior High, oito anos antes de mim. Decidi ir ao Brasil novamente.

"Se você se recusar a lutar hoje, a platéia furiosa vai colocar fogo na arena. Se essa arena for queimada, vou fazê-lo ser o responsável pelos danos., o promotor me disse de maneira agressiva. "Não seja ridículo", Yano rapidamente respondeu, e contiou, "o médico disse a ele para não lutar. Ele não está em condições de luta. A luta deve ser adiada". Eu tinha torcido meu joelho esquero quando demonstrava técnicas de Judô no Rio de Janeiro. Mas a arena já estava lotada, mais de 5000 pessoas estavam esperando fora da arena. A hora da luta começar já tinha passado. A platéia estava vaiando. Para o promotor, o dinheiro era mais importante do que minha lesão. Eventualmente, eu e Yano fomos levados a uma sala onde três policiais negros estavam reunidos. Um homem pequeno apareceu por trás dos policiais, e disse a mim, "você é um japonês, Sr.Kimura, não é? Meu pai também é japonês. A um tempo atrás um boxeador não lutou devido a uma lesão. A platéia então ficou tão furiosa que colocou fogo na arena. A arena queimou por inteira. Ninguém sabe quem começou o incêndio. Além disso, o boxeador foi alvejado com uma pistola em sua volta para casa. Foi morto instantaneamente. Ninguém sabe também quem disparou nele. Sr. Kimura, é melhor você lutar esta noite. Mesmo se perder, é melhor do que ser morto por tiros." Ele também disse que era o único japonês na cidade, e todo o resto eram negros.

Agora eu tinha que tomar uma decisão. Meu oponente Waldemar Santana era um homem negro de 25 anos, e era um campeão peso-pesado de boxing. Ele era quarto dan em Judô, e também um campeão de capoeira. Tinha 1,83m, um corpo bem proporcional e físico impressionante. Seu peso era próximo de 100kg. A Bahia, onde a luta aconteceu, é uma cidade portuária onde os escravos negros eram descarregados. Os escravos eram proibidos de portarem armas. Como resultado, muitos estilos de artes marciais foram desenvolvidos por eles, eu escutei. Vale Tudo é um desses estilos marciais. No sul de São Paulo, Pro Wrestling é popular. Mas conforme se avança para o norte, mais popular o Vale Tudo se torna. Hélio Gracie, com quem eu tinha lutado previamente, era um campeão em Vale Tudo. Mas Waldemar Santana desafiou-o no ano passado (Nota: 1957), e depois de duas horas e dez minutos, Hélio levou um chute no abdomên, não pôde se levantar, e foi nocauteado. Então, Waldemar se tornou o novo campeão. No Vale Tudo, nenhuma falta é permitida. Uma falta é desqualificação imediata. Não é permitido calçados. Quando os lutadores são separados, não são permitidos golpes com os punhos, e eles tem que golpear com a mãos abertas. Mas assim que entram em contato, qualquer tipo de golpe é permitido com excessão de golpes na região da virilha. Todo tipo de queda e chaves eram permitidas. Já que golpes a punhos nus eram trocados, receber dois ou três golpes no olho significava fim da luta. Me disseram que havia muitos casos em que um lutador foi acertado no olho com uma cotovelada, e o globo ocular saltava da órbita pela metade, e então carregavam-o para o hospital em uma ambulância. Então, havia sempre duas ambulâncias na entrada da arena.

"Eu não tenho escolha, irei lutar." Eu disse. Então, o promotor abriu um sorriso, tirou um formulário e me disse para assiná-lo. Yano traduziu seu conteúdo, que dizia, "Mesmo se eu morrer nessa luta, isso era o que eu desejava, não farei ninguém responsável pela minha morte." Eu acenei, e assinei o formulário. No caminho para o ringue, alguém levantou seu braço e acenou para mim. Era Hélio Gracie, a quem eu não via a vários anos. Hélio estava sentado na área de transmissão por rádio. Ele era comentarista da luta. O gongo soou. Ademar e eu circulamos o ringue primeiramente. Eu levementente extendi meus dedos em uma postura "half-body" (Alguém sabe a tradução desse termo?) e me preparei para seus chutes. Waldemar, também em uma postura half-body, encolheu o queixo e os braços, como faria em uma luta de boxing. De vez em quando, ele desferia chutes altos em direção a minha cabeça. Eu bloqueei os chutes com minhas mãos, e devolvi um chute com minha perna direita. Ademar começou a desferir chutes rodados com ambas as pernas. eu dava um passo para trás e desviava-me deles, mas de repente, recebi um impacto em meu rosto que queimou como fogo. Foi um tapa com a mão aberta. Negligenciei suas mãos, prestando muita atenção aos seus chutes. Fui atingido na têmpora, e o centro da minha visão começou a embaçar, chutes rodados da direita e esquerda vieram. Quando bloqueei seu chute direito com minha mão mãe esquerda, uma dor trementa veio da ponta do meu mindinho até a parte de trás da mão. Tinha esmagado meu dedo. Troquei chutes com ele. A platéia inteira estava de pé com a emoção. Mesmo nessa situação, eu estava apto a pensar claramente. Enquanto pensava "Waldemar está um nível acima de mim tanto em chutes quanto com golpes com a mão aberta. Para vencê-lo, preciso levar a luta para o chão", outro chute atingiu meu abdômen.

Eu golpeei o chute com um golpe de esquerda de faca de mão, e pulei para aplicar uma cabeçada em seu abdômen com um ímpeto capaz de atravessar seu corpo. Isso deve ter afetado-o. Ele cobriu o abdômen, e recuou enquanto balançava. Eu queria chegar perto dele, derrubá-lo, ficar por cima e usar Newaza. Tive sucesso nisso, e pude usar cotoveladas e cabeçadas. Waldemar se recuperou dos danos, e me deu um chute na cabeça novamente. Eu me desviei do chute e me arremessei para um clinch. Eu consegui um clinch apertado para evitar dele usar joelhadas ou cotoveladas. Ficamos nas cordas. De repente, eu recebi um impacto devastador na cabeça, e ouvi um som agudo soar no meu ouvido direito. e fiquei momentaneamente inconsciente. Eu tinha recebido uma cabeçada na têmpora esquerda. Foi uma cabeçada lateral. Eu pensei que todas as cabeçadas viriam da frente. Nunca tive conhecimento de uma cabeçada lateral. "Não posso perder aqui. Devo vencer ou morrer", pensei. Guiado pela vontade, tentei achar um caminho para voltar à luta. O juíz então separou-nos. Já estávamos cobertos por sangue. A luta foi levada para o centro do ringue novamente. Waldemar lançou um tapa com a mão direita. Peguei seu braço e tentei um Ippon-seoi. Parecia que eu poderia conseguir um arremesso limpo. Porém, foi um cálculo equivocado. Estávamos ambos cobertos por suor e muita água tinha sido jogada em nossas cabeças. Além do mais ele não vestia kimono. Não havia como uma técnica assim funcionar nestas condições. Seu braço deslizou, e meu corpo rotacionou no ar e atterisei em minhas costas. "Estraguei tudo!" gritei em minha mente, mas muito tarde. Ademar imediatamente pulou em mim. Se conseguisse subir em meu peito, poderia golpear livremente meus olhos, nariz e peito com cotoveladas. Peguei-o com uma tesoura de corpo. Apertei seu corpo coom toda força na esperança de partir seu intestino. Waldemar desmoronou por um momento, mas não desistiu. Já que a tesoura de corpo não finalizou-o percebi que estava numa posição desvantajosa. Quando levantei minha cameça, vi centenas de estrelas. Recebi um soco direto entre meu nariz e meus olhos. Foi um golpe bem direcionado. A parte de trás da minha cabeça bateu no tablado.

Além disso, uma forte cabeçada atingiu meu abdômen. Eu senti que meus orgãos iriam se partir em pedaços, Uma, duas vezes, enrijeci meus musculos abdominais para aguentar o impacto, e esperei um terceiro ataque. QUando a terceira cabeçada veio, meu punho direito pegou o rosto de Waldemar de encontro. Acertei entre seu nariz e olhos. Sangue espalhou-se. Eu também estava coberto pesadamente por sangue. O sangue intergeria minha visão. "Mate-o, mate-o!" o demônio em minha cabeça gritava. Waldemar balançou, recuou e tentou correr com as costas nas cordas. Eu persegui-o lançando chutes e golpes de mão aberta. Ele lançou cabeçadas e cotoveladas. Mas, nenhum de nós conseguiu um golpe decisivo. Estávamos exaustos, ou talvez o sangue em nossos olhos preveniram que os golpes fossem certeiros. Depois de passado os 40 minutos, a luta terminou em um empate. Foi minha primeira experiência no Vale Tudo. Naquela noite, meu rosto estava terrivelmente inchado. Tinha cortes no rosto. Toda vez que respirava, uma dor excruciante percorria minha barriga, e não podia dormir. Recebi uma injeção do médico, e refresquei minha barriga com uma toalha molhada à noite. Porém, aprendi uma lição muito importante naquela luta. Que é, nunca deve-se temer a morte. Se eu não tivesse uma vontade de ferro de lutar apesar da possibilidade de ser morto, suas cabeçadas podiam ter partido meu intestino em pedaços.

Fonte: http://forum.portaldovt.com.br/forum/index.php?showtopic=125100

Fonte 2: http://judoinfo.com/kimura4.htm

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PQP, faz um tempo que entro no forum do PVT,e sempre acompanhei a seção de Jiu Jitsu e etc, e a do Vale tudo, nunca tinha entrado na segundona pq a descrição não chamou minha atenção e nunca tive curiosidade de entrar, mas nessa semana um cara comentou no topico de comentarios sobre jiu jitsu, que o pessoal da segundona abriu um topico falando q a ronda ganharia da kyra no metamoris, e entrei aqui so pra ver se essa levianidade era verdade, quando pra minha surpresa abro esse topico e começo a ler ele pagina por pagina e penso "Caralho como não descobri isso antes, esse topico da quase um livro".

Caramba!!!!! Aconteceu a mesma coisa comigo!!!! Só acompanhava as seções de vale tudo e Jiu jitsu, mas pelo mesmo motivo, num dos tópicos de Jiu comentaram que a Ronda venceria a Kyra e resolvi aparecer por aqui também e me surpreendi de forma positiva e também como você venho lendo página por página e cada vez mais surpreso!

Ah, nunca havia entrado aqui também pelo mesmo motivo: o nome segundona!!!

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Peguei-o com uma tesoura de corpo. Apertei seu corpo coom toda força na esperança de partir seu intestino.

Isso pode ser traduzido como "botei ele na guarda fechada"?

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O ladrão de Rolex:

Hoje no tatame após o treino da manhã na NU,estava o faixa preta velhinho conversando com Michele Tavares,falando de jiujitsu,então ele pede a um faixa roxa para entrar em sua guarda fechada,ele passa a lapela do menino por baixo da axila e atrás da nuca troca de mão e pede para o menino fazer a defesa com a mão de fora,então ele finta que vai no braço e passa a perna direto pela cabeça finalizando no pescoço.Mimi gosta,mas o menino diz ,"mestre o Flavio Canto não precisa usar a lapela,ele faz com a mão enfiada e vai direto com a perna".

O faixa preta velhinho levanta e diz:

Mimi finge que você é minha namorada e tem uns peitos grandes,Mimi reclama "seu Alvaro,eu não tenho os peitos grandes"rsrsrs finge que tem.....chama o faixa roxa e diz você está com um rolex neste pulso,enquanto eu fico jogando a minha namorada pra cá para você ficar babando os peitos dela eu roubo seu rolex aqui sem você perceber entendeu?

Michele deve estar rindo até agora!!!!!!

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O ladrão de Rolex:

Hoje no tatame após o treino da manhã na NU,estava o faixa preta velhinho conversando com Michele Tavares,falando de jiujitsu,então ele pede a um faixa roxa para entrar em sua guarda fechada,ele passa a lapela do menino por baixo da axila e atrás da nuca troca de mão e pede para o menino fazer a defesa com a mão de fora,então ele finta que vai no braço e passa a perna direto pela cabeça finalizando no pescoço.Mimi gosta,mas o menino diz ,"mestre o Flavio Canto não precisa usar a lapela,ele faz com a mão enfiada e vai direto com a perna".

O faixa preta velhinho levanta e diz:

Mimi finge que você é minha namorada e tem uns peitos grandes,Mimi reclama "seu Alvaro,eu não tenho os peitos grandes"rsrsrs finge que tem.....chama o faixa roxa e diz você está com um rolex neste pulso,enquanto eu fico jogando a minha namorada pra cá para você ficar babando os peitos dela eu roubo seu rolex aqui sem você perceber entendeu?

Michele deve estar rindo até agora!!!!!!

Excelente!

Esse é o Jiu Jitsu Brasileiro!

Editado por Sr Machado

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Boa Mestrão...

Agora para de enrolar e conta aquela vez que você e um Gracie, hoje meio fora de forma, porraram uns caras na fila do Mc Donalds (é mentira, Terta???)... devill devill

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Boa Mestrão...

Agora para de enrolar e conta aquela vez que você e um Gracie, hoje meio fora de forma, porraram uns caras na fila do Mc Donalds (é mentira, Terta???)... devill devill

Mas foi por um motivo justo! 2handed

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Sei... os caras estavam demorando demais no pedido do Mc Lanche Feliz :rolleyes:

Estariam eles usando camisas de outra academia, Mestre???

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