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Wilson Reis brilha como técnico de jiu-jítsu

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Enquanto 16 lutadores brigam por um contrato com o UFC na primeira edição do "The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões", um brasileiro está fazendo barulho na versão americana do programa como treinador. O paulista Wilson Reis é o técnico de jiu-jítsu do time de Dominick Cruz, campeão dos pesos-galos do Ultimate, que vem dominando a competição até o momento: em três lutas, os lutadores da equipe venceram duas, eliminando dois dos três primeiros selecionados do time adversário, de Urijah Faber. O bom trabalho e o retorno positivo que vem recebendo já deixam o faixa preta esperançoso em entrar para o UFC como lutador, sem precisar passar pela casa do reality show como competidor.

- Acho legal o reality, mas nunca tentei entrar. Prefiro entrar direto no UFC através do meu retrospecto, com um cartel bacana. Acho que já tenho o cartel e a experiência para estar no UFC, conquistei o cinturão do EliteXC, que era uma organização grande aqui, e lutei no Bellator. Quero vencer mais algumas lutas para entrar - afirmou, em entrevista ao SPORTV.COM.

Wilson Reis mora nos Estados Unidos desde 2004, mas começou a lutar MMA profissionalmente apenas em 2007. Professor de jiu-jítsu na academia BJJ United, na Filadélfia, o paulista conheceu Cruz ao ser convidado por Lloyd Irvin, treinador do atual campeão, para ajudar nos treinos de Mike Easton, em junho de 2009. Poucas semanas depois, o próprio Cruz convidou Reis a ser seu sparring para o duelo contra Joseph Benavidez, e a partir daí, o brasileiro esteve em todos os camps de treinos do lutador do Arizona, passando pela conquista do cinturão do WEC, pela transição para o UFC e pelas quatro defesas de título bem sucedidas do amigo. Quando foi chamado para ser um dos treinadores no The Ultimate Fighter, Cruz também lembrou de Reis para atuar como treinador de jiu-jítsu no reality.

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A atual temporada americana do programa traz uma novidade no formato: as lutas são disputadas ao vivo, todas as sextas-feiras, o que implica em três meses de gravação em Las Vegas, longe da família e de casa. Como as filmagens coincidiriam com o período de preparação para o confronto com Urijah Faber, marcado para o UFC 148, em 7 de julho, Dominick Cruz levou todo seu camp de treinos para a cidade, onde a equipe ocupa cinco apartamentos. Segundo Reis, a rotina é puxada: são quatro treinos por dia, sendo dois com os lutadores da casa e dois com a equipe da Alliance MMA, academia do campeão dos pesos-galos. Os treinadores de artes marciais específicas como ele, porém, têm direito a algumas folgas.

- A gente fez um acordo entre os treinadores. São muitas disciplinas para treinar: wrestling, muay thai, preparação física, jiu-jítsu, kickboxing, boxe... Damos dois treinos de jiu-jítsu por semana. Então, na semana passada, dei treino na terça, eles me deram uma folga para eu ir em casa ver minha esposa, e voltei no domingo. Tem um sacrifício também, claro, mas é uma oportunidade que não podia dispensar. Quantos treinadores não queriam estar no TUF? Não só pela exposição, mas também pela experiência de treinar com um time tão forte - explicou Reis.

O paulista ficou impressionado com o nível dos lutadores no programa, todos da categoria leve, e conta que pelo menos metade poderia estar já no UFC, com destaque para Al Iaquinta, Chris Tickle, Miles Jury e Justin Lawrence, este último o principal candidato ao título na equipe de Cruz. Lawrence eliminou o brasileiro Cristiano Marcello, também apontado como favorito e segundo escolhido por Urijah Faber na divisão das equipes. Na última sexta-feira, Iaquinta derrotou Jury de virada, por decisão dividida, para obter a primeira vitória do Time Faber, que já perdeu dois de seus principais lutadores na competição.

- Nós conseguimos os lutadores que queríamos, menos o Cristiano, que era para ser nossa terceira escolha. Todos os lutadores que escolhemos são flexíveis para o nosso plano de jogo, podem jogar tanto no chão quanto em pé. Nosso time está muito forte - analisou o paulista.

Nesta sexta, o Time Cruz tem um grande desafio, com o duelo entre Mike Chiesa, quinta escolha de Faber, e Jeremy Larsen, último selecionado do campeão. Para acompanhar ao vivo no Brasil, porém, apenas na "clandestinidade" - ou seja, nos streams ilegais de vídeos pela internet - ou nas narrações em tempo real em fóruns especializados. Problema para os pais de Wilson Reis, Dilson e Elina Gonçalves, que, de Montes Verdes, em Minas Gerais, reclamam que não conseguem ver o filho na TV. Por isso, o paulista pensa em fazer mais lutas no Brasil quando terminar o programa. Em dezembro passado, ele conquistou o cinturão dos pesos-galos do WFE Platinum, evento realizado em Salvador, e quer voltar para defender o título.

Com 13 vitórias e quatro derrotas no cartel, o paulista acredita estar a poucas vitórias de entrar no Ultimate, onde o campeão de sua categoria é justamente Dominick Cruz. Reis diz que não teria problema em enfrentá-lo pelo cinturão, embora admita que isso é um sonho ainda muito distante. Por ora, rasga elogios ao amigo e rebate as críticas ao seu estilo de luta - Cruz é bastante questionado por ter poucas vitórias por finalização (uma) ou nocaute (seis) na carreira, contra 12 triunfos por decisão dos jurados.

- Ele é um moleque muito gente boa, muito talentoso e jovem. Só tem uma derrota, para o Faber, que ele já devolveu. Ele merece tudo o que colheu, trabalha dobrado e se cobra muito. Os fãs sempre querem ver nocaute, mas força, ele tem, porque poucos conseguem fazer sparring por mais de três rounds com ele, todos cansam. Todos erram muitos golpes, porque ele se move demais, corta muitos ângulos. Ele tem um estilo muito bonito e único de lutar, sapateia no octógono. As pessoas reclamam que ele não finaliza as lutas, mas dizem o mesmo do Georges St-Pierre e continuam gostando dele. Alguma hora ele vai conseguir o nocaute - concluiu.

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Sou obviamente suspeito pra falar, mas o Wilson é um atleta muito competitivo, com um chão muito eficiente além de ser um cara muito legal.

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