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TATAME

O ano de 2011 foi especial para Guilherme Mendes, que conquistou o bicampeonato mundial na faixa-preta, ao lado de seu irmão, Rafael, que brilhou na categoria de cima. O lutador da Atos vai em busca do tricampeonato mundial esse ano, mas antes vai botar o Jiu-Jitsu para jogo no Pan Americano e no Abu Dhabi Pro, onde se classificou na seletiva de San Diego. Confira abaixo a entrevista completa com o lutador, que falou sobre suas metas para o ano de 2012 e aprovou o não fechamento de categorias, proposto por seu irmão, Rafael Mendes.

Como foi a sua campanha na seletiva de San Diego para o Abu Dhabi Pro?

Fiz três lutas. A primeira venci por 8 a 0 com duas passagens e dois joelhos na barriga, na segunda lutei contra o Barret Yoshida e consegui finalizar. Na final contra o Laercio Fernandes venci nos pontos. Fiz um bom campeonato, não gosto muito de lutar apenas seis minutos, prefiro lutar 10 minutos, mas foi legal, é sempre bom competir e se testar, quando voltamos para academia temos uma motivação maior e podemos trabalhar em cima dos erros cometidos, então agora é seguir treinando.

Irá competir no Pan Americano? Como está o camp da Atos?

Já estou inscrito! O camp esta ótimo e é sempre bom reunir os amigos e treinarmos todos juntos, um ajudando o outro e todos com o mesmo objetivo. Nosso professor Ramon Lemos nos ensinou muito também sobre treinamento, como treinar, o que treinar, como fazer tudo da maneira mais correta na visão de um treinador, então carregamos esses ensinamentos conosco independente de onde estamos. Estamos sempre em contato com o Ramon e nosso preparador físico Thiago Mendes, eles estão sempre nos ajudando a fazer tudo da maneira correta.

E o André Galvão? É ele quem está no comando?

Estamos treinando com o André Galvão faz um tempo aqui em San Diego, ele vem fazendo um grande trabalho e os treinos estão a todo vapor. Mesmo tendo experiência para a nossa preparação, sempre preferimos estar sob o comando de professores, pois não corremos o risco de cair na zona de conforto e treinar mais leve, isto é extremamente importante. Se você puxa o seu próprio treinamento, por mais que você queira exigir o máximo, você acaba descansando quando seu corpo pede, pensa que é o seu limite, mas não é. Quando temos alguém no comando, nos puxando e exigindo de nós, nosso corpo não descansa quando quer, então exigimos muito mais dele e acabamos treinando mais, suportando o desconforto.

Você e o Rafael foram os primeiros irmãos a conquistar um bicampeonato mundial na faixa-preta no mesmo ano. Pretendem quebrar o próprio recorde nesse ano?

A meta é sempre essa, superar todos os feitos do passado, se Deus quiser tudo vai dar certo! Minhas metas para 2012 são manter a evolução profissional e pessoal.

Como estão os seminários ao redor do mundo e qual a importância deles no seu refinamento técnico?

Os seminários tem nos evoluído muito como professores e refinado demais nosso nível técnico. Quando estamos ensinando, as dúvidas dos alunos acabam abrindo nossos olhos e nos fazendo enxergar tudo de diferentes perspectivas, e isso tem acrescentado demais em nossa carreira. Conhecer pessoas diferentes, culturas diferentes e lugares que nunca estivemos antes tem sido uma experiência de vida incrível! Estou muito feliz com nossa vida e trabalhando para manter sempre esta evolução pessoal e profissional.

Seu irmão declarou que não quer mais saber de fechar categoria. Você fechou com o Ary no Mundial ano passado e ficou com o título. Isso é só da parte deles ou é uma nova política da Atos?

Não é uma política da Atos, pois o time não obriga ninguém a lutar, isso é uma decisão pessoal. Estamos conversando com a galera, o Rafael (Mendes) e o Bruno (Frazatto) decidiram não fechar mais e eu concordo. Quero fazer a mesma coisa, mas ainda tenho que conversar com o Ary. Acima de tudo somos amigos e tudo tem que ser conversado, já que ano passado ele abriu para mim a final, então temos que conversar.

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acho que ta certinho, na academia se treina com amigo pra valer, pq nao em um campeonato?? só nao apagar ou quebra o osso do parceiro, abraços.

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Os colegas de treino tendem a se ajudar mutuamente, mas a partir do momento que são adversários, a tendencia é vc não querer ajudar o cara que pode te derrotar.

No Fun,

Sempre achei que vocês no JJB fazem um filme muito grande neste aspecto.

No judo isso acontece frequentemente, nós cá nos nacionais séniores temos todos os anos finais entre atletas do mesmo clube e não há problemas... eu próprio já disputei uma do Universitário e quer eu quer o meu colega sabiamos que nesse ano tinhamos fortes hipóteses de chegar à final (nos +90kg não costuma haver muita gente :) ). Não foi por isso que treinamos de forma diferente ou alterámos o nosso comportamento.

Se o seu maior adversário treina todo dia com vc, é complicado vc deixar ele saber seus pontos fortes e fracos, preparar algo que surpreenda, etc.

Se tu sabes que o teu maior adversário é potencialmente da tua equipa, das duas uma: ou mudas de clube ou então treinas da mesma forma de sempre, porque eu não consigo imaginar alguém a treinar diáriamente para competição de forma retraida e sempre a olhar para cima do ombro :)

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Eu concordo, e acho que o mais correto é que colegas de treino lutem entre si. Deixar um campeonato sem final é uma palhaçada sem tamanho.

Ou então, que se faça como o Xeique no ADCC. Se tiver 2 caras da mesma equipe em uma categoria, vão lutar os dois na primeira luta da chave. Quem abrir não leva nada pra casa.

Mas aí é pior, pois podem colocar dois caras fortes da mesma equipe pra excluir de cara um..

Esse fechamento na final é ridículo na minha opinião. O próprio Roger bate muito nisso. O Gurgel disse que se for obrigatório, vão lutar. Agora cabe à CBJJ tornar obrigatório, sob pena de desclassificação. Não quer lutar? que não compareça e perca por W.O.

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Se você puxa o seu próprio treinamento, por mais que você queira exigir o máximo, você acaba descansando quando seu corpo pede, pensa que é o seu limite, mas não é. Quando temos alguém no comando, nos puxando e exigindo de nós, nosso corpo não descansa quando quer, então exigimos muito mais dele e acabamos treinando mais, suportando o desconforto.

Perfeito...

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Sou completamente a favor de fechar. O jiu-jitsu tem toda uma filosofia no que trata à equipe a aos seus amigos, e fechar é uma maneira de todos ganharem.

Quando você pode lutar contra seu companheiro de treino, vc não vai ensiná-lo seus truques de competição e as coisas que vc usa pra surpreender o adversário, que ele levaria MUITO TEMPO pra perceber sozinho no rola. E ainda vai se abster de corrigir defeitos dele que vc possa aproveitar depois. Acho pouco produtivo para as equipes.

Se chegar na final com um amigo, e ele quiser lutar, eu luto, nada contra, tem q ser comum acordo, mas prefiro fechar. Não me vejo lutando com o Otávio Nalati, por exemplo, a não ser que ele queira, ou que valha algo indivisível, como uma passagem ou algo assim. Fecharia um mundial e apareceria em segundo com ele de boa.

No caso do Guilherme Mendes, ele é gente fina, mas se ele chegar na final do Mundial com o Ary, e não abrir o título pra ele, em retribuição ao que aconteceu em 2011, vou achar muita mancada.

Pra mim quem é competidor e prefere lutar contra os companheiros de treino não tem amor pelo conhecimento. Ou é fisicamente muito mais preparado que os outro colegas competidores ou guarda tudo que sabe pra si, não se preocupando o tempo todo em evoluir os amigos. Valores invertidos na minha opinião, a prosperidade tem que ser mútua, ao invés de procurar valores individuais.

Editado por Tony Ferraz

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Jiu jitsu não vale premiação nenhuma, esta mais do que certo de fechar, ou voce vai querer criar uma rivalidade com o seu parcero de treino em troca de NADA?

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Enquanto o JJ estiver com essa mentalidade nunca vai conseguir evoluir para chegar em uma olimpíada.

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Nao sei porque o pessoal se preocupa tanto com o JJ ir para as olimpiadas, nao é por isso, e nem por essa mentalidade que o JJ deixa de ir para as olimpiadas, existe N motivos para isso.

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Mas tem o outro lado. No treino vc cria uma estratégia, trabalha e expõe seus pontos fracos e fortes, prepara coisas para surpreender seus adversários, etc.

Se o seu maior adversário treina todo dia com vc, é complicado vc deixar ele saber seus pontos fortes e fracos, preparar algo que surpreenda, etc.

Os colegas de treino tendem a se ajudar mutuamente, mas a partir do momento que são adversários, a tendencia é vc não querer ajudar o cara que pode te derrotar.

Não estou dizendo que eu acho que tem que fechar, só que não é tão simples assim. E eu já pensei da mesma forma que vc.

O grande Fábio Gurgel diz a mesma coisa. Argumenta que nos treinos o atleta evolui , expondo seus pontos fracos e deixando brechas do seu jogo a mostra. Nao há como negar que uma vez que os "fechamentos" acabem isso possa ser um problema, mas com O tempo vão descobrir que esconder detalhes de seu jogo é um "tiro no pé"

Há algum tempo os grandes cirurgiões nao ensinavam pequenos detalhes técnicos de procedimentos mais complexos como forma de se resguardarem, para que continuassem com os maiores.

Alguns aprendizes de cirurgiões-barbeiros estavam sonegando informações e foram estudar em cadáveres.

Resultado: nascimento da cirurgia moderna!

Hoje sabe-se que independente da estratégia cirúrgica utilizada, o cirurgião é o ponto crucial. A troca de informações é o fundamento para o progresso. Dai surgiram as assembléias e congressos científicos.

Nas lutas nao é diferente, pelo contrário, algumas artes marciais japonesas como o judo e conseguiram aproveitar bastante isso com o Kangeiko.

Nao entendo como querem dar profissionalismo ao Jiu Jitsu e continuam permitindo esse absurdo do "fechamento".

Outro grande problema do Jiu Jitsu está na organização.

Com toda a sinceridade é no mínimo estranho um competidor também ser arbitro. Isso nao é certo.

Regras devem ser cumpridas!

Durante a ultima seletiva para Abu Dhabi fizeram vistas grossas a algumas novas regras, inclusive a da comemoração, mas em uma final o atleta vencedor foi desclassificado por tal. Vocês sabem de qual luta, nao é?

Ao final, o atleta que ficou com a vitoria reconheceu os méritos do real vencedor e repassou a vitória.

Achei louvável a atitude, mas nao concordo.

Regra é regra.

Mais uma vez o judo: as decisões são as tomadas no tatame.

No caso acima até caberia ao atleta autorgafo com a vitória repassar as passagens e a inscrição ao real vencedor, nao mudar e demudar o resultado de uma hora pra outra

Enfim

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