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Rafael Cordeiro conta histórias do Muay Thai curitibano e fala de seu

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fonte: http://www.intheguard.tv/portal/?channel=2...215〈=pt

Rafael Cordeiro conta histórias do Muay Thai curitibano e fala de seu presente

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Rafael Cordeiro foi soldado da linha de frente da Chute Boxe, ganhou notoriedade como lutador de Muay Thai e MMA, se tornou treinador e construiu uma carreira sólida como técnico. Hoje, radicado nos EUA, ele continua a prestar serviços para o crescimento do MMA e treinando grandes feras. O mestre conversou com o repórter Olivar Leite, do Intheguard, e falou do passado, presente e planos para o futuro:

1 - Antes de qualquer coisa, vamos lembrar seu primeiro contato com as Artes Marciais?

Meu primeiro contato com as artes marciais foi através do meu vizinho, um dos mais famosos professores de Taekwondo de Curitiba, chamado Daniel Lee, que tinha uma legião de campeões. Comecei me aplicando diariamente e foi lá que conheci Digenes Assahida, graduado casca grossa que ganhava todos os campeonatos e, na academia, ele era o cara. Depois de anos, seria um dos melhores lutadores de Muay Thai do Brasil e ‘parceirão’ de treino. Havia um amigo meu que treinava na Chute Boxe e me convidou para, um dia, dar um treino lá. Fui e fiquei chocado, era uma galera de calça preta com estrelas na perna dando joelhadas no clinch, não tive duvida: 'mãe quero treinar isso'. Meu professor era Edmar dos Anjos, fera brava que, com 70 kilos, era o Anderson da época e batia em todo mundo, não tinha perdão, era muito bom de boxe e usava muito bem os cotovelos e joelho. Edmar foi o primeiro representante da academia a ganhar uma competição internacional, em Los Angeles, dentro de uma comunidade Tailandesa, isso em 1991.

2 - O porquê de se decidir a dedicar uma vida ao Muay Thai?

Logo que Edimar decidiu montar seu próprio time, mestre Rudimar me convocou para a missão de substituí-lo dentro da academia, não só nas aulas, mas também nas competições em que a academia participava. Realmente foi uma grande honra para mim, pois depois disso, comecei a treinar com os profissionais da época e foi, com certeza, a hora em que meu Muay Thai evoluiu muito.

3 - Você sempre foi citado como homem de linha de frente nas competições de Muay Thai. Quais grandes momentos de lutador você guarda na memória?

Sempre fui professor-atleta, e isso fez com que muitas portas se abrissem para mim. Quando entrei na Chute Boxe, a academia era muito famosa e excelência no Muay Thai. Então, titulos sempre foram cobrados dos atletas e comigo não foi diferente. Tive a oportunidade de lutar com os melhores lutadores brasileiros da época, na categoria de 66 kilos até 80 e, com isso, conquistar 3 campeonatos brasileiros e vários interestaduais. Fui campeão do IVC e do Circuito Brasileiro de Freestyle, sagrando-me campeão na etapa de Curitiba. Minha geração veio substituindo naturalmente a antiga, que só tinha feras como: Fabio Noguchi, Edimar dos Anjos, Raimundo dos Anjos, Claudio Popaye, Paulo Secco, Paulo Henrique e Augusto Oliveira. Com certeza, o que ficou guardado foi um brasileiro disputado em Nova Friburgo, onde poucas horas antes do embarque, o mestre Rudimar anunciou que o evento abriria mais uma vaga e nisso chega o Wanderlei, cabeludo com pinta de metaleiro e com a pasta do colégio. Cheguei no mestrão e falei que o Wanderlei estava pronto e, se o mestre quisesse, ele era soldado de frente e estaria dentro da batalha. Mestre Rudimar concordou e foi só alegria, 5 atletas e 5 vitórias. O estreante Wanderlei: nocaute mais rápido da noite. Quando chegamos em Curitiba tinha uma carreata esperando e, com certeza, foi a glória do Muay Thai curitibano. O time era: Osmar Dias(in memorian), Sergio Cunha, Rafael Cordeiro, Nilson Castro e Wanderlei Silva.

4 - Quando o Rafael Cordeiro resolveu deixar de ser o lutador para virar professor?

Acho que foi natural, pois eu sempre puxei os treinos da galera e a demanda de lutas para a rapaziada foi aumentando. Naturalmente eu comecei a me dedicar integralmente ao time em todos os cantos onde éramos chamados. Isso foi muito bom, pois conseguimos nos firmar como um time de nocauteadores que tinha, em seu carro chefe, Pelé e Wanderlei. Conseguimos nos fixar, não só no espaço brasileiro, mas também no internacional pela visibilidade que esses dois atletas trouxeram ao time.

5 - Na época do Pride você viveu grandes momentos, vitórias e derrotas, grandes lutas. Quais momentos mais te marcaram no evento?

Acredito que foram as conquistas dos GPs do Wandeco e do (Mauricio) Shogun, onde a academia mostrou todo seu arsenal. Sempre fomos muito obsecados por treino forte e isso fez a diferença para muitas coisas que estão aí hoje. Tínhamos uma fé incrível, que nos permitia fazer movimentos às vezes arriscados, mas todos treinados diariamente na academia com bons resultados. Muitas pessoas não sabem que o pisão foi visto pela primeira vez em uma luta do Pelé com Jorge Pereira, no IVC, deixando até o árbitro Sergio Batarelli assustado com o movimento. Era isso que nós fazíamos, treinávamos movimentos que viriam a ser lembrados para toda a história.

6 - Quanto tempo de EUA? O que mais te fascina e o que mais você sente saudade?

Estou aqui a quase dois anos e, graças a Deus, os resultados estão aparecendo. Hoje, nós estamos com a Kings MMA e está sendo meu grande orgulho poder continuar o trabalho que aprendi na Chute Boxe, com todos os anos a frente da equipe. Com certeza, a receita do sucesso é você sempre buscar o conhecimento, não só técnico, mas também pessoal, pois trabalhamos com pessoas e se você não souber conduzi-las à sua técnica, não as atingirá. Estamos com saudades da família e dos amigos, mas temos que continuar firmes e fortes nesse trabalho que está apenas começando.

7 - Nesse seu trabalho nos EUA, quais frutos você já colheu e quais você pretende colher a médio prazo com lutadores, academia e eventos?

Estou trabalhando com vários atletas, mas em especial posso falar de Fernando Betega, que acabou de vencer o Long Beach Fight Night, Fabrico Werdum, campeão do StrikeForce e que tem sua academia em Marina Del Rey, Paul Song, Andre Baggio, Felipe Fugolin, Doug Marshel, Jamie Yegar e Erick Apple. Estamos treinando com o Babalu, na Gracie Barra, e com King Mo e Daniel Courier (4x campeão mundial de wrestling) na parte do Wresting. Ou seja, está sendo muito bom. Agora começam os treinos mais fortes e Wanderlei vem conosco para treinar e aprimorar fundamentos para os próximos combates.

8 - Depois que a Chute Boxe se desmembrou e alguns grandes nomes montaram seus próprios times, coincidentemente ou não, Curitiba deixou de ser uma capital com grandes eventos de MMA. Isso não é preocupante? Tendo em vista que é um grande celeiro de lutadores?

Acredito que Curitiba nunca saiu de cena, pois quando não estavam sendo realizados eventos, vários atletas da cidade estavam lutando fora, levantando o nome das escolas e de Curitiba. Hoje, por exemplo, você pode acompanhar dois eventos no mesmo dia e isso é um ponto muito positivo. Temos a volta de grandes nomes à cidade como o do Pelé, lutando em dezembro, e quem gosta de emoção vai conferir. Temos o Secretário de Esportes de Curitiba, Rudimar Fedrigo, que é o símbolo forte das lutas e com isso a visibilidade do esporte está aparecendo.

9 - Qual a sua avaliação do MMA no Mundo e quais são os lutadores que te agradam ver lutando?

O MMA veio e pediu passagem, quem não acompanhar tem que dar seta. Esse esporte está muito forte e é o momento de nos unirmos em uma corrente de atitudes positivas, para que mais e mais fãs venham com isso. Os lutadores que gosto de ver, que sempre dão aquela adrenalina, são: Jose Aldo, Shogun, Wandeco, Anderson (Silva), (André) Dida, Cris (Cyborg), Werdum e (Emelianenko) Fedor. Esses são certeza de que vai valer o ingresso.

10 - Faça as suas considerações finais e seus agradecimentos.

Quero agradecer a oportunidade e deixar um grande abraço a todos os meus alunos de Curitiba e dizer que vocês moram em meu coração, os momentos que vivemos juntos não se acabaram, pelo contrário, foi fortalecido pela distância, logo estaremos matando as saudades com muito treino de Muay Thai. Quero deixar minha academia aberta para todos os amigos que quiseram nos visitar e trocar informações: 6068 Warner Avenue, Huntington Beach, Califórnia - kingsmma@hotmail.com e www.kingsmma.com. Grande abraço a todos e coloquem Deus a frente de todas as batalhas, assim como Davi.

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Muitas pessoas não sabem que o pisão foi visto pela primeira vez em uma luta do Pelé com Jorge Pereira, no IVC, deixando até o árbitro Sergio Batarelli assustado com o movimento. Era isso que nós fazíamos, treinávamos movimentos que viriam a ser lembrados para toda a história.

Sem duvida era o imagem mais f0d4 do Pride ... os pisões de Wandeco e do Shogun eram irados ... Pena que veio a Comissão Atlética e estragou tudo hehehe

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Eu tive o prazer de ver o Rafael nocautear 3 na mesma noite, até filmei as lutas mas não sei onde foi parar.

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Sem duvida era o imagem mais f0d4 do Pride ... os pisões de Wandeco e do Shogun eram irados ... Pena que veio a Comissão Atlética e estragou tudo hehehe

pior ainda são os idiotas de fora da jurisdiçaõ da comissão NSAC que entraram no embalo. tem mais é q se enterrarem na lama mesmo

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Esse junto com o Renzo pra mim são os caras que mais entendem de mma no mundo!!

Essa eu não sabia, o Rafael foi aluno do Daniel Lee, eu tbm fui em 93, caraca acho que eu to no caminho certo HUAHUAHAUHAUAHUA

Pior que tinha uma academia da noguchi no andar de cima deveria ter treinado lá depois do TKD...aff

Rafael é o cara.

Editado por mmamtjj

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Essas entrevistas que são boas de ler. Rafael um dos melhores, senão o melhor treinador do mundo de trocação.

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Convidado Blues
Rafael um dos melhores, senão o melhor treinador do mundo de trocação.

??

Não entendi

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Curto muito esse tipo de entrevista, quando falam das histórias, bastidores e tal... Legal !!

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Rafael, apesar de ter montado sua equipe, nunca esquece de suas origens, citando e valorizando sempre quem fez história e foi importante para sua formação no mundo das lutas. Quem valoriza seu passado, só tem a ganhar no futuro.

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Sem comentarios Rafael é simplesmente o cara. pra mim o cara que mais entende de trocação voltada para MMA do Mundo só ver suas crias Wand (melhor trocador da LHW de todos os tempos) Shogun (melhor trocador da LHW da atualidade e melhor LHW de todos os tempos) Pelé (o unico que pode seer considerado mais agressivo que o wandeco) e Anderson Silva (melhor até 84 da atualidade)... não precisa falar mais nada.

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