André Filho

One: First Strike

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Em 10/16/2021 at 12:47 PM, bigby disse:

caralho que nocaute... chute alto saiu muito rápido e um pouco mais alto que os medios, isso sem tomar distancia... técnica pura acho que qqr um ali receberia kkk

Esse tipo de chute até engana quem não está acostumado com ele. Tem um colega aqui que viu um soco do Asia (realmente foi um soco, mas sem a intenção de realmente socar), mas a maior parte é mexer o braço pra equilíbrio.

O principal é o braço do lado do chute que se vai desferir. O Asia deu 3 chutes seguidos com a perna direita. Dá pra ver claramente que o último chute ele precisa forçar o equilíbrio pra que o chute saia com velocidade e força. Então ele dá um soco reto, mas novamente, é só um soco sem intenção de ser soco, nem de fintar (apesar de servir pra fintar). E interessante que os chutes circulares dos Thai, são quase todos muito retos, e com a postura do corpo reta. A desvantagem é que ficam abertos pra socos (coisa que eles não se preocupavam quando lutavam entre eles, já que eram ruins de socos, comparando com os do Boxe Inglês).

Quem vê treino do Buakaw, consegue ver essa parte, quando ele treina sozinho batendo manopla ou saco e desferindo chutes seguidos com a mesma perna. Impressiona ele manter a velocidade e a potência dos chutes. Esse pupilo do Buakaw está seguindo as linhas do mentor. E vi que ele também soca no estilo inglês, e não no estilo Thai (acho que os Filipinos fizeram essa adaptação há uns 100 anos atrás: de socar como um inglês e chutar como um tailandês).

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21 minutos atrás, Loucus disse:

 

Vindo dos dois eu fico muito feliz! Estou com o tópico aberto há alguns dias, pensando em como responder a vocês, Nego e Oxe! Mas a resposta é que fiquei muito feliz com a recepção do meu post (fui olhar o português e vi que tinha uns erros que fiquei na dúvida se dava pra entender direito, mas depois do feedback de vocês vou deixar com os erros mesmo rss). Muito obrigado, até porque serve como incentivo pra que, quando eu lembrar de algo, não fique acanhado e com receio de escrever. Então, obrigado pelo apoio também.

Gostaria que o @masterblaster desse seu contrapeso, falando como ele viu que ocorreu na região da Serra, a evolução do Kick Boxe.

Fala Loucus, tudo bem? Estou no trabalho e dando uma lida no tópico, vou responder a noite. Parabéns pelo tópico e muito obrigado pela lembrança!

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21 minutos atrás, Loucus disse:

Esse tipo de chute até engana quem não está acostumado com ele. Tem um colega aqui que viu um soco do Asia (realmente foi um soco, mas sem a intenção de realmente socar), mas a maior parte é mexer o braço pra equilíbrio.

O principal é o braço do lado do chute que se vai desferir. O Asia deu 3 chutes seguidos com a perna direita. Dá pra ver claramente que o último chute ele precisa forçar o equilíbrio pra que o chute saia com velocidade e força. Então ele dá um soco reto, mas novamente, é só um soco sem intenção de ser soco, nem de fintar (apesar de servir pra fintar). E interessante que os chutes circulares dos Thai, são quase todos muito retos, e com a postura do corpo reta. A desvantagem é que ficam abertos pra socos (coisa que eles não se preocupavam quando lutavam entre eles, já que eram ruins de socos, comparando com os do Boxe Inglês).

Quem vê treino do Buakaw, consegue ver essa parte, quando ele treina sozinho batendo manopla ou saco e desferindo chutes seguidos com a mesma perna. Impressiona ele manter a velocidade e a potência dos chutes. Esse pupilo do Buakaw está seguindo as linhas do mentor. E vi que ele também soca no estilo inglês, e não no estilo Thai (acho que os Filipinos fizeram essa adaptação há uns 100 anos atrás: de socar como um inglês e chutar como um tailandês).

Mano vc tá com uma  visão  interessante  dessa mescla de boxe + muay thai

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3 minutes ago, Loucus said:

Esse tipo de chute até engana quem não está acostumado com ele. Tem um colega aqui que viu um soco do Asia (realmente foi um soco, mas sem a intenção de realmente socar), mas a maior parte é mexer o braço pra equilíbrio.

O principal é o braço do lado do chute que se vai desferir. O Asia deu 3 chutes seguidos com a perna direita. Dá pra ver claramente que o último chute ele precisa forçar o equilíbrio pra que o chute saia com velocidade e força. Então ele dá um soco reto, mas novamente, é só um soco sem intenção de ser soco, nem de fintar (apesar de servir pra fintar). E interessante que os chutes circulares dos Thai, são quase todos muito retos, e com a postura do corpo reta. A desvantagem é que ficam abertos pra socos (coisa que eles não se preocupavam quando lutavam entre eles, já que eram ruins de socos, comparando com os do Boxe Inglês).

Quem vê treino do Buakaw, consegue ver essa parte, quando ele treina sozinho batendo manopla ou saco e desferindo chutes seguidos com a mesma perna. Impressiona ele manter a velocidade e a potência dos chutes. Esse pupilo do Buakaw está seguindo as linhas do mentor. E vi que ele também soca no estilo inglês, e não no estilo Thai (acho que os Filipinos fizeram essa adaptação há uns 100 anos atrás: de socar como um inglês e chutar como um tailandês).

Interessante você falar isso amigo pois eu noto bastante que os asiáticos principalmente no one são extremamente técnicos no boxe, usam muitas combinações e movimentações, usam muito golpes cruzados no corpo, variando muito, golpes retos bem técnicos usados com bastante inteligência, muito bom. 

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1 hora atrás, Loucus disse:

 

Vindo dos dois eu fico muito feliz! Estou com o tópico aberto há alguns dias, pensando em como responder a vocês, Nego e Oxe! Mas a resposta é que fiquei muito feliz com a recepção do meu post (fui olhar o português e vi que tinha uns erros que fiquei na dúvida se dava pra entender direito, mas depois do feedback de vocês vou deixar com os erros mesmo rss). Muito obrigado, até porque serve como incentivo pra que, quando eu lembrar de algo, não fique acanhado e com receio de escrever. Então, obrigado pelo apoio também.

Gostaria que o @masterblaster desse seu contrapeso, falando como ele viu que ocorreu na região da Serra, a evolução do Kick Boxe.

 

Fala Loucus! Quem sou eu para falar alguma coisa diante do que já foi dito, então vou tentar só dar um pitaco. Vamos lá.

O kickboxing cresceu tardiamente em Petrópolis, mas em Teresópolis, onde eu morava, é tão ou mais antigo do que em Juiz de Fora. Não fui eu que deu início lá, estou com quase 53 anos. Na  verdade foi meu mestre Fernando Pelaez, que se estivesse vivo hoje teria praticamente 70 anos e começou o esporte por lá bem cedo. Em 1986 ele já dava aula, inicialmente de full contact, semi e light contact e forma, posteriormente adquirindo os contornos do kickboxing. Mas o treino lá sempre foi de altíssimo nível, já tinha comentado com o @João P , @oxeboxing e @NEGO DÁGUA como eram os treinos por lá. Nós treinávamos com as duas guardas, todos ficando ambidestros; e o Fernando buscava técnicas que ainda não eram utilizadas sequer no kickboxing para o nosso arsenal. Tinha gente nossa "infiltrada" em outras modalidades aprendendo o que tinham de melhor, de sorte que já treinávamos low kicks antes de serem incorporados ao kickboxing, já treinávamos joelhadas, cotoveladas, projeções e até cabeçadas, inerentes ao vale tudo da época. O Fernando acreditava que deveríamos saber tudo, e era enfático no aprendizado do posicionamento e técnicas de boxe,  kickboxing e do "boxe tailandês", com era conhecido o muay thai da época. Treinávamos tudo e nas vésperas dos campeonatos as técnicas inerentes à modalidade que iríamos lutar, de sorte que, em pleno campeonato de kickboxing, poderíamos adotar uma movimentação de muay thai por um tempo, por exemplo para aplicar um cruzado. Isso fazia uma confusão enorme na cabeça dos oponentes. Creio que em nenhuma outra academia da Wako, e na época o Paulo Zorello era presidente, havia esse tipo de diversificação. Tivemos auxílio do Servílio de Oliveira, do Paulo Zorello, do "The Pedro", e muito mais gente.

Mas em contraparte, sempre considerei que o kickboxing brasileiro nuca ficasse a dever ao europeu, até mesmo pela diversidade que você falou. Basta ver, por exemplo, a luta que o Dida travou contra o Buakaw, onde esteve pertíssimo de vencer e o que contou no final foi a preparação física. Como ele tivemos e temos muitos outros no Brasil, que apesar de terem diferenças técnicas entre essas escolas que você mencionou , continuam sendo efetivos, e dizendo respeito ao Poatan, humilhado os melhores da Europa. Há  duas décadas atrás o André Roubert era tetracampeão mundial de kickboxing amador pela Wako. 

Considere-se, também, que a uniformização dos estilos nos países mencionados deu-se por vários fatores que não incidiram na qualidade do resultado. Países europeus como a Holanda são bem menores do que o Brasil, ficando mais fácil a uniformização. E na Tailândia é diferente porque a coisa já é uma tradição milenar,  e olhe que diverge um tantinho de escola para escola. Outro fator são as raízes. Citando os EUA, praticamente todo o kickboxing começou do full contact, com o misto de karate e boxe. Aqui houve a infusão dessas modalidades mais o tkd, o boxe tailandês, que também veio mixado, e até a capoeira. Portanto realmente algumas técnicas diferiram, o que não importa em perda de qualidade, até ao contrário, essas diferenças foram fator de diferenciação lá fora, pela surpresa e pelo inesperado.  

De resto, parabéns pela qualidade dos comentários e capacidade de percepção que você demonstra. Fico feliz em aprender com colegas de tanto gabarito.

Cheguei a conhecer o Bruno Carvalho, batia forte mesmo. Umas duas gerações depois da minha pelo menos.

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8 horas atrás, Loucus disse:

Esse tipo de chute até engana quem não está acostumado com ele. Tem um colega aqui que viu um soco do Asia (realmente foi um soco, mas sem a intenção de realmente socar), mas a maior parte é mexer o braço pra equilíbrio.

O principal é o braço do lado do chute que se vai desferir. O Asia deu 3 chutes seguidos com a perna direita. Dá pra ver claramente que o último chute ele precisa forçar o equilíbrio pra que o chute saia com velocidade e força. Então ele dá um soco reto, mas novamente, é só um soco sem intenção de ser soco, nem de fintar (apesar de servir pra fintar). E interessante que os chutes circulares dos Thai, são quase todos muito retos, e com a postura do corpo reta. A desvantagem é que ficam abertos pra socos (coisa que eles não se preocupavam quando lutavam entre eles, já que eram ruins de socos, comparando com os do Boxe Inglês).

Quem vê treino do Buakaw, consegue ver essa parte, quando ele treina sozinho batendo manopla ou saco e desferindo chutes seguidos com a mesma perna. Impressiona ele manter a velocidade e a potência dos chutes. Esse pupilo do Buakaw está seguindo as linhas do mentor. E vi que ele também soca no estilo inglês, e não no estilo Thai (acho que os Filipinos fizeram essa adaptação há uns 100 anos atrás: de socar como um inglês e chutar como um tailandês).

A real intenção desse soco é ocultar o chute que está vindo do mesmo lado. A luva fica na altura dos olhos do oponente enquanto o chute já está vindo. E como se trata de um golpe reto, geralmente um jab, não pode realmente puxar muita força, porque não deve atrapalhar a movimentação do quadril para a aplicação do chute.

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Em 10/18/2021 at 4:43 PM, masterblaster disse:

 

Fala Loucus! Quem sou eu para falar alguma coisa diante do que já foi dito, então vou tentar só dar um pitaco. Vamos lá.

O kickboxing cresceu tardiamente em Petrópolis, mas em Teresópolis, onde eu morava, é tão ou mais antigo do que em Juiz de Fora. Não fui eu que deu início lá, estou com quase 53 anos. Na  verdade foi meu mestre Fernando Pelaez, que se estivesse vivo hoje teria praticamente 70 anos e começou o esporte por lá bem cedo. Em 1986 ele já dava aula, inicialmente de full contact, semi e light contact e forma, posteriormente adquirindo os contornos do kickboxing. Mas o treino lá sempre foi de altíssimo nível, já tinha comentado com o @João P , @oxeboxing e @NEGO DÁGUA como eram os treinos por lá. Nós treinávamos com as duas guardas, todos ficando ambidestros; e o Fernando buscava técnicas que ainda não eram utilizadas sequer no kickboxing para o nosso arsenal. Tinha gente nossa "infiltrada" em outras modalidades aprendendo o que tinham de melhor, de sorte que já treinávamos low kicks antes de serem incorporados ao kickboxing, já treinávamos joelhadas, cotoveladas, projeções e até cabeçadas, inerentes ao vale tudo da época. O Fernando acreditava que deveríamos saber tudo, e era enfático no aprendizado do posicionamento e técnicas de boxe,  kickboxing e do "boxe tailandês", com era conhecido o muay thai da época. Treinávamos tudo e nas vésperas dos campeonatos as técnicas inerentes à modalidade que iríamos lutar, de sorte que, em pleno campeonato de kickboxing, poderíamos adotar uma movimentação de muay thai por um tempo, por exemplo para aplicar um cruzado. Isso fazia uma confusão enorme na cabeça dos oponentes. Creio que em nenhuma outra academia da Wako, e na época o Paulo Zorello era presidente, havia esse tipo de diversificação. Tivemos auxílio do Servílio de Oliveira, do Paulo Zorello, do "The Pedro", e muito mais gente.

Mas em contraparte, sempre considerei que o kickboxing brasileiro nuca ficasse a dever ao europeu, até mesmo pela diversidade que você falou. Basta ver, por exemplo, a luta que o Dida travou contra o Buakaw, onde esteve pertíssimo de vencer e o que contou no final foi a preparação física. Como ele tivemos e temos muitos outros no Brasil, que apesar de terem diferenças técnicas entre essas escolas que você mencionou , continuam sendo efetivos, e dizendo respeito ao Poatan, humilhado os melhores da Europa. Há  duas décadas atrás o André Roubert era tetracampeão mundial de kickboxing amador pela Wako. 

Considere-se, também, que a uniformização dos estilos nos países mencionados deu-se por vários fatores que não incidiram na qualidade do resultado. Países europeus como a Holanda são bem menores do que o Brasil, ficando mais fácil a uniformização. E na Tailândia é diferente porque a coisa já é uma tradição milenar,  e olhe que diverge um tantinho de escola para escola. Outro fator são as raízes. Citando os EUA, praticamente todo o kickboxing começou do full contact, com o misto de karate e boxe. Aqui houve a infusão dessas modalidades mais o tkd, o boxe tailandês, que também veio mixado, e até a capoeira. Portanto realmente algumas técnicas diferiram, o que não importa em perda de qualidade, até ao contrário, essas diferenças foram fator de diferenciação lá fora, pela surpresa e pelo inesperado.  

De resto, parabéns pela qualidade dos comentários e capacidade de percepção que você demonstra. Fico feliz em aprender com colegas de tanto gabarito.

Cheguei a conhecer o Bruno Carvalho, batia forte mesmo. Umas duas gerações depois da minha pelo menos.

Opa.

Muito agradecido por acrescentar uma série de coisas em resposta ao meu post.

Em JF começou bem cedo, pois em 86 eu lembro que na cidade tinha um careca do TKD misturando as coisas e tinha esse cara que deu aula pro Bruno Carvalho e que depois vou relembrar o nome e pesquisar, daí eu posto aqui. Esse cara é quem foi pioneiro na cidade já fazendo um kickboxing, talvez vindo do Full Contact. Mas lembro de ver essa aula diferente, de ver calejamento de punhos, coisas que não eram comuns.

De resto muito bom saber de Teresópolis ser antecessor a Petrópolis (eu já imaginava isso, pq não ouvia falar nada de Petrópolis) e uma parte da história, que você nos presenteia.

Realmente, o tamanho da Holanda facilitou a uniformização rápida do estilo deles. E o tempo uniformizou na Tailândia. Lógico que não é tudo igual, mas é uniforme. No Brasil, pelo pouco tempo e pelas grandes dimensões, temos mais variação, a depender do back ground do lugar. Estados como Rio, Minas e Bahia têm chances de terem mais influência da Capoeira, pois que é um estilo que se vê mais negros do que brancos praticando, e estes 3 Estados são os que têm a maior população negra do Brasil (isso antes dessas normas que criaram o negro como gênero dividido em preto e pardo; estou falando de como era antes dessas normas que, a bem de querer fazer o bem, acabam por distorcer as estatísticas).

Tipo quando eu morei no Sul, em Paraná e Santa Catarina, estranhava não ver negros, e estranhava ver mendigos de olhos azuis (coisa não comum pra mim que nasci no Rio - não é preconceito discriminatório, sem discriminação, só constatação de que no Rio quem te pede dinheiro nas ruas normalmente não é branco e não vou entrar no lance da historicidade, racismo, escravidão, sociologia, economia, nada, nada, e fiz este adendo só pra evitar más interpretações).

Então, penso que Capoeira teria menos influência nos Estados do Sul pelo que falei acima e tb pelo fato do pessoal de Santos serem mais ligados ao TKD, Capoeira teria mais influência nos 3 Estados citados (Rio, Minas e Bahia), e do Nordeste conheço a influência da luta agarrada dos índios da região, do wrestling índio, mas não conheço os tipos de Strikes que o Nordeste teve e tem. No Norte tb só conheço a influência grande do BJJ, mas desconheço qq forma de Strikes. Aliás, seria uma boa quem conheça trazer as informações e conhecimento que tenha pra cá. Se bem que talvez estejamos desvirtuando o tópico.

Finalizo agradecendo muito seu elogio, vindo de você, do Oxe, do Nego eu sei que é sincero, então fico muito feliz de ter trazido algo que vocês gostaram. Portanto, quem tem que agradecer a vocês sou eu! Meu muito obrigado!

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8 horas atrás, Loucus disse:

Opa.

Muito agradecido por acrescentar uma série de coisas em resposta ao meu post.

Em JF começou bem cedo, pois em 86 eu lembro que na cidade tinha um careca do TKD misturando as coisas e tinha esse cara que deu aula pro Bruno Carvalho e que depois vou relembrar o nome e pesquisar, daí eu posto aqui. Esse cara é quem foi pioneiro na cidade já fazendo um kickboxing, talvez vindo do Full Contact. Mas lembro de ver essa aula diferente, de ver calejamento de punhos, coisas que não eram comuns.

De resto muito bom saber de Teresópolis ser antecessor a Petrópolis (eu já imaginava isso, pq não ouvia falar nada de Petrópolis) e uma parte da história, que você nos presenteia.

Realmente, o tamanho da Holanda facilitou a uniformização rápida do estilo deles. E o tempo uniformizou na Tailândia. Lógico que não é tudo igual, mas é uniforme. No Brasil, pelo pouco tempo e pelas grandes dimensões, temos mais variação, a depender do back ground do lugar. Estados como Rio, Minas e Bahia têm chances de terem mais influência da Capoeira, pois que é um estilo que se vê mais negros do que brancos praticando, e estes 3 Estados são os que têm a maior população negra do Brasil (isso antes dessas normas que criaram o negro como gênero dividido em preto e pardo; estou falando de como era antes dessas normas que, a bem de querer fazer o bem, acabam por distorcer as estatísticas).

Tipo quando eu morei no Sul, em Paraná e Santa Catarina, estranhava não ver negros, e estranhava ver mendigos de olhos azuis (coisa não comum pra mim que nasci no Rio - não é preconceito discriminatório, sem discriminação, só constatação de que no Rio quem te pede dinheiro nas ruas normalmente não é branco e não vou entrar no lance da historicidade, racismo, escravidão, sociologia, economia, nada, nada, e fiz este adendo só pra evitar más interpretações).

Então, penso que Capoeira teria menos influência nos Estados do Sul pelo que falei acima e tb pelo fato do pessoal de Santos serem mais ligados ao TKD, Capoeira teria mais influência nos 3 Estados citados (Rio, Minas e Bahia), e do Nordeste conheço a influência da luta agarrada dos índios da região, do wrestling índio, mas não conheço os tipos de Strikes que o Nordeste teve e tem. No Norte tb só conheço a influência grande do BJJ, mas desconheço qq forma de Strikes. Aliás, seria uma boa quem conheça trazer as informações e conhecimento que tenha pra cá. Se bem que talvez estejamos desvirtuando o tópico.

Finalizo agradecendo muito seu elogio, vindo de você, do Oxe, do Nego eu sei que é sincero, então fico muito feliz de ter trazido algo que vocês gostaram. Portanto, quem tem que agradecer a vocês sou eu! Meu muito obrigado!

Eu treinei no Rio e em Ctba ainda na decada de 90 e no Rio a influência do TKD foi direta porque toda a primeira geração da década de 80 era graduada (Molina e Narany). Eles treinavam Boxe tbm pra complementar e teve Capoeira tbm mas acredito que com menos influência do que TKD/Boxe (ex: o Marco Ruas já tinha treinado Capoeira).

Se eu não me engano o próprio Naja era graduado em Hapkido que tbm é uma arte coreana.

Em Ctba teve uma mescla boa tbm...Boxe, TKD, Full Contact e realmente aqui a Capoeira teve menos influência.

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