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Tyson Fury recebe bolsa 56 vezes maior que a de Francis Ngannou no UFC

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Vencedor do confronto no último sábado teria levado cerca de R$ 165 milhões pelo duelo


Atual detentor do cinturão mundial dos pesos-pesados do Conselho Mundial de Boxe (WBC) e da The Ring, Tyson Fury defendeu seus títulos ao nocautear Dillian Whyte, no último sábado (23), em Londres (ING).

Além do resultado dentro do ringue, o pugilista inglês também teve sucesso no âmbito financeiro, embolsando 33,6 milhões de dólares (cerca de R$ 165 milhões) por sua apresentação, de acordo com o site ‘Boxingnews24.com’.

A milionária quantia recebida por Tyson Fury é 56 vezes maior que o valor pago pelo UFC ao campeão peso-pesado Francis Ngannou em sua última defesa de título, em janeiro deste ano, contra Ciryl Gane.

De acordo com os números divulgados à época, o camaronês adicionou 600 mil dólares (cerca de R$ 3 milhões) à sua conta bancária no seu compromisso mais recente pelo Ultimate.

Levando em conta que a disputa, prevista para 12 rounds, terminou com a vitória de Tyson Fury sobre Dillian Whyte, aos 2 minutos e 59 segundos do sexto assalto, por nocaute técnico, o campeão faturou mais de 30 mil dólares por segundo, quase 2 milhões de dólares por minuto e 5,6 milhões de dólares por round na peleja.

Essa discrepância nos valores das bolsas nas duas modalidades é o principal fator no imbróglio entre Francis Ngannou e UFC.

 

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De olho em uma melhor remuneração por seus serviços, o campeão do Ultimate travou as negociações pela renovação contratual com a entidade presidida por Dana White e ameaça levar seus talentos para a nobre arte, onde, inclusive, já se cogita um possível duelo contra o próprio Tyson Fury, que renderia ao astro do MMA uma bolsa igualmente milionária.

O camaronês esteve presente em Londres, no sábado, para acompanhar in loco a luta de seu possível futuro adversário. Ao final da disputa, Ngannou subiu no ringue e, ao lado de Fury, mostrou confiança na realização do confronto entre campeões, que, de acordo com ambos, seria disputado com regras especiais, em uma espécie de mistura entre boxe e MMA.

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34 minutos atrás, André Filho disse:

Será que um dia veremos os atletas de MMA ganhando algo parecido como no Boxe?

Acredito que  em um futuro  próximo  não,  tipo 10 anos  .

Boxe é  um esporte mais de 100 anos tem.lutss de 18e parará toda noticiada,  com fotos  e filmagem  arcaica, anos 20 e 30 vc tinha material  pra estudar boxe. 

Mexe com a cultura  amarrado e mundial. 

É  fácil assimilação  para o leigo,  todo mundo  acha que vai entender  de boxe. 

MMA é  realístico maia depois de 2011 as bolsas em vez de estourar  diminuíram vários países ainda são fracos no MMA,  90% dos lutadores  são  amadores  que fazem lutas profissionalmente  de MMA. 

Muito discrepância,  vc ver nos EUA  pagam mal os atletas na Ásia pagam bem.

E maior grana tá nos EUA e mesmo assim não pagam quase nada até para os campeões 

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47 minutos atrás, NEGO DÁGUA disse:

Acredito que  em um futuro  próximo  não,  tipo 10 anos  .

Boxe é  um esporte mais de 100 anos tem.lutss de 18e parará toda noticiada,  com fotos  e filmagem  arcaica, anos 20 e 30 vc tinha material  pra estudar boxe. 

Mexe com a cultura  amarrado e mundial. 

É  fácil assimilação  para o leigo,  todo mundo  acha que vai entender  de boxe. 

MMA é  realístico maia depois de 2011 as bolsas em vez de estourar  diminuíram vários países ainda são fracos no MMA,  90% dos lutadores  são  amadores  que fazem lutas profissionalmente  de MMA. 

Muito discrepância,  vc ver nos EUA  pagam mal os atletas na Ásia pagam bem.

E maior grana tá nos EUA e mesmo assim não pagam quase nada até para os campeões 

Exatamente, vai demorar muito mesmo.

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3 horas atrás, André Filho disse:

Será que um dia veremos os atletas de MMA ganhando algo parecido como no Boxe?

Me parece que tinha 94 mil pessoas no lugar da luta, Caracas!!!! Isso mostra que os ingleses amam lutas, lotaram tbm último evento do  Ufc , esse salário com o Ufc eu não acredito

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Há alguns anos li uma matéria que abordava o tema referente a discrepância entre as bolsas do Boxe e do MMA, passaram vários anos e nada mudou.

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A questão é: todo mundo no bixe ganha isso?? obviamentebque não. A mesma ladainha de sempre. A política do UFC é essa, ninguém tá inocente em relação a isso. Ninguém tem uma arma apontada pra cabeça origando a assinar o contrato ou permanecer no evento.

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5 horas atrás, NEGO DÁGUA disse:

Acredito que  em um futuro  próximo  não,  tipo 10 anos  .

Boxe é  um esporte mais de 100 anos tem.lutss de 18e parará toda noticiada,  com fotos  e filmagem  arcaica, anos 20 e 30 vc tinha material  pra estudar boxe. 

Mexe com a cultura  amarrado e mundial. 

É  fácil assimilação  para o leigo,  todo mundo  acha que vai entender  de boxe. 

MMA é  realístico maia depois de 2011 as bolsas em vez de estourar  diminuíram vários países ainda são fracos no MMA,  90% dos lutadores  são  amadores  que fazem lutas profissionalmente  de MMA. 

Muito discrepância,  vc ver nos EUA  pagam mal os atletas na Ásia pagam bem.

E maior grana tá nos EUA e mesmo assim não pagam quase nada até para os campeões 

Verdade, mas o caminho do MMA, rumo às maiores bolsas, pode ser bem mais curto. O ponto aqui é, quanto o UFC quer repassar do bolo para os lutadores. Esse é o grande X da questão.

Estava vendo aqui uns números sobre a luta do Fury vs Wilder, que vendeu 850 mil PPVs, totalizando aproximadamente U$$58.650.000,00. 

A luta entre Miocic e Cormier vendeu 500.000 PPVs R$ 34.000.000,00. 

Então qual o motivo pelo qual o Fury ganha 56 vezes mais que o Ngannou, se os números nem são tão discrepantes? Obviamente que tem outras coisas que são importantes nessa formação do faturamento total, como casas de apostas, ingressos físicos, patrocinadores, etc., mas ainda assim a diferença é muito grande.

 

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19 minutos atrás, junior-sjc disse:

Verdade, mas o caminho do MMA, rumo às maiores bolsas, pode ser bem mais curto. O ponto aqui é, quanto o UFC quer repassar do bolo para os lutadores. Esse é o grande X da questão.

Estava vendo aqui uns números sobre a luta do Fury vs Wilder, que vendeu 850 mil PPVs, totalizando aproximadamente U$$58.650.000,00. 

A luta entre Miocic e Cormier vendeu 500.000 PPVs R$ 34.000.000,00. 

Então qual o motivo pelo qual o Fury ganha 56 vezes mais que o Ngannou, se os números nem são tão discrepantes? Obviamente que tem outras coisas que são importantes nessa formação do faturamento total, como casas de apostas, ingressos físicos, patrocinadores, etc., mas ainda assim a diferença é muito grande.

 

É possível mensurar e ter noção do quanto isso rende ao atleta?

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6 horas atrás, André Filho disse:

Será que um dia veremos os atletas de MMA ganhando algo parecido como no Boxe?

Nunca, qual atleta de MMA consegue botar 94.000 pessoas em um estadio? E consegue mexer com um.volume.de apostas de quase 2 bi dollars...dificil..MMA nao e um esporte é entretenimento, sem regras definidas por um orgao independente... jamais serao

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Agora, Maracatu disse:

Nunca, qual atleta de MMA consegue botar 94.000 pessoas em um estadio? E consegue mexer com um.volume.de apostas de quase 2 bi dollars...dificil..MMA nao e um esporte é entretenimento, sem regras definidas por um orgao independente... jamais serao

Algo que já imaginava 

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Encontrei um link de uma matéria que li há uns 5 anos e acredito eu com o pouco conhecimento que tenho que ainda faz sentido.

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9 minutos atrás, André Filho disse:

É possível mensurar e ter noção do quanto isso rende ao atleta?

Difícil né... A grana que rola por trás de cena, dessas outras fontes, é um mistério né. Mas não deve ser muito diferente do que acontece no UFC também. A diferença pode estar no tamanho dessas cifras.

Mas ainda assim, eu acho que nada justifica a diferença de 56 vezes entre as bolsas do Fury e do Ngannou. Eu suponho que o UFC repassa uma parte muito menor aos lutadores do que as organizações de boxe.

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Por que lutadores de boxe recebem muito mais do que os de MMA?

Quem gosta de lutas sempre se pergunta por que lutadores de boxe recebem mais dinheiro do que as estrelas do MMA. E essa diferença não é pequena. Até hoje, a maior bolsa do UFC, principal organização de MMA do planeta, foi de US$ 3,5 milhões (R$ 10,85 milhões), paga a Conor McGregor em 2016. É um valor desprezível quando você olha para a maior bolsa individual do boxe, de US$ 180 milhões, de Floyd Mayweather, em 2015. De onde vem esse abismo entre os dois esportes de combate mais importantes do planeta? O UOL Esporte conversou com pessoas envolvidas nos dois esportes para tentar explicar essa situação. E não encontrou uma resposta fácil.

Diferença está principalmente no topo.

As cinco maiores bolsas pagas na história do MMA somam 12 milhões de dólares. Estamos falando do que as maiores estrelas da modalidade, Conor McGregor, Ronda Rousey, Brock Lesnar, Nate Diaz e Andrei Arlovski, ganharam em suas lutas mais lucrativas.

O irlandês falastrão encabeça a lista, com os US$ 3,5 milhões já citados. Esse valor é um recorde pago pelo UFC, mas pode ter sido maior, já que as vendas de pay-per-view entraram no contrato, mas seus resultados não foram divulgados. Segundo algumas fontes, o lutador pode ter recebido até US$ 15 milhões.

É um universo de números bem modesto se você olhar o boxe. Mike Tyson, por exemplo, ganhou sozinho US$ 30 milhões contra Evander Holyfield 1997. Mesmo há 20 anos e sem atualização monetária, o valor já é quase três vezes maior que o somado pelos cinco lutadores de MMA mais bem pagos da história. O que espanta, porém, é que essa bolsa faz de Tyson apenas o quinto mais bem pago da história do boxe.

É bom ressaltar, porém, que essa diferença está principalmente no topo da cadeia alimentar das duas modalidades. Para os lutadores mortais, a balança se inverte. "Um atleta de MMA faz mais dinheiro que um pugilista de baixo nível.

A diferença é que o gap do MMA entre o topo e a base é menor do que o do boxe, onde as cifras saltam muito", explica Lucas Carrano, diretor de marketing e mídia do Brave FC, evento de MMA sediado no Bahrein.

Febre brasileira faz MMA parecer maior.

No Brasil, a percepção geral é que o MMA é maior do que o boxe atualmente. Afinal, atletas brasileiros de MMA têm repercussão maior do que os lutadores de boxe – vide Anderson Silva, Vitor Belfort ou José Aldo, todos ex-campeões do UFC, que hoje têm status de celebridade. Fora daqui, porém, a Nobre Arte ainda reina. E a vantagem é MUITO GRANDE.

“O UFC teve aquele pico, explodiu, principalmente no Brasil. O problema é que o Brasil tem mania de achar que é o centro do mundo, que reflete no mundo todo, e não é verdade. UFC é forte nos Estados Unidos. É grande? É, mas nunca foi e nunca vai ser maior que o boxe. Na Europa? Também não é maior. Na Ásia? Em alguns países, talvez sim... Mas o esporte caiu bastante”, analisa Sergio Batarelli, ex-campeão mundial de kickboxing e empresário ligado ao MMA e boxe.

Ele é criador do International Vale Tudo Championship (IVC), evento de MMA dos anos 90 responsável por lançar grandes nomes do esporte, como Wanderlei Silva e Chuck Liddell. Hoje, cuida das carreiras de Esquiva Falcão e Robson Conceição, duas das maiores promessas brasileiras no boxe profissional. Além disso, foi um dos responsáveis por trazer os primeiros eventos do UFC no Brasil.

Idade também faz diferença.

O UFC quebrou a barreira do mainstream há cerca de seis anos. Com essa marca, o MMA como conhecemos tem no máximo 15 anos... Ainda existe um longo caminho para ser percorrido, principalmente para ser aceito pelos fãs mais fiéis do boxe. Nos últimos anos, o trabalho já tem sido bem feito, mas é preciso disseminar ainda mais o MMA, apesar de já terem quebrado muitas barreiras.

Boxe tem quatro UFCs diferentes.

Muita gente conhece o UFC. Mas as outras marcas do MMA são consideravelmente menos populares (Bellator, ONE FC, PFL...). A estrutura do boxe é bem diferente, mas, do seu jeito, é um esporte com “quatro UFCs” diferentes para se promover.

Esses UFCs são as quatro grandes organizações que distribuem títulos mundiais: Associação Mundial, Conselho Mundial, Federação Internacional e Organização Mundial de boxe.

Só isso já é um ganho em repercussão: são muito mais campeões e oportunidades de unificação dos cinturões, além de uma variedade maior de nacionalidades.

O boxe, por exemplo, tem campeão japonês, britânico, cazaque, mexicano, francês, alemão e cubano. Com isso, o esporte atinge mais países, gera mais patrocínios e conta com uma audiência maior no geral, o que eleva a renda gerada pela modalidade.

“Uma luta do Pacquiao vai vender um milhão de pay-per-views. A bolsa mínima é de 25 milhões de dólares. Isso já é tudo acordado antes de o evento acontecer, perdendo ou ganhando. E isso falando só de EUA. Podemos pegar o Anthony Joshua (britânico), que nocauteou o Wladimir Klitschko (ucraniano) e arrebentou de audiência na Europa. Além disso, despertou novamente o interesse do mundo nos pesos-pesados. É o que eu falo: o boxe é muito forte. O MMA é uma coisa muito nova”, fala Batarelli.

No MMA, atleta fica com a menor parte do dinheiro.

Outra grande diferença entre o boxe e o MMA é a divisão de pagamentos, como explica Nima Safapour, empresário de vários atletas de MMA - entre eles Gegard Mousasi, que, mesmo próximo de uma luta de cinturão, preferiu trocar o gigante UFC pelo Bellator, evento em ascensão e grande rival do Ultimate atualmente.

"No mundo do boxe, a maior parte da renda vai para o pugilista, enquanto a menor parte vai para a promoção. Já no MMA, o sistema é o contrário: a maioria vai para o promotor do evento e a minoria para os lutadores", analisa o empresário.

Pay-per-view e suas implicações

Como exemplo, Safapour cita a última luta de Andre Ward, considerado um dos melhores pugilistas peso-por-peso Ele é campeão dos meio-pesados (até 79,4 kg) em quatro organizações diferentes (WBA, WBC, WBO e The Ring).

"A luta contra Sergey Kovalev, em junho, vendeu 130 mil pacotes de pay-per-view, o que é um número muito baixo para os padrões do UFC, por exemplo. No entanto, Ward fez US$ 6 milhões (R$ 18,7 milhões) na luta. Se falarmos em Bellator ou UFC, teríamos que vender cerca de 700 mil a um milhão de pacotes para recebermos esse valor. Os números são incomparáveis".

O UFC, por exemplo, vendeu mais pay-per-view do que o boxe no ano passado. Em 2016, a organização comandada por Dana White vendeu 4,4 milhões de pacotes em apenas três eventos, enquanto o boxe conseguiu 1,8 milhão em seis.

Domínio do UFC trava crescimento.

Outro fator preponderante é centralização de praticamente tudo do MMA no UFC. Em um mercado com concorrência maior, as discussões de preço são mais fáceis. Se existissem duas organizações fortes de MMA, um lutador poderia lutar por aquela que oferecesse mais dinheiro. O problema é que o grande rival do evento comandado por Dana White, o Bellator, ainda está longe de ser uma ameaça real.

“O MMA ainda é um esporte novo, chama atenção, todo mundo quer ver. Mas, uma hora, as pessoas vão ver lutas de MMA não por ser de MMA, mas para ver algum lutador específico, como no boxe. Ou seja: quem está gerando todo esse dinheiro, hoje, para o UFC, por exemplo, é o McGregor. Mas por que ele não ganha mais? Ele fica travado no monopólio. O UFC faz o que quer. O UFC é promotor, manager, tudo. O lutador não tem para onde correr”, diz o empresário Sergio Batarelli.

Neste caso, a grande diferença é que o boxe é muito mais ramificado. São quatro organizações principais que distribuem cinturões (WBA, WBC, IBF e WBO). Ainda existem os promotores de evento (Golden Boys, Top Rank e Mayweather Promotions são algumas). Depois, vem os managers, responsáveis por brigar pelos interesses dos pugilistas junto aos eventos (como pagamentos). Só então chegam os atletas.

No MMA, o UFC acumula todas essas funções. Não bastasse ser organização, produtor e manager, a entidade ainda proibiu patrocinadores pessoais dos lutadores nas semanas de luta.

Por que o boxe não tem um UFC?

No MMA, essa estratégia de domínio do UFC é permitida. No boxe, não. Nos EUA, uma lei foi promulgada em 2000 para “proteger os direitos e o bem-estar de boxeadores”. Chamada de Muhammad Ali Act, a legislação combate a exploração dos lutadores e os conflitos de interesse dentro do esporte.

“No boxe, o produtor não pode ser manager. Eles precisam de mim, eu preciso estar no meio do caminho, que é justamente para defender os interesses do lutador junto ao promotor”, diz Batarelli. “Com essa lei, os promotores de eventos são obrigados a divulgar a receita que está entrando, quanto eles recebem da televisão e tudo mais. Sabendo do montante geral, os atletas, junto de seus managers, podem lutar pelo valor que acham correto receberem. Afinal, eles que fazem o espetáculo. Sem eles, não existe nada. Se um promotor recusa, pode ir para outro. É aquela coisa de concorrência...”, esclarece. Mas e se todos os promotores se fecharem e decidirem pagar menos do que os lutadores pedem? É para isso (também) que serve a Muhammad Ali Act. “Se o governo norte-americano sentir que tem alguma coisa errada, que estão abusando do lutador, como hoje acontece no UFC, eles podem intervir. Todos os contratos e negociações passam pelo governo. E funciona para o outro lado também. Se algum pugilista tenta sacanear alguma promoção, eles agem da mesma maneira”.

Com a lei, os pagamentos são justos. O lutador principal, aquele que é o grande responsável pelas vendas de pay-per-view, fica com o maior pedaço do bolo. Muitas vezes pegam até 60% do montante geral. No UFC, essa fatia dos lutadores é irrisória, em torno de 5%. A lei moralizou o boxe nos EUA.

Diferença nos contratos

O boxe faz um contrato de cinco anos, mas com tudo planejado. Nos primeiros três anos, fará um mínimo de seis lutas por ano, como se fosse um plano de carreira, com valores mínimos definidos, podendo aumentar dependendo do crescimento do atleta. Se for campeão, fará duas lutas, ganhando um valor determinado. Isso é o que garante o cara. É muito difícil ser sacaneado.

Vou dar o exemplo do José Aldo. Ele não faz contrato por tempo, ele faz de luta: "Vou renovar por mais cinco lutas". Mas o contrato não especifica em quanto tempo. Então, o UFC te amarra e não deixa sair de suas garras. O lutador fica preso. Isso é escravidão. O que fizeram com o Cigano? Ou assina aqui ou não luta pelo título. Isso não pode: eles controlam tudo, título, lutador.

Qual o caminho para o MMA se valorizar?

Para Batarelli, só há um jeito de, algum dia, lutadores de MMA receberem fortunas parecidas com os valores dos pugilistas: a modalidade integrar o Muhammad Ali Act. Segundo ele, essa movimentação já está acontecendo. “O UFC ainda não está nessa lei. Por anos era proibido em Nova York, além de alguns países europeus. Mas, agora, alguns senadores já estão trabalhando na legislação para incluir o MMA dentro do Ali Act. Ficaria ótimo para o lutador. Randy Couture (um dos ícones do MMA) é um dos que lideram esse movimento também”, fala.

A opinião também é seguida por Safapour. "A extensão da Muhammad Ali Act para o MMA ajudaria a resolver muitos dos problemas que temos no esporte. Por exemplo, o UFC está envolvido diretamente nesta luta entre Floyd Mayweather e Conor McGregor. Temos que ter muito cuidado com isso... Nós temos problemas acontecendo, como managers que também são promotores... Isso é conflito de interesse. Sem dúvida que a entrada do MMA nesta lei só iria melhorar".

Já Carrano crê que esse processo se dará de forma natural. "Não acho que essa mudança virá em uma 'canetada'. O MMA é um produto muito mais pronto que o boxe. É um esporte contemporâneo, criado há pouco tempo, não tem mais de 100 anos. De onde vem a maior parte do dinheiro dos esportes americanos? As ligas mais ricas do mundo? Da televisão! O UFC ralou para conseguir seu primeiro grande acordo com uma emissora (FOX Sports). Nos EUA, com os esportes consolidados, as emissoras precisam se juntar para conseguir pagar uma liga".

Fonte:https://www.uol/esporte/especiais/por-que-lutadores-de-boxe-recebem-muito-mais-do-que-os-de-mma.htm#qual-o-caminho-para-o-mma-se-valorizar

A matéria acima foi publicada há uns 5 anos porém muita coisa ainda é pertinente.

Editado por André Filho

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