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Entrevista Xande Ribeiro

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Bicampeão mundial absoluto de Jiu-Jitsu, Xande Ribeiro ainda se recupera da lesão no joelho, mas não agüentar mais ficar parado. Treinando com a molecada mais nova, “um pouco cauteloso”, como ele mesmo diz, o faixa-preta se prepara para começar 2011 com o pé direito, de olho nas principais competições do Jiu-Jitsu e uma luta de MMA. E é nos ringues que ele espera colocar a arte suave em ação, após conquistar duas vitórias por nocaute. “É verdade, a faixa preta está só de uniforme (risos). Eu acho que tudo é aprendizado. Estou bastante feliz e, quando eu pisar no ringue em março, prometi para mim mesmo uma finalização”, disse Xande, em entrevista exclusiva com a TATAME, falando sobre seus projetos, a possibilidade de lutar Jiu-Jitsu no Brasil ainda este ano e o sucesso de Jacaré, Roger e Galvão no Strikeforce.

Como estão os treinos nos Estados Unidos?

Cara, na verdade eu estou um pouco cauteloso ainda, meu joelho não está 100%... Dá pra treinar com os caras faixa branca, azul, mas eu ainda não estou no meu nível ainda... Tenho dores no joelho, tem coisas que eu não consigo fazer como a meia guarda, fechar o triângulo... Estou fazendo bastante trabalho de força, estou malhando muito para não me machucar mais, estou cuidando também dos negócios na academia, estou vendo o lance dos alunos porque tem cerca de 20 alunos entrando por mês, o lançamento do meu DVD... Tem várias coisas, fora a luta, que estão acontecendo. Estou melhorando do joelho, mas em termos de performance, eu não estou possibilitado para fazer.

Então você só está treinando com a molecada, né?

Isso, estou treinando com a galerinha mais nova, mais iniciante, mas as posições e as técnicas continuam. Estou bastante focado nos meus treinos com quimono, fazendo umas manobras de vez em quando, tentando me manter ativo... Estou cuidando da minha lesão, da minha família, dos negócios e, se Deus quiser, logo eu vou estar 100%.

Como é esse projeto de DVD que está saindo?

Bom, na verdade ele atrasou, era para sair um tempo atrás, mas eu me envolvi nas competições e acabou que atrasou um pouquinho, mas vai sair até o final do mês um DVD de instrução e técnicas com mais ou menos 600 horas de treino. No mercado é o DVD com o maior número de técnicas, e foi bem agradável de fazer, porque é um DVD bem básico, mas tem algumas coisas avançadas de posicionamento, manutenção de posição que, de repente, um cara mais graduado vai agradecer... Sobrou muita coisa para o número dois. Não saiu nem o primeiro ainda e eu já estou pensando no segundo (risos). Deve sair até o final do mês esse DVD com técnicas que eu usei nas competições, as técnicas que eu faço na academia, que são comprovadamente funcionais e é tudo de um jeito muito básico para mostrar o nosso Jiu-Jitsu de raiz.

Fiquei sabendo que você pretende lutar o Mundial da WLPJJ no fim do ano... É verdade?

Eu estava muito empolgado para participar dessa competição, mas eu acho que vou acabar não lutando porque nós já estamos em setembro e eu não estou fazendo treino de performance, mas estou bastante focado. No Mundial (CBJJ) passado eu acho que acelerei bastante as coisas porque eu vinha de contusão, tinha feito uma luta pouco tempo antes, mas agora eu aprendi com os meus erros. Está em aberto ainda. Mas o mais importante de tudo é que eu estou com vontade de treinar, vontade de ficar atualizado, ficar bem esperto para essas novas tendências do Jiu-Jitsu. Eu continuo o meu treinamento básico e sei que posso chegar lá e fazer tudo muito bem. Na verdade são vários focos, mas o foco mesmo é me manter ativo e sempre por dentro do que está acontecendo.

Em relação ao MMA, já tem alguma coisa programada?

Já que eu não estou 100% é difícil ficar negociando assim. Tem um evento, que eu não posso citar agora porque não tem nada fechado, no final de fevereiro ou começo de março, e esse é o meu objetivo. Se eu estiver 100% fisicamente, eu vou embarcar nessa daí, fazer uma luta de MMA em março. Estou treinando, estou amarradão, subindo muita corda... Tudo que eu não posso fazer com as minhas pernas eu estou fazendo com o meu braço. Até o Mundial, eu quero fazer uma luta de MMA, quem sabe um campeonato de Jiu-Jitsu, e vamos ver como a gente vai para o Mundial, mas agora eu estou só fazendo técnica. Estou bem focado na parte técnica para que, quando voltarem os treinos de performance, eu possa estar afiado.

Vários atletas do Jiu-Jitsu têm migrado para o MMA com sucesso, como é o caso de Roger Gracie, que estreou muito bem no Strikeforce, o Ronaldo Jacaré, que se tornou campeão do Strikeforce, e o André Galvão, que já venceu duas no evento, a última sobre o Jorge Patino Macaco. O que você está achando desse sucesso da galera do Jiu-Jitsu?

Isso me deixa muito feliz porque a galera do Jiu-Jitsu está conquistando títulos lá. O MMA, hoje em dia, é completamente diferente do que era antigamente, na época do nosso Vale-Tudo. Hoje todo mundo é preparado e sabe um pouco de tudo. Ver os caras bons de Jiu-Jitsu chegando lá e ganhando é uma coisa que só me deixa feliz. Apesar de ser lutador e poder lutar com o André Galvão, Jacaré ou o Roger, eu sou fã. Na luta com o (Kevin) Randelman eu estava gritando, na luta do Jacaré também, na do André... Se bem que a do André foi contra o Macaco, então não fiquei tão assim. Estou amarradão e espero que eu possa voltar para o circuito e poder representar o Jiu-Jitsu como essa rapaziada está representando.

Surpreendentemente, você só tem vitórias por nocaute no MMA. Será que na próxima vez você vai conseguir colocar a faixa preta em prática (risos)?

É verdade, a faixa preta está só de uniforme (risos). Eu acho que tudo é aprendizado, e uma das coisas mais importantes para mim foi ter lutado seis rounds em duas lutas e poder ter tido a experiência de ter passado por duas lutas inteiras, eu acho que isso vai ter uma influência muito boa quando eu voltar. Eu sei que não finalizei por meus erros, eu errei muito mais do que acertei, é uma crítica pessoal, mas eu acho que emocionalmente e até pela questão de experiência eu fui bem nas minhas duas lutas, mas avaliando os quesitos técnicos e físicos eu acho que tem bastante ainda que eu posso evoluir. E eu vou. Estamos com a equipe super movimentada aqui em San Diego, o Cyborg está aqui, tem uma rapaziada muito boa que me ajudou, estou bastante feliz e, quando eu pisar no ringue em março, prometi para mim mesmo uma finalização.

http://www.tatame.com.br/2010/09/10/Xande-Ribeiro

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