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EDDIE

Entrevista: Rodrigo Damm na TATAME

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Entrevista do Damm na Tatame. Torcendo muito pelo cara, tem coração de leão.

A estréia de Rodrigo Damm no MMA acabou não sendo como ele esperava, mas tudo tem acontecido às mil maravilhas desde então. Com oito vitórias consecutivas, Rodrigo fará sua estréia no GP do Sengoku no dia 24 de agosto contra o japonês Eiji Matsuoka, e está confiante para a estréia. Treinando na equipe de Rodrigo Minotauro no Rio, Rodrigo chega ao Sengoku de olho no cinturão e uma disputa com Takanori Gomi, um dos melhores atletas da categoria. Rodrigo contou à TATAME como chegou ao Japão, o caminho das vitórias e os treinos na Minotauro Team, além de falar sobre sua irmã e seus treinamentos para o GP. Confira abaixo a entrevista completa com Rodrigo Damm.

Como você chegou ao Japão?

Há dois anos, eu já tinha feito umas duas lutas no Japão, no máximo, fui campeão. Agora, meu empresário conseguiu essa luta aí, que é o Sengoku, e consegui me credenciar, há dois meses, para conseguir participar do torneio. Eu faço a primeira luta agora com o Eiji Matsuoka, um japonês, e ganhando dele faço duas em novembro pelo título do torneio. Se eu conseguir o título do torneio eu luto com o Takanori Gomi pelo cinturão.

Como que você chegou até o CT dos Nogueira? Você é um cara que é praticamente um autodidata, treinava lá em Espírito Santo, não tinha atleta de ponta do teu peso, como sparing, no entanto você sempre esteve no top, tanto no MMA, quanto no Jiu-Jitsu... Como você conseguiu isso?

Eu tive uma escola boa de Jiu-Jitsu, eles são Alliance de Jiu-Jitsu, mas infelizmente eles não têm equipe de Vale-Tudo, aí eu procurei os irmãos Nogueira que me receberam aqui com muita força, muita boa vontade e estamos aí numa equipe forte de Vale-Tudo para eu poder desenvolver meu trabalho.

Como você chegou até eles?

Eu fique sem treino no Espírito Santo, sem sparing, eu tinha um professor bom de Muay Thai, de Boxe, mas o meu geral de sparing ficou fraco, eu comecei a treinar muito, me desenvolver muito na luta e os meninos acabaram ficando pra trás. Aí a minha irmã Carina estava nos EUA e entrou em contato com os irmãos Nogueira e eles me ofereceram para eu lutar com eles aqui. Eles têm uma equipe lá, estão com um CT, pode ir lá treinar. Através da minha irmã eu liguei pra eles e eles me receberam.

Como está sendo a recepção deles?

Cara, 100%, eles me receberam muito bem e tem me dado muita força, me da um toque em alguns treinos, me passam um pouco da grande experiência que eles têm.

Os treinos aqui são muito pesados? Tem treino leve? Como que é?

A gente procura sempre treinar com um cara do nosso peso para não criar nenhuma lesão. Os treinos são muito bons aqui, na minha última luta eu treinei com o Thiago Tavares, tenho treinado com o Fábio Mello, com os meninos da equipe toda.

Que horas são realizados os treinos de Vale-Tudo?

Estamos com dois treinos diários, terça e quinta nós temos o sparing de Vale-Tudo de noite e de manhã Muay Thai e Boxe, segunda, quarta e sexta geralmente preparação física, de manhã e também varia entre Submission, Boxe, Muay Thai, Wrestling, mas ficando dois treinos diários.

E onde você está morando? Você está dormindo no CT dos Nogueira?

A gente treina o ano inteiro. A gente descansa depois da luta um pouco e continua o treinamento. Eu tenho feito meu treinamento no ES e venho pra cá uns dois meses antes da luta dá um upgrade da equipe dos Nogueira.

Você está há quanto tempo aqui?

Eu cheguei há uma semana. Como eu tive um contratempo não pude ficar o mês todo treinando. Eu tive que treinar em ES, treinei bastante e vim aqui só para dar aquele pulo do gato mesmo.

Sua irmã contou um pouco da história de vocês em off, num shopping lá nos EUA. Dá uma lembrada da história da sua família?

Meu avô, da parte de pai, era alemão, minha mãe era italiana, meu pai é marceneiro, eles têm uma vida bem legal. Meus pais não tiveram uma participação na luta com a gente, quem teve mais foi a minha irmã Carina, que me apoiou desde o início, me manteve no Jiu-Jitsu, na luta, eu não tinha condições na época de pagar uma academia e Carina pagava para mim. Ela é mais velha um ano e sempre que eu ia competir, fazer alguma coisa, ela sempre estava ali comigo, pagava passagem, inscrição do evento, isso no Jiu-Jitsu em geral, quando ela não tinha dinheiro vendia alguma jóia dela e ajudava.

E depois vocês continuaram esta cumplicidade. Ela disse que, quando ela luta, quer que você esteja do lado. Como que você vê a história dela, escalando o ranking feminino?

Ela é uma atleta muito esforçada, sempre me apoiou muito. Cada luta que ela faz me inspira mais a lutar, eu gosto muito de ver a Carina lutar, gosto de ficar do lado dela, não só por ser minha irmã, mas pela guerreira que ela é. Às vezes a adversária tem até mais técnica que ela, mas ela tem muito coração e acaba ganhando com esse coração grande que ela tem.

Você acha que ela consegue um cinturão? Como que você vê a Carina comparando com as americanas e as japonesas?

A Carina é uma atleta de alto nível, ela tem aprimorado muito a técnica dela de Boxe e Muay Thai e ela veio de uma escola boa de Jiu-Jitsu também. Acho que ela está num nível que pode fazer frente a qualquer adversária, japonesa ou americana.

Como é que é lutar no Japão? Quantas lutas você fez?

Há dois anos eu tive duas lutas no Mars, a minha estréia foi contra um coreano, depois lutei contra um japonês, ganhei as duas. Eu tive uma recepção muito calorosa, me receberam muito bem, gostaram da minha performance, da minha luta e acabaram me convidando agora para fazer essas luta. Eu fiz uma há dois meses atrás, com o Jorge Masvidal, da America Top Team, e vou fazer outra agora com o Eiji.

O que você acha do público japonês?

Eu fiquei surpreendido, porque estou acostumado com o público brasileiro. Até hoje estou sofrendo uma retaliação porque eu tenho nove lutas, a primeira eu perdi, que foi um Shooto Amador, depois ganhei as outras oito e até hoje o público no Brasil diz que eu estou dando sorte, dizem que eu só peguei luta fraca. Sorte ou não eu vou continuar ganhando. E no Japão, eu fiz duas lutinhas lá e eles me apoiaram, me pediram autógrafo, já virei ídolo, é outro tipo de percepção.

Você tem alguma preferência de lutar nos EUA ou no Japão?

Não. Eu quero fazer bem o meu trabalho, seja onde for. Eu ainda não lutei nos EUA, lutei no Canadá uma vez, mas tomara que seja como no Japão, porque no Japão eles recebem a gente muito bem, eles gostam muito e respeitam muito o atleta. Respeitam a gente pelo nosso trabalho, nosso profissionalismo. Isso é muito legal.

E a sua experiência na Chute Boxe? Porque não deu certo?

E tive uma breve passagem pela Chute Boxe, a gente não deu certo. Eu acabei alguns desentendimentos com as pessoas da Chute Boxe, eu não gosto de comentar muito sobre isso porque pode resultar em falatório. Mas bola pra frente, a gente pegou o que produzimos de bom e absorveu e a parte ruim deixa pra trás e é passado.

O que ficou de bom? Quais os amigos que você guarda de boas lembranças lá?

Eu tive ali o Daniel Acácio que é uma pessoa maravilhosa, ele me recebeu dentro da casa dele, fiquei acho que um mês e meio na casa dele, não tenho nem o que falar sobre ele. O cara nem é 10%, é 1000%, o cara é nota 10.

Voltando um pouco para a sua origem no Jiu-Jitsu. Como que você entrou na Alliance, foi sua irmã que te levou para treinar?

A Carina começou a treinar Jiu-Jitsu primeiro, achou legal, me convidou. Eu fiquei sem saber, mas acabei indo por causa do incentivo dela e foi o que te falei, desde que comecei ela me manteve no Jiu-Jitsu.

E no ES hoje em dia, você mantém uma equipe lá?

Eu tenho a minha academia lá, que é a H Fight, a gente tem o Jiu-Jitsu lá e alguns treinos de Vale Tudo. A equipe de Vale-Tudo lá está apenas começando, mas quem sabe se a gente não consegue transformar numa equipe forte?

Qual seu sonho? Ganhar o cinturão no Japão?

Eu tenho uma grande vontade de lutar com o Gomi, não porque eu quero ser melhor que ele e tal, mas porque ele é um grande campeão e eu gosto de lutar com grandes campeões para poder provar que eu também posso ser um grande campeão em cima de alguém que é campeão.

Qual o segredo para vencer ele?

Eu tentaria desenvolver meu jogo, eu tenho uma base boa de Wrestling e de Jiu-Jitsu. Ele tem uma boa mão, tem uma mão pesada, mas vamos tentar aí levar para o chão e ganhar lá.

Qual foi a melhor luta que você fez no Jiu-Jitsu e no Vale-Tudo?

Acho que eu tive uma luta muito boa no Vale-Tudo com o Ryan Bow, no Canadá. Essa luta nem foi para o ar ainda, foi o Buldogue Fight, eles deram uma segurada nesta luta e até hoje não consegui assistir, para mim foi uma das melhores que já fiz até hoje. Consegui desenvolver bem minha técnica de Muay Thai, de Boxe, botei pra baixo e tudo mais, acabei nocauteando com um cruzado, mas deu pra ver que eu estava melhorando no Boxe e no Muay Thai.

Com quem você está treinando Boxe, Muay Thai, Wrestling e Jiu-Jitsu?

Com a equipe toda. Mas é o que eu falei, eu tenho um professor de Boxe e outro de Muay Thai em ES, eles sempre me acompanham, estão até aqui hoje, porque eles fazem o meu treinamento o ano inteiro, não posso chegar aqui e trocar meu treinamento todo por duas semanas, um mês, então eu sempre trago eles comigo. O nome deles é Daniel Mendes e Adail dos Santos.

http://www.tatame.com.br/2008/08/18/Rodrigo-Damm

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bora cara de doido, vamo pro os japonezim pra baixo e finalizar.

Rodrigo é campeão, o cara é muito guerreiro e o maior incentivo no ES.

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boa entrevista, o rodrigo é bom lutador e mostrou ser um cara consciente...

tomara q eu esteja errado mas acho q ele nao passa pelo mistsuoka nao...

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Buldogue fight é sacanagem... BODOG tatame... BODOG!

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boa entrevista, o rodrigo é bom lutador e mostrou ser um cara consciente...

tomara q eu esteja errado mas acho q ele nao passa pelo mistsuoka nao...

E por que não He4v3n? Fala mais desse japa ai, pois não o conheço

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