Luis Sapo no Team Bombsquad

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De olho em sua estreia no GP de meio-médios do Bellator, agendada para o dia 10 de setembro, Luis “Sapo” Santos agora tem nova casa: Nova York. O brasileiro, assim como sua esposa e também lutadora, Carina Damm, deixaram a fria St. Louis e a Finney's Squad para acertar com o Team Bombsquad, onde o ex-atleta do WEC vai se preparar a partir do dia 14 deste mês para o novo desafio.

O GP do Bellator terá também a presença da promessa Douglas Lima, do ex-UFC Be n Saunders, além de Rick Hawn, Dan Hornbuckle, Chris Lozano e Brent Weedman.

“Preciso estar num time forte e por isso optei em fazer parte do Bombsquad. Lá eu terei um suporte bem maior, com muitos sparrings do meu peso, fzendo com que a preparação fique muito mais real e próxima da luta. O convite veio do meu amigo Rene Nazare (lutador do Bellator também), e estou levando comigo minha esposa (Carina Damm) e meu treinador de boxe, o Lula Santos”, revelou Sapo, em entrevista exclusiva ao PVT.

A oportunidade do brasileiro no GP do Bellator chegou depois de uma vitória convincente sobre Nicolae Cury, a oitava seguida de sua carreira (que teve um empate depois, contra Carlos Índio) numa luta casada do evento em maio. Agora, a chance de brilhar vem no mata-mata mensal que já coroou Patricio Pitbull entre os pesos pena e pode render a Sapo uma disputa de cinturão contra o atual detentor Ben Askren.

“Estava focado e treinando há meses para estrear no Bellator, e tive a sorte de pegar um grande atleta que é o Cury, e fazer uma luta bem movimentada com ele. Agora é a maior chance da minha carreira de mostrar meu trabalho à nível mundial no GP, estou muito satisfeito em fazer parte do Bellator, é um grande evento. Apesar de ser tiro-curto, o torneio é muito empolgante, gosto desses desafios. Pelo que sei, o pessoal da organização está satisfeito comigo e eu estou treinando muito forte e muito empolgado para estrear no GP”, afirmou.

Assim como Marlon Sandro enfrentou Junior PQD no GP de penas que aconteceu no mês passado, Luis Sapo também pode fazer um confronto de brasileiros contra Douglas Lima entre os meio-médios. A situação, apesar de tirar da disputa um representante do país no exterior, não o incomoda.

“Não vejo problema algum em enfrentar o Douglas ou qualquer outro na minha categoria. Enfrentar um brasileiro no GP vai ser normal pra mim, já lutei contra tantos aqui no Brasil... dentro do Cage somos profissionais”, destacou.

Além das lutas no Bellator, Sapo também se dedica a ajudar na emergente carreira de sua esposa, Carina Damm, e lapidar as promessas da Sapo Fight Team, de onde ele espera ver muitos talentos migrando para eventos no exterior em breve.

“A Carina está sempre treinando, vai lutar agora no dia 21 de julho, no Iron Man Cahmpionship, em Salinas (Pará), e em setembro vai para o Canadá disputar o GP do CCF Bushido. No Brasil tenho a SFT, onde vários atletas estão despontando a nível nacional, como o Fabiano Jacarezinho, o Deivison Dragon, o Mauricio Izidio, o Eric Guimarães, além do Maikon Costinha e do Zé Luiz Mão de Pedra. Quando voltar aos Estados Unidos, vou tentar agendar algumas lutas internacionais para eles”, comentou.

Mais um dos destaques do MMA nacional que precisa sair do país para evoluir seu jogo, Luis Sapo clama por uma política mais ampla para manter os brasileiros treinando e vivendo bem no país.

“O apoio na realidade que precisamos é o financeiro, é isso que nos motiva a migrar para o exterior. Falta aqui uma política de esportes que possa respeitar o MMA como esporte profissional, que pare de fingir que o MMA não é um esporte. As grandes empresas têm que investir nos atletas aqui no Brasil também, mas a maioria quer apoiar só o futebol masculino. O Brasil tem um verdadeiro celeiro de talentos esportivos, na luta não é diferente, a maioria dos grandes campeões mundiais de MMA é de brasileiros”, completou.