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Deadlift

Análise técnica da fratura de Silva

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Perna quebrada, cena bizarra. Quilos e quilos de esculhambações e canonizações.

A noite mais trágica de Anderson Silva dentro do octógono já toma de assalto redes sociais e a língua sempre cruel dos fãs.

Intenso, como tudo na carreira do cara.

Muito comum em modalidades como o kickboxing, muay thai e estilos de caratê de contato, a técnica dos chutes baixos é das mais eficientes – se realizadas com propriedade.

Mas a contrapartida – bloqueios feitos ao se levantar o joelho, ou mesmo a canela – também é extremamente perigosa.

Os chutes dentro da perna são armas versáteis para os mais experientes.

Eles, geralmente, chegam com grande potência e são usados taticamente para prejudicar a movimentação dos oponentes

A grosso modo, também funcionam como ‘jabs’, ou seja, dolorosos ‘medidores’ de distâncias.

Por ser um esporte intermodalidades, não existe muito isso de ’certo ou errado’ no MMA.

Cada atleta agrega habilidades de diversas áreas e poucos conseguem domínio mais apurado em tudo.

Anderson, faixa-preta de taekwondo e grau preto de muay thai, tem uma tonelada de experiência em qualquer aspecto da arte do combate me pé.

Mas não é possível avaliar o Spider de maneira usual e como um striker comum, sob a ótica dos fundamentos de forma certinha e tal.

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Seu estilo expansivo, solto e confiante não é lá muito preso a convenções, o que lhe proporciona uma grande virtude (imprevisibilidade) – mas também grande ruína.

Desta vez, na mistura entre acidente de percurso e falha técnica, o segundo quesito predominou.

De qualquer forma, já faz algum tempo que percebo alguns erros crassos em muitos lutadores de MMA na execução dos chutes baixos do tipo.

1 – A falha mais básica é tentar aplicar este chute como se fosse um low kick usual (circular, na parte de fora da coxa).O ângulo correto é sempre buscar um ângulo para golpear a parte interna da coxa com uma patada debaixo para cima, como se chutasse uma bola.

2 – No momento do impacto, a perna e o pé têm de estar bastante esticado para que o impacto no osso esteja mais protegido pela panturrilha e a força aplicada seja canalizada o mais rápido possível até o alvo (como uma chicotada).

3 – A área de impacto tem de ser mais o peito do pé e menos o osso da tíbia, justamente para evitar o que aconteceu com o Spider. Este é um ponto bastante complexo em virtude da mudança constante das distâncias durante um combate.

4 - Anderson não preparou o chute com alguma finta ou ameaça (com as mãos, por exemplo). Isso facilitou a visualização do golpe por Weidman, que levantou a perna para absorver o golpe. Como o Spider chutou angulando mais de forma circular (e não debaixo para cima), a canela atingiu o joelho do adversário e o impacto fez uma alavanca para partir o osso em dois.

Anderson cometeu, sim, um pequeno erro técnico, que deu margem ao acidente.

Nada demais se levarmos em conta o calor e a importância da luta.

Mas que acabou imprescindível para decretar seu destino no combate… e provavelmente na organização.

http://sextoround.com.br/10922-analise-tecnica-a-chocante-fratura-de-anderson-silva/

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Achei interessante essa análise técnica, bem fácil de entender pra quem não tem muita noção dos detalhes técnicos, como eu.

E aí, concordam com a análise, acham que tem alguma coisa a ser acrescentada?

Editado por Deadlift

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