Conclusões do UFC 321: Em defesa de Tom Aspinall. O caso decepcionante de Alexander Volkov em relação ao título. Valter Walker faz de novo

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O que mais pesou no UFC 321 , no sábado, na Etihad Arena, na Ilha Yas, em Abu Dhabi? Aqui estão algumas reflexões pós-luta...

Valter Walker faz de novo

 

A chave de calcanhar se tornou uma técnica de finalização cada vez mais rara no MMA, mas alguém esqueceu de contar isso para Valter Walker.

A sequência sem precedentes de vitórias com chaves de calcanhar de Walker (15-1 no MMA, 4-1 no UFC) se aprofundou ainda mais em território histórico quando ele derrotou Louie Sutherland em menos de 90 segundos . Ele finalizou seus últimos quatro oponentes da mesma maneira, algo que nenhum lutador jamais fez dentro do octógono – muito menos no peso-pesado.

O ponto alto da sequência de Walker é a qualidade decepcionante de seus adversários. É divertido ver um especialista como esse em ação, mas sempre parece haver um limite para esse tipo de lutador. Os oponentes vão se tornar mais conscientes de sua ameaça e cada vez mais preparados para ela, então resta saber se ele conseguirá fazer isso com lutadores melhores.

O icônico chute na cabeça de Quillan Salkilld causa medo

 

Quillan Salkilld colocou a divisão dos leves em alerta com um dos nocautes mais devastadores com chutes na cabeça dos últimos tempos contra Nasrat Haqparast, que entrou em uma sequência de cinco vitórias.

Salkilld (10-1 MMA, 3-0 UFC) precisou de apenas meio round para encerrar essa sequência e elevar seu próprio recorde no octógono com um momento que merece ser registrado para sempre. Para deixar tudo ainda mais impressionante, ele aceitou a luta com apenas 10 dias de antecedência.

 

É difícil progredir na profunda e talentosa divisão dos 70 kg. Em apenas três aparições no octógono, no entanto, o australiano conseguiu. A finalização implacável de Salkilld, dadas as circunstâncias, o torna oficialmente um lutador a ser observado.

O caso decepcionante de Alexander Volkov em relação ao título

 

Alexander Volkov x Jailton Almeida foi a pior luta do card, mas provavelmente produziu um futuro desafiante ao título dos pesos pesados.

Depois de perder uma polêmica decisão dividida para Ciryl Gane em dezembro, Volkov (39-11 MMA, 13-5 UFC) saiu vitorioso de outra luta acirrada quando venceu Almeida, apesar de ter sofrido sete quedas e quase 11 minutos de controle.

 

Se a luta de dezembro tivesse sido a seu favor, Volkov provavelmente teria sido o cara que lutaria com Aspinall pelo cinturão neste card. Quem faz, paga, eu acho, mas agora seu futuro é um tanto incerto. Se a luta principal tivesse terminado de forma limpa e sem controvérsias, Volkov provavelmente estaria de olho em uma disputa pelo título no início de 2026. Agora, ele será deixado de lado enquanto Aspinall e Gane buscam a revanche, deixando-o em outra posição complicada.

Umar Nurmagomedov deve ter outra chance pelo título agora?

 

Umar Nurmagomedov mostrou sua capacidade de se recuperar de uma derrota e lidar com as adversidades da luta ao derrotar Mario Bautista por decisão unânime .

Tirando um knockdown rápido com uma joelhada enorme de Bautista no segundo round, Nurmagomedov (19-1 MMA, 7-1 UFC) mostrou o jogo completo, marcado por uma luta agarrada feroz, que já esperávamos. Ele conquistou a vitória, que foi a mais importante depois de perder pela primeira vez para Merab Dvalishvili na disputa de cinturão do UFC 311 em janeiro. Seria essa a performance necessária para atingir os padrões estabelecidos pelo CEO do UFC, Dana White, durante o acordo de coletiva de imprensa pré-luta? Não tenho tanta certeza.

 

No mínimo, Nurmagomedov deixou a porta aberta para que outros aproveitassem a oportunidade. Também precisamos ver o que acontece na revanche de Dvalishvili contra Petr Yan no UFC 323, em dezembro. Se o cinturão mudar de mãos lá, a trajetória de Nurmagomedov pelo título se complicará. Se Dvalishvili se mantiver, no entanto, uma segunda luta entre os rivais seria uma boa oportunidade para o UFC, e provavelmente a maior do mundo na categoria até 61 kg atualmente.

Em defesa de Tom Aspinall

 

É decepcionante ter que escrever isso, mas claramente há muitas pessoas por aí que acham que Tom Aspinall escolheu o caminho mais fácil para sair do seu evento principal contra Ciryl Gane, que terminou em um histórico resultado sem vencedor .

Não se trata apenas de trolls da internet ou contas anônimas na seção de comentários. São analistas proeminentes como Chael Sonnen e Anthony Smith, e até mesmo uma insinuação do CEO do UFC, White, que realmente deveria ter sido um dos primeiros a sair em defesa de Aspinall.

 

 

A frustração com o fim da luta entre Aspinall (15-3 MMA, 8-1 UFC) e Gane (13-2 MMA, 10-2 UFC) devido a um golpe no olho é compreensível. Foi uma péssima maneira de coroar um card que tinha sido medíocre, e você se solidariza com os fãs que pagaram uma boa grana para estar lá ao vivo ou desembolsaram US$ 80 pelo pay-per-view. É perfeitamente razoável não se sentir realizado com a experiência.

O que não podemos apoiar, no entanto, é a ideia de que Aspinall deveria ter continuado a competir com sua visão gravemente comprometida. Até o momento em que este texto foi escrito, não sabemos a extensão dos danos. Aspinall não se pronunciou sobre o assunto nem forneceu uma atualização, mas a situação era claramente grave, e havia muito a perder para ele nessa situação, apenas para satisfazer algumas pessoas que queriam que ele fosse mais machista.

Digamos, hipoteticamente, que Aspinall tenha lutado e perdido. Qual seria o benefício da dúvida após a derrota? Se ele tivesse uma revanche imediata, o contrato de Aspinall seria o mesmo do desafiante? Ele teria as mesmas vantagens? Isso sem levar em conta a torcida esquecida que certamente se concentraria mais na derrota do que nas circunstâncias que a levaram.

 

A luta deixou de ser justa após o golpe no olho, e com Gane tendo algum sucesso inicial, Aspinall estaria se colocando em tremenda desvantagem ao recuar na luta. Ele não conseguia enxergar e foi forçado a se proteger quando outros certamente não o fariam. Lesões nos olhos não são brincadeira, e espero que Aspinall consiga se recuperar totalmente, seguir em frente e correr atrás para uma revanche.

[gabriel floripa 0]

Pra quem não viu a luta do Azamat Murzakanov, assistam. Mão pesada, fez uma bonita transição após tentativa de queda do adversário e nocauteou com jab de encontro.

Tá invicto. Baixa estatura pra categoria, mas parece ter qualidade.

Olhei outros nocautes dele, sabe onde bater.