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Demetrious Johnson fica decepcionado ao se dar conta do quão mal pago era no UFC

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Em meio ao processo movido por lutadores contra a organização, ex-campeão do peso-mosca diz: “Fiz todas as contas e fiquei arrasado”. Lutador se aposentou em setembro, já no ONE

Lenda do MMA, Demetrious Johnson anunciou a aposentadoria do esporte em setembro, enquanto ressaltou que a mudança do UFC para o ONE Championship foi a melhor decisão de sua carreira. E dentre as razões levantadas por ele, a remuneração financeira está no topo da lista. O norte-americano garantiu que a transferência mudou a sua vida e que não há arrependimentos.

 

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Em um dos processos antitruste movidos contra o UFC, foram revelados dados financeiros que mostram o quanto os lutadores estavam recebendo. Em média, o retorno para os atletas girava em torno de 16% a 20% em relação a receita total obtida pela organização. Para efeito de comparação, em outras ligas importantes como a NFL ou a NBA, esse percentual é consideravelmente maior, com os atletas ficando com uma fatia de cerca de 50% do faturamento. Um dos maiores nomes do UFC, o -peso-mosca comentou sobre o caso e não escondeu a insatisfação.

 

- ONE Championship é a melhor coisa que já aconteceu comigo. Obviamente, o processo (antitruste do UFC) acabou de entrar em (aprovação) preliminar e lembro que alguém disse que você fica com 23% do que você faz na companhia - disse Johnson ao site "MMA Fighting".

 

Aos 38 anos, Johnson ostenta um cartel de 25 vitórias e apenas quatro derrotas em quase duas décadas dedicadas ao esporte. “Mighty Mouse” fez história no UFC entre 2011 e 2018, mas em retrospectiva considera que recebeu menos do que deveria. O norte-americano contou que ficou decepcionado ao avaliar o retorno financeiro que teve na organização comandada por Dana White.

- Naquele período de 2011 até 2017 (do processo antitruste do UFC), eu tive 17 lutas. Acho que 12 delas foram lutas de campeonato mundial e cinco não foram. Então, fiz todas as contas e fiquei: “foi só isso que eu fiz?” Eu estava na cama ontem à noite só fazendo as contas. Eu estava simplesmente arrasado - confessou. Johnson foi o primeiro e único campeão do peso-mosca do UFC até ser derrotado por Henry Cejudo em decisão dividida dos juízes, em agosto de 2018. E o combate com o compatriota acabou marcando o ponto final de Mighty Mouse na organização que dominou por tantos anos. Por isso, apesar de lamentar a própria situação, Johnson ainda conseguiu pensar em seus colegas de profissão que não tiveram tanto destaque quanto ele.

 

- Se eu me sinto assim, e era o campeão e estava ganhando todas as minhas lutas, não acho que ninguém mais na divisão peso-mosca estava ganhando mais dinheiro do que eu. Então, se me sinto assim, imagine como esses caras se sentem.

 

Com esses desdobramentos, Johnson voltou a ressaltar a felicidade pela mudança para o ONE Championship. E embora isso tenha acontecido na esteira da perda do título do peso-mosca, ele garantiu que não mudaria o resultado mesmo se pudesse voltar no tempo.

 

- Foi a melhor decisão de carreira que já tomei. Eu amo o ONE Championship por isso e ainda estou envolvido com o ONE Championship ajudando-os a construir sua marca e seus lutadores. Estou muito feliz - finalizou Johnson.

 

Mesmo insatisfeito com toda a questão financeira, Johnson admitiu que estava ciente de todos os contratos que assinou e sabia exatamente o quanto estava ganhando. Além disso, fez questão de reconhecer a importância do UFC em sua vida e disse que foram os resultados obtidos lá que o credenciaram a dar o passo seguinte na carreira.

Profissional de MMA desde 2009, Demetrious Johnson chegou em 2011 ao UFC, onde se tornou campeão peso-mosca e estabeleceu o recorde de mais defesas de título consecutivas (11), entre 2012 e 2018. No ano seguinte fez sua estreia no ONE - na nova casa conquistou seis vitórias e apenas uma derrota. Logo após sua aposentadoria, Dana White disse que Johnson seria incluído no Hall da Fama do UFC.

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Ta aí um cara q não pode reclamar.  UFC deu a faca e o queijo na mão qdo TJ Dillashaw, muito mais popular q ele, aceitou descer de peso mesmo tendo o cinturão dos galos para fazer a superluta (algo raro) e ele recusou.

Fazer sequência de defesas de cinturão é mtas vezes uma estatística vazia q agrada só uns fãs hardcores de forum de lutas.  Cariaso, Moraga, Bagautinov, Tim Elliot, Wilson Reis.  São lutadores de card preliminar.  Com a exceção de Dodson (raro nocauteador p categoria), Benavidez, Horiguchi e Cejudo não tinha mais nenhum material humano ali.  Pra terem ideia o único main event de card numerado q ele fez sem substituir lutas q caíram foi contra Bagautinov.  E no fim das contas tudo é lei da oferta e demanda.  Se não vende, não tem pq ganhar mais 

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50% em cima da receita total de um evento que tenha vendido 50.000 ppv, em alguns casos, pode significar ganhar menos que um evento que reverte 25% da receita total, mas que vende 180.000 ppv. Tudo depende do montante do bolo versus a fatia distribuída.

Ou estou perdendo algum detalhe?

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