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Hugo Krug

Silva vs Leite escrevem mais um capítulo da história do MMA brasileiro

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Quando Marscucci e Paulo César Santos entraram no Octagon do UFC no Brasil à quase 11 anos atrás, eles iniciaram uma história que resumia-se no confronto entre dois compatriotas no maior show do planeta.

Mas, você pode se perguntar, quem são estes dois lutadores e como podem fazer história? Bem, eles foram os dois primeiros cidadãos brasileiros a se enfrentar um contra o outro no Octagon, e isso é algo incrível, pois a importância de uma luta destas para o povo brasileiro é muito diferente do que é para fãs fora do país. Dito isto, você pode adivinhar o que esta por vir na disputa do cinturão dos médios envolvendo o campeão Anderson Silva e o desafiante Thales Leite no evento principal do UFC 97 e o que isso vai representar para a nação.

Como em todos os países do terceiro mundo, as dificuldades aqui no Brasil são muito grandes. Uma economia muito instável faz com que alguns brasileiros tentem o esporte como profissão. Futebol é o número um, mas o MMA, especialmente o UFC, tornou-se uma luz no fim do túnel para quem opta por trilhar este caminho.

Fama, dinheiro e respeito são coisas fáceis de se adquirir no futebol brasileiro, mas agora existem lutadores que são exportados do Brasil e estão tendo esse mesmo reconhecimento no UFC. Por isso, quando um lutador que mora aqui tem a oportunidade de ingressar no UFC, não importa se é em um combate preliminar, o fato de apenas estar lá significa muito mais do que você pode imaginar. Isto representa que, a partir de agora, um homem tem que provar que merece estar lá, e esse é o seu sonho.

Silva direto de Curitiba/Paraná, e Leite de Niterói/RJ, misturam suas semelhanças e diferenças pelo mesmo objectivo, tornar este sonho verdadeiro. Suas estradas no UFC, foram construídas através da superação de muitos obstáculos e provações onde um (Silva) já alcançou e o outro (Leite) pretende alcançar, tornar-se campeão dos 185 lb.

Desde que o anúncio oficial desta luta foi feito, ambos os lados começaram a traçar estratégias para esmagar o adversário no evento principal de 18 de abril em Montreal, Canadá. E com isso, todo o ambiente que rodeia uma luta do UFC com mais esses ingredientes, fazem deste combate algo nunca visto. Evidentemente, cada torcedor já tem em mente quem será o suposto vencedor, mas enquanto Silva é o favorito, mesmo entre os fãs mais fiéis ao campeão, ninguém esta plenamente confiante de quem deixará o Octágono com (ou sem), o cinto. E quando você pergunta, a resposta é a mesma: 50-50 !

"Para mim não há nada pior quando vemos dois brasileiros confrontando-se em uma promoção internacional. Isso é terrível, à gente não sabe pra quem torcer ", diz Paulo Borracha, experiênte comentarista de MMA e que prefere não apontar favoritos.

Claramente, os nomes Anderson e Thales (no Brasil, é comum chamá-los pelo primeiro nome) estão agora sendo sondados pelos principais meios de comunicação do país, fazendo com que os mesmos, tenham um "status" inimaginável para os próprios à alguns anos atrás. Duas ou três aparições em um programa semanal de grande audiência foi o suficiente para difundir o esporte para o grande público, a maioria das pessoas ficou curiosa para saber como estes dois conterrâneos se tornaram tão importantes no UFC. "Eu quero ver", dizem um dos novos fãs. O mais importante é que esta luta, tornará este evento, que tem mais de dez anos de história, reconhecido e popularizado em todos os cantos do Brasil.

Uma das coisas mais interessantes que vi foi durante um jogo importante entre duas equipes de futebol do Rio de Janeiro. Luiz C. Lima, um homem que tem um moderno aparelho de televisão em sua casa, está acostumado a convidar amigos para assistir aos jogos. Durante o intervalo deste jogo, um grande número de propagandas tomou conta da transmissão, mas um em particular chamou à atenção do grupo. Tratava-se de uma luta entre brasileiros. Estes mesmos telespectadores sintonizaram o canal de MMA e puderam ver todo o comercial que mostra Anderson Silva defendendo seu cinturão contra Thales Leite no UFC 97. Tal situação poderia ser vista como à quebra de um paradígma.

"Quando será?" pergunta um deles "É... parece ser uma interessante luta", comenta Lima, ao ver o comercial novamente, e anotar todos os detalhes.

Mais do que a reação que este duelo está causando no Brasil é a forma que os fãs de outros países estão vendo esta luta e à maneira que Leite se tornou o principal desafiante.

Givanilson Silva, de 25 anos, analista operacional, nunca assistiu um UFN ou um TUF Finale, e só sabia que Gabriel Gonzaga lutou com Shane Carwin quando ele assistiu um replay do UFC 96. Mas quando a questão é "O Aranha", sua opinião é muito clara.

"Dois brasileiros lutando, mas vendo o meu ídolo [silva] não me dá escolhas. Estou ansioso por esta luta e eu não posso perdê-la dia 18", disse o pequeno homem, apontando para o 18/04 marcado em sua agenda.

Dez anos atrás, uma luta envolvendo um brasileiro vindo do Muay Thai contra outro brasileiro com raízes no Jiu-jítsu, geraria uma rivalidade parecida como à vista no futebol.

"Anderson vai prevalecer com sua experiência e competência. Se eu tivesse que apostar, eu iria colocar todo o meu dinheiro nele. Mas, na minha opinião Demian Maia deveria ser o desafiante", explica Gerson Cardoso Jr. do Rio de Janeiro. "Mas esses caras (Silva e Leite) irão escrever um capítulo na história do UFC e do Brasil. Brasileiros vão colidir no evento número um do mundo e em uma categoria que, na minha opinião, é a mais dura do UFC. "

O elevado nível técnico dos atletas do UFC é a principal razão de, até agora, apenas um brasileiro ter tido à oportunidade ao título contra um conpatriota após mais de 97 edições do espetáculo. E enquanto o Brasil é conhecido como o principal exportador de talentos, outros países também estão produzindo lutadores de um nível mundial. Mas basta dizer que, se os outros brasileiros que já foram campeões do UFC não foram suficientes para uma comoção nacional no Brasil, certamente Leite e Silva serão.

Fonte: http://frmt-frmt.blogspot.com/

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esse texto aí é traduzido de um que está no site oficial do UFC, deveriam dar crédito ao verdadeiro autor, que por sinal é brasileiro (martins denis)

alias, excelente texto

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Massa o texto.

Mas só uma coisa, não é Thales Leites?

Para com isso um pouco mossilA, aja neuronio :lol: , lutassa, creio q pro Thales esteja sendo uma coisa incrivel, se o Anderson vencer, vai ser normal, afinal e o campeao imbativel, se o Thales vence, o resultado toma outra proporcao o cara pula varias casas nos rankings mundiais, fora o prestigio.

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Belo texto. Dureza essa luta, nós tópicos anteriores que abordaram essa assunto eu apontei o Silva como favorito e justifiquei ,mas só agora percebi que o mais importante nesta luta não será o vencedor ou perdedor e sim onde ficará a cinta, o fortalecimento do mma pelos atletas brasileiros. Ainda vem o maia, toquinho cachorrão, (se não descer de categoria) todos com possibilidades reais de se tornarem campeões nós médios. Todos brasileiros.

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Eu ia escrever um artigo aqui pro portal falando exatamente do marco que é esta luta para o MMA brasileiro.

muito bom texto, mas o texto é do Denis Martins e está na pagina principal do site do UFC.

Givanilson Silva, de 25 anos, analista operacional, nunca assistiu um UFN ou um TUF Finale, e só sabia que Gabriel Gonzaga lutou com Shane Carwin quando ele assistiu um replay do UFC 96. Mas quando a questão é "O Aranha", sua opinião é muito clara.

È engraçado como nessa parte do texto retrata como o Anderson Silva de hoje em dia tem o mesmo apleo e atração ao publico mas leigo em relação ao esporte que a uns anos atras tinha um outro Silva. Antigamente era muito comum ouvir falar mesmo por aqueles que não acompanhavam o MMA fielmente os nomes de Wanderlei Silva e Minotauro como "aqueles caras que batem muito" e hj em dia esse cara é o Anderson.

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Ótimo texto.

Nunca ouvi falar em Marscucci e Paulo César Santos.

Realmente, dois brasileiros fazendo o main event do maior show de lutas do mundo, no esporte que mais cresce no mundo, e no maior mercado consumidor do mundo, é, realmente, algo bastante expressivo, e digno de observação.

A única ressalva que devemos fazer, é isto tudo estar acontecendo, e a cobertura de nossa mídia comum (não especializada) ainda ser tão tímida. Felizmente, isto está mudando. Gradativamente, mas está.

Ainda imagino o dia em que estaremos assistindo o Globoesporte, e veremos manchetes como: "Já estão no Brasil os campeões do UFC, Lyoto Machida e Anderson Silva, que defenderam com sucesso seus cinturões na última edição do evento, realizada neste sábado... Logo mais, os melhores momentos de tudo que aconteceu!". Assim mesmo, em tom de notícia, e não em tom daquelas matérias especiais, que parecem estar nos apresentando um esporte novo. Não que o Globoesporte seja o melhor programa esportivo diário da tv aberta, mas pelo que isso representaria (por sinal, até acho que é).

Por hora, materias como estas são extremamente bem-vindas. Então, que venham estas matérias. E, num próximo nível, que venham as notícias.

Editado por O Predestinado

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esse predestinado sempre fala umas coisas legais !!!!!

to com vc irmaoooo !!!!

espero um dia pode assistir um ufc ao vivo na minha sala, numa tv aberta !!!

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Concordo com a galera acima, dois brasileiros fazendo o main evento acho que é uma situação inédita no UFC, deveria ser mais divulgado na imprensa brasileira não especializada em MMA, espero que em algum tempo essa realidade mude, pelo menos em alguns portais já estamos vendo algumas matérias (ex.UOL, TERRA).

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Nós, brasileiros, ainda não nos demos conta (falo do povão, não da gente do PVT, é claro) do quanto somos importantes para o MMA mundial. Falo em material humano, não em empreendorismo (nessa parte, os americanos e japoneses são os responsáveis pelo crescimento mundial).

Essa disputa do dia 18 de abril está inaugurando uma nova era dos brasileiros, que ficou meio apagada depois do fim do Pride. Ao dia evento do dia 18, some a disputa do UFC 98 (Lyoto), do UFC 100 (T. Alves), do Strike de junho (Baballu vs. Feijão), sem falar na Cris Cyborg que, juntamente com a Carano, é a base do MMA feminino mundial, e temos o maior celeiro produtor de lutadores de qualidade.

Isso sem contar os brasileiros que trabalham fora do octógono, como o Alejarra, o Rogerião, etc..

É isso aí! Brasil!

E esse dia 18 não chega nunca, meu Deus.

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esse predestinado sempre fala umas coisas legais !!!!!

to com vc irmaoooo !!!!

espero um dia pode assistir um ufc ao vivo na minha sala, numa tv aberta !!!

Falou, André, valeu pelo elogio. thumbdown

É como o Bob.Lee disse... o Brasil é o maior celeiro de lutadores do mundo, e a grande massa de nossa população ainda não tem dimensão da nossa importância neste esporte. O futebol ocupa um espaço absurdo na mídia, e costuma-se vender a idéia de que somos a pátria de chuteiras, mas, na minha opinião, esta realidade não existe mais. Pelo menos, o Brasil não produz mais craques como antigamente. Honestamente falando, em termos mundiais, o Brasil, hoje, é muito maior no MMA do que no futebol, e eu ficarei muito mais satisfeito quando formos reconhecidos como a pátria de luvas de 4 onças, pois isto sim, nós somos. não realizamos os maiores eventos do mundo, e talvez alguns de nossos nomes ainda sofram com deficiência em seu treinamento, muitas vezes por falta de recursos... mas, ainda assim, produzimos os atletas mais talentosos.

Boa parte das grandes novidades em termos de posições, novas técnicas, etc, surgem dentro de nossas academias, e muitos dos principais nomes do MMA mundial vêem beber de nossa fonte. Batemos de frente com gente que tem muito mais condições de treino e um aporte financeiro muito melhor que o nosso. E não me refiro necessariamente aos nossos principais nomes, como Minota, Wand, e cia, que podem treinar lé fora, ou memso montar centros de excelência aqui mesmo. Me refiro à grande quantidade de atletas que, ainda em condição de anonimato, precisam ter outro emprego por fora, para manterem vivo o sonho de brilhar neste esporte. Como sabemos, a massificação é um pre-requisito essencial para o crescimento de um esporte. Quanto mais gente treinando, e em melhores condições, maiores as chances de produrzirmos grandes astros. Mas não cuidamos do MMA como cuidamos do futebol. Ou seja, mesmo não tendo uma mesma estrutura de base semelhante à que temos no futebol, ainda assim, produzimos muito mais craques.

O MMA ainda não recebe o tratamento devido aqui no Brasil, condizente com a sua grandeza. Apenas em termos de comparação, o boxe era um esporte onde seus campões eram facilmente reconhecíveis na rua. O boxe entrou em decadência, mas, mesmo assim, o Tyson, já aposentado, quando visitou o Brasil na última vez, foi notícia em tudo que é veículo de comunicação, especializado ou não. Por aqui, tirando o boxe, até há pouco tempo, os lutadores só eram notícia na mídia comum através da sua parcela ruim, que não chega a 1% dos atletas, quando os mesmos se envolviam em brigas os confusões. Hoje, vivemos um trabalho de reeducação do mercado, onde alguns veículos estão tentando desfazer uma imagem ruim construída em cima das lutas, por pessoas que não representam, verdadeiramente, o que é este esporte para a maioria de seus praticantes e adoradores. Alguns destes veículos foram responsáveis, em parte pela prórpria cconstrução de uma imagem negativa em cima dete esporte, como a Globo, por exemplo. A Record, via de regra, ainda persiste numa espécie de campanha contra a difamação do MMA. Não que as notícias ruins não existam. O problema é quando se veicula exclusivamente elas, sem mostrar o outro lado, o lado bom do esporte (que é muito mais amplo). A partir do momento que só falam dos que brigam, e não dos que lutam, a imagem que fica junto ao público leigo só pode ser ruim mesmo. Por isso que digo, quando passarmos a vermos notícias corriqueiras (e positivas) sobre resultados de eventos de lutas, estaremos no nível sonhado.

A boa notícia é que, se nossos lutadores continuarem do jeito que estão, com excelentes resultados, uma hora será inevitável, e todos verão este esporte do tamanho que ele merece.

Editado por O Predestinado

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Sem dúvidas "Scolfield" os méritos devam ir para de quem é de direito mesmo, faltou isso. Mais quanto a reportagem muito show, ótima mesma, mais muitos insistem em colocar o nome LEITE, sendo que o certo é LEITES. Será mais um clássico do MMA que vai entrar na história e ficara para sempre marcado na mente de todos os amantes do MMA. Parabéns ao autor pela materia.

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Esse é o primeiro main-event feito por dois brasileiros?

Otimo texto.

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Esse é o primeiro main-event feito por dois brasileiros?

Otimo texto.

Acho que sim, no máximo que chegamos com brazucas foram co main-events com Wand/Belfort em 1998 no UFC Brazil e Lyoto/Thiago Silva 11 anos depois no UFC 93.

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