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MarceloBreve

Joe Frazier não é muito fã de MMA

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Muhammad Ali virou um mito ... mas como já li, inclusive nesse forum, era meio suspeito como pessoa ... primeiro pelo lance da Nação Islâmica ... depois pelas ofensas ... falastrão ... Eu postei um artigo falando do Fedor e um forista falou da comparação com Ali ... Mike Tyson ... Prá quem assistiu o filme com o Will Smith ... aqui tem umas informações a mais ...

Apesar do título da reportagem falar em MMA, eu acho que foi só para chamar os leitores, porque de MMA o cara não fala nada ... ou quase nada ...

Joe Frazier não é muito fã de MMA

by Jerome Cheatham

InsideFighting.com

09/01/2009

Por razões óbvias, este repórter gostaria de ter idade suficiente para ter assistido ao vivo algumas das lutas épicas da época de ouro do boxe. E de todas as grandes lutas que aconteceram através dos anos, se eu pudesse escolher 1 luta para assistir ao vivo, eu gostaria de assistir a última luta da trilogia Muhammad Ali vs. Joe Frazier.

E obviamente eu não estou sozinho no meu fascínio por esta luta. A “Thrilla in Manila” é talvez a mais analisada e discutida luta de todos os tempos.

33 anos depois da luta, muita coisa tem sido escrita a respeito da vida e da carreira dos dois lutadores. De várias formas, o caminho deles foi brutalmente diferente, como a luta.

A ascensão de Ali à condição de ícone é bem documentada, destacando-se por ter carregado a chama olímpica em Atlanta 1996, e por ter vendido por $ 50 milhões de dólares os seus direitos de imagem. A vida de Frazier depois de parar de lutar resume-se a administrar uma academia de boxe em Filadélfia que também tem servido de residência quando as dívidas acumuladas em anos de maus negócios crescem demais.

Enquanto Ali mantém vários negócios que alinham suas mensagens com a sua fama, o mesmo não pode ser dito sobre Frazier. Ele está numa árdua batalha para tentar mudar seu drama e sua imagem, exatamente como ele fez durante a onda de boatos antes da luta em Manila. Mas desta vez Frazier está recebendo uma pequena ajuda de onde não esperava.

O diretor John Dower fez um documentário,”True Stories: Thrilla in Manila, porque ele acredita que Joe Frazier nunca teve realmente a chance de contar a sua história. No trailler do filme, Dower desafia o status de “maioral” de Ali e sustenta que Frazier é o verdadeiro herói desconhecido do boxe americano.

InsideFighting fez uma longa entrevista com Frazier sobre sua vida, o documentário, sua relação com Ali e o que ele pensa sobre o MMA.

Boxe/MMA

Depois de receber um telefonema de seu filho, Marvis, Frazier não perdeu tempo e expôs seus pontos de vista sobre o boxe atual antes mesmo que eu pudesse me apresentar.

“Eu não sei mais nada sobre o mundo do boxe hoje em dia”, afirmou Frazier. “Ele me deixa muito confuso. Quando um lutador cai você vai para o canto neutro e o juiz abre a contagem, mas hoje em dia quando um lutador cai, o outro pula em cima dele, chuta-o, morde-o. Eu realmente não sei o que está acontecendo”.

Aparentemente Frazier estava falando sobre o MMA, então eu pedi para que ele fosse mais especifico e explicasse melhor o que ele estava dizendo.

“Eu não sei o que dizer. Eu tenho assistido um pouco de televisão e eu não sei exatamente o que dizer sobre isso. Mas isso não é boxe”.

Enquanto os grandes repórteres estão familiarizados tanto com o boxe como o MMA, seus sentimentos são sem dúvida compartilhados por muitos defensores tradicionais do boxe que relutam em reconhecer o MMA como um esporte legítimo.

“Isto não é um ringue de boxe” Fraziers reafirmou. “Você derruba um homem só com as suas mãos”.

Documentário: True Stories – Thrilla in Manila

Apesar da sua irritação com o atual mundo da luta, Frazier, que fez 65 anos em 12/01/2009, parece em paz com a sua vida pessoal e com a sua carreira no boxe. Ele soa um tanto indiferente em todas as suas análises das décadas passadas e manter a sua ardente fé religiosa numa verdade simples é o que importa para ele.

Então quando eu perguntei a ele sobre como foi a aproximação com Dower para tratar das filmagens do documentário sua reação não foi nenhuma surpresa.

“Nós não queremos fazer que ninguém no filme se pareça mal, a não ser se for verdade”,afirmou Frazier. “Esses caras tem trabalhado comigo e tem feito um bom trabalho. Eles querem mostrar a verdade. Eles irão mostrar a verdade não importa o que tenham que fazer. Eu não tenho nada a esconder sobre a minha vida. Minha vida foi intensa, minha vida foi boa, minha vida foi ... vamos dizer ... não foi mole”.

Um produto do pré-movimento pelos direitos do cidadão em Beaufor, S.C., Frazier não se intimida em discutir as dificuldades da sua vida durante aqueles tempos. No trailler do documentário Dower também explica o quanto significou a política daquela época e as intensas repercussões dos discursos de Ali sobre Frazier.

Ali, freqüentemente promovia suas lutas e fazia muita pressão psicológica nos seus oponentes, desafiando publicamente Frazier para suas lutas, em algumas vezes chamando-o de “gorilla”. Dower nota que Ali desvalorizava tanto Frazier, ofendendo-o tão intensamente que mesmo as publicações nacionais negras começaram a se referir a Ali como um defensor do “homem branco”.

A relação de Frazier com Ali

Frazier é muito parecido com Ali, com exceção das expressões que Ali usava para defender a sua fé e a sua falta de modéstia.

“O que há de errado com a borboleta, Muhammad, ele tem voltado suas costas para Deus” afirmou Frazier. “Ele tem ódio em seu coração. Deus não quer que você odeie ninguém. Agora, ele provavelmente serviu a Deus, mas ele não era um Deus”.

Frazier fez também várias revelações sobre as conexões de Ali com a Nação Islâmica e como ele via as declarações de Ali como sendo muito próximas da blasfêmia.

“Ele disse uma coisa que ele nunca deveria ter dito, ou melhor, nenhum homem jamais deveria dizer” começou Frazier. “Eu sou O ESCOLHIDO” – Você não pode ser O ESCOLHIDO, você pode ser o escolhido, mas não pode ser O ESCOLHIDO. Quando você está falando sobre ser O ESCOLHIDO, você está falando da Bíblia ou de Deus, ou da Igreja. O ESCOLHIDO está acima.

Parece que nesse ponto da sua vida, Frazier está mais irritado com a sua interpretação das ofensas de Ali contra Deus do que com as ofensas que Ali usou contra ele antes da luta de Manila.

“Eu sou muito mais humano do que ele” afirmou Frazier, se referindo a ofensa de “gorilla” que Ali usou contra ele. “Eu sou mais humano do que qualquer homem que jamais andou sobre dois pés. Eu tenho filhos adoráveis, então porque eu tenho que ser um “gorilla”?

Rindo enquanto se aprofunda no assunto, Frazier recorda como Ali tinha zombado de outros boxeadores também. Ele se esforça para recordar de todos, mas faz um resumo do que ele sente.

“A verdade sobre mim é que eu nunca fiz nada, a não ser o melhor para este homem, Muhammad” afirmou Frazier “Muitos dos lutadores que ele ofendeu também nunca fizeram nada contra ele. Os caras colocaram suas reputações em jogo para ajudá-lo”.

Um exemplo, de acordo com Frazier, foi quando ele pessoalmente pediu para o presidente Nixon que liberasse novamente a licença de lutador de boxe de Ali durante uma visita a Casa Branca. Ali não estava conseguindo ganhar dinheiro para sobreviver havia muitos anos, e ele estava no seu auge, porque se recusou a prestar o serviço militar obrigatório e lutar no Vietnã, sendo condenado por Ato de Desobediência Civil.

Frazier acredita que a última vez que esteve pessoalmente com Ali foi durante um evento da NBA, All-Star Game muitos anos atrás. Frazier lembra emocionado do encontro, dizendo que os dois campeões acenaram para a platéia e foram aplaudidos de pé.

“Ali se virou para mim e disse: Joe, nós ainda estamos mal, não estamos?“ Frazier relembra. “Eu disse, Sim, você quer lutar alguns rounds? Eu sei que você não pode se movimentar muito agora, mas eu irei te dizer quando você estiver virado um alvo fácil”.

Vida depois do Boxe

Frazier leva uma vida relativamente simples. Ele gasta a maior parte do seu tempo trabalhando na academia que ele possui na Filadélfia e trabalhando em um dos seus 4 carros que ele alegremente fala a respeito.

Apesar da história brilhar muito mais sobre a vida de Ali do que nele, Frazier está mais focado em agradecer a Deus por sua vida e por todas as pessoas que entraram na sua vida.

“Deus me fez ser quem eu sou. Eu sou feliz pois Deus tem me dado sabedoria para ser quem eu sou. Ele nos colocou aqui para vivermos juntos, amarmos uns aos outros.”

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tenho todo respeito com o Boxe, mas prefiro MMA.

socos e chutes + quedas + chão quadruplicam as possibilidades de uma luta.

sobre o Ali, gostaria que alguem me explicasse direito oq aconteceu entre ele e Malcom X, pow vi num documentario sobre o Ali (excelente por sinal) no sportv e parece que ele foi meio fdp.

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O Frazier foi um grande boxeador, mas era um cara pequeno pra peso pesado. E mesmo assim venceu e conseguiu derrubar o Ali. Dos três grandes da época, e nenhuma época do boxe teve três boxeadores tão relevantes assim, Joe Frazier acabou virando o coadjuvante porque Ali se transformou num mito e George Foreman num exemplo de vida, o vilão que virou herói e 20 anos depois reconquistou o cinturão dos pesados. Enquanto Frazier se afundava na vida tranqüila, ou nem tanto, de aposentado.

Mas o Frazier é um grande cara, esse lance de ele contestar o Ali por chamá-lo de gorila é pertinente, o Ali aí tava fazendo o jogo dos racistas que caracterizavam os negros como macacos. O Frazier tem a pele muito mais escura que o Ali.

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É um negócio complexo. Ali era o simbolo, por várias razões que estão fora do boxe. Tinha um estilo - dentro e fora do tablado - carismático. Frazier não.

Além disso, Frazier sempre pareceu uma figura ressentida; nunca foi magnanimo e nunca fez de sua vida e história um exemplo: algo que os americanos valorizam mais q qualquer outra coisa.

Lutando, ambos tinham estilos opostos, mas faziam lutas equilibradas. Mas acho que se Ali não tivesse parado (licença cassada), teria exercido um domínio absurdo na categogia - ainda maior q Louis, nos anos 30/40.

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É um negócio complexo. Ali era o simbolo, por várias razões que estão fora do boxe. Tinha um estilo - dentro e fora do tablado - carismático. Frazier não.

Além disso, Frazier sempre pareceu uma figura ressentida; nunca foi magnanimo e nunca fez de sua vida e história um exemplo: algo que os americanos valorizam mais q qualquer outra coisa.

Lutando, ambos tinham estilos opostos, mas faziam lutas equilibradas. Mas acho que se Ali não tivesse parado (licença cassada), teria exercido um domínio absurdo na categogia - ainda maior q Louis, nos anos 30/40.

É isso ai, o Ali é um mito não só pelo que fez no ringue. O cara, no auge da luta negra pelos direitos civis nos EUA, virou islâmico e mudou de nome. No auge da guerra do Vietnã se recusou a servir o exército por escusa de consciência e teve sua licença casada. Anos depois a Suprema Corte Americana, em uma decisão inédita, desconstituiu a sentença que condenou o Ali e ele ganhou de novo a licença para lutar. Depois teve Parkinson e lutou já doente as duas últimas (acho que Larry Holmes e Trevor Barbick). Após aposentar-se o cara virou embaixador da ONU, visitou Cuba duas vezes (uma vez fez luva com o Teófilo Stevenson, muito legal a cena). Enfim, teve uma vida intensa. Além disso, era o marketing em pessoa, falastrão mesmo, mas um falastrão engraçado, espirituoso, uma arrogância engraçada diria eu. Participou e venceu duas das lutas mais importantes da história do boxe (Rumble in the jungle e Thrilla in Manilla). Em suma, Ali era e é o cara.

O Joe Frazier, por outro lado, foi "apenas" um grande lutador de boxe.

Abraços

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