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FabioJr

A importancia da meditação

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Pesquisas de instituições respeitadas do

mundo inteiro sugerem que os mais modernos

antidepressivos podem, em muitos

casos, ser substituídos ou pelo menos

complementados por uma das mais antigas

práticas do budismo: a meditação. Há

vários estudos demonstrando que a meditação

é muito útil no tratamento da depressão,

da ansiedade e do stress, afirma Sara

Lazar, neurocientista do Massachusetts

General Hospital, afiliado à Universidade

Harvard.

Nos Estados Unidos, meditar virou uma

mania. Várias escolas de medicina transformaram

a meditação em disciplina. Hospitais

oferecem espaços e orientação para

tranqüilizar pacientes antes de cirurgias,

pois, de acordo com pesquisas, quem medita

necessita de doses menores de

anestesia.

Instrutores ensinam a técnica nas cadeias

para tentar reduzir os índices de violência.

Funcionários de repartições públicas e

de grandes empresas como o Google e

Hughes Aircraft interrompem o trabalho

para meditar porque, segundo consultores,

isso aumenta a produtividade. Entre os

10 milhões de adeptos americanos estão

celebridades como Richard Gere,

Madonna, Goldie Hawn, o cineasta David

Lynch e políticos como AL Gore.

Dois fatores explicam a atual onda de

meditação. O primeiro é o descontentamento

do homem moderno diante de uma

rotina de trabalho cada vez mais

desgastante. Meditar é uma boa oportunidade

para dar um tempo, desligar, ou,

numa palavra, desacelerar. O segundo fator

é o aval que a prática milenar de monges

tibetanos tem recebido de gente séria

ligada à ciência ocidental. O

neuroceientista de Wisconsin-Madison,

afirma que a meditação altera as estruturas

cerebrais e muda o padrão de suas ondas,

protegendo contra a depressão, a ansiedade

e os efeitos do stress.

Davidson apresentou uma pesquisa feita

com monges tibetanos sobre meditação.

Por meio de imagens de ressonância magnética,

demonstrou que a intensidade das

ondas nessa região aumentava mais nos

monges que mais meditavam. Isso indica

que, aparentemente, é possível exercitar o

cérebro da mesma maneira como exercitamos

os músculos, disse Davidson. Quem

sabe, um dia, as pessoas praticarão educação

mental como hoje se pratica educação

física.

Outro estudo, coordenado por Sara

LAzar, de Harvard, verificou que a massa

cinzenta de quem praticava a meditação

havia cerca de oito anos era mais densa. De

acordo com esse estudo, para obter tal

efeito não era necessário passar dez horas

por dia meditando, como os tibetanos

bastavam 40 minutos por dia, em duas

sessões. As diferenças de densidade apareciam

nas áreas do cérebro responsáveis

pelo raciocínio, pela atenção e pela tomada

de decisões. Sara observou também

uma redução na deterioração natural dos

neurônios provocada pelo envelhecimento. Os

cientistas suspeitam que a meditação, como o

exercício físico, possa ser uma das atividades

capazes de criar novas células cerebrais o que,

até poucos anos atrás, era tido como impossível.

Trabalhos como os de Sara e Davidson são

inovadores por mostrar indícios concretos de que

a meditação interfere no cérebro. Unindo observações

e estatística, outros cientistas também fizeram

descobertas interessantes. John Teasdale,

da Universidade de Cambridge, estuda há mais de

dez anos os efeitos da meditação em pacientes

deprimidos. Seus estudos mostram que a prática

reduz pela metade o risco de recaídas da doença

que, em geral, são cada vez mais graves. Outros

tentam medir os efeitos da técnica por meio de

exames de sangue. Pesquisas na bioquímica da

depressão têm demonstrado que estados

depressivos são acompanhados não apenas por

uma diminuição nos níveis da substância

serotonina no cérebro, mas também por um aumento

na secreção do hormônio cortisol, afirma

Susan Andrews, psicóloga da Universidade

Harvard especializada em biopsicologia.

Problemas de saúde que freqüentemente possuem

fundo emocional, como hipertensão, distúrbios

gastrintestinais e dores crônicas, também podem

ser amenizados com a meditação, de acordo

com algumas pesquisas. Um estudo da pesquisadora

Elisa Cozasa, da Universidade Federal de

São Paulo (Unifesp), comprovou a redução da

ansiedade pela combinação de exercícios de meditação

e respiratórios. O consultor de recursos

humanos Roberto Wong, de 57 anos, diz que

sofria com enxaquecas, dores de estômago e nas

costas. Além de ajudar na saúde física, a meditação

desenvolve a autoconfiança, afirma.

O que torna a técnica da meditação atraente é

uma coincidência de princípios entre a filosofia

oriental e a psiquiatria moderna. Para os monges,

a meditação põe em prática um princípio filosófico

fixar-se no presente, desprender-se do passado

e não alimentar preocupações inúteis sobre o

futuro. Para a psiquiatria, os distúrbios que afetam

o maior número de pacientes são caracterizados

pela insistência em remoer frustrações passadas

caso da depressão ou pela angústia exagerada

diante do futuro caso da ansiedade. Em princípio,

qualquer um pode aprender a meditar. Resumidamente,

basta concentrar toda a atenção num

único pensamento, objeto ou som ao mesmo tempo que se relaxa o corpo.

Na descrição mais comum, meditar é esvaziar a mente.

Quem medita tenta aumentar cada vez mais a duração dos intervalos

entre um pensamento e outro. Só assim, segundo os praticantes, é possível

acessar por breves instantes aquilo que o escritor e médico indiano Deepak

Chopra chama de campo do potencial puro, momento em que a mente

parece estar totalmente limpa. O pediatra Mauro Tarandach, um dos

defensores do uso clínico da meditação no Brasil, afirma que, nesse estado,

as áreas do cérebro que controlam as emoções, o raciocínio lógico e as

funções fisiológicas mais básicas, como respiração ou digestão, formam

uma espécie de ponte elétrica. É esse fenômeno que explicaria, em tese,

como os monges e os faquires conseguem manipular reações do corpo

normalmente automáticas, enfrentando a fome, a dor ou o medo.

A meditação em nada prejudica o tratamento de depressão e outros

transtornos psiquiátricos, afirma Uriel Halbreich, diretor de pesquisas

comportamentais e professor da Universidade de Buffalo, em Nova York.

Certamente ajuda como método de relaxamento em deprimidos e ansiosos.

Mas não substitui medicação em casos graves.

É nesse ponto que a ciência ocidental e a tradição oriental entram em

choque. A eficácia real da prática, segundo muitos especialistas, ainda tem

de ser medida em estudos mais extensos, ainda não realizados. Nos casos

de depressão e transtorno do pânico, há medicamentos eficazes para 97%

dos casos, diz o psiquiatra Marcio Bernick, da Universidade de São

Paulo. Se um paciente me pergunta o que acho de meditação, digo que

aprovo. Mas, se disser que um instrutor o mandou largar o remédio, direi

que isso é irresponsável. O psiquiatra Joel Rennó Junior, do Hospital das

Clínicas de São Paulo, considera a meditação importante para a saúde

mental, mas suspeita que parte do efeito atribuído a ela se deve a falhas dos

próprios médicos. Há uma onda de diagnósticos errados de depressão

para quem passa simplesmente por tristeza, diz Rennó.

Essas considerações são importantes para evitar que a meditação seja

aceita cegamente como uma crença. Embora seja uma prática comum em

várias religiões, o ato em si independe da fé e essa é uma de suas

principais vantagens.

Qual é a principal conclusão de sua pesquisa? Por meio da meditação,

podemos intensificar os circuitos cerebrais responsáveis por regular as

emoções e a atenção. O mais importante é que o tempo de treinamento, o

número de horas praticadas ao longo da vida, influencia a magnitude da

reação.

Todos os tipos de meditação surtem o mesmo efeito no cérebro? As

diferentes técnicas provavelmente produzem diferentes alterações, isso

precisa ser estudado.

A longo prazo, a meditação pode melhorar o funcionamento das

sinapses nervosas? Praticar meditação por longos períodos parece interferir

tanto na conectividade e na funcionalidade do cérebro como em sua

estrutura. Os circuitos alterados, ao que tudo indica, têm um impacto geral

no funcionamento cerebral que beneficia a saúde. Nossa pesquisa sugere

que a resposta à vacina de gripe melhora com a meditação.

Que tipos de doenças a meditação pode curar? Eu não diria que a

meditação cura. A pesquisa mostra que sua prática pode ser um complemento

útil para outros tipos de tratamento. Há boas evidências de que a

meditação pode prevenir a reincidência de crises depressivas.

Psicoterapeutas usam há anos a meditação como relaxamento. Qual

a novidade? Não há nada de misterioso a respeito da meditação. O que

muda é que a maioria das pessoas não pratica o exercício cerebral tão

regularmente quanto pratica os exercícios físicos. As pessoas abandonam

qualquer exercício mental depois que se consideram curadas. É importante

persistir na prática.

Exercício de meditação básico Foque em uma palavra, frase curta, som

ou oração; sente-se em silêncio e numa posição confortável; feche os

olhos; relaxe os músculos, dos pés à cabeça; respire devagar e naturalmente.

Ao mesmo tempo, diga a sua frase, som ou palavra silenciosamente,

para você mesmo; tenham uma atitude passiva. Não se preocupe se está

indo bem. Quando outro pensamento vier à mente, retorne com calma a seu

tema de repetição; concentre-se assim por dez a vinte minutos; não se

levante imediatamente. Continue sentado e em silêncio por algum tempo,

permitindo que outros pensamentos retornem. Só então abra os olhos.

OBS: Perdoe-me a falta de tempo, devido este fato, talvez algumas palavras esta acompanhadas de erros,

exemplo: ///Intender// Entender.

Editado por FabioJr

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meditar é muito bom mesmo,dificil é ter culhao pra ficar 20 minutos meditando

eu medito um pouco depois do almoço antes de retornar pros estudos e depois de exercicios fisicos para dar aquela relaxada geral

realmente é muito bom

outra coisa boa é deixar de ver TV e usar menos a internet

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