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Amigos do karate, já pratiquei tão respeitada a arte marcial,vocês poderiam me tirar um dúvida, para que serve os katas e ido gueikos?. Sei lá ate fazia aquilo mais achava meio sem nexo, o professor dizia " Kata da força, dar equilibrio...

Realmente um kata bem feito cansa muito, base , postura, porém sei lá sempre faltava a maioria desses treinos rsrsrs.

Fiz kyokushin durante 1 ano.

Editado por NEGO DÁGUA

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Kihon, kata, gohon kumite, ippon kumite, jyu ippon kumite (há vídeos aí nas páginas anteriores destes tipos de kumites) foram práticas que para mim, pessoalmente, aprimoraram o meu jyu kumite (a luta sem restrições livre no karatê).

Até hoje os reflexos que fiquei condicionado me fazem cair, tropeçar, proteger-me instintivamente, etc, de uma forma diferente.

De forma alguma eu iria conseguir aprimorar o jyu kumite somente praticando ele.

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Po Jara.. não consigo enxergar isso.. como um kata pode lhe fazer melhor lutador... porque conheço gente ruim de kata e boa de porrada e vice e versa..,tudo bem aprende só os dois primeiros, mas via os outro movimentos complexos com ate aprimoramento da respiração...

Realmente o kata bem executado cansa demais...

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O que eu vi acontecer foi caras que "se especializam" em katas e nunca praticam kumites, principalmente os jyu kumites. O resultado não pode ser outro que não esse que você comentou. Não sei o que os encoraja a agirem dessa forma. Campeonatos, talvez.

A coisa acaba indo pra uma direção que não sei se é boa. "dogui" para kata, "dogui" para kumite, enfim, não pertenço mais a essa geração, a essa época. Entretanto me acho no direito de dizer: eu não gosto dessa divisão. Campeonato pra mim deveria no mínimo exigir uma pontuação geral no kata, no shiai kumite e no jyu kumite kumite. Logo, quem entrasse no campeonato só pra competir em uma dessas coisas, já iria sabendo que ficaria com um terço dos pontos.

Mas o que relatei foi a influência da prática dessas técnicas em minha pequena formação. Nem preta eu sou. Você, por exemplo, nada sentiu, enfim, acho que vai de cada um.

Em tempo: lembrei-me agora. Treinei karatê em dois momentos da minha vida, que foi nas décadas de 80 e 90 e rápida e recentemente, em 2011. Com o sensei da primeira, a aula era obrigatoriamente composta por kihon, kata e algum tipo de kumite (daqueles que citei anteriormente). Entretanto, no mínimo uma vez por semana o pau comia e obrigatoriamente era jyu kumite pra quem era de faixa verde pra cima. Normalmente era na sexta, pois já havia naquela época o público polarizado a praticar só katas e aí eles não vinham no dia. Quem vinha já ia desde casa com um frio na barriga. E era bom. Já em 2011, pratiquei por seis meses e o sensei desse outro dojo programou um shiai kumite e uma espécie de jyu kumite "levinho". O que quero me expressar com isso: vai depender também da formação que cada karateca tenha em seu dojo.

Editado por Jaraqui

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Um deve ser pela minha influência do boxe de fazer tudo pautado para porrada!!

Pode ser um meio de arrogância mais qualquer arte marcial para mim, somente parte de luta me interessa, tentei de alguma forma entender o motivo do kata e ido gueiko nas lutas, para mim, em nível de iniciante achei um pouco inoportuno fazer tais técnicas, entendia como uma forma de tradição da arte oriental!!

Porque o treino de campeonato é um , o de exame de faixa é outro!!

Por ai tirei a conclusão que faixa é coisa bem simbólica em qualquer modalidade marcial em pé.

Vejo no jiu jitsu em uma academia seria nunca vera um faixa azul destruir todos os pretas, somente quando seus colegas são de baixo nível e seu professor um desleixado distribuidor de faixa.

Já no boxe, karate, kickboxing, muay thai, boxe chinês você vera alunos habilidosos com menos de 1 ano dando calor e vencendo, faixa preta antigos!!

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Há similaridades no que você escreveu e o que eu penso. Como você, penso que haja uma eficiência na formação do lutador na direta proporção de contato e grau de liberdade da luta praticada. Escrevendo em outras palavras, se forem convocados dois grupos homogêneos em termos de assiduidade de 50 praticantes com tempos de aprendizado de 1, 2, 3 e 10 anos sendo o primeiro de uma dada luta de contato e outro grupo com lutas de contato controlado para confrontarem-se ambos nas regras do PRIDE.... suponho que haverá uma imensa probabilidade do segundo grupo levar um atraso enorme.

Uma maneira curtíssima de escrever o que está no parágrafo anterior é o que o Rórion disse: "bota 10 dum lado 10 doutro e manda quebrarem o pau. Quem mais ficar de pé é a luta superior.

É fascinante essa discussão, mas é quase impossível de prolongá-la, pois de súbito aparecem quem se sinta ofendido e começa as pérolas: "não existe melhor luta... existe um melhor lutador... é uma condição aleatória... hoje ele ganha do outro/amanhã perderá dele...". A coisa já foi pior, especificamente antes dos UFCs. Havia os golpes "atravessa cérebro", aqueles cujo toque com a pontinha dos dedos iria fazer o cara morrer em 46 horas 23 minutos 32 segundos e 215 centésimos de segundo, o golpe de "chi" onde o cara olhava pro outro e o jogava longe só com o poder das ondas cerebrais. Penso que um mestre de uns 60 anos talvez, revoltado da vida, que tenha atravessado por essas fases, iria ganhar muito dinheiro escrevendo um livro das peripécias que eram bradadas no mundo das lutas pré-vale-tudo contemporâneo. "Contemporâneo" porque Carlos Gracie Sr promovia combates livres desde a década de 30! Nunca nos esqueçamos disso.

Interessante você comentar isso, porque mesmo nos campeonatos de kyokushin não há shiai, a luta não é interrompida e vale ainda inclusive o nocaute. Isso pra mim já é um grande avanço. Se você for parar pra assistir campeonatos dos outros cinco grandes estilos (shotokan, goju, wado e shorin), desconfio que não irá gostar.

No entanto, não se engane. Um faixa preta formado por um bom mestre (o qual naturalmente não é nem foi desses que bradavam tais peripécias que comentei....rs), consegue articular-se muito bem em uma situação que lhe requeira a defesa pessoal.

[]´s

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Entendo perfeitamente uma rfase um grande professor me disse " Entenda a essência da arte, seja ela qual for, que você irá se dar bem no campeonato, na rua precisando se livrar, no MMA... bom gravei esse conceito.

Já vi nego bom luta na academia que troca luva bem, tomar porrada de brigador de rua, por causa da questão da maldade ou sangue no olho, já vi cara que faz tudo certo na manopla, saco, sombra solta.. mais na hora da luva o cara esquece tudo e fica mediocre...

Modestia parte, acho que entende de certa forma alguns conceitos e me viro relativamente bem em várias situações as quais necessitei, não fazendo apologia a nada de confusão mais as vezes é preciso..

Nesse pensamento vejo bem o Cigano um boxer que se virou excelentemente bem com qualquer outro estilo de lutador.. ou karateca do kyokushin, mesmo sem valer soco no rosto,pega um bom de verdade e ver se em defesa pessoal ele não detona muita gente por ai.. o Shiran Chico e o Glauber entenderam e botaram sua eficiência no kickboxing de altissimo nível. e por ai vai..

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Creio que o idogueiko e o kata servem para aprimorar a técnica. Apenas para exemplificar há uma diferença brutal entre uma sequência de golpes com um mawashigueri bem aplicado e um mawashigueri aplicado a esmo.

Na época que treinava nunca vi faixa preta tomar atraso sequer de faixa verde "porradeiro".

O que faz um bom atleta de kumite não é o nível de graduação, mas a sua dedicação aos treinos independente da faixa.

Mas há casos em que a força bruta pode super a técnica. Vide as lutas entre Bob Sapp e Ernesto Hoost no K-1. E o próprio Sapp que deu uma put* canseira no Minotauro no auge.

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Sobre o treinamento de kata e ido-geiko (treino tradicional de karate) há uma série de vantagens físicas e mentais que podem ser adquiridas: equilibrio (base), controle, respiração, coordenação físico/mental, contração/relaxamento, memória, rapidez de raciocínio etc....

Outros pontos seriam: alguma semelhança com alguns movimentos de Chi-Kung chinês? Tipo de treino isométrico(?) Fortalecimento de músculos e articulações...

Para os estilos mais tradicionais de Okinawa a essência do karate é kata. Para os estilos de contato, originários do Kyokushin de Mas Oyama, o kumite é essência.

O próprio modo de treinar o kihon geiko (técnicas básicas) do Kyokushin (por exemplo), em "base parada" também não é utilizado por diversos estilos de luta em pé, aliás acredito que somente as artes mais tradicionais como por ex o kung fu (katis) e o karate utilizam.

Creio que o idogueiko e o kata servem para aprimorar a técnica. Apenas para exemplificar há uma diferença brutal entre uma sequência de golpes com um mawashigueri bem aplicado e um mawashigueri aplicado a esmo.

Na época que treinava nunca vi faixa preta tomar atraso sequer de faixa verde "porradeiro".

O que faz um bom atleta de kumite não é o nível de graduação, mas a sua dedicação aos treinos independente da faixa.

Mas há casos em que a força bruta pode super a técnica. Vide as lutas entre Bob Sapp e Ernesto Hoost no K-1. E o próprio Sapp que deu uma put* canseira no Minotauro no auge.

Com certeza aprimoramento da técnica é um dos principais benefícios, entender a dinâmica, a ciência dos movimentos...

Mas Oyama tem umas frases sobre as relações entre técnica, força, velocidade...

?Power is all important?

In Kyokushin Karate I teach my students the following:

Power comes first, next comes speed, and third comes technique.

There is a saying, with technique comes strength.

But without power you cannot bring the technique into action.

? De energia é muito importante?

Em Karate Kyokushin Eu ensino aos meus alunos o seguinte:

O poder vem em primeiro lugar, em seguida vem a velocidade, e a terceira trata técnica.

Há um ditado, com a técnica vem força.

Mas sem energia você não pode trazer a técnica em ação.

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Creio que o idogueiko e o kata servem para aprimorar a técnica. Apenas para exemplificar há uma diferença brutal entre uma sequência de golpes com um mawashigueri bem aplicado e um mawashigueri aplicado a esmo.

Na época que treinava nunca vi faixa preta tomar atraso sequer de faixa verde "porradeiro".

O que faz um bom atleta de kumite não é o nível de graduação, mas a sua dedicação aos treinos independente da faixa.

Mas há casos em que a força bruta pode super a técnica. Vide as lutas entre Bob Sapp e Ernesto Hoost no K-1. E o próprio Sapp que deu uma put* canseira no Minotauro no auge.

Sobre o treinamento de kata e ido-geiko (treino tradicional de karate) há uma série de vantagens físicas e mentais que podem ser adquiridas: equilibrio (base), controle, respiração, coordenação físico/mental, contração/relaxamento, memória, rapidez de raciocínio etc....

Outros pontos seriam: alguma semelhança com alguns movimentos de Chi-Kung chinês? Tipo de treino isométrico(?) Fortalecimento de músculos e articulações...

Para os estilos mais tradicionais de Okinawa a essência do karate é kata. Para os estilos de contato, originários do Kyokushin de Mas Oyama, o kumite é essência.

O próprio modo de treinar o kihon geiko (técnicas básicas) do Kyokushin (por exemplo), em "base parada" também não é utilizado por diversos estilos de luta em pé, aliás acredito que somente as artes mais tradicionais como por ex o kung fu (katis) e o karate utilizam.

Com certeza aprimoramento da técnica é um dos principais benefícios, entender a dinâmica, a ciência dos movimentos...

Mas Oyama tem umas frases sobre as relações entre técnica, força, velocidade...

?Power is all important?

In Kyokushin Karate I teach my students the following:

Power comes first, next comes speed, and third comes technique.

There is a saying, with technique comes strength.

But without power you cannot bring the technique into action.

? De energia é muito importante?

Em Karate Kyokushin Eu ensino aos meus alunos o seguinte:

O poder vem em primeiro lugar, em seguida vem a velocidade, e a terceira trata técnica.

Há um ditado, com a técnica vem força.

Mas sem energia você não pode trazer a técnica em ação.

Excelentes explicações.

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Creio que o idogueiko e o kata servem para aprimorar a técnica. Apenas para exemplificar há uma diferença brutal entre uma sequência de golpes com um mawashigueri bem aplicado e um mawashigueri aplicado a esmo.

Na época que treinava nunca vi faixa preta tomar atraso sequer de faixa verde "porradeiro".

O que faz um bom atleta de kumite não é o nível de graduação, mas a sua dedicação aos treinos independente da faixa.

Mas há casos em que a força bruta pode super a técnica. Vide as lutas entre Bob Sapp e Ernesto Hoost no K-1. E o próprio Sapp que deu uma put* canseira no Minotauro no auge.

Eu já vi, várias vezes ate, branca ganhando de verde, porem um branca que já veio de outra arte marcial .

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Desculpe me intrometer nunca fiz karate, mas é interessante esse ponto de vista do Mestre que falou que ele treina força antes da técnica, pois normalmente pelo menos no jiu jitsu e no boxe se prima muito pela técnica e depois vêm a força

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Desculpe me intrometer nunca fiz karate, mas é interessante esse ponto de vista do Mestre que falou que ele treina força antes da técnica, pois normalmente pelo menos no jiu jitsu e no boxe se prima muito pela técnica e depois vêm a força

Pois é minhoca, entendo o que dissestes... o que eu percebo é que existe essa questão no karate também... primeiro a técnica depois força, velocidade... uns mestres ainda falam em "espírito" antes da técnica (o que já leva a outras questões sobre artes marciais...)

O treinamento técnico é básico no karate, inclusive no estilo do mestre Oyama que falou "força em primeiro lugar"... tanto que quando criou o Kyokushin (primeiro estilo de contato de onde se originaram os demais) manteve o kihon, ido gueiko, katas (treinamento técnico que já discutimos aqui no tópico).

Do ponto de vista das competições de karate de contato existe o princípio de lutas sem limite de peso, categoria absoluto (existem competições por peso também). Assim o peso, a força do atleta conta muito nessas disputas. O que não impede (impediu) de atletas mais leves vencerem outros bem mais pesados.

De um modo geral acho que a força, a velocidade, a potência de um golpe são fundamentais, e concordo que a técnica aperfeiçoada é fundamental/básico para a correta aplicação, inclusive porque uma técnica mal aplicada pode ferir quem a executa.

Edit: talvez o mais correto seria "técnica em aperfeiçoamento" ao invés de "técnica aperfeiçoada", no último parágrafo.

Editado por Mushin

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Valeu Mushin pela resposta já treinei boxe, muay thai e jiu jitsu é interessante ver esses pontos de vista, curto muito o Andy Hugh e o Francisco Filho

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Valeu Mushin pela resposta já treinei boxe, muay thai e jiu jitsu é interessante ver esses pontos de vista, curto muito o Andy Hugh e o Francisco Filho

Falou minhoca... é interessante mesmo, inclusive porque as vezes comentamos algo que é em comum a diversas artes marciais...

Duas lendas do Kyokushin e do K-1.

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