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Entrevista Rafael Sapo

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Rafael Sapo - Entrevista

Nada como uma vitória para dar tranquilidade. Rafael “Sapo” Natal vem tentando, desde o ano passado, desencantar no UFC. Depois de bater na trave em duas ocasiões, o lutador entrou pressionado na edição 133, neste sábado, diante de Paul Bradley. Mas deu conta do recado. Na decisão unânime dos juízes, conseguiu um resultado positivo pela primeira vez no Ultimate, terá a chance de continuar na elite do MMA e ganhou a confiança necessária para combates futuros. Antes do próximo compromisso, no entanto, ele passará por uma cirurgia na mão esquerda, fraturada após o triunfo. Confira abaixo a entrevista completa com o lutador que contou com detalhes como foi a guerra travada com Bradley.

Qual é a sensação de ganhar pela primeira vez uma luta no UFC?

Foi uma sensação de alívio. Eu precisava provar que tinha capacidade de estar no UFC e voltar ao ritmo das vitórias. Fiquei aliviado por mim e pelos meus treinadores, que confiam no meu trabalho, o Ricardo Almeida, (Vinicius) Draculino, Renzo (Gracie), que me dão apoio e pela minha família, que vê meu trabalho e esforço no dia a dia. Já sabia que tinha vencido, mas precisava aguardar o resultado. Foi uma mistura de alívio e dever cumprido.

Como avalia seu desempenho diante do Paul Bradley? Faltou fazer alguma coisa?

A estratégia era trocar em pé e buscar o nocaute, já que a finalização seria difícil. Coloquei em prática os chutes na coxa para minar bem a perna dele, por isso fui derrubado tantas vezes. O que tínhamos planejado era: se o adversário derrubasse, faria chão com ele, mas sabia que ele não ia querer, tanto é que uma hora tentei embolar e ele se levantou. Ele sabia que meu Jiu-Jitsu era superior, sou faixa-preta. Então a estratégia era castigar em pé.

Inclusive, a perna dele ficou bastante marcada...

A perna esquerda ficou bastante magoada por dentro e por fora. De manhã, o vi saindo mancando do hotel. Esses chutes na perna são difíceis para um Wrestler, que fica sem uma entrada boa.

Você poderia ser cortado em caso de derrota. Essa vitória dá tranquilidade para os próximos combates?

Com certeza, dá tranquilidade a mim e aos meus treinadores, que nunca me cobraram nada. Mas cada um tinha dentro de si, que eu poderia ser cortado. Agora dá para respirar. Consegui minha vitória na terceira luta (no UFC) e meu treinador disse que essa primeira vitória servirá para construir um novo caminho. Vai me dar confiança no jogo em pé, ficarei mais à vontade para evoluir. Sabendo que minha base é o Jiu-Jitsu, vou ganhar confiança para ficar mais confortável na trocação.

Após a luta você disse que fraturou a mão. O que aconteceu?

Vou operar a mão esquerda. No meio do terceiro round, acertei um cruzado que pegou na cabeça e quebrou na ligação do dedo do meio com a mão. Na hora senti a mão solta. Já quebrei duas vezes a direita e agora a esquerda e sabia como era. Vou fazer uma cirurgia com o médico que me operou da outra vez, na minha cidade, Belo Horizonte (MG). Ele não viu a minha mão, mas devo colocar pino porque o osso saiu do lugar. A recuperação deve durar um mês. Agora é esperar a recuperação e voltar a treinar. Estou preparado para qualquer lutador, seja do Wrestling ou do Jiu-Jitsu. Estou preparado para o lutador que me derem.

A quem dedica a vitória?

Dedico a minha família, a todos que estão comigo e a um parceiro meu que faleceu em dezembro, o Thiago Royllerzinho. Ele disse que queria assistir a luta que eu viria a fazer em março. Treinava comigo e sempre me deu força.

Fonte: Tatame

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