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UFC 214: Cormier vs. Jones 2 – Prévia do Card Principal

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UFC 214: Cormier vs. Jones 2 – Prévia do Card Principal
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O mais aguardado evento do ano acontece neste sábado em Anaheim, Califórnia. O UFC 214 terá três disputas de cinturão, com dois brasileiros envolvidos e um dos maiores combates da história do MMA.

Finalmente o grande dia está chegando. Neste sábado, o Honda Center, em Anaheim, Califórnia, será palco do maior evento de MMA do ano. O super card principal do UFC 214 terá três disputas de cinturão, lideradas por uma das maiores lutas da história do esporte, além de dois brasileiros tentando títulos inéditos. A revanche mais aguardada pelos fãs acontece na luta principal quando Jon Jones retorna de suspensão por doping para tentar recuperar o cinturão dos meios-pesados, que hoje está em posse de Daniel Cormier, seu maior rival.

Nos outros duelos válidos por títulos, Demian Maia desafia a coroa dos meios-médios de Tyron Woodley e Cris Cyborg pega a campeã do peso galo do Invicta FC Tonya Evinger pelo título vago do peso pena. Demian e Cris podem tirar o MMA nacional da incômoda posição de ostentar apenas um cinturão na maior organização do MMA mundial.

Abrindo a programação do pay-per-view, dois combates que deixarão os vencedores próximos de uma chance. No peso meio-médio, o ex-campeão Robbie Lawler encara Donald Cerrone numa promessa de pancadaria de proporções bíblicas. Antes, pelo peso meio-pesado, Jimi Manuwa encara o ascendente e invicto no octógono Volkan Oezdemir.

LEIA MAIS UFC 214: Prévia do Card Preliminar

O UFC 214 será transmitido ao vivo e na íntegra pelo canal Combate. A primeira luta do card preliminar está agendada para começar às 19:30h, enquanto a porção principal do evento vai ao ar a partir das 23:00h, sempre pelo horário oficial de Brasília.

Cinturão Peso Meio-Pesado: (C) Daniel Cormier (EUA) vs. #1 Jon Jones (EUA)


Daniel Cormier

É uma situação especial quando o melhor do mundo encara o segundo melhor. Mais especial ainda é quando se trata do melhor de todos os tempos contra um forte candidato a segundo melhor da história da categoria. É exatamente este o panorama que torna a revanche entre Daniel Cormier e Jon Jones tão especial.

Muita coisa aconteceu desde o primeiro encontro, vencido por Jones no UFC 182, em janeiro de 2015. O então campeão primeiro foi pego num antidoping por cocaína que não devia ter valido. Em seguida, teve o cinturão retirado depois de se meter num acidente automobilístico. Neste momento, Cormier foi chamado para substituí-lo contra Anthony Johnson e conquistou o cinturão. Jones cumpriu suspensão aplicada pelo UFC e retornaria desafiando Cormier, que havia vencido Alexander Gustafsson, mas uma lesão do novo campeão fez com que “Bones” enfrentasse Ovince St. Preux pelo título interino, no UFC 197. Jones venceu mostrando sinais de ferrugem e foi escalado para unificar os cinturões na luta principal do UFC 200. Porém, na semana do combate, Jones caiu em outro antidoping, este à vera, por anabolizantes. Durante a nova ausência de Jonny, Cormier enfrentou Anderson Silva e finalizou Rumble Johnson. Depois dessa tremenda novela, finalmente Jones e Cormier resolverão seus problemas no octógono.

Jon Jones

O campeão teve muito tempo para tratar dos problemas que o primeiro duelo lhe causou. Jones se mostrou fisicamente muito forte e capaz de lidar com Cormier no ponto forte do oponente, que é o jogo de curta distância, de clinches, dirty boxing e quedas. DC foi derrubado por Jones e também por Gustafsson e Johnson, mostrando que a defesa do semifinalista olímpico não é exatamente inviolável. Por outro lado, Jones, que só tinha sido derrubado no susto por Gustafsson, foi erguido no ombro por Cormier antes de ser cravado no solo.

Outra lição que Cormier deve ter tirado da luta anterior foi a abordagem. Encarar Jones no corpo a corpo, na marra, se mostrou uma decisão errada. Para esta revanche, Daniel deve apostar mais em movimentação lateral e em entradas cruzadas, que possibilitem tanto o go-behind quanto cinturadas sem virar alvo de uppercuts ou cotoveladas do ex-campeão. Cormier é excelente nestes aspectos e tem obediência tática suficiente para se manter na estratégia sem deixar o lado emocional conduzi-lo para um quebra-pau desnecessário, que favorece o adversário, mais criativo e versátil.

Já Jones é um lutador fisicamente abençoado e tecnicamente fértil, capaz de enfrentar qualquer adversário em qualquer sistema de jogo. Contra OSP, porém, a atuação foi tão abaixo de seu normal que periga levar um sapeca-iaiá caso lute daquela forma com um embalado Cormier. Para ele, controlar a distância, o que ele faz com maestria usando sua absurda envergadura (a maior da história do UFC), é a principal pedida. Jones deve manter um volume de jogo que incomode as aproximações de Cormier, usando bastante os chutes na linha de cintura, conhecida brecha do campeão, para desgastá-lo.

 

Daniel Cormier vs Jon Jones odds - BestFightOdds
 

 

Confesso ter dificuldade de apostar contra Jones, mas esta é a luta sob medida para ele perder pela primeira vez à vera.

Desta vez, acredito que Cormier conseguirá derrubar mais cedo e terá a missão de controlar o enorme desafiante com as costas no chão – ground and pound na riding position é a pedida aqui. Jones, que nunca lutou nesta posição, terá que mostrar uma nova faceta de seu jogo. Porém, como falamos de um gênio, não se pode duvidar da capacidade do ex-campeão.

Esperem por 25 minutos de tensão no limite, com pelo menos três rounds disputados em intensidade monstruosa. Como fez apenas uma luta em dois anos e meio, Jones corre o risco de ter uma queda brusca de rendimento e acabar finalizado, mas a aposta é que ele, depois de aprender contra OSP que excesso de músculos no MMA é peso morto, ajudando apenas a acelerar o desgaste físico, estará na ponta dos cascos para suportar uma guerra e ter o braço levantado ao final do tempo regulamentar, solidificando sua posição como o número um peso por peso da história do MMA.

Cinturão Peso Meio-Médio: (C) Tyron Woodley (EUA) vs. #1 Demian Maia (BRA)

Por Gabriel Carvalho

Tyron Woodley

Depois de sete anos, Demian Maia voltará a disputar um cinturão do UFC. O jiu-jiteiro paulista tem a chance de se tornar campeão dos meios-médios contra Tyron Woodley, atual detentor do título, na luta coprincipal da noite, no duelo que deve marcar a última oportunidade do brasileiro ser campeão.

Como não é um dos atletas mais animados de se ver lutando, Tyron (17-3-1 no MMA, 7-2 no UFC) fez uma caminhada bem silenciosa até o cinturão, que foi conquistado com uma patada na fuça de Robbie Lawler, no UFC 201. Na primeira defesa de título, pegou o carateca Stephen Thompson e fez o combate mais legal de sua carreira, que terminou empatado. Na revanche, uma das piores disputas de cinturão já vistas no octógono e o título mais uma vez ficou com Woodley.

Apesar de ser um wrestler de muito alto nível, duas vezes All-American e capitão da equipe da Universidade de Minnesota, Woodley só aplicou cinco quedas em toda a sua história dentro do octógono. Ele preferiu apostar numa postura de contragolpeador com pouca movimentação, aproveitando algumas brechas para liberar seu enorme poder de fogo nos punhos. O clinch também é uma característica forte presente no jogo de T-Wood, que foi bem usada nos combates contra Lawler, Condit e Thompson, os principais strikers da divisão dos meios-médios.

Demian Maia

Depois da tenebrosa luta contra Anderson Silva, Demian Maia (25-6 no MMA, 19-6 no UFC) passou a ter desempenhos fracos, que não lembravam seu início no UFC, até decidir baixar para a categoria atual. A decisão mudou seu status e deu um novo rumo para a sua carreira. Depois de perder para Rory MacDonald, em fevereiro de 2014, Maia venceu sete lutas seguidas, que lhe deram uma nova oportunidade, agora aos 39 anos, de disputar o maior título do MMA.

Faixa-preta de jiu-jítsu, Demian provavelmente é quem melhor adaptou a arte suave no MMA moderno. Ele usa um jogo de quedas bem efetivo, nem sempre abordando as pernas dos adversários, mas também buscando alguns ataques no corpo e logo buscando as costas do oponente, posição de onde dificilmente sai. O jogo de chão de Maia é tão efetivo que ele quase não tomou golpes nas suas lutas recentes, com exceção do duelo contra Jorge Masvidal, o último.

 

Demian Maia vs Tyron Woodley odds - BestFightOdds
 

 

Temos um confronto clássico de wrestling vs. jiu-jítsu aqui. Woodley não é burro e claramente não vai tentar se arriscar no chão contra Demian, mesmo sendo o melhor wrestler que o brasileiro já teve pela frente. Maia necessita adotar a mesma estratégia de todos os seus combates: enrolar o menos possível na troca de golpes e buscar uma queda para finalizar Tyron ainda nos rounds iniciais.

Woodley provavelmente começará a luta se movimentando pouco e arriscando poucos socos sobre Demian. Já este tentará encurralar o campeão contra a grade para conseguir a queda. Porém, derrubar Woodley no centro do octógono beira a burrice. Demian já enfrentou grandes wrestlers na carreira, mas nenhum no auge físico e técnico como Woodley

O campeão deve arriscar curtas combinações de socos e tenderá a aumentar assim que o brasileiro se frustrar com as tentativas de quedas sem sucesso. Tyron tem mais gás que Demian e isso deve influenciar bastante no decorrer da luta. Contando com uma queda de desempenho do brasileiro e com o preparo físico em dia, Woodley deve nocautear no terceiro ou no quarto round. Caso não consiga, vencerá na decisão num combate não muito animado.

Cinturão Peso Pena: Cris Cyborg (BRA) vs. Tonya Evinger (EUA)

Por Gabriel Carvalho

Cristiane Cyborg

Quatro anos depois do Honda Center ver Ronda Rousey se tornando campeã do UFC, chegou a vez de outra estrela feminina do Strikeforce ter a sua chance de ser coroada na mesma arena. Cris Cyborg encara Tonya Evinger pelo cinturão vago dos penas do UFC.

A história de Cristiane (17-1 no MMA, 2-0 no UFC) é a mais violenta já vista entre as mulheres no MMA. Imbatível desde a derrota na estreia profissional, Cris emplacou 18 lutas sem perder, com 17 vitórias e um combate sem resultado após ser pega num exame antidoping. No UFC, já deixou dois corpos no chão, batendo Leslie Smith e Lina Lansberg.

O muay thai de Cyborg é bem diferente do estilo de Joanna Jedrzejczyk, por exemplo. Ela consegue unir a técnica à sua força incomum para pressionar as adversárias, que nunca foram acostumadas a enfrentar um monstro de tal nível. Cris ainda não precisou usar suas habilidades no chão, mas se aventurou em algumas competições de grappling e teve um certo sucesso. Qual seria a grande falha de Cyborg? A defesa, talvez, que só poderia ser explorada por uma adversária como Holly Holm ou Germaine de Randamie. O gás nunca foi desafiado – quem sabe se sábado será a grande oportunidade?

Tonya Evinger

Se temos uma história de volta por cima que pode terminar com um cinturão no sábado, é a de Tonya Evinger (19-6 no MMA). Ela era uma das favoritas para vencer o TUF 18, mas acabou eliminada ainda na primeira fase, perdendo para a limitada Raquel Pennington. Evinger acertou com o Invicta FC em seguida e nunca mais perdeu, vencendo sete de oito lutas (um no contest), tornando-se campeã do peso galo da organização exclusivamente feminina. Tonya virou uma das atletas mais dominantes do cage hexagonal, ficando atrás apenas de Cyborg, que reinou no peso pena no Invicta.

Tonya não tem uma das melhores trocações do mundo – é o seu forte jogo de solo que se destaca. O tempo de quedas é muito bom, além de o jiu-jítsu ofensivo e defensivo ser muito forte. O ground and pound também é muito bem aproveitado, algo difícil de se ver dentro do MMA feminino. A parte física também é bem decente, que já foi testada em combates que duraram mais de 15 minutos.

 

Cristiane Justino vs Tonya Evinger odds - BestFightOdds
 

 

Um ponto é certo pra este combate: Evinger é melhor lutadora que enfrentou Cyborg em tempos. A americana já vinha se destacando no Invicta FC e tem condições de ser uma top 15 na categoria de baixo do UFC. O grande problema para Tonya é a questão do tamanho, já que Cris é maior fisicamente e com certeza estará mais pesada para o duelo.

Evinger não deve buscar a trocação de forma alguma. Ela precisa tentar se aproveitar de uma abordagem de Cyborg para buscar a queda. A brasileira está mais confortável na situação, já que é mais lutadora e tem a capacidade de intimidar qualquer uma que aparecer na sua frente. Apesar de Evinger ser bem aguerrida, acredito que a americana cairá no segundo round, finalmente coroando Cyborg no UFC.

Peso Meio-Médio: #3 Robbie Lawler (EUA) vs. #7 Donald Cerrone (EUA)

Por Pedro Carneiro

Robbie Lawler

Robbie Lawler (27-11 no MMA e 12-5 no UFC) é um dos lutadores mais viscerais da história do MMA e um dos casos mais interessantes de evolução no esporte. Surgiu no UFC como uma promessa e, após ver sua carreira e vida pessoal descarrilar, entendeu que usar a estratégia durante as lutas e seu imenso poder de nocaute como um meio ao invés de um fim eram o caminho para se alcançar o sucesso na carreira.

Essa mudança foi o catalizador que transformou uma promessa que não vingou em uma máquina de destruição de corpos e almas. Robbie é dono de um arsenal que possui combinações técnicas, extensa criação de ângulos, ataques em linha reta, contragolpes recuando, chutes precisos, cotoveladas e joelhadas sufocantes e um direto de esquerda que suga almas. Some-se tudo isso a um imenso poder de nocaute e eis um dos mais empolgantes lutadores da história. Lawler iniciou a sua carreira no wrestling e, embora não seja esperado que a luta caminhe para esse lado, ele o usa para impor seu assustador ground and pound por cima, já que o jiu-jitsu não é exatamente o seu ponto forte.

Donald Cerrone

Se já estamos saturados da comparação de Robbie Lawler com o Satanás, pode-se dizer que Donald Cerrone (32-8 no MMA e 19-5 no UFC), assim como Tim Maia, James Hunt e George Best, é um legítimo seguidor da lei thelemita de Aleister Crowley, já que o “Cowboy” leva como poucos o estilo de vida baseado em “fazes o que tu queres há de ser o todo da lei”. Após uma sequência interminável de lutas com pouco espaçamento entre elas, Cerrone finalmente fez uma pausa no ritmo doentio e lutará com o que podemos chamar de mais próximo de um camp completo.

Diferentemente do estilo desregrado da vida pessoal, dentro do octógono, Donald Cerrone é um striker polido, com uma versatilidade acima da média e, agora, dotado de potência, em virtude da mudança de categoria e aumento da massa muscular. O Cowboy também possui uma guarda ofensiva e o wrestling, que era um ponto fraco, agora é um bom artificio quando somado ao seu jogo de pernas.

 

Donald Cerrone vs Robbie Lawler odds - BestFightOdds
 

 

Quer ousar dizer que não gostaria que essa luta se transformasse em uma pancadaria alucinante, está mentindo – e isso inclui os dois envolvidos na disputa. Lawler e Cerrone são dois dos lutadores mais alucinados e empolgantes que o esporte já viu, logo, é natural esperar que eles enraízem os pés um de frente para o outro e se espanquem num cabo de guerra valendo a alma. Contudo, e infelizmente, esse não é cenário mais provável que ocorra na noite de sábado. Cerrone, apesar do seu estilo agressivo, não lida bem com pressão – isso já foi visto algumas vezes, como contra Rafael dos Anjos e Jorge Masvidal. Se há alguém nesse planeta que coloca pressão em uma luta, esse atende pela alcunha de Robbie Lawler.

É possível que o Cowboy use suas combinações técnicas e potentes para tentar nocautear, embora a capacidade de Lawler sair de golpes com movimentação de cabeça e jogo de pernas seja um empecilho. Outro problema é que Robbie possui um queixo inacreditável quando se projeta em linha reta e um poder de contragolpe pesado quando anda para trás, o que atrapalharia também os chutes baixos de Cerrone. Como o Cowboy possui essa famigerada dificuldade de lutar pressionado, Lawler se torna quase um antidoto para o jogo de Cerrone.

Tendo tudo isso em vista, a aposta é numa vitória por nocaute técnico de Robbie Lawler no máximo no segundo round.

Peso Meio-Pesado: #3 Jimi Manuwa (NIG) vs. #5 Volkan Oezdemir (SUI)

Por Rafael Oreiro

Jimi Manuwa

Posicionado como plano de contingência para a luta principal da noite, o nigeriano naturalizado inglês Jimi Manuwa (17-2 no MMA, 6-2 no UFC) vive sua melhor fase no UFC. Finalmente recuperado das lesões que vinham atormentando-no desde 2014, o “Poster Boy” emendou dois nocautes sobre integrantes do top 10, em Ovince St. Preux e Corey Anderson. Analisando suas derrotas, vemos que Manuwa só perdeu para integrantes da elite indiscutível da divisão, nocauteado por Anthony Johnson e Alexander Gustafsson.

Manuwa é um kickboxer, habilidoso e mortal, com muita força nos punhos e boa desenvoltura nos pés, com uma excelente capacidade de estirar corpos no chão – 14 de suas 16 vitórias foram por nocaute. Se estiver inseguro em pé, o “Poster Boy” pode prender a luta no clinch, onde consegue controlar bem as ações, como demonstrou contra Jan Blachowicz. Na luta agarrada, Manuwa não chega perto de ter a mesma sofisticação que tem na troca de golpes. Mesmo sendo um faixa roxa de jiu-jitsu, ele ainda não demonstrou habilidade que justifique a graduação, apesar de se defender razoavelmente por baixo, o que normalmente é necessário por causa de sua deficiência na defesa de quedas.

Volkan Oezdemir

Volkan Oezdemir (14-1 no MMA, 2-0 no UFC) pode se tornar nesse sábado a maior surpresa do ano no UFC. Chamado em cima da hora para substituir Blachowicz, em fevereiro, o suíço acabou vencendo Ovince St. Preux na decisão dividida, numa luta que muita gente deseja esquecer. Já subindo direto para o top 5, Oezdemir foi tido como zebra novamente ao enfrentar Misha Cirkunov, mas acabou descarrilando o caminhão letão rapidamente, com um nocaute em menos de 30 segundos, que cementou seu lugar merecido atualmente nos rankings.

Antigo membro da Blackzilians que acabou seguindo Henri Hooft para a Combat Club, Volkan é outro striker com excelente média de nocautes – 10 em 14 vitórias. Não tão habilidoso quanto Manuwa, o suíço também varia bem entre socos e chutes, mas por vezes se deixa levar demais pelo calor da emoção, aceitando demais a troca de golpes no infighting. Espertamente, seu principal foco no camp para esta luta foi o wrestling, que parece ter sido treinado exaustivamente por Greg Jones em Miami. Sem ter demonstrado nenhum aspecto da luta agarrada até agora no UFC, este pode ser o caminho escolhido para neutralizar Manuwa.

 

Jimi Manuwa vs Volkan Oezdemir odds - BestFightOdds
 

 

Apesar de não chamar tanto a atenção neste card principal, o combate entre Manuwa e Oezdemir pode muito bem ser uma das melhores lutas da noite, o que, neste UFC 214, seria excelente.

Manuwa tem uma caixa de ferramentas mais profunda na trocação e, caso Oezdemir repita a tendência de trocar na curta distância, tem tudo para ser deitado pelo britânico. Porém, com Hooft no córner, é mais provável que o suíço não repita este erro, sendo mais cauteloso na luta em pé e buscando não ficar muito tempo no raio de ação de Manuwa. Com os dez anos de diferença entre os dois, se Oezdemir conseguir se manter longe dos punhos fortes do “Poster Boy”, não seria nenhum absurdo ele acabar achando o queixo já testado do britânico.

A chave principal que deve decidir a luta é o quanto o wrestling de Oezdemir evoluiu durante o camp. Caso seja capaz de vencer a deficiente defesa de quedas de Manuwa, ele tem possibilidade de marcar dois rounds para seu nome e acabar como vencedor na decisão. Porém, o cenário mais provável é Manuwa conseguir se manter em pé por tempo suficiente para aproveitar um descuido de Oezdemir, conseguindo um nocaute na segunda metade da luta.

 
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Fonte: mma brasil
Editado por dvd1975
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Gostei das opiniões sem ficar em cima do muro.

Esse que fez a matéria será que é o Alexandre Matos? Gosto das participações dele no Sexto Round também.

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Eu corrigiria algumas informações aí, mas muito bom.

O Woodley não é nem de longe o melhor wrestler que o Demian já enfrentou. Sonnen TRT e Weidman são bastante superiores nesse quesito. 

O que o Woodley tem são defesas de quedas,  enquanto esses outros dois tem um wrestling ofensivo muito melhor.

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1 hora atrás, danielxisto disse:

Gostei das opiniões sem ficar em cima do muro.

Esse que fez a matéria será que é o Alexandre Matos? Gosto das participações dele no Sexto Round também.

Sim ele mesmo! 

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2 horas atrás, dvd1975 disse:

Sim ele mesmo! 

Valeu dvd. Ele manja muito.

E sempre sugiro os podcasts do Sexto Round pra quem nunca ouviu.

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6 horas atrás, danielxisto disse:

Gostei das opiniões sem ficar em cima do muro.

Esse que fez a matéria será que é o Alexandre Matos? Gosto das participações dele no Sexto Round também.

Eu achei bem pobre do ponto de vista técnico. 

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2 horas atrás, danielxisto disse:

Valeu dvd. Ele manja muito.

E sempre sugiro os podcasts do Sexto Round pra quem nunca ouviu.

Com certeza,  conheço a pouco tempo,  mas vc e uma galera sempre tem dados bons depoimentos a respeito dele! 

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Boas análises. Apresenta poucas coisas novas as discussões das lutas que vínhamos tendo aqui, mas é sempre bom ouvir boas leituras e análises. 

A coisa do DC não entrar em linha reta é realmente interessante. 

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