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Kadio

Junior PQD agredido por oficiais do exército

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Junior PQD revela ter sido agredido por oficiais do exército na frente de casa

Colin Foster

Morador da Vila Cruzeiro, comunidade da Zona Norte do Rio de Janeiro pacificada no fim de 2010 pelas forças de segurança, o atleta da RFT Junior PQD relatou, em conversa com o PVT, ter sido agredido na porta de casa por um oficial do exército há duas semanas. Na ocasião, segundo o depoimento de Junior, ele estava falando com sua noiva ao telefone, logo depois de dar aula de artes marciais crianças carentes, quando foi abordado.

“Tinha acabado de voltar, por volta de 23h35, e estava na porta de casa para falar com minha noiva, porque lá dentro não tem sinal. Aí passou uma guarnição do exército, viraram numa rua à direita que não tinha como eu ver, e desceu um oficial a pé, perguntando em voz alta se isso era hora de estar na rua. Não tinha ninguém por perto, só umas duas pessoas numa lanchonete, e me viraram de cara para a parede, me estrangulando com o capuz do casaco como se fosse um kimono. Ainda levei dois bicos nos tornozelos, fiquei com a marca do coturno dele na minha calça. Perguntei se ele queria ver meus documentos e foi quando ele começou a bater na minha cara, empurrando contra a parede”, delatou o lutador.

Junior PQD disse que depois da agressão terminar ele pediu orientações a outro grupo do exército, que teria visto tudo e o encaminhou a uma espécie de ouvidoria. Ele ficou por lá até por volta das 3h, quando disseram que ninguém poderia atendê-lo e para que ele voltasse no dia seguinte.

“Um oficial me perguntou se eu não tinha mesmo respondido [o outro oficial] e eu disse que não. Se eu tivesse feito isso, estaria preso, eles têm feito isso na comunidade, se levantar o tom de voz, te botam no jipe e mandam pra delegacia. Fui à área de comunicação deles, com os olhos cheios de lágrimas, disse que fui tratado como lixo, mas disseram que não tinha ninguém para me atender, pra eu voltar no dia seguinte. Não levaram fé que eu fosse voltar, como a maioria não volta”, continuou Junior.

O tratamento, no entanto, teria mudado quando souberam que se tratava de um lutador de MMA. “Voltei às 6h30 da manhã com fotos de viagens, lutas, revistas, reportagens, e um sargento me reconheceu, disse já ter me visto na televisão, aí recebi tratamento diferenciado. Ele me chamou de herói da comunidade, disse que gostaria que eu fizesse uma palestra sobre minha vida. Ficaram com medo da repercussão e disseram que iriam tomar uma atitude interna, para não chamar advogados. Só que na mesma semana o mesmo oficial estava lá por perto da minha casa, e eu tive que ir para a casa da minha mãe, porque moro sozinho e estava com medo do que poderiam fazer comigo”.

Prestes a estrear no Bellator, no dia 25 de junho, contra o compatriota Marlon Sandro, Junior PQD preferiu não tomar atitudes mais drásticas, com medo de que pudessem prejudicá-lo com uma ocorrência policial que o tirasse do evento. “Eu só não revidei a agressão porque fiquei com medo de prejudicarem minha integridade física. Preciso do meu corpo para trabalhar e levar dinheiro para casa. E se ele quebra minha mão ou faz uma ocorrência criminal? Vou fazer entrevista agora pra lutar lá fora, mas fiquei vários dias sem conseguir render bem nos treinos, só lembrando daquele episódio”, lamentou o atleta, que pediu para que a população não se cale frente a atitudes como essas.

“Eles não podem ficar colocando medo na comunidade. Eu saio de Botafogo à noite e vou trabalhar na Penha, para completar a renda mensal, chego sempre por volta de 23h30 ou mais tarde em casa. Até hoje me sinto inseguro. Eu fiquei com medo de ir à frente com o processo porque poderia me prejudicar, mas as pessoas têm que ter consciência de que não podem virar estatística, elas têm que ter consciência do direito delas”, completou.

Fonte: http://portaldovaletudo.com.br/br/k2news/item/89-junior-pqd-revela-ter-sido-agredido-por-oficiais-do-ex%C3%A9rcito-na-frente-de-casa

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Sacanagem o que fizeram com ele..espero que algum dia...a justiça resolva isso...

Agora, esse oficial, é um fdp..abusou da autoridade, é uma verdadeiro palhaço, sem caráter...

Espero que mantenha a cabeça no lugar, mesmo sabendo que foi injustiçado, e continue treinando com força total,,,sucesso para você cara;

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Alguém bota juízo na cabeça dele e manda botar o processo pra frente. Ele não vai ser prejudicado em nada se fizer isso. Mas se deixar o cara que o agrediu impune, quem garante que isso pode não acontecer outras vezes não só com ele, mas com outras pessoas tb?

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Sinto muito pelo PQD, mas infelizmente, Bem vindo ao Brasil!!!

Esse é o de verdade, não o pintado nos programas políticos mentirosos do governo Federal...

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Não gosto das nossas forças armadas e sua "cultura", acho uma grande merda a presença deles no Complexo do Alemão.

Existem vários relatos de que o tráfico está voltando ao complexo exatamente pela falta de competência desses órgãos em cuidar de uma área que na minha opinião tem uma dimensão ridícula comparada com um país!

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A melhor época da minha vida foi quando servi ao exercito Brasileiro e saí como oficial da reserva.

Já presenciei muita coisa errada por lá e por conta de alguns oficiais idiotas (principalmente os de carreira) que tratam seus subordinados como lixo

eu não desejaria voltar a ativa.

casos como esse tem que ter repercussão nacional e o oficial punido exemplarmente.

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Complicado isso, cara.

Ele tinha que aproveitar que um sargento o tratou diferente após reconhecer e aí sim, levar isso adiante, pros caras aprenderem a respeitar. Pode acabar servindo de exemplo.

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Abuso de autoridade.

Senão seguiu adiante com o caso até agora, tomara que faça isso em breve!

Não da pra deixar impune esse tipo de ação por parte do exército.

Mas vale salientar que ele teve uma atitude de lutador, não revidou, não bateu boca, enfim, ta certíssimo.

Infelizmente muitos de nós somos humilhados na porta da nossa própria casa por alguém que deveria nos proteger.

Cada dia esse país ta pior...

Aqui tem coisas boas, mas sinceramente eu não quero morar aqui por muito tempo.

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Convidado Héden

Tem q processar esse oficial idiota sim! Onde já se viu um covarde desses, depois qd o cara pega umas porradas não sabe o pq.

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Convidado amonra

Infelizmente é a segregação racial vista e vivenciada da forma mais cruel por moradores de comunidades carentes.Essa conversa de upp também serve para separar rico (asfalto),do pobre (morro).

Editado por amonra

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Convidado amonra

Cade que os militares (pm inclusa) fazem isso no leblon?? barra?? fazem isso com pobre que não tem voz.

Editado por amonra

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Vcs falam isso pq nao sabem o que os militares passam dentro dessas favelas, nao sabem de nenhum terço o que passam.

E essa foi a versão do PQD, teriamos que ouvir o outro lado, e ser instaurado sim um IPM para apurar o ocorrido.

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Devia ter pedido para o comandante marcar uma luta dele com o oficial agressor em um ringue, sob as regras de MMA, como condição para que ele não procurasse a tutela jurisdicional, daí sim veríamos se o tal oficial tem culhões...

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