masterblaster
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Michael Bisping impressionado com o que Alex Poatan já fez no MMA!!
masterblaster replied to NEGO DÁGUA's topic in Vale Tudo
Verdade, sempre questionamos a guarda baixa do Poatan aqui. Já tem um tempo que isso deveria ter sido corrigido, mas não sei se o Hill conseguiria capitalizar isso tecnicamente a seu favor como o Adesanya fez. Mas pode acertar o Poatan numa explosão sim. E realmente acredito que vai ser em pé mesmo, não vejo ninguém quedando, mas se rolar um aperto o Hill pode tentar. De toda sorte, relativamente ainda é o oponente mais tranquilo para o Poatan. -
Michael Bisping impressionado com o que Alex Poatan já fez no MMA!!
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Pois é, exatamente isso. O que ele tem de título é um absurdo. E se tem todos é porque é realmente excepcional. E também, como já foi dito, não é culpa dele que a categoria é bem rasa. Gostei muito do post do @pipo trazendo as comparações com o Anderson Silva e do seu com o Jon Jones. E não dá para chamar de atalhos, simplesmente cada um pegou o que a categoria tinha para oferecer. O @afterforever falou bem demais também, só o Royce alcançou isso, num tempo em que fazia 3 a 4 lutas, mas por outro lado todos os lutadores eram unidimensionais e desconheciam nosso jiu-jitsu. Então não dá para desmerecer o Poatan de jeito nenhum. Ele é muito fora da curva. -
Michael Bisping impressionado com o que Alex Poatan já fez no MMA!!
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Concordo muito com isso. E espero que seja dessa forma, porque no infight e na trocação o Poatan é bem superior tecnicamente e tem mais chances de se dar bem. Já se o Hill tentar levar para o chão pode complicar mais. -
O pai dele é um excelente treinador e estrategista, muito inteligente. Mas não foi um bom gestor da carreira dele. Dá para entender, porque veio de uma época em que lutador lutava sem recusar luta e no tempo dele essa era a mentalidade. Mas com certeza poderia ter arrumado um bom empresário e ficar cuidando dos treinos, que aí não perderia inclusive o timing de ir para eventos maiores.
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Isso é bem verdade, nosso caráter era muito trabalhado ali. Disciplina, perseverança, insistência, paciência, foco, resiliência... eram trabalhados a fundo da maneira mais bruta possível, mas com resultados que ficavam para o resto da vida. E você fala da sua modalidade não ser tão conhecida, mas o kickboxing na época começou como full contact e pouca gente conhecia também. E de certa forma isso ajudava bastante, porque quem praticava acabava muito mais unido. Lembro que a primeira vez que subi no ringue foi contra o Charles, um faixa laranja bem agressivo. Pensei "vou impressionar logo com um chute rodado de calcanhar", mas não estava acostumado com o amortecimento do compensado do ringue e nem pensei nisso, então quando chutei o pé de base torceu para dentro e tive um estiramento que demorou meses para melhorar. E foi o Charles quem me ajudou, foi andando apoiando no ombro dele até em casa. Essas amizades que se formavam eram muito fortes e honestas. Esse treino usando as duas bases pouca gente fazia e se tornou uma vantagem enorme quando começamos a lutar em campeonatos e depois em lutas casadas. Na academia era sempre isso, "jab e direto, troca de base jab e direto, de troca, troca, troca... jab, cruzado e chute com a perna de trás, troca de base e jab, direto e chute com a perna de trás, troca, troca...". Tivemos muita sorte com professores sérios que trouxeram o m elhor que podiam para nós. Muita saudade.
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O pai do Cassiano era o treinador dele e exigia demais. Me falou que treinava o filho muito para que na hora da luta não fosse tão difícil, no que concordo totalmente. Todas as vezes que encontrei o Cassiano, ele estava com o pai e o irmão, que lutava também, embora em menor escala. O Cassiano é um doce de pessoa, muito tranquilo e simpático. Extremamente humilde e disposto a aprender. E um senhor lutador, teve uma quantidade enorme de lutas com um resultado impressionante, considerando a idade dele.
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Ah, isso era bem comum mesmo. Se o iniciante viesse com pressão tinha que botar um freio nele, senão ficava feio até para o aluno mais experiente . Por ex., já vi gente entrando com a faixa branca mas que já era graduado em outras modalidades e que já vinha descascando nos treinos para cima de um faixa verde. Já vi boxeador treinando com a faixa branca e descendo a lenha no primeiro dia. Aí estava treinando com um faixa verde da academia, que não tinha opção senão frear o cara na base da pancada mesmo, ou ele que passaria vergonha. Isso era bem comum. Mas em geral o branca que entrava puro, iniciante mesmo, queria mais era aprender, e esses a gente respeitava e ensinava. Dava para entender quando o cara acelerava um pouco sem noção ou intenção. Puxa, com relação ao Ninja, o encontrei em 2008 acho, quando ele e o Shogum foram a Teresópolis para um Fury Fight onde o Cassiano Tyschio estava lutando. Na época conversei com ele e estava normal, um pouco magro mas falando direitinho (do jeito que sempre falou). Deve ter piorado depois, uma pena. A carreira dele foi muito mal gerida.
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Do jeito que você descreveu dá uma nostalgia danada! Quando você começou em 2004 eu já estava quase saindo, e você descreveu o cenário perfeitamente. Foi até aproximadamente 2000 e poucos mesmo. E tinha esse clima de treino pesado sempre, nada de separar por peso (o que eu acho extremamente válido), e sem aliviar. Lembro que a gente ainda tomava cuidado com os iniciantes, mas se eles apertassem o passo não podíamos deixar barato. Mas em geral quem chegava ficava tranquilo, exceto se já lutasse alguma outra coisa. Como o full contact estava começando, havia muita gente de outras modalidades (em Teresópolis do kyokushin principalmente), que achava que aquilo não era sério e ia para a academia só para tentar fazer graça. Lembro que quando começavam a pegar pesado eu olhava para o Fernando e pela cara dele já sabia que era para arrepiar. Aí descia o braço mesmo. E luta tinha todo dia. Os treinos chegavam a ser piores do que a luta. Outra coisa que eu lembro era que o Fernando puxava o teto solo, esticava ele bem e se apoiava com os dois cotovelos em cima. Dava um tempo e chamava "Fulano, chega aqui", e o incauto ia todo bobo. Daí ele soltava o teto solo e ia em cheio na cara do coitado! kkk! O que tinha de gente com cara de bobo e com o nariz sangrando como você falou era uma barbaridade! kkk! Mas a gente aprendia rápido e no final quando ele chamava já ia pronto para esquivar. Parecia uma brincadeira, mas aquilo servia para criar uma "maldade" na gente, que se traduzia em ficar atento o tempo todo, e coisas como essa acabavam desenvolvendo uma personalidade que servia tanto para dentro quanto para fora dos ringues. E era isso mesmo que você falou, às vezes a gente se machucava bem e todo mundo ria, ninguém ligava a não ser que fosse algo muito sério. Quando começou a onda do vale tudo, sexta feira sim sexta não, depois do último treino a gente fechava a academia e eu e meu mestre ficávamos pelo menos meia hora treinando sem luvas. Hoje não existe mais isso, mas esses treinos tiveram seu valor. E particularmente acho que quem quer lutar luta, então por mais que os treinos sejam científicos e elaborados hoje em dia, tem que sair na mão pelo menos quinzenalmente. Porque o combate é a essência. Essa "raiva competitiva" que você falou já aconteceu comigo por outra razão, e foi quando percebi que perdi um campeonato amador por não ter me preparado do jeito que deveria e ter morrido no gás. Essa constatação acabou comigo na época mas foi uma grande motivação também, porque me prometi que nunca mais perderia uma luta por falta de preparo e honrei isso. Essa época foi muito, mas muito boa mesmo. As amizades que criávamos naquele ambiente de dor e esforço não morriam. Dá muita saudade.
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Mas o próprio Cordeiro preferia ensinar do que lutar, daí juntou a fome com a vontade de comer, a vontade dele e a necessidade da academia. Com o Ninja foi um absurdo mesmo, aquela luta com o Kharitonov não deveria ter acontecido, não só pela diferença de peso, mas as estruturas físicas eram muito diferentes.
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10 coisas que eram definitivamente melhores no Pride
um tópico no fórum postou masterblaster Vale Tudo
O que acham dessa matéria? Independente do mérito bateu muito saudosismo. -
kkk! Não conheço esse cara não! Mas brincadeira à parte, lá não tinha como passar com louvor, porque a ideia era quebrar o novato e mostrar a força da academia e a união dos atletas. Então se você passasse razoavelmente bem por um, ia ter que fazer como outro e com outro até ser derrubado. O que importava quando você chegava ali era o quanto você conseguia aguentar. Você era analisado principalmente por isso.
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"Lembro que um dia o Assuério quebrou três narizes"! kkkk! Sobre o Rafael eu já tinha comentado com você isso. Fazia frente com todo mundo e era difícil de ser tocado porque tinha uma técnica absurda. Era o capitão do coração da equipe. Rudimar era o mestrão, mas quem todo mundo respeitava para os treinos mesmo era o Cordeiro. E essa "brutalidade" que ele mencionou era comum nos esportes de contato dos anos 80/90. Lembra do @LAWYERmencionando os treinos de karate no portas fechadas? A CB simplesmente continuou com esses treinos em vez de fazer as adaptações que as outras academias fizeram. Te disse que não estranhei os treinos porque já fazia assim com o Fernando e ele exigia demais da gente, não aliviava mesmo. O ponto é que todo mundo ali se tornava uma família e se protegia, aí criava rivalidade com outras academias. E se alguém de fora quisesse entrar e aparecer em cima dos atletas da academia, não se criava mesmo. E os treinos eram brutos e violentos sim, mas luta é isso. Hoje é difícil entender o pensamento da época, mas as lutas eram levadas muito a sério. Isso que ele falou do Saulo é bem verdade mesmo. Quem treinava lá tinha que mostrar seu melhor, principalmente se fosse novato. E o Saulo tinha mais é que esperar por isso em vez de se sentir desrespeitado. Treinar com o Dida achando que ia ser treino leve? Só de ver o cara no ringue dava para saber que não tinha como. Se você fizesse um sparring com o Wand pensando em respeito, por ex., caía na primeira explosão dele. Tinha era que ir para frente e tentar botar pressão o tempo todo e mesmo assim o bicho pegava. Respeito era fora do ringue, dentro o coro comia sem pena. E na minha opinião estava certinho, tinha que ser assim mesmo. Se o Saulo foi para lá pensando em aliviar em treino, foi para o lugar errado. Só para você ver, a amizade do Wand com o Shogum era muito forte, mas no ringue isso sumia. O condicionamento era para lutar mesmo e pronto. E se você entra no ringue pensando em corpo mole está desrespeitando o oponente sim. Época de ouro da CB. Lembro também quando ele comenta que o Rafael ou o Rudimar chegavam no ouvido do cara e falavam "agora é a sua vez", isso acontecia igualzinho com o Fernando. O coro estava comendo no ringue, ele chegava no ouvido da gente e falava "o próximo é você, se prepara para subir", e adrenalina ia a mil. Inesquecível.
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Acho é que ele é muito esperto. Se cavar uma boa migração para o boxe contra oponentes de nome, mesmo que não sejam top, já vai fazer muito mais dinheiro que no MMA. E considerando que o MMA atualmente só se traduz em luta de verdade no ONE e no Rizin, sendo no UFC um grande entretenimento, quer pelo desrespeito, por exemplo, à hierarquia que se tem que galgar para alcançar o cinturão, quer pela promoção de lutadores que fazem mais mídia em detrimento de outros que lutam mais mas não tem tanto apelo, ele está bem certinho.
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Rafael Cordeiro treinando Mike Tyson para Jake Paul
masterblaster replied to NEGO DÁGUA's topic in Vale Tudo
O Fernando para mim foi inigualável. Já estava aqui e tinha fundado a CBKB antes do Zorello chegar com a WAKO. A dureza dos treinos e a diversidade de técnicas dele era absurda para a época. Num tempo em que ainda se lutava full contact a gente já treinava low kicks, joelhadas e cotoveladas. E ainda tinha o boxe do Servílio. Ele buscava o melhor das modalidades e adaptava para o nosso treino, e a gente só adaptava o treino para as regras do campeonato em que iria lutar. E tudo que não existe mais, como calejamento e sparring direto, a gente fazia. Tanto que nem senti muita diferença quando cheguei na CB. Tinha muita gente boa, mas não tinha mídia, porque o esporte era novo e já havia outros bem tradicionais como o shotokan e o kyokushin. E por terem contatos no Japão (vide o sensei Negume, que dava aulas em Teresópolis e foi enviado cá para o Brasil pelo próprio Oyama), já tinham as conexões para o K1 e outros eventos. Mas o pessoal era muito bom. Tinha por exemplo o André Roubert, que foi 6 ou 7 vezes campeão mundial amador. -
Rafael Cordeiro treinando Mike Tyson para Jake Paul
masterblaster replied to NEGO DÁGUA's topic in Vale Tudo
O Rafael e isso mesmo, onde ele vai agrega todo mundo e faz uma família ali. E isso acaba influindo muito no treinamento. Todos se motivam e incentivam mutuamente. E o Tyson diz ali que até pensou no Freddie Roach, mas acabou escolhendo o brasileiro e ficou impressionado com ele. Que moral tem o Cordeiro. E merecidíssima. -
Rafael Cordeiro treinando Mike Tyson para Jake Paul
masterblaster replied to NEGO DÁGUA's topic in Vale Tudo
Sem problemas, meu amigo. Para falar a verdade, você é um colega que gosto bastante e curto demais as postagens, inclusive mais antigo do que eu aqui. Foi a forma que se expressou que me confundiu, e aí faço um mea culpa. Como eu comentei com o @Gurkha, acho que a velhice está batendo na porta.. -
Rafael Cordeiro treinando Mike Tyson para Jake Paul
masterblaster replied to NEGO DÁGUA's topic in Vale Tudo
O Rafael tem uma inteligência adaptativa e um conhecimento de biomecânica aplicada ao esporte absurdos, Nego. Aprende e sabe repassar. E trabalha b agressivamente, como você falou. -
Rafael Cordeiro treinando Mike Tyson para Jake Paul
masterblaster replied to NEGO DÁGUA's topic in Vale Tudo
Por aqui tudo bem, muito obrigado! Estamos lidando com aquelas chuvas fortes só para variar, mas até agora está indo! Kkk!