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ONE: Entrevista Guto Inocente. "Quero lutar em três modalidades. Ter agenda cheia em 2023"

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ONE: Guto Inocente quer lutar em três modalidades e agenda cheia em 2023

Peso-pesado já esteve ação no kickboxing na organização asiática, mas prevê lutar também muay thai e MMA

 

 

 

Guto Inocente é um dos representantes brasileiros no peso-pesado do ONE Championship. Veterano dos principais eventos de MMA e trocação do mundo, o lutador já tem três lutas na organização asiática, todas no kickboxing.

Mas, em entrevista exclusiva ao Combate, Guto contou que pretende mostrar sua versatilidade em outras modalidades.

 

- Eu assinei no ONE três modalidades, que é o kickboxing, muay thai e o MMA. E eu estou muito feliz com isso, porque eu vou poder trabalhar em todas as áreas. E até hoje eu só tive oportunidade de lutar no kickboxing, mas eu já estou pechinchando ali e pedindo uma oportunidade no MMA também. Eles já me jogaram no kickboxing, aí já fui engatando boas lutas. Me deram uma boa oportunidade também. E agora eu quero já ou uma boa oportunidade de novo de me manter no topo ali da categoria no kickboxing, ou uma boa chance no muay thai ou no MMA.

Guto Inocente — Foto: ONE Championship

Guto Inocente — Foto: ONE Championship

 

Veja abaixo a entrevista completa com Guto Inocente:

Você tem experiência no MMA, mas seu ponto forte é a trocação. Você assinou com o ONE só para lutar kickboxing, onde já fez três lutas, ou também vai lutar MMA?

Não, eu assinei no ONE três modalidades, que é o kickboxing, muay thai e o MMA. E eu estou muito feliz com isso, porque eu vou poder trabalhar em todas as áreas. E até hoje eu só tive oportunidade de lutar no kickboxing, mas eu já estou pechinchando ali e pedindo uma oportunidade no MMA também. Eles já me jogaram no kickboxing, aí já fui engatando boas lutas. Me deram uma boa oportunidade também. E agora eu quero já ou uma boa oportunidade de novo de me manter no topo ali da categoria no kickboxing, ou uma boa chance no muay thai ou no MMA.

E você já tem alguma previsão de quando vai lutar?

Não tem nada certo. Eles tinham me chamado para fazer uma luta de kickboxing em dezembro, que ia ser contra o Ismael Londt. Só que eles não sei por que resolveram adiar. Eu acho que é até por causa do acordo com o Canal Combate, eles preferiram colocar minha luta para para 2023.

 

Você normalmente faz seu camp todo em Brasília mesmo ou costuma viajar quando tem uma luta marcada?

Meu camp é todo feito em Brasília mesmo. E eu tenho um grande parceiro de treino em Goiânia, que é o Anderson Braddock, que ele também é atleta do ONE, foi atleta do Glory também. Ele é muito bom de kickboxing e é peso pesado, me ajuda muito. E eu estou fechando agora para janeiro um camp em Belo Horizonte com uma galera de fora. O campeão do ACA da Rússia, um cara lá do ONE também, e aí vai ser um camp de peso pesado, vai ser bom.

Sua última luta no ONE, contra o Roman Kryklya, acabou tendo uma polêmica por conta da interrupção do árbitro, e você sofreu seu primeiro revés no evento. Analisando novamente você ainda considera uma interrupção equivocada ou concorda com ela?

Acredito que eu conseguiria me recuperar. Mas eu também não acho que o árbitro estava errado, não. Eu tomei um knockdown, caí de frente e aí, quando eu levantei, tomei um chute que não me abalou, mas fez muito barulho. Aí eu acho que aquilo ali impressionou o árbitro e fez com que ele parasse a luta. E foi para me proteger, né? Então ele estava certo.

 

Como é para um lutador de kickboxing lutar dentro de um cage redondo, algo totalmente diferente do ringue de cordas e quatro lados que vocês estão acostumados?

Na verdade, muda um pouco tecnicamente. Porque no ringue a gente tem algumas jogadas de encurralar. É muito mais fácil você colocar o adversário no canto, você quer usar um certo golpe, você bota ele para mexer para o lado que você quer. No cage já não tem isso, ainda mais que lá é circular mesmo. Então o cara fica com os dois lados abertos, é difícil encurralar. Mas eu não senti muita diferença. Eu não senti a diferença entre o cage e o ringue, porque não precisei usar muito. Mas eu acredito que no ringue a gente tem algumas vantagens, algumas estratégias, alguns jogos que são diferentes.

O fato de você ter lutado bastante MMA te ajudou nessa adaptação?

Eu acho que ajudou sim, porque eu me lembro a primeira vez que eu fui lutar MMA numa jaula, e senti isso que você tá falando. Eu tipo, me senti meio fora da área mesmo para me adaptar, demorei um pouco. Mas agora, com certeza para lutar kickboxing eu me senti muito mais à vontade, porque eu já tinha experiência dentro do cage. É muito diferente, é maior. E não tem como encurralar o adversário.

Sempre que falamos de kickboxing, logo vem o Glory à cabeça porque é o evento mais tradicional da atualidade. O que você pode falar do nível das lutas de trocação do ONE?

Eu vejo, até no próprio canal, a galera às vezes fala: "Ah, o Glory é o maior evento do mundo de kickboxing”. E eu discordo totalmente. No ONE o nível é muito alto e principalmente nas categorias mais leves. Os caras estão voando baixo. Tem uma galera da Ásia ali muito forte. E em relação às outras modalidades, é isso, é muito legal para um evento que atrai um público diferente, vários públicos diferentes. E eles botam os melhores atletas de cada área, então eles pegam, o melhor do jiu-jítsu, os moleques bons no kickboxing, traz os tailandeses, os caras bons no muay thai. Então eu acho isso bem legal, que eles estão trazendo só o alto nível para todos os tipos de esporte.

 

O público de lá é como o do Pride, onde os japoneses faziam silêncio durante praticamente toda a luta, ou são mais agitados?

Não, não. A galera faz um barulho, faz mais barulho do que no Japão, que era aquele silêncio. E a galera torce mais, mas eu senti o respeito mesmo, eles têm uma admiração pelo artista marcial que é diferenciado. Muito, muito diferente daqui do Brasil. No Brasil, são poucos os que vêm falar com você na rua, lá não, lá todo mundo para na rua para falar, para tirar foto. Então eles idolatram mesmo. Eles têm aquele negócio tradicional, de samurai. Eu acho que isso serve lá em Cingapura também, onde é a base do ONE.

Conte um pouco da sua história. Você começou a treinar com teu pai mesmo?

Meu pai (Carlos Inocente) é meu treinador principal e quando eu nasci ele estava lutando. Ele e minha mãe sempre foram atletas. Ele lutava sempre amador. Ele não lutava profissional porque ele tem a profissão dele, era funcionário público. Então eu fui sendo movido pelo exemplo dele ali. E aí eu comecei desde cedo a competir bastante karatê com jiu-jitsu, judô. E com 17 anos eu fui para o kickboxing, já comecei a lutar profissional e amador. E aí eu segui bastante pelo circuito amador. Fiz tudo, fiz nacional, fiz brasileiro, Pan-Americano, sul-americano, mundial, world games e fui campeão de tudo. E depois fui lutando MMA, fui campeão do Shooto, do WFE. Fui para o StrikeForce, depois fui para o UFC. No UFC foi um divisor de água na minha vida, que foi um lugar que eu aprendi muito em relação a como lidar com o público, a como lidar com frustrações. E aí, depois do UFC, eu saí, fiz mais algumas lutas de MMA, fui para o Glory, fiquei muito muito tempo lutando no Glory. Ali fiz várias lutas, perdi só para dois atletas no Glory, que foi o Rico Verhoeven e o Jamal Ben Saddik, perdi duas vezes para o Jamal. E depois do Glory eu quis voltar para o MMA e voltei a fazer algumas lutas no Brasil também, umas lutas internacionais e consegui esse contrato com o ONE. E aí é onde eu estou, estou muito feliz no ONE, que é um eventão, que não deve nada para nenhum evento. Eu já participei dos maiores eventos do mundo, então eu posso falar que em matéria de organização não deve nada para ninguém, e eles trazem isso do show oriental. Eles gostam dessa parada de dar um espetáculo. Então a abertura do evento é muito legal. A entrada dos atletas. Então, pô, eu acho o melhor evento do mundo.

 

Você falou que sua passagem pelo UFC foi um divisor de águas na sua carreira. Por quê?

Na verdade, eu entrei no UFC como um prospect, né? A galera me dava muita moral, os caras da academia e tal, e aí eu já entrei estreando no card principal. Eu estreei contra o Derrick Lewis e aí fui nocauteado no primeiro round. E aí a galera “não, vamos lutar de novo”. Fui lutar, lutei a outra luta com o Anthony Perosh, fui finalizado. Aí eu: “caralho”. E a galera que me apoiava começou a falar mal de mim, foi bem assim. Eu comecei a ver que eu tinha que lutar por mim, não pelos outros. Então dali eu me desapeguei do público e comecei a fazer por mim e foi aí que eu comecei a render mais e tirei um peso grande assim das minhas costas.

Como um cara que veio do kickboxing, suas referências são os lutadores do K-1? Você chegou a acompanhar os eventos?

Sim. Eu assistia, assisti tudo desde o começo, tudo, UFC todos, desde o primeiro, Pride desde o primeiro. O K-1 eu não tinha oportunidade de assistir ao vivo, mas eu assisti todos. Eu tinha fita, comprava, eu fazia de tudo para assistir. Então eu acompanhei muito os caras assim. O Peter Aerts, eu fiz seminário com ele, com o Ramon Dekkers, então eu sempre fui muito atrás desses caras. O Peter Aerts é o meu maior ídolo no kickboxing.

 

Você definiria seu estilo mais parecido com o dele?

 

Meu maior ídolo no kickboxing é o Peter Aerts, sem dúvida. E eu acho que o meu estilo eu fui criando assim, com o tempo, pegando um pouco de cada e me adaptando. Uma vez eu machuquei os dois joelhos e as duas mãos. E foi um seguido do outro, então eu fui aprendendo a usar o corpo sem as outras partes. Porque eu não parei de treinar, nunca parei. É isso. Eu acho que o meu jogo veio de uma criação própria mesmo. É o thug kickboxing.

 

Pra terminar, deixe um recado para os fãs que vão assistir suas lutas em 2023 no Combate.

Eu queria indicar o ONE para todos, que é um evento que vai agradar todo tipo de público, porque tem tudo quanto é tipo de modalidade. Tem muita luta feminina e o nível é muito alto em todas as áreas, tanto nas lutas de submission quanto nas lutas de muay thai, kickboxing, MMA. E tem muitos eventos. Tem muito show. Ele está botando a galera para lutar, para trabalhar bastante. A galera está embalada, a galera está no ritmo, tem muitos brasileiros lá representando bem o Brasil, então agora com o Canal Combate aí, a gente tendo a torcida brasileira junto com a gente, com certeza vai fortalecer muito.

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Esse é  um cara que admiro mas com todo o respeito faltou algo para ser " o cara "

Foi top no amador sempre ouvir falar dele pq tenho parentes em DF e ele muito jovem  já era o melhor  de lá tipo 20 anos  ele deveria ter .

Lembro dele ser tido como promessa  eu sempre admirei stricker  tinha até uma conversa  , " Guto pode vencer o Jon Jones " diziam  que ele trocava porrada em alto nível com Spong , vencendo na maioria das vezes, o Gilbert Durinho dizia que ele seria campeão  mundial  do UFC , era anormal  .

Mas na estreia não vingou .

Já no kickboxing  Guto encerrou o profissional  um pouco mais tarde , mas entrou varrendo tudo, venceu todo mundo no Brasil  e foi para  o Glory chegando lá  , existiu o Rico  

Foi para o MMA  realmente  precisa de 3 vitórias pata voltar o UFC não  conseguiu sempre perdia na terceira em lutas contra estrangeiros  .

Foi para o One tomara que der certo.

Guto teve tudo e uma excelente  condição  econômica..

Aí muita gente irá me criticar mas dane-se.

Poatan começou a treinar em 2009 e estreia em 2010, nesse ano ele estava na Blackzillian  rodado cheio de luta e etc.

Poatan trabalhava  na borracharia o dia todo, alcollatra , pobre, sem estudo .

Virou lenda , campeão  mundial  do Glory , campeão do UFC.

Lutadores  são coisas complexas demais. 

Vejo Gracies criados no jiu ruins,  caras da favela excepcionais. 

O lutador precisa do algo mãos que é  difícil  , até explicar. 

Sou fã do Guto , até da filosofia  de vida dele eu curto , mas sei lá, acho que  ganhou muito peso forçado,  o boxe antes era melhor que o de hoje,  faz um boxe olímpico misturado no kickboxing  e não ficou legal .

 

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