Presidente do Taura revela planos ambiciosos: "Tornar um dos maiores eventos do mundo"

[Eder Jofre55 0]

Presidente do Taura revela planos ambiciosos: "Tornar um dos maiores eventos do mundo"

Djônatan Leão explica estratégias comerciais, fala de novas contratações e garante não depender de receita de bilheteria

Por Pedro Machado

Criado em 2017 com o intuito de revelar talentos e movimentar os atletas da academia Team Nogueira, no Rio Grande do Sul, o Taura MMA busca voos mais altos no segundo semestre deste ano. Nas últimas semanas, alguns nomes de peso foram contratados pelo evento - como os ex-UFC Renan Barão, Antônio Pezão e Rousimar Toquinho. A aposta para os próximos meses é na internacionalização da marca, que já tem duas datas marcadas nos Estados Unidos e planos de chegar à Europa em 2021.

 

Djônatan Leão — Foto: Reprodução

Em entrevista ao Combate.com, o presidente do Taura, Djônatan Leão, comentou o novo momento da organização, que deseja competir no mercado mundial e de certa forma manter a característica inicial de formar novos atletas.

- A gente sentiu que seria o momento de fazer essa expansão internacional. O evento tem se dado com passos cautelosos, agora a gente entendeu que seria o momento realmente de trazer grandes nomes pra poder inclusive lançar novos atletas. Porque querendo ou não com esses grandes nomes a gente joga holofotes pro evento. Então a ideia é fazer uma mescla entre grandes nomes e novos talentos. (...) A gente quer competir no sentido esportivo, a gente quer se tornar um dos maiores eventos do mundo. E a estratégia com esses grandes nomes é realmente fazer frente com os cards de outros eventos como Bellator e One.

Para a escolha dos atletas mais experientes que estão sendo contratados, Djônatan acrescenta que não considera apenas a qualidade dentro do octógono, mas também observa o carisma do lutador e sua referência no meio do MMA.

Antes chamado de Circuito Team Nogueira, o Taura teve a primeira de suas nove edições em setembro de 2017 - todas realizadas no Rio Grande do Sul. Essa característica local, no entanto, já ficou para trás: em 30 de outubro e 21 de novembro, a organização nascida em Viamão, município da região metropolitana de Porto Alegre, fará eventos na Flórida e em Atlantic City, nos Estados Unidos. As datas já contam com defesa de cinturão de Rick Monstro e estreias confirmadas de Pezão e Barão. Além disso, o Taura também já tem programado o primeiro evento nacional fora do Rio Grande do Sul, que será realizado no Rio de Janeiro, no dia 6 de novembro, ainda sem card definido.

Também é a partir da Flórida que o Taura passou a ser coordenado. O presidente promete de dez a 15 datas em 2021, entre Brasil, Estados Unidos e Portugal. Ele garante que a organização tem condições de bancar os custos dos eventos mesmo diante da crise provocada pela pandemia de coronavírus e das restrições de público que afetam a renda de bilheteria. A expectativa é que o evento realizado na Flórida já possa contar com público reduzido, com cerca de 1800 pessoas numa arena com capacidade máxima para 10 mil.

- A minha estratégia desde o início foi nunca depender da bilheteria em si para pagar qualquer tipo de conta do evento. A gente sempre trabalhou num retorno direto com o patrocinador, então sentimos que esse é o momento porque a gente já trabalha nesse formato, a gente não está trabalhando tanto com a questão de bilheteria. (...) A bilheteria vem como um bônus para a gente. A gente leva as pessoas porque realmente gosta de ver o evento acontecendo com o estádio cheio, mas a gente não depende desse fator para fazer o pagamento das bolsas.

Ex-campeão do UFC, Renan Barão assinou contrato com o Taura — Foto: Marcelo Barone

Segundo Djônatan, a estratégia é proporcionar experiências extras para quem vai aos eventos, como video-games de realidade virtual, sessão de autógrafos com atletas, fotos com o cinturão e criação de vídeos 3D que simulam o octógono.

- A gente tem colocado de cinco a dez experiências diferentes antes de chegar na própria luta, porque a gente quer criar realmente a experiência da arte marcial. A luta é muito variável, às vezes nas estatísticas a luta é excelente, mas a luta não foi tão boa, então a pessoa que é leiga não vai querer tanto estar nessa luta. Mas quando ela cria toda uma experiência e vai embora com vários fatores, acredito que fica uma visão sempre boa na cabeça.

Hoje o Taura tem cinturão estabelecido em seis categorias - cinco masculinas e uma feminina - e os planos para 2021 envolvem a criação de novas divisões com cinturão. Para Djonatan também é importante a aposta no mercado latino-americano, estratégia que levou, por exemplo, à contratação de Efrain Escudero, mexicano ex-UFC e vencedor do The Ultimate Fighter 9. O presidente do Taura diz o que os velhos e novos fãs podem esperar dessa nova fase do evento.

- A gente vai ser sempre o mais justo possível, o ranking vai ser sempre por mérito, a gente quer realmente fazer a diferença no MMA. Rever grandes ídolos lutando mas também dar chance para novos talentos aparecerem. Muita gente quer ver os nomes que a gente contratou lutando na ativa. Muitos deles foram demitidos até injustamente. E a gente quer mostrar que um evento brasileiro que nasceu no Rio Grande do Sul é capaz de ser um dos maiores eventos do mundo.

Djônatan também explicou o que planeja a respeito dos protocolos de segurança contra a Covid-19.

- Antes de vir para os Estados Unidos o atleta vai ter que ficar num hotel no Brasil, vai ter que fazer um teste de Covid-19, vai ficar em quarentena. Depois quando chegar aqui a primeira coisa que ele vai fazer é o teste de Covid-19 novamente. Vai ter que chegar uma semana antes e na pesagem tem mais um teste. Então eles vão ter que passar três vezes por essa operação que está sendo o padrão da comissão atlética nos Estados Unidos. Estamos seguindo o regulamento.

Antes de desembarcar nos Estados Unidos, o Taura terá sua décima edição no dia 23 de outubro, no Rio Grande do Sul, com as defesas de cinturão de Felipe Gheno (peso-mosca), Douglas He-Man (peso-galo), Yasmin Castanho (peso-palha) e Isaac Moura (peso-pena).

 

 

 

 

[Daniel Mendoza 0]

Tomara, quanto mais eventos de relevância, melhor para o cenário nacional.

[pipo 0]

4 horas atrás, Daniel Mendoza disse:

Tomara, quanto mais eventos de relevância, melhor para o cenário nacional.

Tb torço

e já vem com nomes de peso

[smd 0]

Defendo a teoria que um dos motivos de o Brasil estar se tornando coadjuvante no cenário mundial é o fato de nossos eventos nacionais serem irrelevantes.

Fico na torcida para que de certo.

[Garfield 0]

Aqui é foda... Tem pouco publico pagante.

A gente perdeu a oportunidade de renovação na primeira leva do ufc. Agora se tivermos a segunda estaremos mais estruturados.

[Eder Jofre55 0]

Ideias bacanas e fora do que fazem a maioria dos eventos, tomara que tenha êxito !

[Genilson Lopes 0]

Show...qto mais eventos, melhor...e ainda colocando nomes conhecidos tem tudo pra ter um certo apelo...

Só me chamou atenção essa frase:

"Para a escolha dos atletas mais experientes que estão sendo contratados, Djônatan acrescenta que não considera apenas a qualidade dentro do octógono, mas também observa o carisma do lutador e sua referência no meio do MMA."

Logo o Toquinho que é o cara mais queimado nesse meio...kkk

[jon jones 0]

Pezao campeão vem

[pipo 0]

Em 8/19/2020 at 7:35 AM, Garfield disse:

Aqui é foda... Tem pouco publico pagante.

A gente perdeu a oportunidade de renovação na primeira leva do ufc. Agora se tivermos a segunda estaremos mais estruturados.

tem que vir com aportes financeiros, grandes patrocínios. Nenhum evento de MMA no Brasil deve depender de bilheteria