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Muitas vezes falamos das diferentes escolas de boxe e suas peculiaridades, pontos fortes e fracos, etc e fiz este tópico para falarmos um pouco mais sobre isto, suas adaptações para o mma e todos os aspectos técnicos. Nunca treinei boxe puro e aprendo muito nos tópicos que tem estas discussões e gostaria de debater aqui o assunto. @NEGO DÁGUA @Daniel Mendoza @masterblaster @oxeboxing @Rucci @Silverchair fiquem a vontade de chamar outros usuários que contribuem bastante que eu possa ter esquecido agora de cabeça.                                                                        Escola cubana como o @NEGO DÁGUA citou hoje em outro tópico tem muito golpe reto, tem um destaque muito grande na pontuação no amador, até em função do governo lá. Tem algum outro aspecto relevante desta escola?                                                                                 Escola russa estes dias vi uma observação que um dos pontos fortes deles é bater bem andando pra trás. É isto mesmo? Algum outro ponto?                                                                          Aqui no Brasil, quais são as principais linhas e as diferenças entre elas?                                          Quais as principais diferenças entre estas e as demais em relação à movimentação, esquivas, golpes mais utilizados, sequências, etc?              E a escola mexicana? Fora o coração dos lutadores quais os aspectos técnicos a diferenciam?

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20 minutos atrás, João P disse:

Muitas vezes falamos das diferentes escolas de boxe e suas peculiaridades, pontos fortes e fracos, etc e fiz este tópico para falarmos um pouco mais sobre isto, suas adaptações para o mma e todos os aspectos técnicos. Nunca treinei boxe puro e aprendo muito nos tópicos que tem estas discussões e gostaria de debater aqui o assunto. @NEGO DÁGUA @Daniel Mendoza @masterblaster @oxeboxing @Rucci @Silverchair fiquem a vontade de chamar outros usuários que contribuem bastante que eu possa ter esquecido agora de cabeça.                                                                        Escola cubana como o @NEGO DÁGUA citou hoje em outro tópico tem muito golpe reto, tem um destaque muito grande na pontuação no amador, até em função do governo lá. Tem algum outro aspecto relevante desta escola?                                                                                 Escola russa estes dias vi uma observação que um dos pontos fortes deles é bater bem andando pra trás. É isto mesmo? Algum outro ponto?                                                                          Aqui no Brasil, quais são as principais linhas e as diferenças entre elas?                                          Quais as principais diferenças entre estas e as demais em relação à movimentação, esquivas, golpes mais utilizados, sequências, etc?              E a escola mexicana? Fora o coração dos lutadores quais os aspectos técnicos a diferenciam?

Interessante  viu não  sei estou apto a falar mas vamos lá. 

Escola cubana  durante muito  tempo foi que modulou o boxe brasileiro  com ênfase  em golpes retos mão  da frente livre mão  de trás  golpe reto pouco infight e muito  golpe de encontro e eles gostam muito  de usar linguagem  de passo plano e diagonal., cruzado saindo que o passo plano que Dorea  fala tanto quando cigano vai pra grade  mas na verdade eu que vim da escola antiga a gente  fazia isso porem sem ênfase  ou na intuição. 

Escola antiga @masterblaster é  um escola similar ao Jonh Lineker  e ao Alex Poatan pode reparar cruzado com mão  de tras ou usar combinações  tido como grossas hj voltaram com doois pendulos  cruzado  de esquerda  e direita  adesanya  fez muitk contra  o Whitekker.

Bem a escola russa que similar eu aprendi  depois fui pra cubana que noto na escola da russiaa pra mim mais efetiva em combates profissionais  longos lutas  de 10 rounds exemplo ,lutas de kickboxing  já  no MMA  a cubana pelo fato do deslocamento  saina frente bater  e não  ser atingindo,porem na curtar prefiro a russa. 

Mexicana  é  guerrida de grande coração  ,briguenta e luta nuna pressão  constante mas com técnica. 

Essa minha visão 

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10 horas atrás, NEGO DÁGUA disse:

Interessante  viu não  sei estou apto a falar mas vamos lá. 

Escola cubana  durante muito  tempo foi que modulou o boxe brasileiro  com ênfase  em golpes retos mão  da frente livre mão  de trás  golpe reto pouco infight e muito  golpe de encontro e eles gostam muito  de usar linguagem  de passo plano e diagonal., cruzado saindo que o passo plano que Dorea  fala tanto quando cigano vai pra grade  mas na verdade eu que vim da escola antiga a gente  fazia isso porem sem ênfase  ou na intuição. 

Escola antiga @masterblaster é  um escola similar ao Jonh Lineker  e ao Alex Poatan pode reparar cruzado com mão  de tras ou usar combinações  tido como grossas hj voltaram com doois pendulos  cruzado  de esquerda  e direita  adesanya  fez muitk contra  o Whitekker.

Bem a escola russa que similar eu aprendi  depois fui pra cubana que noto na escola da russiaa pra mim mais efetiva em combates profissionais  longos lutas  de 10 rounds exemplo ,lutas de kickboxing  já  no MMA  a cubana pelo fato do deslocamento  saina frente bater  e não  ser atingindo,porem na curtar prefiro a russa. 

Mexicana  é  guerrida de grande coração  ,briguenta e luta nuna pressão  constante mas com técnica. 

Essa minha visão 

Hirado, seria interessante citarmos lutadores que aplicam os estilos no mma e no boxe para procurarmos os highlights. Criarmos aqui uma fonte de estudos.  

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Outro usuário que eu gostaria de escutar e o @Gurkha. Estes dias vi uma explicação tbm do estilo que o Tyson desenvolveu em função de sua menor envergadura vs os demais pesados. Acredito que além das escolas podemos debater tbm dos estilos pessoais dos maiores nomes do esporte para podermos aprender cada vez mais sobre a Nobre Arte, entendermos o que pode ser adaptado para o mma, etc. Um ponto que eu vejo sendo mal adaptado é a questão da guarda e das esquivas que deixam o adversário exposto com a luvinha do mma e com a possibilidade do joelho e das quedas, é algo básico mas para mim luta sempre vai ser o básico que funciona (veja o exemplo do Demian com o seu JJ é mesmo do boxe que ele desenvolveu para mma) .

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Em 1/9/2021 at 9:36 PM, João P disse:

Muitas vezes falamos das diferentes escolas de boxe e suas peculiaridades, pontos fortes e fracos, etc e fiz este tópico para falarmos um pouco mais sobre isto, suas adaptações para o mma e todos os aspectos técnicos. Nunca treinei boxe puro e aprendo muito nos tópicos que tem estas discussões e gostaria de debater aqui o assunto. @NEGO DÁGUA @Daniel Mendoza @masterblaster @oxeboxing @Rucci @Silverchair fiquem a vontade de chamar outros usuários que contribuem bastante que eu possa ter esquecido agora de cabeça.                                                                        Escola cubana como o @NEGO DÁGUA citou hoje em outro tópico tem muito golpe reto, tem um destaque muito grande na pontuação no amador, até em função do governo lá. Tem algum outro aspecto relevante desta escola?                                                                                 Escola russa estes dias vi uma observação que um dos pontos fortes deles é bater bem andando pra trás. É isto mesmo? Algum outro ponto?                                                                          Aqui no Brasil, quais são as principais linhas e as diferenças entre elas?                                          Quais as principais diferenças entre estas e as demais em relação à movimentação, esquivas, golpes mais utilizados, sequências, etc?              E a escola mexicana? Fora o coração dos lutadores quais os aspectos técnicos a diferenciam?

Desculpe pela demora em responder, mas não me acho apto para discutir boxe puro, João. Assim como você, nunca pratiquei boxe puro. Minha escola de striking vem totalmente dos estilos marciais orientais, mais especificamente Koreanos e Japoneses. Eu até admiro e costumo seguir alguma coisa de boxe mas isso não me torna apto a debater a prática em si. Minhas observações nos outros tópicos falam a partir da minha perspectiva e, sendo bem honesto, se eu tivesse que lutar desconsiderando chutes provavelmente acabaria nocauteado.
Os estilos que eu pratiquei e minha abordagem quando lutava focavam em entrar e sair do raio de ação sem ser golpeado, valendo-se muito de fintas, movimentação lateral e contra golpes.

 

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On 1/9/2021 at 9:36 PM, João P said:

Muitas vezes falamos das diferentes escolas de boxe e suas peculiaridades, pontos fortes e fracos, etc e fiz este tópico para falarmos um pouco mais sobre isto, suas adaptações para o mma e todos os aspectos técnicos. Nunca treinei boxe puro e aprendo muito nos tópicos que tem estas discussões e gostaria de debater aqui o assunto. @NEGO DÁGUA @Daniel Mendoza @masterblaster @oxeboxing @Rucci @Silverchair fiquem a vontade de chamar outros usuários que contribuem bastante que eu possa ter esquecido agora de cabeça.                                                                        Escola cubana como o @NEGO DÁGUA citou hoje em outro tópico tem muito golpe reto, tem um destaque muito grande na pontuação no amador, até em função do governo lá. Tem algum outro aspecto relevante desta escola?                                                                                 Escola russa estes dias vi uma observação que um dos pontos fortes deles é bater bem andando pra trás. É isto mesmo? Algum outro ponto?                                                                          Aqui no Brasil, quais são as principais linhas e as diferenças entre elas?                                          Quais as principais diferenças entre estas e as demais em relação à movimentação, esquivas, golpes mais utilizados, sequências, etc?              E a escola mexicana? Fora o coração dos lutadores quais os aspectos técnicos a diferenciam?

Oi amigo, me perdoe a demora em responder ok? Eu sou raro de aparecer por aqui devido a correria do dia-a-dia mas fico feliz em ser citado mais uma vez por você, isso me deixa muito confortável pra conversar sobre esportes de combate e artes-marcias coisa que gosto muito de fazer. Ficarei muito feliz em tentar te ajudar.

Sobre as escolas de boxe acredite se quiser mas elas são várias, pra começar não sou especialista em nenhuma mas tento sempre estudar e conversar com pessoas que são praticantes natos dessas escolas. As mais conhecidas são a CUBANA, MEXICANA, RUSSA, INGLESA E AMERICANA. E muitos consideram de forma mais geral a escola OLÍMPICA e PROFISSIONAL mas isso é só mesmo pra diferenciar um boxeador olímpico do boxeador profissional, muitos dizem que não mas existe muita diferença entre esses dois tipos de atleta mas o preparo físico, tático e técnico muda e MUITO entre esses dois tipos de boxeadores. 

ESCOLA CUBANA:
Cuba é uma nação muito forte no boxe olímpico/amador principalmente, há até uma faculdade de boxe lá. A característica mais forte do boxe de Cuba é o footwork, boxeadores cubano aprendem movimentação antes mesmo de aprender a dar golpes com as mãos, tanto que mundialmente falando boxeadores cubanos são conhecidos como fujões por se movimentarem muito. A ênfase técnica também é muito grande, os golpes precisam ser muito eficientes e precisos, cubanos costumam até golpear com a mão adiantada girando o tornozelo que é algo bem curioso, eles buscam o máximo de efetividade no golpe. Na escola cubana também há o conceito de trabalho na LONGA DISTÂNCIA, MEIA DISTÂNCIA e CURTA DISTÂNCIA. O que em outras escolas é reduzido apenas a longa e curta-distância. E o treinamento dos boxeadores olímpicos cubanos é feito para garantir que o atleta tenha o máximo de recursos técnicos possíveis, ou seja, ele vai saber lutar contra um boxeador nocauteador, boxeador de longa, curta ou meia-distância, contra um cara que tem muito volume de jogo, e etc. Os caras são um laboratório do boxe. Apesar de todo trabalho técnico muito enfático eles tem a pior transição entre o olímpico/amador e profissional.

ESCOLA RUSSA:
Russa atualmente é a nação no topo do boxe amador/olímpico e está muito bem também no boxe profissional. O boxe Russo pra mim é um dos mais bonitos e eficientes possíveis. A característica mais forte do boxe Russo é o contra-ataque com potência. Russos são máquinas de brutalidade e força mas não é por isso que eles vão bater de qualquer jeito, eles também tem um bom trabalho de footwork e muita técnica porém não abusam de volume como os cubanos, que buscam uma intensidade maior mesmo se movimentando bastante. Russos não desperdiçam golpes então apesar de não golpearem com volume cada golpe é dado com muita potência e eficiência. O trabalho de contra-ataque é realmente cirúrgico na escola Russa por isso vocês veem Russos golpeando muito bem andando para trás. A escola Russa é a única que eu conheço que tem um trabalho específico e muito enfático para lutadores canhotos, eles ensinam muito a trabalhar contra um cara canhoto e se você é canhoto o treino e preparo muda de forma significativa. Eles também treinam muito com Drill, sistema de treinamento muito usado pelo pessoal do kickboxing e vem sendo cada vez mais adotado em academias de Boxe também. Outra coisa a respeito do boxe Russo é que pra mim eles tem a melhor transição possível entre o boxe olímpico/amador e profissional.

ESCOLA MEXICANA:
A escola Mexicana acredito que seja uma das mais tradicionais e puristas que ainda existam, pois o modelo mexicano foi criado ainda no comecinho da profissionalização do boxe numa época em que ainda haviam disputas territoriais entre os EUA e o México (se não me engano, é necessário uma revisão histórica). O boxe Mexicano tem como característica principal o coração, justamente por o boxe ter um grande valor nacional dentro do México, representando a liberdade e a própria valorização do povo mexicano em território estrangeiro, mais especificamente nos EUA. O boxe Mexicano é meio que 100% profissional, não estão nem entre os 50 colocados no ranking do BoxRec na categoria amador/olímpico. Outras características do boxe mexicano é a grande ênfase no trabalho de curta-distância com bastante volume, mexicanos costumam cortar muito os ângulos e não deixar espaços pro seu oponente, é uma das poucas escolas que tem o overhand como golpe técnico, e costumam usar muito esse golpe pra nocautear de forma brutal seus oponentes. Pra você ter uma ideia do grande volume de golpes que boxeadores mexicanos trabalham, uma marca de luvas muito tradicional(mexicana) chamada Cleto Reyes, fabrica suas luvas de couro com uma liga de látex, para que os golpes tenham um efeito chicote fazendo com que lutadores sempre mantenham a guarda alta durante a chuva de golpes e para diminuir o gasto de energia, garantindo um grande volume até no fim dos rounds, esse tipo de fabricação tem sido chamado de MexicanStyle por outras marcas e fabricantes de luvas de boxe.

ESCOLA INGLESA:
Não conheço essa escola e nem suas características, mas hoje em dia há um grande destaque para lutadores ingleses nas ligas olímpicas/amadoras e profissionais atualmente.

ESCOLA AMERICANA:
OS EUA são uma verdadeira potência do boxe, tanto no olímpico/amador quanto no profissional. É muito difícil determinar o estilo americano de se boxear pois dentro do próprio país há muitas sub-escolas de boxe que são adaptações de escolas de outros países como México e Cuba. Nos EUA algumas cidades são muito tradicionais e puristas no ensino do boxe como a Philadelphia e Nova York. Então eu não sei dimensionar o estilo americano em si mas tem uma característica extremamente marcante no boxe americano que é a ênfase do JAB, para os americanos se você sabe Jabear você sabe boxear, é diferente do raciocínio cubano de que se você sabe se movimentar você sabe boxear. Para os americanos existem vários estilos de Jab e maneiras de se usar o Jab, você pode usar o Jab para volume de golpes e abertura de pontuação, fazendo com que você garanta mais pontos no round, você pode usar o Jab para manter o volume e impedir a implementação da estratégia do oponente, você pode usar o Jab como defesa ao andar para trás... Há muita ciência no Jab dentro da escola americana, pesquisando você vai achar inúmeros treinadores americanos que descrevem o Jab de diversas formas diferentes o que aumenta muito as possibilidades de emprego tático dentro do boxe.

No más é apenas isso que consigo contribuir com você e com os colegas amigo. Fique a vontade para discutir a respeito, forte abraço!

 

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7 horas atrás, oxeboxing disse:

Oi amigo, me perdoe a demora em responder ok? Eu sou raro de aparecer por aqui devido a correria do dia-a-dia mas fico feliz em ser citado mais uma vez por você, isso me deixa muito confortável pra conversar sobre esportes de combate e artes-marcias coisa que gosto muito de fazer. Ficarei muito feliz em tentar te ajudar.

Sobre as escolas de boxe acredite se quiser mas elas são várias, pra começar não sou especialista em nenhuma mas tento sempre estudar e conversar com pessoas que são praticantes natos dessas escolas. As mais conhecidas são a CUBANA, MEXICANA, RUSSA, INGLESA E AMERICANA. E muitos consideram de forma mais geral a escola OLÍMPICA e PROFISSIONAL mas isso é só mesmo pra diferenciar um boxeador olímpico do boxeador profissional, muitos dizem que não mas existe muita diferença entre esses dois tipos de atleta mas o preparo físico, tático e técnico muda e MUITO entre esses dois tipos de boxeadores. 

ESCOLA CUBANA:
Cuba é uma nação muito forte no boxe olímpico/amador principalmente, há até uma faculdade de boxe lá. A característica mais forte do boxe de Cuba é o footwork, boxeadores cubano aprendem movimentação antes mesmo de aprender a dar golpes com as mãos, tanto que mundialmente falando boxeadores cubanos são conhecidos como fujões por se movimentarem muito. A ênfase técnica também é muito grande, os golpes precisam ser muito eficientes e precisos, cubanos costumam até golpear com a mão adiantada girando o tornozelo que é algo bem curioso, eles buscam o máximo de efetividade no golpe. Na escola cubana também há o conceito de trabalho na LONGA DISTÂNCIA, MEIA DISTÂNCIA e CURTA DISTÂNCIA. O que em outras escolas é reduzido apenas a longa e curta-distância. E o treinamento dos boxeadores olímpicos cubanos é feito para garantir que o atleta tenha o máximo de recursos técnicos possíveis, ou seja, ele vai saber lutar contra um boxeador nocauteador, boxeador de longa, curta ou meia-distância, contra um cara que tem muito volume de jogo, e etc. Os caras são um laboratório do boxe. Apesar de todo trabalho técnico muito enfático eles tem a pior transição entre o olímpico/amador e profissional.

ESCOLA RUSSA:
Russa atualmente é a nação no topo do boxe amador/olímpico e está muito bem também no boxe profissional. O boxe Russo pra mim é um dos mais bonitos e eficientes possíveis. A característica mais forte do boxe Russo é o contra-ataque com potência. Russos são máquinas de brutalidade e força mas não é por isso que eles vão bater de qualquer jeito, eles também tem um bom trabalho de footwork e muita técnica porém não abusam de volume como os cubanos, que buscam uma intensidade maior mesmo se movimentando bastante. Russos não desperdiçam golpes então apesar de não golpearem com volume cada golpe é dado com muita potência e eficiência. O trabalho de contra-ataque é realmente cirúrgico na escola Russa por isso vocês veem Russos golpeando muito bem andando para trás. A escola Russa é a única que eu conheço que tem um trabalho específico e muito enfático para lutadores canhotos, eles ensinam muito a trabalhar contra um cara canhoto e se você é canhoto o treino e preparo muda de forma significativa. Eles também treinam muito com Drill, sistema de treinamento muito usado pelo pessoal do kickboxing e vem sendo cada vez mais adotado em academias de Boxe também. Outra coisa a respeito do boxe Russo é que pra mim eles tem a melhor transição possível entre o boxe olímpico/amador e profissional.

ESCOLA MEXICANA:
A escola Mexicana acredito que seja uma das mais tradicionais e puristas que ainda existam, pois o modelo mexicano foi criado ainda no comecinho da profissionalização do boxe numa época em que ainda haviam disputas territoriais entre os EUA e o México (se não me engano, é necessário uma revisão histórica). O boxe Mexicano tem como característica principal o coração, justamente por o boxe ter um grande valor nacional dentro do México, representando a liberdade e a própria valorização do povo mexicano em território estrangeiro, mais especificamente nos EUA. O boxe Mexicano é meio que 100% profissional, não estão nem entre os 50 colocados no ranking do BoxRec na categoria amador/olímpico. Outras características do boxe mexicano é a grande ênfase no trabalho de curta-distância com bastante volume, mexicanos costumam cortar muito os ângulos e não deixar espaços pro seu oponente, é uma das poucas escolas que tem o overhand como golpe técnico, e costumam usar muito esse golpe pra nocautear de forma brutal seus oponentes. Pra você ter uma ideia do grande volume de golpes que boxeadores mexicanos trabalham, uma marca de luvas muito tradicional(mexicana) chamada Cleto Reyes, fabrica suas luvas de couro com uma liga de látex, para que os golpes tenham um efeito chicote fazendo com que lutadores sempre mantenham a guarda alta durante a chuva de golpes e para diminuir o gasto de energia, garantindo um grande volume até no fim dos rounds, esse tipo de fabricação tem sido chamado de MexicanStyle por outras marcas e fabricantes de luvas de boxe.

ESCOLA INGLESA:
Não conheço essa escola e nem suas características, mas hoje em dia há um grande destaque para lutadores ingleses nas ligas olímpicas/amadoras e profissionais atualmente.

ESCOLA AMERICANA:
OS EUA são uma verdadeira potência do boxe, tanto no olímpico/amador quanto no profissional. É muito difícil determinar o estilo americano de se boxear pois dentro do próprio país há muitas sub-escolas de boxe que são adaptações de escolas de outros países como México e Cuba. Nos EUA algumas cidades são muito tradicionais e puristas no ensino do boxe como a Philadelphia e Nova York. Então eu não sei dimensionar o estilo americano em si mas tem uma característica extremamente marcante no boxe americano que é a ênfase do JAB, para os americanos se você sabe Jabear você sabe boxear, é diferente do raciocínio cubano de que se você sabe se movimentar você sabe boxear. Para os americanos existem vários estilos de Jab e maneiras de se usar o Jab, você pode usar o Jab para volume de golpes e abertura de pontuação, fazendo com que você garanta mais pontos no round, você pode usar o Jab para manter o volume e impedir a implementação da estratégia do oponente, você pode usar o Jab como defesa ao andar para trás... Há muita ciência no Jab dentro da escola americana, pesquisando você vai achar inúmeros treinadores americanos que descrevem o Jab de diversas formas diferentes o que aumenta muito as possibilidades de emprego tático dentro do boxe.

No más é apenas isso que consigo contribuir com você e com os colegas amigo. Fique a vontade para discutir a respeito, forte abraço!

 

Que aula! Obrigado por compartilhar @oxeboxing. Em em relação à adaptação destas escolas para o MMA e mesmo para o Kickboxing/Muay Thai, o que você destacaria? 

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17 hours ago, João P said:

Que aula! Obrigado por compartilhar @oxeboxing. Em em relação à adaptação destas escolas para o MMA e mesmo para o Kickboxing/Muay Thai, o que você destacaria? 

Por nada amigo, fico feliz em compartilhar!

Amigo, confesso que sou bem leigo com respeito a transição dessas escolas para o MMA, porém tenho a impressão de que não há muita dificuldade para se adaptar. Eu como leigo posso tentar te afirmar que todas essas escolas vão ter pontos fortes para ajudar na transição. Eu acho que a escola CUBANA ajuda muito na movimentação e na refinação técnica dos golpes, como exemplo eu acredito que no UFC o Rob Font tem como referência a escola cubana, você pode ver os highlights dele, principalmente na luta contra o Marlon Moraes. Eu acho que talvez um boxeador Cubano teria um pouco de dificuldade de se adaptar no Muay-Thai por conta da base bem diagonal, dando bastante exposição a perna da frente, talvez seria um convite muito grande pra low-kicks, mas ai eu preciso de ajuda de um cara especialista em Muay-Thai pra me corrigir.

Acho que a escola Russa se adaptaria muito bem no Kick-Boxing e no Muay-Thai também, justamente pelo conceito de baixo de volume e muita precisão e potência técnica, se não me engano no Muay-Thai tem muito disso. Se eu fosse dar uma opinião acho que seria a melhor escola pra poder fazer transição pro MMA, justamente pelo equilíbrio muito bom desses empregos técnicos e táticos.

A escola Mexicana do ponto de vista técnico não sei sinceramente no que poderia contribuir para transição ao MMA, mas os mexicanos que conhecemos sempre fizeram muita diferença no octógono, posso destacar aqui o Cain Velasquez(apesar dele ter vindo do wrestling e não do boxe), um dos meus lutadores prediletos, ele tem muito volume de jogo igualzinho a um mexicano, muito rápido e preciso, luta com muita pressão, acredito que isso talvez seria a maior contribuição dessa escola pro MMA. Não sei se um boxeador  mexicano se adaptaria facilmente no Muay-Thai.

A escola americana acho que contribui pra uma coisa que tem sido muito importante no MMA hoje que é bater e sair, fazer volume com golpes singulares, acredito que o uso do JAB é muito importante pra qualquer esporte de trocação pois ele pode ser aplicado em qualquer estratégia, muito versátil.

Espero ter ajudado.

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8 horas atrás, oxeboxing disse:

Por nada amigo, fico feliz em compartilhar!

Amigo, confesso que sou bem leigo com respeito a transição dessas escolas para o MMA, porém tenho a impressão de que não há muita dificuldade para se adaptar. Eu como leigo posso tentar te afirmar que todas essas escolas vão ter pontos fortes para ajudar na transição. Eu acho que a escola CUBANA ajuda muito na movimentação e na refinação técnica dos golpes, como exemplo eu acredito que no UFC o Rob Font tem como referência a escola cubana, você pode ver os highlights dele, principalmente na luta contra o Marlon Moraes. Eu acho que talvez um boxeador Cubano teria um pouco de dificuldade de se adaptar no Muay-Thai por conta da base bem diagonal, dando bastante exposição a perna da frente, talvez seria um convite muito grande pra low-kicks, mas ai eu preciso de ajuda de um cara especialista em Muay-Thai pra me corrigir.

Acho que a escola Russa se adaptaria muito bem no Kick-Boxing e no Muay-Thai também, justamente pelo conceito de baixo de volume e muita precisão e potência técnica, se não me engano no Muay-Thai tem muito disso. Se eu fosse dar uma opinião acho que seria a melhor escola pra poder fazer transição pro MMA, justamente pelo equilíbrio muito bom desses empregos técnicos e táticos.

A escola Mexicana do ponto de vista técnico não sei sinceramente no que poderia contribuir para transição ao MMA, mas os mexicanos que conhecemos sempre fizeram muita diferença no octógono, posso destacar aqui o Cain Velasquez(apesar dele ter vindo do wrestling e não do boxe), um dos meus lutadores prediletos, ele tem muito volume de jogo igualzinho a um mexicano, muito rápido e preciso, luta com muita pressão, acredito que isso talvez seria a maior contribuição dessa escola pro MMA. Não sei se um boxeador  mexicano se adaptaria facilmente no Muay-Thai.

A escola americana acho que contribui pra uma coisa que tem sido muito importante no MMA hoje que é bater e sair, fazer volume com golpes singulares, acredito que o uso do JAB é muito importante pra qualquer esporte de trocação pois ele pode ser aplicado em qualquer estratégia, muito versátil.

Espero ter ajudado.

Outra aula!

Realmente a russa é a que eu vejo mais aderência e os resultados nos últimos anos comprovam isto (com potencial de ser muito maior). O Petr Yan talvez seja um bom exemplo, além da origem no boxe russo ele treina regularmente na Tailândia na Tiger Muay Thai, assim como outros atletas russos e é a mesma academia que a Valentina vai frequentemente tbm, são patrocinados - para você que quer estudar isto vale acompanhar eles no Youtube, mostra muitos bastidores de treino, técnicas passadas pelos tailandeses e demais instrutores deles lá. Eles são bem midiáticos mas tem um treino de extrema qualidade tbm, assim como na Evolve em Cingapura que importa os tailandeses e os brasileiros para dar treino lá.

A mexicana eu lembrei do menino que lutou agora com o Deivesson e a americana o uso no mma é amplamente difundido também.

Em relação ao ponto da cubana, infelizmente pelo regime deles temos poucos exemplos no mundo do mma e quanto à questão da base e da aplicação para o Muay Thai/Kickboxing voltado para mma realmente poderia ser um impeditivo mas tudo é uma questão de adaptação também, de pegar os pontos positivos e adaptar os possíveis negativos.

Talvez agora você aprendendo Kickboxing a gente possa se aprofundar nesta discussão que tá muito rica e quem sabe abrirmos esta discussão para os estilos de luta em pé de maneira geral - mesmo na Tailândia tem diversos estilos lá dentro do país, já estive lá 2x e viajando pelo país e estudando as diferenças vi que as diferenças são enormes. Já tivemos discussões ricas de Karate, TKD, Muay Thai, Kickboxing Holandes, Kickboxing Japonês, Brazilian Muay Thai, etc e confesso que é o meu tema favorito e por isto estou tentando fomentar esta parte de Boxe que sempre foi uma curiosidade minha e acredito que de outros membros aqui do forum também.

@NEGO DÁGUA se você lembrar de algum outro usuário que possa contribuir aqui e que eu não tenha citado quota eles, é tanto nome que eu com certeza esqueci de alguém.

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@NEGO DÁGUA, @João P, @oxeboxing e demais colegas, boa noite! Peço desculpas pela demora em entrar em um debate tão  interessante, mas estive bem ocupado e estou retornando aos poucos agora. Mas vou tentar falar alguma coisa, que ficou praticamente impossível depois do post do oxeboxing, que detalha bem as escolas. Então vou tentar colocar um conteúdo mais baseado na experiência pessoal.

Quando comecei no kickboxing, meu mestre era oriundo do shotokan e taekwondo, tendo sido campeão intercontinental e europeu na primeira modalidade. A segunda ele se formou pelo preciosismo nas técnicas de chutes. Era um sujeito que via o que havia de melhor à disposição e ia atrás. Aí começou a ensinar full contact e foi quando me juntei a ele. Mas percebíamos que precisaríamos incorporar o boxe, e de qualidade, com urgência. Ele tinha muitos contatos em todos os meios e não se importava em diversificar. Mesmo naqueles tempos entre nós não existia o termos "creonte", o que pudesse ajudar era sempre bem vindo. De sorte que ele trouxe o Servílio de Oliveira para lapidar nosso boxe. O que para a época foi uma sorte enorme, porque, diferente do meu mestre, não tivemos que adaptar o boxe ao kickboxing, já tivemos o benefício de começar incorporando tudo, com chutes de excelente qualidade (que fomos tornando mais "duros" e potentes com o tempo) e mais o melhor boxe que poderíamos ter naquela época!

Sem dúvida que o Servílio é um cara matreiro e extremamente inteligente. Tem muitos elementos da escola cubana no jogo dele, mas é adaptativo demais, vez por outra encontrava características também do boxe russo nos seus recursos. Mas principalmente com características de lutador olímpico, claro. Muita movimentação reta e em diagonal (essa mais na entrada que na saída), os famosos semicírculos com o pé de trás e às vezes com o da frente, muito golpe reto mas também bastante variação. A gente usava demais. por exemplo, jab e cruzado com a mão de trás, que caiu um tempo em desuso e agora está voltando por iniciativa própria de alguns atletas, como o Poatan, que usa muito. Movimentação o tempo todo e muito deslocamento no infight. Trabalho enorme de golpes na linha de cintura. E uma coisa que notei nele realmente foi lançar alguns golpes com a mão da frente até com algum movimento de tornozelo e quadril também. Muita velocidade. E essa movimentação foi perfeita para adaptarmos os chutes, aprender tudo no conjunto ficou acabando muito mais natural. Por exemplo, uma entrada com jab e direto com movimentação daquele boxe em diagonal abria um excelente espaço para um chute circular com a perna de trás. Um jab de mão esquerda com giro do tornozelo e do quadril já puxava muito o chute circular também com a perna esquerda, sendo que a mão ainda bloqueava a visão do oponente para o chute que estava vindo.

E o meu mestre Fernando ainda fazia questão de que TODO golpe que déssemos fosse muito forte, para valer. Não tinha essa de jab para medir distância, soco para colocar o adversário onde a gente queria para aí entrar o forte, nada disso. Até esses tinham que ser rápidos, mas para derrubar também. Ele dizia que todo mundo que subisse num ringue conosco tinha que se arrepender de estar ali assim que soasse o gongo! Consequencia disso era um preparo físico e condicionamento de primeira, e um treino que me fez não estranhar nada na CB quando estive lá.

Enfim, sei que ne desviei do assunto boxe puro, mas o amigo oxeboxing não deixou mais nada para ser dito em termos didáticos. E como você perguntou da adaptação do boxe para o kickboxing, aí sobrou espaço para falar alguma coisa.

Grande abraço meus amigos!  

 

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2 horas atrás, masterblaster disse:

 

@NEGO DÁGUA, @João P, @oxeboxing e demais colegas, boa noite! Peço desculpas pela demora em entrar em um debate tão  interessante, mas estive bem ocupado e estou retornando aos poucos agora. Mas vou tentar falar alguma coisa, que ficou praticamente impossível depois do post do oxeboxing, que detalha bem as escolas. Então vou tentar colocar um conteúdo mais baseado na experiência pessoal.

Quando comecei no kickboxing, meu mestre era oriundo do shotokan e taekwondo, tendo sido campeão intercontinental e europeu na primeira modalidade. A segunda ele se formou pelo preciosismo nas técnicas de chutes. Era um sujeito que via o que havia de melhor à disposição e ia atrás. Aí começou a ensinar full contact e foi quando me juntei a ele. Mas percebíamos que precisaríamos incorporar o boxe, e de qualidade, com urgência. Ele tinha muitos contatos em todos os meios e não se importava em diversificar. Mesmo naqueles tempos entre nós não existia o termos "creonte", o que pudesse ajudar era sempre bem vindo. De sorte que ele trouxe o Servílio de Oliveira para lapidar nosso boxe. O que para a época foi uma sorte enorme, porque, diferente do meu mestre, não tivemos que adaptar o boxe ao kickboxing, já tivemos o benefício de começar incorporando tudo, com chutes de excelente qualidade (que fomos tornando mais "duros" e potentes com o tempo) e mais o melhor boxe que poderíamos ter naquela época!

Sem dúvida que o Servílio é um cara matreiro e extremamente inteligente. Tem muitos elementos da escola cubana no jogo dele, mas é adaptativo demais, vez por outra encontrava características também do boxe russo nos seus recursos. Mas principalmente com características de lutador olímpico, claro. Muita movimentação reta e em diagonal (essa mais na entrada que na saída), os famosos semicírculos com o pé de trás e às vezes com o da frente, muito golpe reto mas também bastante variação. A gente usava demais. por exemplo, jab e cruzado com a mão de trás, que caiu um tempo em desuso e agora está voltando por iniciativa própria de alguns atletas, como o Poatan, que usa muito. Movimentação o tempo todo e muito deslocamento no infight. Trabalho enorme de golpes na linha de cintura. E uma coisa que notei nele realmente foi lançar alguns golpes com a mão da frente até com algum movimento de tornozelo e quadril também. Muita velocidade. E essa movimentação foi perfeita para adaptarmos os chutes, aprender tudo no conjunto ficou acabando muito mais natural. Por exemplo, uma entrada com jab e direto com movimentação daquele boxe em diagonal abria um excelente espaço para um chute circular com a perna de trás. Um jab de mão esquerda com giro do tornozelo e do quadril já puxava muito o chute circular também com a perna esquerda, sendo que a mão ainda bloqueava a visão do oponente para o chute que estava vindo.

E o meu mestre Fernando ainda fazia questão de que TODO golpe que déssemos fosse muito forte, para valer. Não tinha essa de jab para medir distância, soco para colocar o adversário onde a gente queria para aí entrar o forte, nada disso. Até esses tinham que ser rápidos, mas para derrubar também. Ele dizia que todo mundo que subisse num ringue conosco tinha que se arrepender de estar ali assim que soasse o gongo! Consequencia disso era um preparo físico e condicionamento de primeira, e um treino que me fez não estranhar nada na CB quando estive lá.

Enfim, sei que ne desviei do assunto boxe puro, mas o amigo oxeboxing não deixou mais nada para ser dito em termos didáticos. E como você perguntou da adaptação do boxe para o kickboxing, aí sobrou espaço para falar alguma coisa.

Grande abraço meus amigos!  

 

Aula! Este tópico tá ficando cada vez melhor. @victordomingues este tópico que comentei agora no outro post. Sua visão do Karatê aliado ao mma vai ser muito útil aqui. Onde vc enxerga benefícios dos estilos de Karatê numa mistura com estes elementos que estamos falando das escolas de boxe, Kickboxing e Muay Thai? @NOCAUTE! sua contribuição vai ser muito bem vinda aqui tbm! 

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Muito legal ver o pessoal colaborando. Se abrir mesmo para striking em geral eu creio que eu poderia contribuir. Boxe puro simplesmente não me sinto apto por nunca ter praticado.
Muito legal o relato do @masterblaster, essa mente aberta infelizmente faltou aos meus treinadores e eu reconheço que é um grande ponto de vulnerabilidade na arte marcial em que eu comecei. Mas creio que apesar disso ela tem seus pontos fortes e não são poucos.

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2 minutos atrás, Rucci disse:

Muito legal ver o pessoal colaborando. Se abrir mesmo para striking em geral eu creio que eu poderia contribuir. Boxe puro simplesmente não me sinto apto por nunca ter praticado.
Muito legal o relato do @masterblaster, essa mente aberta infelizmente faltou aos meus treinadores e eu reconheço que é um grande ponto de vulnerabilidade na arte marcial em que eu comecei. Mas creio que apesar disso ela tem seus pontos fortes e não são poucos.

Show de bola Rucci! Será mais do que bem vindo! Realmente meu mestre tinha essa diferença, que hoje é algo tão comum mas na época era uma raridade. Tanto que o meu professor de jj falava muito mal de mim por treinar kickboxing, mas eu não ligava porque essa última era a minha preferida. Mas aprendi muito com o jj também. Mas os mais fechados sempre foram mesmo o jj (na época muito por influência do Hélio Gracie) e o kyokushin. 

Mas fica aí com a gente que essa é a intenção do tópico. Qual foi a modalidade que você começou, que mencionou acima? 

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6 horas atrás, masterblaster disse:

Show de bola Rucci! Será mais do que bem vindo! Realmente meu mestre tinha essa diferença, que hoje é algo tão comum mas na época era uma raridade. Tanto que o meu professor de jj falava muito mal de mim por treinar kickboxing, mas eu não ligava porque essa última era a minha preferida. Mas aprendi muito com o jj também. Mas os mais fechados sempre foram mesmo o jj (na época muito por influência do Hélio Gracie) e o kyokushin. 

Mas fica aí com a gente que essa é a intenção do tópico. Qual foi a modalidade que você começou, que mencionou acima? 

Como já comentei aqui e em outros tópicos eu comecei treinando Taekwondo, no caso no estilo na época chamado de WTF (hoje WT), mas sempre fui muito interessado em striking em geral. Comecei a treinar em 96, não muito depois do primeiro UFC. Eu tinha uma certa birra com o jiu jitsu por conta de na época os caras sempre andarem em bandos. No meu colégio tinha uma turma chata que vivia arrumando confusão, eram uns cinco caras que sempre cercavam os caras mais fracos e eu com uns 12 anos já tinha praticamente minha altura de hoje. Acabava me metendo em tretas para defender alguns amigos. Mas cheguei a treinar alguma coisa de jiu com um amigo que praticava. Obviamente não é o mesmo que praticar numa academia mas ao menos para não ser totalmente verde no solo serve.

Hoje eu prefiro o TKD ITF, porque além dele ter uma abordagem mais marcial e próxima do Karatê que serviu de base para o TKD, os treinos permitem socos na cabeça e não usam proteção de tronco, como no WT/olímpico. Também cheguei a treinar karatê na época da faculdade com um colega que era faixa preta e por volta de 2012 eu voltei a praticar TKD e comecei no Hapkido, que é um sistema que tem as técnicas de chute do TKD, mas também tem treino de chão e estrangulamentos. É como se fosse um currículo expandido do TKD que infelizmente tem gente que confunde com o aikido japonês que não tem nenhuma semelhança além da fonética. O Wittaker é um faixa preta, por sinal.

As características que eu mais curto no TKD são a movimentação focada em entrar e sair, golpear cortando ângulos e o condicionamento do reflexo de explosão nos contra ataques, que apesar de muito focados nos chutes também pode ser aplicado com socos interceptando ataques que partem da longa.

Acima eu disse que se eu tivesse que lutar boxe puro provavelmente cairia dormindo porque pra mim os chutes são um reflexo natural depois de tanto tempo treinando, isso mesmo eu estando há um bom tempo parado. É inconcebível para mim um cara invadir a distância de um chute num combate sem ser retaliado de modo a respeitar essa distância.
É provavelmente um pensamento que herdei tanto do karatê quanto do TKD porque quanto mais tempo você passa na curta distância, maior a chance de acumular dano e o objetivo dessas artes é sair com o mínimo de dano possível, daí não ser bem visto se manter na curta e abrir essa possibilidade.

Vocês sempre me vêem pelos tópicos defendendo que envergadura, quando usada com inteligência, é uma senhora vantagem. Eu tenho 1,83m, não sou um cara extremamente alto mas creio que um pouco acima da média da minha geração, tenho mais ou menos a mesma medida de envergadura. Em geral quando eu treinava dificultava muito para os caras menores entrarem no meu raio de ação. Acho que fora o meu primeiro professor que tinha mais de 1,90m eu devia ser o cara mais alto da academia até chegar uma turma vinda do kickboxe. Como eles tinham uma base mais plantada, em geral esses eu conseguia anular com mais velocidade e fintas.

Creio que a chave para esse tipo de abordagem funcionar é variação nos golpes e muitas fintas. Com vantagem de envergadura o teu golpe sempre pode chegar primeiro. Se você não entregar sempre o mesmo padrão de golpes o oponente vai estar sempre sem saber o que esperar, o que complica ainda mais as entradas que também podem ser facilmente evadidas quando você se condiciona a lutar com os reflexos. Outra vantagem do TKD é que vários dos chutes tem a mesma saída para uma variedade de alvos, o que dificulta o oponente deduzir que tipo de ataque virá quando você inicia o ataque.

As maiores desvantagens dessas artes é que o sistema de sparring não é muito realista e o pouco treino de solo (exceto pelo Hapkido). Creio que o mais próximo que teríamos de regras mais efetivas seria algo como as regras desse novo torneio chamado Karate Combate, talvez com contato moderado na cabeça e pernas para evitar danos desnecessários. Nessas regras acho que seria possível preparar melhor para situações de pressão e explorar melhor o potencial dessas artes que eu acho que ainda podem trazer muita coisa boa para o MMA.

Editado por Rucci

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On 1/20/2021 at 11:16 PM, João P said:

Outra aula!

Realmente a russa é a que eu vejo mais aderência e os resultados nos últimos anos comprovam isto (com potencial de ser muito maior). O Petr Yan talvez seja um bom exemplo, além da origem no boxe russo ele treina regularmente na Tailândia na Tiger Muay Thai, assim como outros atletas russos e é a mesma academia que a Valentina vai frequentemente tbm, são patrocinados - para você que quer estudar isto vale acompanhar eles no Youtube, mostra muitos bastidores de treino, técnicas passadas pelos tailandeses e demais instrutores deles lá. Eles são bem midiáticos mas tem um treino de extrema qualidade tbm, assim como na Evolve em Cingapura que importa os tailandeses e os brasileiros para dar treino lá.

A mexicana eu lembrei do menino que lutou agora com o Deivesson e a americana o uso no mma é amplamente difundido também.

Em relação ao ponto da cubana, infelizmente pelo regime deles temos poucos exemplos no mundo do mma e quanto à questão da base e da aplicação para o Muay Thai/Kickboxing voltado para mma realmente poderia ser um impeditivo mas tudo é uma questão de adaptação também, de pegar os pontos positivos e adaptar os possíveis negativos.

Talvez agora você aprendendo Kickboxing a gente possa se aprofundar nesta discussão que tá muito rica e quem sabe abrirmos esta discussão para os estilos de luta em pé de maneira geral - mesmo na Tailândia tem diversos estilos lá dentro do país, já estive lá 2x e viajando pelo país e estudando as diferenças vi que as diferenças são enormes. Já tivemos discussões ricas de Karate, TKD, Muay Thai, Kickboxing Holandes, Kickboxing Japonês, Brazilian Muay Thai, etc e confesso que é o meu tema favorito e por isto estou tentando fomentar esta parte de Boxe que sempre foi uma curiosidade minha e acredito que de outros membros aqui do forum também.

@NEGO DÁGUA se você lembrar de algum outro usuário que possa contribuir aqui e que eu não tenha citado quota eles, é tanto nome que eu com certeza esqueci de alguém.

Cara, sua viagem pela Tailândia deve ter sido bastante enriquecedora. Gostaria muito de saber como foi.

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