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André Filho

O UFC não pode abrir mão de Jon Jones e Amanda Nunes

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Dana White, presidente do UFC há quase 20 anos, é uma das figuras mais controversas e polarizantes da história do MMA.

Ame ou odeie, é difícil dizer que, se ele não tivesse convencido seus amigos bilionários (Frank e Lorenzo Fertitta) a comprarem um evento de vale-tudo falido e marginalizado em 2001, o MMA teria o alcance global que tem hoje.  

E, na opinião desse cidadão, após tantos anos de trabalho, quatro nomes emergem como os mais importantes para o esporte: Royce Gracie, Chuck Liddell, Jon Jones e Amanda Nunes. 

As explicações dele são simples. Royce é o pioneiro, o cara que venceu as quatro primeiras edições e botou o Ultimate no mapa. A narrativa do homem menor e mais leve dominando grandalhões com a técnica ensinada pelo pai foi, simplesmente, arrebatadora. 

Já a mistura de popularidade com carisma e poder de fogo trazida pelo “Homem de Gelo” foi fundamental para virar a mesa num momento difícil (quando as contas ainda não fechavam).

Sem Chuck Liddell, Dana White talvez nem tivesse comprado o UFC. A notícia de que o UFC estava à venda só chegou aos seus ouvidos por que ele era o empresário do Chuck na época. 

Já os casos de Jon Jones e Amanda Nunes são menos subjetivos. É o melhor e a melhor de todos os tempos na opinião do chefe. 

Amanda alcançou esse patamar após 12 anos de carreira e vitórias sobre todas as campeãs até 61 e 66kg que o UFC já teve. 

Já Jon Jones dizimou gerações inteiras de meio-pesados e se mantém no topo de uma categoria historicamente complicada há quase 10 anos. 

Esses dois, que detém boa parte dos recordes masculinos e femininos, ainda têm mais em comum: 1- a mesma idade (32 anos) e 2- a vontade declarada de abandonar precocemente a carreira. 

No futebol dá até pra dizer que um jogador de 32 anos se encaminha para o fim da caminhada, mas, no MMA, essa faixa etária representa o auge em boa parte dos casos. 

E por quê os “G.O.A.T.s” (sigla em inglês que significa “Greatest of all Time”, ou ‘Maior de Todos os Tempos”) estão propensos a tomar essa dura decisão? 

Jones estagnou. Sua rotina é a mesma há tanto tempo que receber o próximo da fila e defender o posto de campeão ficou velho. Não faz mais o sangue ferver. 

A lista de desafiantes famintos, com a faca nos dentes, é grande - e combate-los desmotivado é entregar de mão beijada algo valoroso demais. 

A saída seria o bom e velho doping financeiro, mas, como é ano de pandemia, Dana se recusa a abrir a carteira - nem para uma interessantíssima super luta com o peso-pesado Francis Ngannou. 

Há duas semanas, Jones disse que abriria mão do cinturão até 93kg, mas não houve confirmação oficial, então, tudo leva a crer que as negociações seguem quentes nos bastidores. 

 

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O racional da Amanda também não é muito diferente. Ela varreu duas categorias, já defendeu ambos os cinturões e não há qualquer opção minimamente interessante no momento. 

Na ponta do lápis, nem Amanda nem Jones são fenômenos de popularidade, daqueles que arrastam multidões pelo mundo. 

Durante todos esses anos, apesar dos resultados, nem um nem outro foi a grande força motriz de um pay-per-view que tenha vendido ao norte de 1 milhão de pacotes. 

Mas não ser campeão de vendas não significa que a empresa deve descartá-los. Pelo contrário. 

Atletas como esses elevam o nível de competição, despertam os instintos mais primitivos na concorrência. Ter um Jon Jones ativo pra incentivar jovens meio-pesados a tiraram, de fato, a sua invencibilidade ou uma Amanda forçando o desenvolvimento das categorias femininas mais pesadas é um privilégio. 

O sarrafo nesse esporte aumentou muito graças a eles e, enquanto for uma questão de pagar um pouco mais, injetar ânimo e proporcionar desafios, é obrigação do promotor resolver essas pendengas na mesa de negociação. Os dois conquistaram esse poder de barganha “na bola”. 

Dana White não chegou nesse patamar sendo ingênuo ou botando os pés pelas mãos. Ele sabe que perder Jones e Nunes representa um duplo prejuízo: técnico e financeiro (afinal, são campeões estabelecidos, propagandeados há anos pelo UFC). 

Então, que tire a Kayla Harrison da PFL, bote Jones na próxima disputa pelo cinturão dos pesados ou qualquer coisa do tipo. Mas traga soluções para a manutenção de ambos.

Fonte: Renato Rebelo

Editado por André Filho

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Pra mim, mesmo odiando a Amanda, considero ela mais importante que o Jones, pois ela está no "primeiro boom" do MMA feminino, que até pouco tempo era subestimado pelo próprio Dana. Sem contar o mimimi do Jones, que declarou que só volta a lutar se o UFC pagar o que ele pede. 

Pra mim, Jones anda mais "dispensável" que a Amanda.

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Na minha opinião são indispensáveis e além dos motivos citados pelo Renato, incluiria:

O Jones não é um TOP vendedor de PPV, quando olhamos para todas as categorias do UFC. Agora dentro dos meio pesados, quem chama 30% da atenção do Bones? Sem ele a categoria seria formada apenas por coadjuvantes... até que se criasse um Connor meio pesado ou alguém com aura imbatível igual ao próprio Jones.

A Amanda também não é uma GOAT em vendas, mas nas duas categorias onde ela é soberana, não existe ninguém melhor nem em vendas e muito menos tecnicamente. Não dar para deixar ir sem no mínimo preparar o terreno nos bastidores para isso.

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Pro UFC  não é negócio dispensar esses 2 atletas. 

Enquanto eles estiverem invictos (a Amanda de uns tempos pra cá), vão ser o alvo dos demais concorrentes. Aí fica aquela ansiedade: será que vai perder na próxima?

A Amanda nem tanto, mas o JJ tem uma galera de haters que quer ver ele sendo derrotado.

E pra mim, se ele continuar, a castanha dele vai quebrar.

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1 hora atrás, Dudu show disse:

Na minha opinião são indispensáveis e além dos motivos citados pelo Renato, incluiria:

O Jones não é um TOP vendedor de PPV, quando olhamos para todas as categorias do UFC. Agora dentro dos meio pesados, quem chama 30% da atenção do Bones? Sem ele a categoria seria formada apenas por coadjuvantes... até que se criasse um Connor meio pesado ou alguém com aura imbatível igual ao próprio Jones.

A Amanda também não é uma GOAT em vendas, mas nas duas categorias onde ela é soberana, não existe ninguém melhor nem em vendas e muito menos tecnicamente. Não dar para deixar ir sem no mínimo preparar o terreno nos bastidores para isso.

Concordo.

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35 minutes ago, fninja said:

Eu discordo da matéria...

Acho que a Amanda não tem esse apelo todo, por mais que o Joe Rogan fique gritando em todas as transmissões que ela é a GOAT.

O JJ é o melhor atualmente e uma parte quer vê-lo se manter assim e outra quer vê-lo perder, tem apelo obviamente mas também não acho que seja tudo isso. 

Porque eu falo isso ? Primeiro porque ninguém é indispensável e segundo porque eu me baseio nos números...

e infelizmente para quem gosta de MMA ( pq eu o considero um palhaço ) se tem alguém que poderia ser considerado indispensável para o UFC este é o Mc Gregor. Dos seis maiores ppv da história do UFC ele aparece em cinco !

JJ não fez a luta principal em nenhum dos melhores 16 ppv da história do UFC ( provavelmente não lutou em nenhum deles mas não verifiquei ). Ele obviamente vende bem mas tem gente que vende a mesma coisa que ele sem precisar ser tão dominante. O melhor ppv do JJ está na 23.a colocação com um pouco mais de 1/3 das vendas de Kabib e Mc Gregor. 

A Amanda aparece em 2 lutas principais entre os 16 melhores ppv, no UFC 200 ( porém lutaram também Brock Lesnar, DC e Anderson Silva)  e no UFC 207 ( era contra a Ronda, o fenômeno feminino da época e ainda tinha Dominick Cruz, Cody e TJ no card )

Obviamente os dois são grandes lutadores e importantes para o evento, mas na minha opinião indispensáveis não. 

 

Me sinto bem confortável pra dar essa opinião, pois apesar de como todos nós estar na parcela "hardcore" de fãs, consigo entender bem o interesse e importância do aspecto comercial pro esporte. PRA MIM ambos são os GOAT's do MMA em seus respectivos generos, os números falam por si só nenhum dos dois vende bem, Amanda começou a melhorar um pouco agora eu acho, com toda a máquina comercial do UFC trabalhando o nome dela como a melhor da história, porém é fato que ambos ainda estão longe do deveriam ser pelo seus respectivos tamanhos.

Indispensável ninguém é, sou dessa linha também, mas perder os melhores lutadores da história simultaneamente seria um tiro no pé pra mim, mal ou bem são eles que elevam o nível técnico do esporte, que sustentam os "trash talks" que vendem pro UFC, são eles que estarão marcados na história a ser usada pelo UFC, perder pra um concorrente ou deixar de usa-los num momento como esse pode ser devastador pro UFC na minha visão.

 

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17 horas atrás, Dudu show disse:

Na minha opinião são indispensáveis e além dos motivos citados pelo Renato, incluiria:

O Jones não é um TOP vendedor de PPV, quando olhamos para todas as categorias do UFC. Agora dentro dos meio pesados, quem chama 30% da atenção do Bones? Sem ele a categoria seria formada apenas por coadjuvantes... até que se criasse um Connor meio pesado ou alguém com aura imbatível igual ao próprio Jones.

A Amanda também não é uma GOAT em vendas, mas nas duas categorias onde ela é soberana, não existe ninguém melhor nem em vendas e muito menos tecnicamente. Não dar para deixar ir sem no mínimo preparar o terreno nos bastidores para isso.

Mas é que não existisse o Jones, Cormier seria esse cara com aura de imbativel. Se não fosse o Cormier, seria o gustafsson, e por aí vai.

O que o escritor escreveu aí é a mais pura verdade. O Jones simplesmente varreu muitas gerações de lutadores e não há mais uma história pra contar. Daquele cara que vai chegar e tomar a cinta dele. O Reyes chegou na luta como sendo só mais um na fila do Jones, e isso não vende mesmo, mas não é culpa do Jones.

O próprio Anderson passou por isso. A única luta que gerou alguma expectativa de alguém que pudesse derrubar o Anderson, foi Anderson x Sonnen 2. Nem mesmo o Belfort chegou com pinta de que ia destronar o spider.

Só que o spider tinha uma vantagem. Como ele simplesmente triturava os adversários, jantava os caras físico e psicologicamente, lutando de maneira que ninguém lutou até então, ele tinha um potencial de vendas maior que o Jones. Jones é lenda como spider, mas luta de maneira pragmática, segura e não corre riscos. Ou seja, o conto não tem o mesmo enredo. Todo mundo sabe como a luta vai acabar, diferente do Anderson.

Agora vamos ver como isso vai acabar, pois esse problema é uma via de mão dupla. O Jones não traz ppv ao UFC e o UFC, por conta disso, não quer abrir a carteira para o Jones, e aí fica esse impasse. Não está sendo mais interessante pra nenhum dos lados a essa altura e o resultado é essa negociação travada.

 

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40 minutos atrás, junior-sjc disse:

Mas é que não existisse o Jones, Cormier seria esse cara com aura de imbativel. Se não fosse o Cormier, seria o gustafsson, e por aí vai.

O que o escritor escreveu aí é a mais pura verdade. O Jones simplesmente varreu muitas gerações de lutadores e não há mais uma história pra contar. Daquele cara que vai chegar e tomar a cinta dele. O Reyes chegou na luta como sendo só mais um na fila do Jones, e isso não vende mesmo, mas não é culpa do Jones.

O próprio Anderson passou por isso. A única luta que gerou alguma expectativa de alguém que pudesse derrubar o Anderson, foi Anderson x Sonnen 2. Nem mesmo o Belfort chegou com pinta de que ia destronar o spider.

Só que o spider tinha uma vantagem. Como ele simplesmente triturava os adversários, jantava os caras físico e psicologicamente, lutando de maneira que ninguém lutou até então, ele tinha um potencial de vendas maior que o Jones. Jones é lenda como spider, mas luta de maneira pragmática, segura e não corre riscos. Ou seja, o conto não tem o mesmo enredo. Todo mundo sabe como a luta vai acabar, diferente do Anderson.

Agora vamos ver como isso vai acabar, pois esse problema é uma via de mão dupla. O Jones não traz ppv ao UFC e o UFC, por conta disso, não quer abrir a carteira para o Jones, e aí fica esse impasse. Não está sendo mais interessante pra nenhum dos lados a essa altura e o resultado é essa negociação travada.

 

Como entendo que não dar para começar uma linha de raciocínio com a frase: “se o Jones não existisse”. Vejo o primeiro parágrafo todo baseado em conjectura abstrata. Quanto ao resto do post eu concordo com tudo.

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O que tem acontecido com o UFC, me lembra o que aconteceu com o K-1

Nao somente o ufc, mas o mma em geral. Estamos acostumados com um padrao tecnico muito alto.

Atualmente, os lutadores sao mais atletas que artistas marciais. O fator fisico tem sido mais preponderante que a tecnica, no geral.

Alem disso, ainda tem o efeito USADA.

 

Meu interesse em ver mma quase acabou. So estou assistindo na pandemia, mas e por pura falta de opcao.

Muita luta feia, lutadores que so vao pra pontuar. Tem umas lutas de uns caras ai que fazem o Jon Fitch parecer o Wanderlei Silva.

 

 

 

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4 horas atrás, Goosebumps disse:

O que tem acontecido com o UFC, me lembra o que aconteceu com o K-1

Nao somente o ufc, mas o mma em geral. Estamos acostumados com um padrao tecnico muito alto.

Atualmente, os lutadores sao mais atletas que artistas marciais. O fator fisico tem sido mais preponderante que a tecnica, no geral.

Alem disso, ainda tem o efeito USADA.

 

Meu interesse em ver mma quase acabou. So estou assistindo na pandemia, mas e por pura falta de opcao.

Muita luta feia, lutadores que so vao pra pontuar. Tem umas lutas de uns caras ai que fazem o Jon Fitch parecer o Wanderlei Silva.

 

 

 

É verdade, mas isso, infelizmente, é parte da "profissionalização" e até mesmo da evolução de qualquer esporte.

Temos visto isso acontecer no futebol também. Os jogadores atuais são extremamente pragmáticos e, se não podem igualar na técnica, igualam uma partida na base da pujança físicae. Quase sempre 1 a 0 é visto como goleada.

Até por isso os Gracies abominam o JJ esportivo, porque não tem mais nada a ver com aquilo que foi passado por eles. No JJ esportivo o que vale é pontuar. As vezes você passa a guarda e deixa o adversário repor de novo uma meia guarda, só pra poder passar e ganhar os pontos outra vez. Isso é puro pragmatismo e saber jogar com o livro de regras debaixo do braço, mas tira realmente a emoção do esporte.

A tendência é piorar. O Volkanoviski é um cara que luta com o livro de regras debaixo do braço. Passa a luta inteira jogando chutes baixos pra pontuar e não se arrisca em nenhum momento da luta. Ganha por pontos em lutas extremamente monótonas e chatas.

Nesses casos eu até dou razão para o Dana White. Como ele vai abrir a carteira pra pagar salários mais altos se esses caras não vendem nada? Você é um exemplo disso e eu entendo suas dores, e até digo que sofro do mesmo mal. Eu não consigo mais pagar ppv para ver campeões como Volkanoviski, Adesanya, Usman e Jones. 

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Retificando, Royce não ganhou as 4 primeiras edições.

 

Se o Jones sair do evento vai ser uma perda enorme, o UFC está cada dia mais entretenimento e menos esporte, cada vez mais premiando os trash-talkers e desdenhando dos verdadeiros lutadores, ele pode não ser um campeão de vendas, mas ele vende regularmente e ele é o melhor lutador. 

Comparar um bom vendedor de PPV com a excessão não é justo.

Acho totalmente aceitável ele pedir um aumento pra lutar contra o cara mais temido da categoria de cima, provável que essa luta venderia muito, além de ser “o cara” do evento contra um gigante.

 

Com relação a Amanda, ela está voando e com poucas adversárias a altura, mas eu não misturo MMA masculino com feminino, que ainda é um tanto quanto amador.

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