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Opinião: PFL e UFC trazem duas respostas para "o que o fã de MMA quer"

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Opinião: PFL e UFC trazem duas respostas para "o que o fã de MMA quer"

A partir desta semana, telespectador do Combate vai poder optar se prefere uma fórmula mais simples e direta para definir seus campeões, ou se o modelo baseado em astros é o que o atrai mais

Por Adriano Albuquerque

Esta semana, o fã brasileiro de MMA vai ter a chance de ver no canal Combate dois estilos diferentes de se pensar o esporte e decidir qual o agrada mais. Na sexta-feira, estreia a temporada 2021 da Professional Fighters League (PFL), uma organização que modela sua disputa nas grandes ligas de esportes coletivos e pretende oferecer um caminho meritocrático ao cinturão. No sábado, é o tradicional UFC que faz seu retorno às arenas lotadas com um card que simboliza o modelo focado em astros e mídia.

Será a oportunidade do fã dizer se quer mesmo o que diz querer - uma disputa mais justa e direta, em que vitórias levam o lutador ao título independentemente de sua fama - ou se prefere o que vem apoiando há anos no UFC - lutas entre os maiores astros, muitas vezes apesar de os resultados esportivos não justificarem.

O UFC afirma que promove as lutas que os fãs querem, e o crescimento vertiginoso da companhia, há mais de uma década isolada em audiência e espaço na mídia em relação à concorrência, parece validar o argumento. Poucos eventos sequer se aproximam de sua relevância, apesar de seguirem fórmula semelhante.

A PFL surgiu em 2018 disposta a tentar algo diferente para cavar seu espaço. Para isto, escutou uma frequente crítica entre lutadores e fãs: a de que o UFC privilegia a fama e entretenimento ao mérito esportivo. Lutadores com grandes sequências de vitórias são preteridos por nomes de maior mídia com resultados inferiores, às vezes até vindos de derrota, o que frustra o atleta, confuso sobre o que precisa fazer para conquistar o sonhado cinturão, e o seu fã.

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Natan Schulte (centro) é o atual bicampeão peso-leve da PFL: apesar de desconhecido, venceu o torneio duas vezes — Foto: Divulgação/PFL

A solução da PFL foi adaptar a fórmula das grandes ligas como NBA e NFL e criar um formato simples e direto. Os lutadores passam por uma "temporada regular" (essencialmente uma fase de classificação, com duas lutas para cada atleta) e conquistam pontos a cada vitória. Os atletas são ranqueados de acordo com os pontos conquistados, e os melhores classificados avançam aos "playoffs".

Desta forma, o lutador não depende de matchmaker para casar uma luta favorável, ou de quantos seguidores tem nas redes sociais. Quem vencer, avança e enfrenta quem estiver do outro lado da chave em cruzamento olímpico: primeiro colocado enfrenta o quarto, segundo pega o terceiro. Fácil de entender, simples de acompanhar.

O problema deste formato é que nem sempre isso significa que os lutadores mais empolgantes, ou mais famosos, vão se enfrentar na final. Assim como na Liga dos Campeões não é Real Madrid x Barcelona ou Cristiano Ronaldo x Messi na final todo ano, e na NBA não tem Lakers x Celtics ou LeBron James x Steph Curry na decisão sempre. E será que o público vai estar tão interessado em ver dois lutadores mais conservadores disputando o cinturão como se interessam por um Porto x Monaco ou um Spurs x Pistons?

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Leon Edwards venceu suas últimas oito lutas, mas ainda assim não recebeu uma disputa de cinturão no UFC — Foto: Getty Images

O modelo do UFC raramente admite esses riscos. Ele depende de vendas de pay per view, de onde vêm grande parte do lucro do Ultimate, enquanto a PFL, assim como as grandes ligas em que se espelha, tem sua receita garantida através de contratos de transmissão em TV a cabo e streaming. Uma luta com audiência inferior não afeta tanto seus resultados financeiros quanto afeta o Ultimate. Para eles, não dá para arriscar e depender de "time pequeno": o pay per view precisa vender.

É por isso que no UFC 261 de sábado, em vez de enfrentar Leon Edwards, vencedor de oito lutas consecutivas, o campeão peso-meio-médio Kamaru Usman vai encarar Jorge Masvidal, a quem derrotou em julho passado, mas que virou uma lenda em 2019 com vitórias espetaculares sobre Darren Till, Ben Askren e Nate Diaz. É por isso que Valentina Shevchenko, campeã dos moscas, não vai enfrentar Lauren Murphy, vindo de quatro vitórias na categoria, mas Jéssica Bate-Estaca, ex-campeã peso-palha, que só fez uma luta na divisão.

Pensando no critério esportivo, Edwards e Murphy provavelmente mereciam mais a disputa do cinturão. Mas seja sincero: quais lutas te interessariam mais ver? Usman x Edwards ou Usman x Masvidal? Shevchenko x Murphy ou Shevchenko x Bate-Estaca? As vendas de pay per view do evento provavelmente vão dar esta resposta.

 
A partir de sexta-feira, será a vez de o fã brasileiro comparar e dar a sua resposta também.
 
O Combate transmite o primeiro evento da temporada 2021 da PFL nesta sexta-feira a partir de 18h30 (horário de Brasília). No sábado, o canal exibe ao vivo o UFC 261 a partir de 18h40 (de Brasília). O SporTV 3 e o Combate.com mostram as duas primeiras lutas dos dois eventos, e o Combate.com acompanha os dois eventos em Tempo Real.

 

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Acho GP muito mais empolgante. Podemos perder casamentos, caras foda Caírem na primeira fase, como Rumble vs Romero, no Bellator? Sim, mas vence o melhor..

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Se todos os eventos fossem um mesmo modelo também estaríamos insatisfeitos , cada um com o seu estilo ,mesmo que eu gostaria que o UFC fosse diferente em algumas coisas ...

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13 minutos atrás, Eder Jofre55 disse:

Se todos os eventos fossem um mesmo modelo também estaríamos insatisfeitos , cada um com o seu estilo ,mesmo que eu gostaria que o UFC fosse diferente em algumas coisas ...

Concordo. Seria mais do mesmo.

O modelo do UFC não é ruim pra nós. É ruim pro atleta que vence e acha que merce adversários condizentes mas pra nós, assistir um Adesanya subindo pra pegar o Jan sem mérito algum foi mais empolgante do que terem dado um Smith da vida.

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21 minutos atrás, Silverchair disse:

Concordo. Seria mais do mesmo.

O modelo do UFC não é ruim pra nós. É ruim pro atleta que vence e acha que merce adversários condizentes mas pra nós, assistir um Adesanya subindo pra pegar o Jan sem mérito algum foi mais empolgante do que terem dado um Smith da vida.

Exato, tem o lado meritório que muitas vezes não é respeitado mas tem  também muitas lutas que foram legais de se assistir e provavelmente não  teriam saído das mesas de bar e bate papos de internet se o modelo do UFC fosse outro! 

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