masterblaster

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Tudo que masterblaster postou

  1. Parabéns pela filha João, Deus a abençoe e a toda sua família. Não tem nada melhor nesse mundo. Muitas felicidades para vocês! Grande notícia!
  2. O Ninja sempre foi guerreiro demais, mas o boxe do Lawler sobrou ali. E embora sem diferença de peso, nessa época o Murilo já deveria ter parado. Muito triste o que fizeram com a carreira dele.
  3. Verdade, sempre questionamos a guarda baixa do Poatan aqui. Já tem um tempo que isso deveria ter sido corrigido, mas não sei se o Hill conseguiria capitalizar isso tecnicamente a seu favor como o Adesanya fez. Mas pode acertar o Poatan numa explosão sim. E realmente acredito que vai ser em pé mesmo, não vejo ninguém quedando, mas se rolar um aperto o Hill pode tentar. De toda sorte, relativamente ainda é o oponente mais tranquilo para o Poatan.
  4. Pois é, exatamente isso. O que ele tem de título é um absurdo. E se tem todos é porque é realmente excepcional. E também, como já foi dito, não é culpa dele que a categoria é bem rasa. Gostei muito do post do @pipo trazendo as comparações com o Anderson Silva e do seu com o Jon Jones. E não dá para chamar de atalhos, simplesmente cada um pegou o que a categoria tinha para oferecer. O @afterforever falou bem demais também, só o Royce alcançou isso, num tempo em que fazia 3 a 4 lutas, mas por outro lado todos os lutadores eram unidimensionais e desconheciam nosso jiu-jitsu. Então não dá para desmerecer o Poatan de jeito nenhum. Ele é muito fora da curva.
  5. Concordo muito com isso. E espero que seja dessa forma, porque no infight e na trocação o Poatan é bem superior tecnicamente e tem mais chances de se dar bem. Já se o Hill tentar levar para o chão pode complicar mais.
  6. O pai dele é um excelente treinador e estrategista, muito inteligente. Mas não foi um bom gestor da carreira dele. Dá para entender, porque veio de uma época em que lutador lutava sem recusar luta e no tempo dele essa era a mentalidade. Mas com certeza poderia ter arrumado um bom empresário e ficar cuidando dos treinos, que aí não perderia inclusive o timing de ir para eventos maiores.
  7. Como o @Sartori disse, ele se desgastou muito rápido, fez uma quantidade enorme de lutas antes de ter uma chance mais expressiva. Se desgastou demais antes de ter um boom.
  8. Isso é bem verdade, nosso caráter era muito trabalhado ali. Disciplina, perseverança, insistência, paciência, foco, resiliência... eram trabalhados a fundo da maneira mais bruta possível, mas com resultados que ficavam para o resto da vida. E você fala da sua modalidade não ser tão conhecida, mas o kickboxing na época começou como full contact e pouca gente conhecia também. E de certa forma isso ajudava bastante, porque quem praticava acabava muito mais unido. Lembro que a primeira vez que subi no ringue foi contra o Charles, um faixa laranja bem agressivo. Pensei "vou impressionar logo com um chute rodado de calcanhar", mas não estava acostumado com o amortecimento do compensado do ringue e nem pensei nisso, então quando chutei o pé de base torceu para dentro e tive um estiramento que demorou meses para melhorar. E foi o Charles quem me ajudou, foi andando apoiando no ombro dele até em casa. Essas amizades que se formavam eram muito fortes e honestas. Esse treino usando as duas bases pouca gente fazia e se tornou uma vantagem enorme quando começamos a lutar em campeonatos e depois em lutas casadas. Na academia era sempre isso, "jab e direto, troca de base jab e direto, de troca, troca, troca... jab, cruzado e chute com a perna de trás, troca de base e jab, direto e chute com a perna de trás, troca, troca...". Tivemos muita sorte com professores sérios que trouxeram o m elhor que podiam para nós. Muita saudade.
  9. O pai do Cassiano era o treinador dele e exigia demais. Me falou que treinava o filho muito para que na hora da luta não fosse tão difícil, no que concordo totalmente. Todas as vezes que encontrei o Cassiano, ele estava com o pai e o irmão, que lutava também, embora em menor escala. O Cassiano é um doce de pessoa, muito tranquilo e simpático. Extremamente humilde e disposto a aprender. E um senhor lutador, teve uma quantidade enorme de lutas com um resultado impressionante, considerando a idade dele.
  10. Ah, isso era bem comum mesmo. Se o iniciante viesse com pressão tinha que botar um freio nele, senão ficava feio até para o aluno mais experiente . Por ex., já vi gente entrando com a faixa branca mas que já era graduado em outras modalidades e que já vinha descascando nos treinos para cima de um faixa verde. Já vi boxeador treinando com a faixa branca e descendo a lenha no primeiro dia. Aí estava treinando com um faixa verde da academia, que não tinha opção senão frear o cara na base da pancada mesmo, ou ele que passaria vergonha. Isso era bem comum. Mas em geral o branca que entrava puro, iniciante mesmo, queria mais era aprender, e esses a gente respeitava e ensinava. Dava para entender quando o cara acelerava um pouco sem noção ou intenção. Puxa, com relação ao Ninja, o encontrei em 2008 acho, quando ele e o Shogum foram a Teresópolis para um Fury Fight onde o Cassiano Tyschio estava lutando. Na época conversei com ele e estava normal, um pouco magro mas falando direitinho (do jeito que sempre falou). Deve ter piorado depois, uma pena. A carreira dele foi muito mal gerida.
  11. Do jeito que você descreveu dá uma nostalgia danada! Quando você começou em 2004 eu já estava quase saindo, e você descreveu o cenário perfeitamente. Foi até aproximadamente 2000 e poucos mesmo. E tinha esse clima de treino pesado sempre, nada de separar por peso (o que eu acho extremamente válido), e sem aliviar. Lembro que a gente ainda tomava cuidado com os iniciantes, mas se eles apertassem o passo não podíamos deixar barato. Mas em geral quem chegava ficava tranquilo, exceto se já lutasse alguma outra coisa. Como o full contact estava começando, havia muita gente de outras modalidades (em Teresópolis do kyokushin principalmente), que achava que aquilo não era sério e ia para a academia só para tentar fazer graça. Lembro que quando começavam a pegar pesado eu olhava para o Fernando e pela cara dele já sabia que era para arrepiar. Aí descia o braço mesmo. E luta tinha todo dia. Os treinos chegavam a ser piores do que a luta. Outra coisa que eu lembro era que o Fernando puxava o teto solo, esticava ele bem e se apoiava com os dois cotovelos em cima. Dava um tempo e chamava "Fulano, chega aqui", e o incauto ia todo bobo. Daí ele soltava o teto solo e ia em cheio na cara do coitado! kkk! O que tinha de gente com cara de bobo e com o nariz sangrando como você falou era uma barbaridade! kkk! Mas a gente aprendia rápido e no final quando ele chamava já ia pronto para esquivar. Parecia uma brincadeira, mas aquilo servia para criar uma "maldade" na gente, que se traduzia em ficar atento o tempo todo, e coisas como essa acabavam desenvolvendo uma personalidade que servia tanto para dentro quanto para fora dos ringues. E era isso mesmo que você falou, às vezes a gente se machucava bem e todo mundo ria, ninguém ligava a não ser que fosse algo muito sério. Quando começou a onda do vale tudo, sexta feira sim sexta não, depois do último treino a gente fechava a academia e eu e meu mestre ficávamos pelo menos meia hora treinando sem luvas. Hoje não existe mais isso, mas esses treinos tiveram seu valor. E particularmente acho que quem quer lutar luta, então por mais que os treinos sejam científicos e elaborados hoje em dia, tem que sair na mão pelo menos quinzenalmente. Porque o combate é a essência. Essa "raiva competitiva" que você falou já aconteceu comigo por outra razão, e foi quando percebi que perdi um campeonato amador por não ter me preparado do jeito que deveria e ter morrido no gás. Essa constatação acabou comigo na época mas foi uma grande motivação também, porque me prometi que nunca mais perderia uma luta por falta de preparo e honrei isso. Essa época foi muito, mas muito boa mesmo. As amizades que criávamos naquele ambiente de dor e esforço não morriam. Dá muita saudade.
  12. Mas o próprio Cordeiro preferia ensinar do que lutar, daí juntou a fome com a vontade de comer, a vontade dele e a necessidade da academia. Com o Ninja foi um absurdo mesmo, aquela luta com o Kharitonov não deveria ter acontecido, não só pela diferença de peso, mas as estruturas físicas eram muito diferentes.
  13. O que acham dessa matéria? Independente do mérito bateu muito saudosismo.
  14. kkk! Não conheço esse cara não! Mas brincadeira à parte, lá não tinha como passar com louvor, porque a ideia era quebrar o novato e mostrar a força da academia e a união dos atletas. Então se você passasse razoavelmente bem por um, ia ter que fazer como outro e com outro até ser derrubado. O que importava quando você chegava ali era o quanto você conseguia aguentar. Você era analisado principalmente por isso.
  15. Nós em Teresópolis treinávamos absolutamente tudo nas duas bases, Fernando sempre fez muita questão disso e cobrava eficiência igual inclusive nos exames de faixa. Servílio nesse ponto ajudava demais também. Ali também foi um excelente casamento de boxe com tkd e karate.
  16. "Lembro que um dia o Assuério quebrou três narizes"! kkkk! Sobre o Rafael eu já tinha comentado com você isso. Fazia frente com todo mundo e era difícil de ser tocado porque tinha uma técnica absurda. Era o capitão do coração da equipe. Rudimar era o mestrão, mas quem todo mundo respeitava para os treinos mesmo era o Cordeiro. E essa "brutalidade" que ele mencionou era comum nos esportes de contato dos anos 80/90. Lembra do @LAWYERmencionando os treinos de karate no portas fechadas? A CB simplesmente continuou com esses treinos em vez de fazer as adaptações que as outras academias fizeram. Te disse que não estranhei os treinos porque já fazia assim com o Fernando e ele exigia demais da gente, não aliviava mesmo. O ponto é que todo mundo ali se tornava uma família e se protegia, aí criava rivalidade com outras academias. E se alguém de fora quisesse entrar e aparecer em cima dos atletas da academia, não se criava mesmo. E os treinos eram brutos e violentos sim, mas luta é isso. Hoje é difícil entender o pensamento da época, mas as lutas eram levadas muito a sério. Isso que ele falou do Saulo é bem verdade mesmo. Quem treinava lá tinha que mostrar seu melhor, principalmente se fosse novato. E o Saulo tinha mais é que esperar por isso em vez de se sentir desrespeitado. Treinar com o Dida achando que ia ser treino leve? Só de ver o cara no ringue dava para saber que não tinha como. Se você fizesse um sparring com o Wand pensando em respeito, por ex., caía na primeira explosão dele. Tinha era que ir para frente e tentar botar pressão o tempo todo e mesmo assim o bicho pegava. Respeito era fora do ringue, dentro o coro comia sem pena. E na minha opinião estava certinho, tinha que ser assim mesmo. Se o Saulo foi para lá pensando em aliviar em treino, foi para o lugar errado. Só para você ver, a amizade do Wand com o Shogum era muito forte, mas no ringue isso sumia. O condicionamento era para lutar mesmo e pronto. E se você entra no ringue pensando em corpo mole está desrespeitando o oponente sim. Época de ouro da CB. Lembro também quando ele comenta que o Rafael ou o Rudimar chegavam no ouvido do cara e falavam "agora é a sua vez", isso acontecia igualzinho com o Fernando. O coro estava comendo no ringue, ele chegava no ouvido da gente e falava "o próximo é você, se prepara para subir", e adrenalina ia a mil. Inesquecível.
  17. Acho é que ele é muito esperto. Se cavar uma boa migração para o boxe contra oponentes de nome, mesmo que não sejam top, já vai fazer muito mais dinheiro que no MMA. E considerando que o MMA atualmente só se traduz em luta de verdade no ONE e no Rizin, sendo no UFC um grande entretenimento, quer pelo desrespeito, por exemplo, à hierarquia que se tem que galgar para alcançar o cinturão, quer pela promoção de lutadores que fazem mais mídia em detrimento de outros que lutam mais mas não tem tanto apelo, ele está bem certinho.
  18. O Fernando para mim foi inigualável. Já estava aqui e tinha fundado a CBKB antes do Zorello chegar com a WAKO. A dureza dos treinos e a diversidade de técnicas dele era absurda para a época. Num tempo em que ainda se lutava full contact a gente já treinava low kicks, joelhadas e cotoveladas. E ainda tinha o boxe do Servílio. Ele buscava o melhor das modalidades e adaptava para o nosso treino, e a gente só adaptava o treino para as regras do campeonato em que iria lutar. E tudo que não existe mais, como calejamento e sparring direto, a gente fazia. Tanto que nem senti muita diferença quando cheguei na CB. Tinha muita gente boa, mas não tinha mídia, porque o esporte era novo e já havia outros bem tradicionais como o shotokan e o kyokushin. E por terem contatos no Japão (vide o sensei Negume, que dava aulas em Teresópolis e foi enviado cá para o Brasil pelo próprio Oyama), já tinham as conexões para o K1 e outros eventos. Mas o pessoal era muito bom. Tinha por exemplo o André Roubert, que foi 6 ou 7 vezes campeão mundial amador.
  19. O Rafael e isso mesmo, onde ele vai agrega todo mundo e faz uma família ali. E isso acaba influindo muito no treinamento. Todos se motivam e incentivam mutuamente. E o Tyson diz ali que até pensou no Freddie Roach, mas acabou escolhendo o brasileiro e ficou impressionado com ele. Que moral tem o Cordeiro. E merecidíssima.
  20. Sem problemas, meu amigo. Para falar a verdade, você é um colega que gosto bastante e curto demais as postagens, inclusive mais antigo do que eu aqui. Foi a forma que se expressou que me confundiu, e aí faço um mea culpa. Como eu comentei com o @Gurkha, acho que a velhice está batendo na porta..
  21. O Rafael tem uma inteligência adaptativa e um conhecimento de biomecânica aplicada ao esporte absurdos, Nego. Aprende e sabe repassar. E trabalha b agressivamente, como você falou.
  22. Por aqui tudo bem, muito obrigado! Estamos lidando com aquelas chuvas fortes só para variar, mas até agora está indo! Kkk!