pipo 0 Postado July 17, 2023 imprimir A primeira metade do ano do MMA veio e se foi, deixando-nos com alguns momentos e memórias especiais, incluindo o UFC 290 e a International Fight Week, evento que marca a metade do calendário do MMA. Agora é hora de olhar para as maiores questões que precisam ser abordadas na segunda metade do ano, incluindo possíveis aposentadorias dos grandes nomes do MMA Jon Jones e Stipe Miocic , e as perspectivas da divisão dos meio-pesados após o anúncio de que o campeão Jamahal Hill deixou o cinturão vago devido a lesão. Brett Okamoto, Marc Raimondi e Jeff Wagenheim refletem sobre a situação dos pesos pesados e meio-pesados, além do futuro de uma das categorias mais competitivas do MMA feminino e muito mais. Zero, 1 ou 2: Quantos lutadores vão se aposentar depois de Jones-Miocic no UFC 295? Raimondi: Um. Miocic terá 41 anos quando a luta acontecer. Ele tem um emprego em tempo integral como bombeiro, que planeja manter. Miocic já disputou grandes lutas, conquistou duas vezes o título dos pesos pesados e o defendeu um total de quatro vezes - a maior quantidade de defesas de título da história da categoria. Ganhando ou perdendo em novembro, Miocic conquistou praticamente tudo o que pode no MMA . Jones provavelmente será sua última luta de muito dinheiro. O que mais sobraria para o operário nativo de Ohio? Madison Square Garden seria uma boa maneira de sair. Jones já falou em aposentadoria, mas não acho que essa seja a última luta dele. Ele passou três anos ganhando peso apenas para se afastar depois de duas lutas na categoria de peso? Eu não compro. O problema é que não há muitas estrelas no peso pesado agora, especialmente com a saída de Francis Ngannou . Jones saiu do meio-pesado porque sentiu que estava começando a lutar contra caras que não tinham grandes nomes. Essa é provavelmente uma das razões. Mas depois daquela finalização rápida de Ciryl Gane em março, está claro que Jones ainda tem muito no tanque. Wagenheim: Um. Acho que isso será tudo para Miocic - uma oferta final para aprimorar ainda mais seu já brilhante legado e um último dia de pagamento maior que o salário de um bombeiro. Na noite da luta, fará 2 anos e meio desde que Miocic pisou pela última vez no octógono. Quanto ele tem deixado? Espera-se que ele tenha pelo menos cinco rodadas competitivas ainda. É possível que a resposta correta para essa pergunta seja 1½ - já que Jones pode dizer que se aposentou após a luta. Mas ele ganharia apenas meio ponto por isso, porque duvido seriamente que ele fosse embora para sempre. Se ele vencer, Jones pode exigir muito dinheiro do UFC, que pode estar disposto a tirar o pó da carteira para evitar a perda de sua estrela peso-pesado no momento em que Ngannou está prestes a entrar na jaula do PFL. Okamoto: Como Marc e Jeff apontaram, a resposta mais provável é obviamente uma. Miocic já é considerado o maior peso pesado de todos os tempos. Esta é a luta de assinatura para encerrar sua carreira. Jones ainda é relativamente jovem e está no auge. Óbvio, certo? Mas permita-me jogar algumas coisas lá fora. Se Miocic conseguir a reviravolta, acho que a resposta se torna zero. Por melhor que fosse assistir Miocic se aposentar com uma vitória frustrante sobre Jones, não acho que ele faria isso e você provavelmente pode adivinhar o porquê. Dinheiro. Imagine a demanda por uma revanche. Miocic estaria na melhor posição de barganha de sua vida, e ele a usaria. Se Jones vencer, não estou descartando a possibilidade de que a resposta seja dois. Ele já demonstrou que pode ficar de fora por vários anos e ficar bem. Ele tem o legado e tem o dinheiro. Existem outros contendores para ele no peso pesado, mas existem lutas de dinheiro grande? Jones sugeriu a aposentadoria, e não estou tão pronto para dizer que não há nada de real nisso. Ele é um cara que precisa de muito incentivo para lutar nesse momento da carreira, e não vejo outra luta além dessa que obviamente proporcione isso. Preencha o espaço em branco: O estado da divisão dos meio-pesados do MMA é ________. Por que? Wagenheim: um vale-tudo. Todo mundo é campeão. Não, ninguém é. Nos três anos desde que Jones deixou o título vago para seguir em frente, houve quatro campeões, mais do que em qualquer outra categoria de peso do UFC na época. E aqui está uma distinção importante: os últimos dois campeões não foram destronados dentro do cage. Tudo isso cria uma hierarquia obscura entre os lutadores de 205 libras, especialmente quando você considera que o campeão do Bellator, Vadim Nemkov , pode reivindicar legitimamente ser o melhor de todos os 205. Okamoto: Estranho. É uma divisão maluca. Honestamente, acho que tem sido muito maluco desde Jiří Procházka x Glover Teixeira . Essa foi uma luta extremamente divertida, mas também foi uma luta estranha. Ambos meio que envenenaram e ficaram desleixados. Ambos os lutadores tiveram suas chances de afastar o outro, mas tomaram decisões estranhas que não aproveitaram seus pontos fortes. Foi uma grande luta para assistir, mas foi intrigante para analisar. As coisas só ficaram mais estranhas desde então. Uma lesão grave para Procházka. Uma luta pelo título vago terminando em empate. Uma disputa de cinturão disputada às pressas no Brasil, onde um dos contendores sequer estava entre os cinco primeiros da categoria. E agora outra lesão grave forçou o atual campeão, Jamahal Hill, a desocupar devido a uma lesão no tendão de Aquiles. Chame isso de maldição de Jon Jones. Esta divisão teve zero impulso ou clareza desde que ele saiu. O retorno de Procházka no segundo semestre deste ano ajudará, mas quem sabe? Neste ponto, espere o inesperado. Raimondi: Amaldiçoado? Amaldiçoado? Houve mais campeões que abandonaram o título meio-pesado do UFC (três) do que defenderam o título (uma) nos últimos três anos. Essa é uma estatística maluca. Jones largou o cinturão em 2020 para se preparar para uma mudança para o peso pesado e, desde então, dois dos três lutadores que detinham o título desocuparam devido a lesões graves. E, no meio disso tudo, teve aquela bizarra luta pelo título do UFC 282 em dezembro passado, quando o ex-campeão Jan Blachowicz e Magomed Ankalaev empataram, deixando o cinturão vago. Hill parecia que poderia ter sido uma força estabilizadora para a divisão, mas nunca teve a chance de defender o título enquanto o UFC esperava por Procházka. Pode haver uma luz no fim do túnel, no entanto, com o ex-campeão dos médios Alex Pereira subindo para o meio-pesado. Ele deve ver ação instantânea no topo da divisão, especialmente contra alguém como Procházka, mas primeiro, Pereira tem uma luta dura contra Blachowicz no UFC 291 em 29 de julho. Real ou não: Se Alexa Grasso derrotar Valentina Shevchenko novamente, ela será a melhor lutadora feminina P4P. Raimondi: Real. Grasso teve altos e baixos quando lutou no peso palha, mas definitivamente encontrou um lar no peso mosca, vencendo cinco lutas seguidas lá. Se ela vencer Shevchenko em lutas consecutivas, não haverá mulher no mundo com currículo melhor nos últimos três anos. Shevchenko havia perdido apenas duas vezes no UFC até março – ambas contra Amanda Nunes . Então, se Grasso nocauteasse Shevchenko novamente, ela teria conseguido o mesmo feito da maior lutadora de MMA feminino de todos os tempos. Zhang Weili é a melhor lutadora peso por peso da ESPN no momento. Ela luta no UFC 292, no dia 19 de agosto, contra Amanda Lemos . Mas mesmo que ela vença essa luta, não seria tão impressionante quanto Grasso vencendo Shevchenko pela segunda vez. E não estamos muito longe de Zhang perder para Rose Namajunas duas vezes. Esse descritor de rainha libra por libra volta para o México com Grasso se ela vencer a luta em 16 de setembro, que é o Dia da Independência do México. Wagenheim: Estou inclinado a manter Weili no primeiro lugar, a menos que ela caia de cara na defesa do título peso-palha no mês que vem contra o nono colocado Lemos. O esplêndido trabalho de Zhang inclui vitórias sobre três campeãs do UFC - Joanna Jedrzejczyk (duas vezes), Jessica Andrade e Carla Esparza . Suas duas únicas derrotas na última década foram em lutas consecutivas contra outra campeã, Namajunas. Grasso está invicto desde que passou para o peso mosca em 2020 e duas vitórias consecutivas sobre Shevchenko seriam uma conquista imensa. Mas quando Leon Edwards derrotou Kamaru Usman , número 1 libra por libra , no verão passado, e o venceu novamente sete meses depois, "Rocky" não subiu automaticamente para o topo do ranking. Para eu elevar Grasso, ela teria que absolutamente fumar Shevchenko combinado com uma atuação ruim de Zhang contra Lemos. Okamoto: Essa é realmente difícil. Quando você está falando sobre classificações libra por libra, muitas vezes é uma discussão de cabelos divididos. Existem argumentos a serem feitos para várias respostas, e esse é o caso aqui. Aqui está como eu vejo isso. Em termos de currículo, Grasso mereceria. Eu não esqueci o quão brilhante Shevchenko é uma lutadora de artes marciais mistas, apesar de ela parecer um pouco chata em suas apresentações recentes. Se Grasso conseguir enfrentar esse tipo de desafio duas vezes em lutas consecutivas, seu currículo parecerá melhor do que o de Zhang. Mas as classificações libra por libra são subjetivas. O currículo é importante, mas a opinião e os exames oftalmológicos também. Qualquer pessoa pode simplesmente olhar para currículos e nomes de classificação. É para isso que servem os rankings divisionais. As classificações libra por libra são especulativas. E agora, eu provavelmente favoreceria Zhang em uma luta por Grasso, então eu a tornaria a número 1. Com quem Islam Makhachev lutará a seguir? Com quem ele realmente deveria lutar? Wagenheim: Não estou a par do funcionamento interno da máquina de matchmaking do UFC, mas minha sensação é que Makhachev defenderá seu cinturão contra um peso leve real, não Alexander Volkanovski . A era campeão-campeão deve estar ficando velha para o UFC, que prefere encabeçar suas grandes lutas com disputas de cinturão. E a promoção está ficando sem campeões no momento. Então, por que permitir que um deles ocupe duas vagas de estacionamento? Vimos Makhachev-Volkanovski há apenas cinco meses e, embora tenha sido um sucesso que merece um bis, vamos dar-lhe tempo para marinar. Claro que o peso leve que mais faz sentido como desafiante ao título, Charles Oliveira , também seria uma revanche para o campeão. Por causa disso, o vencedor da luta de 29 de julho entre Dustin Poirier e Justin Gaethje pode abrir caminho para uma disputa de título. Não vou reclamar muito porque um daqueles brutamontes tentou atacar Makhachev, mas seria um desserviço para Oliveira. No mês passado, "Do Bronx" nocauteou o maior lutador da categoria, Beneil Dariush , e também venceu por finalizações Poirier e Gaethje. Raimondi: Parece que a única boa opção agora é Volkanovski. Isso vem com a ressalva de que Volkanovski está pronto para a saúde; ele diz que precisa de uma cirurgia no braço. Oliveira disse a Aaron Bronsteter do TSN durante a semana do UFC 290 que ele não estará pronto para outubro, quando Makhachev provavelmente lutará no UFC 294 em Abu Dhabi. Outra possibilidade seria o vencedor de Poirier x Gaethje. Mas isso parece uma reviravolta muito rápida depois de uma luta que provavelmente será uma briga violenta. Então provavelmente será o Volkanovski, o campeão dos penas. E ei, ninguém pode reclamar de uma revanche do que talvez tenha sido a luta do ano entre dois dos melhores lutadores peso por peso do mundo. Mas parte de mim gostaria de ter visto Oliveira, que estava fenomenal ao derrotar Dariush no UFC 289 em junho. Makhachev venceu Oliveira no ano passado por finalização. Mas Oliveira já é um dos melhores do mundo há algum tempo e mais do que mereceu uma revanche. Okamoto: Volkanovski e Volkanovski. É um pouco lamentável (eu acho?) que as duas principais opções para Makhachev sejam os dois últimos homens que ele derrotou em Volkanovski e Oliveira. Mas é apenas lamentável no sentido de que acabamos de ver esses confrontos. Caso contrário, não é nada lamentável. Ambas as revanche são fogo puro. Ambos têm narrativas e ambos têm personagens. Eu quero ver os dois. E eu realmente não consigo imaginar nada acontecendo na luta entre Poirier e Gaethje mudando minha opinião sobre isso. Poirier ou Gaethje conseguir uma chance pelo título eventualmente é bem merecido, mas Volkanovski e Oliveira são lutas maiores para Makhachev. Oliveira dizendo que não estará pronto para lutar até outubro quase garante que será Volkanovski x Makhachev em Abu Dhabi. E mesmo que Oliveira dissesse que estaria pronto, acho que o UFC está tão impressionado com Volkanovski - como todos nós - que a promoção iria com ele de qualquer maneira. Qual lutador você está ansioso para ver o retorno de uma lesão ou uma longa pausa? Okamoto: Tom Aspinall . Eu sei, eu sei, Procházka é a resposta óbvia e por um bom motivo. Ele era um campeão na época da lesão e parece capaz de ser campeão por muito tempo. Mas Aspinall é mais intrigante para mim - por uma ampla margem. Ele é um peso pesado que não se move como um peso pesado. Ele tem capacidade atlética e é completo. Ele é um finalizador. Não em um assustador Sergei Pavlovichmeio que, mas talvez de uma forma ainda mais perigosa. E estou lhe dizendo, se Aspinall voltar de um ano de folga devido a uma lesão no joelho e explodir o teto do O2, o que ele costuma fazer, esse é o tipo de coisa que pode chamar a atenção do campeão. Agora, de repente, não temos apenas um novo desafiante ao título dos pesos pesados em Aspinall. Temos uma grande luta. EUA x Inglaterra. Você pode imaginar Jones viajando para o Reino Unido para matar um deles? Esse é o tipo de coisa que faria o mundo dos esportes parar. Então, sim, por mais intrigante que seja o retorno de Procházka, o retorno de Aspinall carrega potencialmente implicações muito maiores. Wagenheim: Sinto que estávamos apenas conhecendo Procházka quando ele desapareceu. Ele conquistou o título dos meio-pesados em apenas sua terceira luta no UFC há pouco mais de um ano, e desde então está afastado devido a uma lesão. O que eu amo em Procházka é que ele chegou ao topo da montanha por um caminho inventivo e imprevisível - golpes giratórios, uma finalização do nada etc. Ele pode não ser tão dominador quanto Khamzat Chimaev ou ter os sete currículo de luta pelo título de Namajunas - outros que estiveram ausentes por um período e devem retornar em breve - mas Procházka é mais divertido de assistir do que qualquer um no esporte no momento. Mal posso esperar para vê-lo novamente em breve, especialmente com seu antigo título novamente vago. Raimondi: Procházka. Ele é um dos lutadores mais emocionantes do mundo, e parecia que ele traria uma nova vibe para a divisão dos meio-pesados do UFC na era pós-Jon Jones. Em vez disso, ele nem teve a chance de ter uma única defesa de título. A boa notícia é que o samurai tcheco tem apenas 30 anos, o que é muito jovem para as categorias de peso do UFC. Portanto, devemos receber muito mais destaques de Procházka no futuro. Qual luta você mais espera em 2023? Wagenheim: Posso dizer Nate Diaz vs. Jake Paul 2, a sequência enjaulada que o mundo realmente precisa? OK, se tivermos que nos ater às lutas de MMA que já foram marcadas, vou com a única resposta que existe: Poirier x Gaethje. Essa é a minha escolha porque contém a palavra mágica: Gaethje. Um confronto de toda a ação é garantido, e eu estou lá para isso. Confesso, porém, que a primeira luta que me veio à cabeça foi Jones x Miocic. Mas estou preocupado que Miocic não seja afiado o suficiente para dar uma luta contra Jones. Okamoto: Makhachev vs. Volkanovski 2. É o nível mais alto de MMA no jogo agora. Claro que é o que eu mais esperaria. Ambos estão no topo absoluto de seu jogo. Eles se respeitam, o que traria ainda mais à tona o melhor de suas habilidades. Acredito em Volkanovski quando ele diz estar convencido de que vai vencer pela segunda vez, pelo que aprendeu na primeira. E tenho certeza de que Makhachev fará seus próprios ajustes. Por mais tático e competitivo que tenha sido a primeira luta, acredito que a revanche será ainda melhor, pois é com eles que estamos lidando, dois campeões que são capazes de elevar seu jogo ainda mais do que vimos em fevereiro. Há muitas lutas boas para o resto do ano. Mas vamos lá. Makhachev x Volkanovski 1 é, neste momento, a minha luta do ano. Tenho certeza que o segundo encontro será ainda melhor. Raimondi: Eu poderia ser um hipster e escolher algo obscuro aqui. Mas vamos ser realistas por um segundo. Poirier e Gaethje vão travar um slugfest absoluto no UFC 291. O mítico título da BMF está em jogo. Ambos os homens são alérgicos a brigas chatas. A violência estará no cardápio em Salt Lake City, e eu estarei lá com minha faca e garfo. Os dois já lutaram em 2018 e foi a luta do ano da ESPN. Poirier e Gaethje melhoraram desde então, mas nenhum deles se tornou avesso ao risco. Então, eles vão dar alguns tiros para acertar um tiro e todos nós estaremos lá assistindo na ponta de nossos assentos enquanto eles se envolvem em uma batalha de vontades. Compartilhar este post Link para o post Compartilhar em outros sites
