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Stéfane festeja 3 anos e 200 vitórias na ATT

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Stéfane festeja 3 anos e 200 vitórias na ATT

terça-feira, 11 de outubro de 2011 - 15:38:30

Por Guilherme Cruz

Foto divulgação

Stéfane Dias comemora três anos à frente da preparação física da American Top Team, e muito motivos de sobra para comemorar. O treinador, que já acompanhou mais de 200 vitórias de seus atletas, falou à TATAME sobre seu trabalho e os “perrengues” que passou por substituir André Benkei. “Tive muitas dificuldades no começo... O pior era que rolava um drama maluco dentro da academia, quem era amigo do Benkei não queria treinar comigo, pois dizia a lenda que ele voltaria e ficaria bravo se treinassem comigo”, lembra Stéfane, animado com os planos para o futuro da ATT. “Só ficou na ATT quem gosta de treinar muito, lutar e não reclamar! Essa é nossa nova filosofia de trabalho”. Confira:

Que balanço você faz desses três anos de ATT?

Estou comemorando três anos de ATT e faço um balanço positivo desse período. Fiz muitos amigos aqui na América, e hoje a ATT é como uma família para mim. O mestre Conan e Katel e os lutadores Hector e Tibau são ótimas pessoas, os que mais me ajudam. Nós assistimos lutas de MMA juntos, vamos almoçar juntos, churrasco, etc., e isso ajuda a suprir a saudade do Brasil e da família. Aqui a coisa é tão corrida que desde que entrei na ATT ainda não voltei ao Brasil para passear.

Quantas vitórias já assistiu nesse tempo?

Nesses três anos foram inúmeras lutas vencidas pela ATT. Desde o inicio do meu trabalho eu anoto em uma planilha a estatística para avaliar o desempenho dos atletas que ajudo, e como resultado já superei a marca de 200 vitórias e 34 derrotas. O mais impressionante é que tivemos mais de 75 lutas canceladas ou adiadas, e isso acaba sendo muito ruim para os lutadores, pois como alguns pensam a vida aqui nos EUA não é tudo uma Disneylândia, não! Temos lutadores lavando carro, trabalhando de garçom, pedreiro, dando aulas de MMA ou Jiu-Jitsu, dormindo dentro de academias, etc., para investir na carreira de lutador, e a coisa não está fácil, devido à crise econômica mundial.

Como acha que o seu trabalho ajudou na evolução dos atletas da ATT?

Com base em todos meus anos de estudo na Rússia, fui implementando passo a passo a metodologia de treinamento olímpico e com a experiência de nossos treinadores adaptamos isso ao MMA, modificando a estrutura de intervalo e volume dos rounds de sparring, cronograma semanal com um mínimo de 12 aulas semanais, dieta e controle de peso dos atletas entre outros e hoje estamos recebendo atletas do mundo todo para fazer camps de treinamento. Não acredito como ainda vejo “leigos” falarem mal da ATT em fóruns no Brasil: hoje nós temos 13 atletas com contrato no UFC, seis atletas contratados pelo Strikeforce (sendo que dois vão disputar os cinturões de 70kg e 77kg em suas próximas lutas) e mais de 15 com contratos com o Bellator, os três maiores eventos do mundo atualmente.

Você chegou em uma época conturbada, substituindo o Benkei, que era um grande amigo de todos. Enfrentou dificuldades por isso?

Com certeza, tive muitas dificuldades no começo: o Libório me deu um mês de experiência para mostrar meu serviço e caso não me aprovassem chamariam outro preparador físico. Eu morava a 35km de distância da ATT e queria muito esse emprego, por isso saía de casa às 8h da manhã, chegava às 9h na ATT e trabalhava até as 14h, almoçava ali perto, pois não tinha tempo para ir em casa. Tirava uma soneca na minha sala e trabalhava de novo das 16h30 até as 21h sem parar, de segunda à sexta, e dirigia mais uma hora para chegar em casa. Aos sábados, o treino era das 9h às 14h.

O pior era que rolava um drama maluco dentro da academia, quem era amigo do Benkei não queria treinar comigo, pois dizia a lenda que ele voltaria e ficaria bravo se treinassem comigo e era só esperar passar um tempo que, caso eu não treinasse ninguém de importante (tipo atletas do UFC, etc.), não justificaria meu trabalho. E eu, com minha esposa grávida em casa, no apuro, virou uma verdadeira guerra. Tive que pegar os atletas novatos da base para treinar e começar a fazer frente para os “famosos” no bloqueio, numa espécie de mata-mata, onde com tempo fui ganhando meu espaço e estou até hoje.

Com os anos percebi que o problema não foi muito por causa do Benkei, e sim pelo drama causado por alguns atletas que usaram ele como um escudo para comprar briga e reclamar, e isso aconteceu comigo também. Mas usei essas experiências dos antigos treinadores e não fui pelo mesmo caminho evitando um estresse muito grande e por fim com a unificação do trabalho dos treinadores em especifico o trabalho dos mestres Conan, Katel, Luciano Macarrão e Vagner Gáveas conseguimos unir o time muito mais. Agora, só ficou na ATT quem gosta de treinar muito, lutar e não reclamar! Essa é nossa nova filosofia de trabalho.

Quais são os seus planos para o futuro?

Estamos com coisas boas acontecendo, como a inauguração em breve de uma sede em Miami com alguns investidores amigos meus de Curitiba, e vamos importar ainda mais dois treinadores de lá para ajudar nesse trabalho. Daqui a pouco vai virar “Curitiba Top Team”, pois seremos em sete curitibanos no total (risos).

E as expectativas dentro dos ringues?

Nossas metas são ganhar esses dois cinturões do Strikeforce, temos mais dois atletas nossos na final do torneio de 77kg do Bellator e continuar trabalhando duro para conseguir um cinturão do UFC.

http://tatame.com.br/2011/10/11/Stefane-festeja-3-anos-e-200-vitorias-na-ATT

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foi por muito tempo o maior time de MMA do mundo..

tinha uma equipe foda

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