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MV8

Os Estilos Karatê

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Desses ae qual seria o melhor karate no x1?

Isso não existe! Existe o lutador mais bem preparado em todos os âmbitos. Independentemente do estilo, todos eles têm uma gama enorme de técnicas para um combate em guerra. Como falamos, o problema foi a adoção do caráter desportivo ao longo dos anos, que foi sublimando as técnicas totais e priorizando somente aquelas que servem para competições... desportivas...

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A questão do karatê ter tido suas regras alteradas para se tornar mais esportivo, que eu me lembre, já foi debatida. A principal dificuldade na conversação é uma tendência ao assunto ser tratado como que se religião fosse.

Ao meu modo de ver, foi possível a preservação dos valores pré-esportivos no karatê através de sua vertente, que se denominou karatê shotokan tradicional, surgida em 1986. Nascia assim a divisão entre os dois mundos.

Como estamos num fórum de lutas, com demais apreciadores, espero que o que colocarei aqui possa ser visto com uma isenção de ânimo.

Quando Rorion Gracie era perguntado sobre qual arte marcial era mais foderosa, ele simplesmente mandava enfileirar 10 de um lado e 10 de outro e dizia pra fazerem 10 lutas de Vale-Tudo. Desculpem-me os estudiosos e teóricos do meio, mas pra mim isso faz muito mais sentido do que todo e qualquer poema e narrativa que seja escrita a respeito do assunto.

Fernanda Leão, uma karateka, buscou organizou um evento em 2007 onde, entre outras comemorações, foi promovido um confronto entre os representantes do karatê esportivo e aqueles do tradicional, lutando sob as regras "pré-1986". A teoria nos levaria a concluir que os representantes do karatê tradicional devessem dar um sacode imenso naqueles do esportivo. Não foi o que aconteceu.

Seguem trechos da notícia.

Casa cheia na Copa que unificou o karatê carioca.

A 4ª Copa Leão foi realizada neste 22/11 no mega Ginásio Miécimo da Silva (o mesmo palco do karate no Pan Rio 2007), que fica localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Um dos destaques da IV Copa Leão fez uma linda homenagem ao falecido Sensei Ferusho, para uma arquibancada com um bom público. Algo raro de se ver em campeonatos de Karatê. Infelizmente, justamente no dia do torneio o ar condicionado do gigante ginásio Miécimo deu defeito, e o insuportável calor que faz no Rio de Janeiro castigou os atletas.

Foram muitos os atletas presentes, cerca de 470 oriundos de 42 clubes. Esta Copa, que estava sendo considerada um verdadeiro campeonato estadual, ganhou ares de torneio nacional com a presença de atletas do Paraná e São Paulo, que engrandeceram esta confraternização que agregou presidentes de várias federações estaduais do Rio de Janeiro.

Estiveram presentes o presidente da FFKI, Halan Duarte, o presidente da Federação de karate shotokan, Diogo Yoshida, o presidente da FKIRJ, Ângelo da Penha, o presidente da outra federação interestilos, Paulo Bigode, e o renomado Sensei Getúlio Taigen, além do presidente da FKERJ, Fernando Gomes da Silva, entre outros. Além dos dirigentes do karate, também estiveram presentes o presidente da federação de jiu jitsu, Robson Gracie, e o presidente da federação de kung fu. Autoridades políticas como a deputada federal Laura Carneiro e a vereadora Cristiane Brasil também prestigiaram o evento.

Mesmo com a ausência do grande Ugo Arrigoni, a festa teve sua grande estrela com a presença do Hanshi Benedito Nelson Augusto dos Santos, 8° dan de karate shotokan, 1° faixa preta brasileiro, e praticamente o "pai" de todos os cerca de 700 karate-ka presentes no ginásio. O Hanshi Mão-de-Ferro veio de Rondônia, onde está radicado, especialmente para esta confraternização.

A organizadora e realizadora do evento, Fernanda Leão, 4° dan de karate, promoveu uma festa grandiosa, que por vários momentos saía de seu controle devido a sua latente emoção por lograr o êxito de conseguir unir o Karatê. Ao menos por um dia o karate foi o vitorioso por proporcionar a construtiva troca de experiências entre os praticantes, que em sua maioria são alheios à política que permeia a arte marcial mais praticada no Brasil e no mundo.

Para alcançar o sucesso, parte de sua estratégia consistiu na escolha do regulamento, que agregou as minorias ao re-adotar um regulamento de 30 anos atrás, mas que trouxe uma gratificante experiência para as novas gerações , o shobu ippon. Em nome da união, a FKERJ e seus filiados abriram mão de competir no regulamento mais adotado no mundo, o da WKF, e humildemente relembraram o sistema que não permitia o erro do competidor.

Faltou avisar aos atletas que seguem as regras da WKF que Shobu ippon não é contato total, como propalam alguns karatecas nostálgicos. Assim nocautes ocorreram provocados por atletas da CBK/FKERJ que estavam batendo com muita força nos atletas do dito tradicional.

Por exemplo a atual vice-campeã panamericana, a atleta Larissa Barbosa Braga que na final do shiai kumite, quando vencia por um waza-ari, literalmente nocauteou a sua adversária oriunda do tradicional com um poderoso mawashi geri jodan. A arbitragem comandada pelo maior nome nacional no ramo, Celso Rodrigues, não deixou por menos e cumpriu o regulamento punindo-a com a derrota por excesso de contato. Faltou alguém pra dizer a ela que o antigo shobu ippon não era assim tão calcado no contato total. No kata ela foi campeã juvenil sem maiores dificuldades.

...

fonte: http://karatedasmeninas.blogspot.com.br/2009/11/iv-copa-leao-conseguiu-reunir-as.html

Esse blog representa o karatê esportivo e, por tal motivo, poderia ser considerado tendencioso. Entretanto, não encontrei o relato de tal evento em nenhum site do karatê tradicional e, ainda, o que busquei destacar foram fatos (contra fatos...).

Minha opinião pessoal é que os patriarcas do karatê nacional fizeram uma lambança gigantesca em 1986 criando essa divisão. Mais lambança ainda ao não se organizarem e deixarem existir mais de 30 federações de karatê no país. Acredito que essa capilaridade tenha feito a arte marcial perder sua força.

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A questão do karatê ter tido suas regras alteradas para se tornar mais esportivo, que eu me lembre, já foi debatida. A principal dificuldade na conversação é uma tendência ao assunto ser tratado como que se religião fosse.

Ao meu modo de ver, foi possível a preservação dos valores pré-esportivos no karatê através de sua vertente, que se denominou karatê shotokan tradicional, surgida em 1986. Nascia assim a divisão entre os dois mundos.

Como estamos num fórum de lutas, com demais apreciadores, espero que o que colocarei aqui possa ser visto com uma isenção de ânimo.

Quando Rorion Gracie era perguntado sobre qual arte marcial era mais foderosa, ele simplesmente mandava enfileirar 10 de um lado e 10 de outro e dizia pra fazerem 10 lutas de Vale-Tudo. Desculpem-me os estudiosos e teóricos do meio, mas pra mim isso faz muito mais sentido do que todo e qualquer poema e narrativa que seja escrita a respeito do assunto.

Fernanda Leão, uma karateka, buscou organizou um evento em 2007 onde, entre outras comemorações, foi promovido um confronto entre os representantes do karatê esportivo e aqueles do tradicional, lutando sob as regras "pré-1986". A teoria nos levaria a concluir que os representantes do karatê tradicional devessem dar um sacode imenso naqueles do esportivo. Não foi o que aconteceu.

Seguem trechos da notícia.

Casa cheia na Copa que unificou o karatê carioca.

A 4ª Copa Leão foi realizada neste 22/11 no mega Ginásio Miécimo da Silva (o mesmo palco do karate no Pan Rio 2007), que fica localizado na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. Um dos destaques da IV Copa Leão fez uma linda homenagem ao falecido Sensei Ferusho, para uma arquibancada com um bom público. Algo raro de se ver em campeonatos de Karatê. Infelizmente, justamente no dia do torneio o ar condicionado do gigante ginásio Miécimo deu defeito, e o insuportável calor que faz no Rio de Janeiro castigou os atletas.

Foram muitos os atletas presentes, cerca de 470 oriundos de 42 clubes. Esta Copa, que estava sendo considerada um verdadeiro campeonato estadual, ganhou ares de torneio nacional com a presença de atletas do Paraná e São Paulo, que engrandeceram esta confraternização que agregou presidentes de várias federações estaduais do Rio de Janeiro.

Estiveram presentes o presidente da FFKI, Halan Duarte, o presidente da Federação de karate shotokan, Diogo Yoshida, o presidente da FKIRJ, Ângelo da Penha, o presidente da outra federação interestilos, Paulo Bigode, e o renomado Sensei Getúlio Taigen, além do presidente da FKERJ, Fernando Gomes da Silva, entre outros. Além dos dirigentes do karate, também estiveram presentes o presidente da federação de jiu jitsu, Robson Gracie, e o presidente da federação de kung fu. Autoridades políticas como a deputada federal Laura Carneiro e a vereadora Cristiane Brasil também prestigiaram o evento.

Mesmo com a ausência do grande Ugo Arrigoni, a festa teve sua grande estrela com a presença do Hanshi Benedito Nelson Augusto dos Santos, 8° dan de karate shotokan, 1° faixa preta brasileiro, e praticamente o "pai" de todos os cerca de 700 karate-ka presentes no ginásio. O Hanshi Mão-de-Ferro veio de Rondônia, onde está radicado, especialmente para esta confraternização.

A organizadora e realizadora do evento, Fernanda Leão, 4° dan de karate, promoveu uma festa grandiosa, que por vários momentos saía de seu controle devido a sua latente emoção por lograr o êxito de conseguir unir o Karatê. Ao menos por um dia o karate foi o vitorioso por proporcionar a construtiva troca de experiências entre os praticantes, que em sua maioria são alheios à política que permeia a arte marcial mais praticada no Brasil e no mundo.

Para alcançar o sucesso, parte de sua estratégia consistiu na escolha do regulamento, que agregou as minorias ao re-adotar um regulamento de 30 anos atrás, mas que trouxe uma gratificante experiência para as novas gerações , o shobu ippon. Em nome da união, a FKERJ e seus filiados abriram mão de competir no regulamento mais adotado no mundo, o da WKF, e humildemente relembraram o sistema que não permitia o erro do competidor.

Faltou avisar aos atletas que seguem as regras da WKF que Shobu ippon não é contato total, como propalam alguns karatecas nostálgicos. Assim nocautes ocorreram provocados por atletas da CBK/FKERJ que estavam batendo com muita força nos atletas do dito tradicional.

Por exemplo a atual vice-campeã panamericana, a atleta Larissa Barbosa Braga que na final do shiai kumite, quando vencia por um waza-ari, literalmente nocauteou a sua adversária oriunda do tradicional com um poderoso mawashi geri jodan. A arbitragem comandada pelo maior nome nacional no ramo, Celso Rodrigues, não deixou por menos e cumpriu o regulamento punindo-a com a derrota por excesso de contato. Faltou alguém pra dizer a ela que o antigo shobu ippon não era assim tão calcado no contato total. No kata ela foi campeã juvenil sem maiores dificuldades.

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fonte: http://karatedasmeninas.blogspot.com.br/2009/11/iv-copa-leao-conseguiu-reunir-as.html

Esse blog representa o karatê esportivo e, por tal motivo, poderia ser considerado tendencioso. Entretanto, não encontrei o relato de tal evento em nenhum site do karatê tradicional e, ainda, o que busquei destacar foram fatos (contra fatos...).

Minha opinião pessoal é que os patriarcas do karatê nacional fizeram uma lambança gigantesca em 1986 criando essa divisão. Mais lambança ainda ao não se organizarem e deixarem existir mais de 30 federações de karatê no país. Acredito que essa capilaridade tenha feito a arte marcial perder sua força.

Mestre Jara eu treinei e ainda amo o Karate mas sou por fora da parte administrativa. qual a maior das duas vertentes? Esportiva ou tradicional? Qual a que move mais $$$ e consequentemente permite um maior grau de proficionalização?

Editado por MV8

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Ambas.

O shotokan, seja ele esportivo ou tradicional, abriga ótimos mestres de karatê. Ambas entretanto, também abrigam algumas pessoas não tão boas assim.

Só lembrando que assim que Funakoshi criou o karatê, nasceu também uma linha chamada de karatê shotokai, que pregava a não competição entre os praticantes. Logo, se competição fizesse mal, o shotokai seria o karatê mais pica grossa existente.

Pois bem, convido-lhes a digitarem shotokai no Google e investigarem os vídeos para tirarem suas próprias conclusões.

Se estivéssemos aqui discutindo sobre a quantidade de massa que um buraco negro seja capaz de absorver poderíamos adentrar no universo teórico das discussões. Porém luta, dieta, série de musculação,..., pô, é algo que está aí. É só fazer e tirar suas próprias conclusões.

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Ambas.

O shotokan, seja ele esportivo ou tradicional, abriga ótimos mestres de karatê. Ambas entretanto, também abrigam algumas pessoas não tão boas assim.

Só lembrando que assim que Funakoshi criou o karatê, nasceu também uma linha chamada de karatê shotokai, que pregava a não competição entre os praticantes. Logo, se competição fizesse mal, o shotokai seria o karatê mais pica grossa existente.

Pois bem, convido-lhes a digitarem shotokai no Google e investigarem os vídeos para tirarem suas próprias conclusões.

Se estivéssemos aqui discutindo sobre a quantidade de massa que um buraco negro seja capaz de absorver poderíamos adentrar no universo teórico das discussões. Porém luta, dieta, série de musculação,..., pô, é algo que está aí. É só fazer e tirar suas próprias conclusões.

Mestre Jara, meu pensamento é diferente. Se tem competição, permite profissionalização e exige mais dedicação e vai produzir atleta em melhor forma. Mas isso quer dizer que a arte em si será a mais efetiva? Sinceramente eu não sei.

Vamos imaginar que um lutador profissional de berimbolo lute (ou brigue) com um cara que pratique um JJ defesa pessoal com o Relson. Se o cara do berimbolo vive pra treinar enquanto o aluno do Relson é por exemplo um professor de matemática que treina JJ, é possível que o atleta profissional se saia melhor embora não necessariamente ele esteja treinando o que é mais efetivo mas porque ele é melhor atleta (mais forte, mais explosão, mais gás, tlvz mais pesado).

Eu posso tá errado mas acho que a gente não pode deixar de considerar isso.

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Pra mim eu acredito que haja regras e regras.

Umas com a intenção de salvaguardar pelo menos minimamente a integridade física do lutador e outras que tenham um impacto televisivo maior.

Daí não será surpresa entendermos como o COI interfere nas lutas, p.ex., pontuação maior com golpes com os pés.

Até a regra atual do UFC e de eventos de MMA baseados nas mesmas regras há, de certa forma, deturpações desta natureza. Exemplo: uma luta onde um dos atletas consegue melhor se desenvolver no chão, corre o risco de se dar mal na regra atual do UFC, devido à luta poder ser recomeçada em pé, a mando do árbitro.

Não nos esqueçamos do seguinte: há um bom conjunto de lutas onde a imensa maioria dos atletas são amadores que treinam no máximo 2h/dia, 5x/semana. E olha que tem cabra que bate.

Acho que as regras do combate deveriam ser meticulosamente idealizadas pra não corromper o conceito da luta.

Judô tirou os golpes que iniciavam com ataque nas pernas, por exemplo. Minha opinião é que os atletas e suas escolas respectivas que estivessem em desacordo que desenvolvessem uma forma, postura, contra-ataque que anulasse ou pusesse em desvantagem quem optasse por tais ataques. Agora baixar um canetaço proibindo é maldade.

Acima disso, entendo eu, está a necessidade do homem desafiar-se. Por isso acho importante as competições.

Editado por Jaraqui

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Isso não existe! Existe o lutador mais bem preparado em todos os âmbitos. Independentemente do estilo, todos eles têm uma gama enorme de técnicas para um combate em guerra. Como falamos, o problema foi a adoção do caráter desportivo ao longo dos anos, que foi sublimando as técnicas totais e priorizando somente aquelas que servem para competições... desportivas...

Como assim nao existe? Tem combates melhor no x1 que os outros sim. Nao vem com essa de atleta melhor preparado. Assumindo que dois tenham as mesmas condincoes, tem como dizer se uma arte marcial é melhor que outra sim. Basta pegar como exemplo o Jiu Jitsu.

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Como assim nao existe? Tem combates melhor no x1 que os outros sim. Nao vem com essa de atleta melhor preparado. Assumindo que dois tenham as mesmas condições, tem como dizer se uma arte marcial é melhor que outra sim. Basta pegar como exemplo o Jiu Jitsu.

Com todo respeito, mas para mim essa discussão é meio tacanha. Leia sobre o que falamos dos variados estilos e mudanças da arte ao longo do tempo ao ser adaptada para competições cheio de regras meticulosas e ao ser dividia de acordo com convenções e ideologias dos seus praticantes e mestres (estilos). E não existe condições iguais entre dois humanos. Cada um vai ter uma característica que sobressai ou não do outro e vice-versa por mais que estejam no mesmo limite de peso ou tenham a mesma altura, por exemplo. O que eu quero dizer é que não dá para enxergar o Karatê como uma ótica simplista de estilos e funcionalidade. Relembre-se a arte foi criada para guerra. Tem técnicas de striking, grappling e subsmission em toda a sua literatura. De repente um aluno mais aplicado de Kyokushin derrote um de SHorin Ryu em um dia. No outro, o mesmo lutador perde para outro de outro estilo.

Só para lembrar, Karaté tem origem oriental da ilha de Okinawa, que esteve constantemente em guerra com o Japão até ser anexado. Não foi criado, em tese, pensado em fitness. Outra coisa, já cansamos de discutir sobre como o submission do BJJ funcionou bem nos primeiros UFC contra lutadores unilaterais ou fakers. Há um grande equívoco em pensar que isso torna uma arte "superior" à qualquer outra quando treinada estritamente. A evolução do UFC e o interesse pelo aprofundamento de todas as técnicas irrestritamente mostrou que não. Outra coisa que quero dizer, o estudo da anatomia humana para fazer constrição e causar fraturas não é coisa do séc XX... e muito menos só oriental.

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Ambas.

O shotokan, seja ele esportivo ou tradicional, abriga ótimos mestres de karatê. Ambas entretanto, também abrigam algumas pessoas não tão boas assim.

Só lembrando que assim que Funakoshi criou o karatê, nasceu também uma linha chamada de karatê shotokai, que pregava a não competição entre os praticantes. Logo, se competição fizesse mal, o shotokai seria o karatê mais pica grossa existente.

Pois bem, convido-lhes a digitarem shotokai no Google e investigarem os vídeos para tirarem suas próprias conclusões.

Se estivéssemos aqui discutindo sobre a quantidade de massa que um buraco negro seja capaz de absorver poderíamos adentrar no universo teórico das discussões. Porém luta, dieta, série de musculação,..., pô, é algo que está aí. É só fazer e tirar suas próprias conclusões.

Concordo com muitas coisas com o que você disse. Mas, quando eu particularmente me refiro a desportização, eu quero dizer que se criam regras e convenções que moldam o que se deve treinar ou não, com vistas à competição. E, em detrimento disso, técnicas marciais mais abrangentes (para sobrevivência) acabam sendo perdidas na transmissão da arte. Acho que o exemplo mais marcante disso que estou falando é a quase "sublimação" da submissão no Karate. Se pegarmos todos os tratados antigos das grandes escolas do Karate, veremos que as chaves, os triangulos e os estrangulamentos estão lá, bem como forma de se livrar deles... Não quero dizer que é tão abrangente qt o Jiu Jitsu (pq o Jiu Jitsu se desenvolveu em estudar somente este aspecto), mas eu quero dizer que a arte não ignorava a luta agarrada! E, hoje, esse é o sentimento de quem vê de fora...

Editado por Mae Geri

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Com todo respeito, mas para mim essa discussão é meio tacanha. Leia sobre o que falamos dos variados estilos e mudanças da arte ao longo do tempo ao ser adaptada para competições cheio de regras meticulosas e ao ser dividia de acordo com convenções e ideologias dos seus praticantes e mestres (estilos). E não existe condições iguais entre dois humanos. Cada um vai ter uma característica que sobressai ou não do outro e vice-versa por mais que estejam no mesmo limite de peso ou tenham a mesma altura, por exemplo. O que eu quero dizer é que não dá para enxergar o Karatê como uma ótica simplista de estilos e funcionalidade. Relembre-se a arte foi criada para guerra. Tem técnicas de striking, grappling e subsmission em toda a sua literatura. De repente um aluno mais aplicado de Kyokushin derrote um de SHorin Ryu em um dia. No outro, o mesmo lutador perde para outro de outro estilo.

Só para lembrar, Karaté tem origem oriental da ilha de Okinawa, que esteve constantemente em guerra com o Japão até ser anexado. Não foi criado, em tese, pensado em fitness. Outra coisa, já cansamos de discutir sobre como o submission do BJJ funcionou bem nos primeiros UFC contra lutadores unilaterais ou fakers. Há um grande equívoco em pensar que isso torna uma arte "superior" à qualquer outra quando treinada estritamente. A evolução do UFC e o interesse pelo aprofundamento de todas as técnicas irrestritamente mostrou que não. Outra coisa que quero dizer, o estudo da anatomia humana para fazer constrição e causar fraturas não é coisa do séc XX... e muito menos só oriental.

Voce dizer que o submission funcionou nos primeiros UFC contra lutadores unilaterais, mas nao é a mesma coisa que dizer que o Jiu Jitsu superou todas as artes marciais em lutadores até sei la quanto, 10kg a mais de massa muscular em varias lutas na mesma noite? Isso nao prova a superioridade da arte marcial? karkakrkarkaehroaor

Editado por spiderk

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...

Pra mim, esse texto só corrobora com o que o colega Mae Gueri escreveu. Por exemplo, os vídeos do Gracies In Action remontam exatamente a época em que o striker de lutas clássicas (no caso do vídeo Kung Fu e Hap Ki Do, se não me engano) desconhecia por completo como se virar no chão.

Meu pensamento sobre isso é polêmico: conseguiram sublimar ao Vale-Tudo as artes marciais que dele participaram. Jiu-Jitsu, Muay-Thai, Sambo e Wrestling/LL (capoeira, boxe e algumas outras em menor proporção) sempre foram lutas presentes em diversos eventos, estivessem os lutadores ganhando ou perdendo. A cada evento, o lutador, que lutava às vezes de graça, "para honrar sua luta, sua escola e seu mestre", voltava todo roxo e quebrado e aquela roda de curiosos era formada. E foi assim, com guerreiros trazendo seus relatos do campo de batalha, que tais lutas foram se tornando lutas cada vez mais contundentes, eficazes e práticas para um Vale-Tudo.

Enquanto isso ocorria, lutas "bem assentadas sob o ponto de vista econômico", prontinhas com suas federações, seus exames de faixa, sua hierarquia, seu conjunto de regras extremamente deturpador da realidade, iniciaram um discurso que eu penso que seja o que mais se aproximava de um fanatismo religioso:

  • Vale-Tudo é luta marcada... aquilo é sangue falso;
  • Tropa de bandidos, Bad Boys, "você colocaria seu filho pra treinar uma coisa dessas"?
  • "Se aquele lutador viesse me dar essa tal de baiana, eu utilizaria o meu ultra-hiper-xuper soco interestelar e ele apagaria muito antes de me tentar derrubar";
  • Eles só filmam as vitórias. Eu conheço um sensei (mesmo sensei que matou um tigre a mordidas) que foi desafiado e disse que só lutaria até à morte. Ninguém quis...";
  • "Aquelas luvinhas tiram o poder foderoso dos socos que podemos dar";
  • Essa é a mais legal, eu acho: "Nossa arte marcial é muito letal pra entrar nessas coisas";

Resumindo: pra que, tais lutas iriam se arriscar entrar no VT? E se perdessem? Como ficariam a debandada de alunos para "as artes marciais vencedoras"?

Desfecho: com discurso ou sem ele, houve a debandada e as artes marciais com regras deturpadas continuaram a existir. Eu desconfio que se entrarmos hoje num fórum especializado de uma arte marcial específica, ainda algum dos argumentos supra-citados poderão ser evocados. Ou então a velha "isso aqui é um fórum de xuxa-te ou de Vale-Tudo?"

Entretanto, o próprio Vale-Tudo precisou ceder à perseguição sofrida nos EUA e à pressão da comissão atlética, fazendo surgir o MMA, que é essa coisa com regras deturpadas que vemos hoje em dia, que dependendo de quem for lutar, até a gente se esquece que vai ter UFC à noite. Mas, mesmo deturpadas, é ainda algo que aproxima-se quase que satisfatoriamente de um combate verdadeiro.

Logo, apagar essa trajetória histórica que as lutas fizeram e olhar-se para um profissional atual de MMA e dizer que um representante de só uma luta não conseguiria batê-lo é um pecado, ao meu entender.

O próprio JJ afastou-se dessa conexão com os combates reais, cortando ao meu ver a fonte que o fez uma luta tão eficaz.

Qualquer luta que fosse pra porrada na década de 90 poderia estar bem. Hap Ki Do, por exemplo, foi uma luta que até começou a participar dos IVCs, mas não sei por qual motivo não deu continuidade.

Edit: lembrei do kyokushin. Basta observarmos a frequência de karatecas deste estilo nos eventos do falecido k-1 para tirarmos nossas próprias conclusões acerca do quão necessário é para uma arte marcial ser constantemente testada em eventos com regras mínimas (ainda que os torneios de K-1 fossem uma espécie de ADCC para as lutas em pé e não Vale-Tudo).

Editado por Jaraqui

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Desses ae qual seria o melhor karate no x1?

Não sei te dizer qual é melhor, mas o Kyokushin fez muito sucesso no K-1 tendo grandes nomes como francisco filho e andy hug fazendo festa por lá

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E pra mim o maior perigo da desportização é acontecer o que aconteceu com o tae kwon do, a WTF acabou transformando uma arte marcial em quase uma palhaçada, hoje em dia tem que peneirar bastante pra aprender taekwondo de verdade, acho que vale ter regras pra uma competição agora tudo tem limites, e vejo o tal karate olimpico indo pelo mesmo caminho de merda, mas graças a deus o Karate tem uma tradição forte e creio que não vá debandar totalmente pra esse lado

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