Entre para seguir isso  
Eder Jofre55

Wanderlei Silva recorda desafios da primeira luta: “Não tinha regra nenhuma”

Recommended Posts

Wanderlei Silva recorda desafios da primeira luta: “Não tinha regra nenhuma”

Ex-campeão do Pride enfrentou adversário mato-grossense que, anos depois, acabou participando de uma edição do BBB

Por Gleidson Venga 

wanderleisilva_treinomma_evelynrodrigues

 

Wanderlei Silva foi um dos mais vitoriosos lutadores de MMA do Brasil. Com passagens pelo Meca, IVC, UFC e Bellator, foi nos ringues do Pride que o lutador curitibano se consagrou, conquistando títulos e o posto de número um do mundo até 93kg, além de uma legião de fãs.

Mas, um ano antes de ser apresentado ao mundo no vice-campeonato do violento IVC 2, em 1997, o brasileiro resolveu se aventurar no Campeonato Brasileiro de Vale-Tudo, um evento realizado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, que reunia representantes de todo o país.

Naquela época, Wanderlei dividia a vida de lutador com outras atividades. Em entrevista exclusiva ao Combate.com, contou como conciliava seus treinamentos e revelou que já se sentia preparado para esta nova carreira: a de lutador de vale-tudo.

- Meu pai tinha um bar, e eu era balconista, trabalhava também de segurança, dava aula na academia e estava no quartel. Era tudo ao mesmo tempo. Foi uma época bem difícil. Tive a sorte de treinar numa escola competitiva, que era a Chute Boxe, que já tinha um time de luta, e esse sistema de você já lutar na academia, depois contra outras academias, outro Estado. Então já tinha um sistema pra ser lutador.

img-0191.jpg

Se atualmente uma luta é marcada com meses de antecedência, dando a oportunidade para os atletas se prepararem adequadamente, estudarem seus adversários, etc, em 1996 era tudo um pouco diferente.

- Essa luta foi casada pra mim em cima da hora. Na verdade, a ideia era que só o (parceiro de treinos) Pelé (Landy) iria lutar. Aí na semana da luta o mestre Rudimar (Fedrigo) me disse que tinha uma vaga no absoluto pra lutar. Eu tinha uns 83kg na época e a categoria era acima de 80kg. Quando a gente chegou no ginásio do Ibirapuera, o pessoal foi lutando, e de repente anunciaram Wanderlei da Silva, do muay thai de Curitiba, depois anunciaram Dilson, do caratê, do Mato Grosso. Antigamente não tinha muito essa de saber com quem você ia lutar antes. Eu só fui saber quando estava em cima do ringue. Foi uma estreia muito difícil e digna do grande ídolo que virou o Wanderlei Silva, pois os caras mais duros eram sempre colocados contra mim.

 

- Tinha muita rivalidade antigamente. Antes de entrar pra luta, a gente estava lá ao redor do ringue, passou um cara grande com uma camisa de time americano e se estranhou com o Pelé. Era o "Predador". Falavam que ele era o bicho. Quando anunciaram pra eu subir no ringue, subiu eu, e quem era o outro? Justamente ele, o "Predador".

 

O duelo foi vencido por Wanderlei aos 3m35s por nocaute, onde o lutador curitibano já mostrou a agressividade que marcou toda sua carreira. Característica, segundo ele, moldado nos treinos da academia Chute Boxe, em Curitiba.

- Esse estilo agressivo foi algo que foi se desenvolvendo com o tempo, muito bem orientado tecnicamente pelo mestre Rafael (Cordeiro) e psicologicamente pelo mestre Rudimar. Eles direcionavam muito bem os treinos, mostravam até onde a gente poderia chegar e a gente acreditava bastante na técnica. Realmente tive muita sorte de ter esses caras comigo.

Assista a luta de Wanderlei contra Dilson Filho no vídeo abaixo:

 

A vitória logo na estreia acabou sendo um pontapé inicial para Wanderlei Silva, cujo auge foi no Japão, onde conquistou o cinturão do Pride, no início da década de 2000. Aquele triunfo no Ibirapuera demonstrou que o MMA seria o caminho para ele superar as dificuldades que encontrava na vida.

- Eu sempre tive muitos sonhos dentro da luta. A luta foi a primeira coisa que eu pude fazer sem depender de ninguém. A gente tinha o treino prático e técnico de manhã, mas a tarde eu podia fazer musculação, correr, nadar, e realmente eu treinava muito. Eu sempre me apresentei na ponta dos cascos, porque eu não tinha outra opção na vida. Essa era uma época muito difícil, minha filha tinha acabado de nascer, o MMA ainda não tinha engatado, ninguém ganhava dinheiro com luta. Essa primeira luta que eu fiz eu me quebrei inteiro e não ganhei nada. Demorei um ano pra voltar a lutar. Foi um começo bem difícil, bem conturbado, mas foi vencido com muita garra e muita força de vontade.

Curiosamente, Dilson Filho, o adversário mato-grossense daquela estreia, acabou se tornando um dos participante da terceira edição do Big Brother Brasil. Um oponente que, anos depois, acabou se tornando um amigo.

- Eu não estava no Brasil quando ele foi pro BBB, mas fiquei feliz porque ele é um cara batalhador. Sigo ele no Instagram. Acaba que antigos adversários se tornam bons amigos, mesmo à distância.

Se hoje o MMA é um esporte regulado por Comissões Atléticas, com sistema antidoping e uma série de regras, Wanderlei é sincero ao relembrar o que era proibido quando subiu naquele ringue em 1996.

- Regras? Não tinha regra nenhuma, não lembro de ter regra..

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Bacana!!

O vale tudo antigamente era pauleira mesmo. 

Em tese só não valia morder e dedo no olho.

As lutas pra mim eram mais justas, pois hoje em dia, muitos lutadores que perdem uma determinada luta, na verdade ganhariam se fosse naquela época.

Quero dizer que, apesar da diferença de peso que existia, lá dentro rolava a verdade de um combate (em termos de técnica absoluta). Mesmo que fosse violento.

E outra, um atleta menor lutava com outro muito mais pesado pq queria, ninguém o obrigava a tal.

E o Royce foi campeão assim, derrotando caras muito mais pesados e maiores.

Editado por Biano Mandí

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

ess luta já tinha visto foi muito dura

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites
Agora, Biano Mandí disse:

Bacana!!

O vale tudo antigamente era pauleira mesmo. 

Em tese só não valia morder e dedo no olho.

As lutas pra mim eram mais justas, pois hoje em dia, muitos lutadores que perdem uma determinada luta, na verdade ganhariam se fosse naquela época.

Quero dizer que, apesar da diferença de peso que existia, lá dentro rolava a verdade de um combate (em termos de técnica absoluta). Mesmo que fosse violento.

E outra, um atleta menor lutava com outro muito mais pesado pq queria, ninguém o obrigava a tal.

E o Royce foi campeão assim, derrotando caras muito mais pesados e maiores.

Nos primeiros ufcs teve uns lances bizzarros, teve um cara que socava o saco, mas nao tava na regra que nao podia (mas nao esperavam tamanha deslealdade), outra vez o pé do cara entrou na sunga do outro, e a regra nao proibia, e o Royce puxou o cabelo do Kimo numa atitude muito suja ao meu ver, mas enfim é a historia do mma.

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites
1 hour ago, Biano Mandí said:

Bacana!!

O vale tudo antigamente era pauleira mesmo. 

Em tese só não valia morder e dedo no olho.

As lutas pra mim eram mais justas, pois hoje em dia, muitos lutadores que perdem uma determinada luta, na verdade ganhariam se fosse naquela época.

Quero dizer que, apesar da diferença de peso que existia, lá dentro rolava a verdade de um combate (em termos de técnica absoluta). Mesmo que fosse violento.

E outra, um atleta menor lutava com outro muito mais pesado pq queria, ninguém o obrigava a tal.

E o Royce foi campeão assim, derrotando caras muito mais pesados e maiores.

 

valia golpe baixo?  soco na nuca?  soco na traqueia ?  na coluna ?

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites
1 hora atrás, MrCampos disse:

Nos primeiros ufcs teve uns lances bizzarros, teve um cara que socava o saco, mas nao tava na regra que nao podia (mas nao esperavam tamanha deslealdade), outra vez o pé do cara entrou na sunga do outro, e a regra nao proibia, e o Royce puxou o cabelo do Kimo numa atitude muito suja ao meu ver, mas enfim é a historia do mma.

Bom, era permitido, né? Então, tudo bem...

Quanto ao pé do cara na sunga, foi a final do IVC I, Gary Goodridge Vs The Pedro.

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

um dos maiores da história

tem meu respeito

 

"a memória coletiva é de curto prazo"

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites
27 minutes ago, Raphael Rezende said:

Tu não assistiu o Pride???

 

sim

desde fedor x semmy shilds

 

mas não me lembro de soco na traqueia ou na coluna no pride

 

embora tenham tido coisas bizarras

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Até hj não engulo essa pontuação de boxe round a round. 
Para a galera das antigas, quem batia mais ganhava, quem saísse mais inteiro ganhava, terminou por cima e batendo, ganhava, o parâmetro era uma briga de rua mesmo hahaha

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites
2 horas atrás, Neanderthal disse:

Até hj não engulo essa pontuação de boxe round a round. 
Para a galera das antigas, quem batia mais ganhava, quem saísse mais inteiro ganhava, terminou por cima e batendo, ganhava, o parâmetro era uma briga de rua mesmo hahaha

Também não curto esse sistema de pontuação.

 A luta é corrida, não deveria ser dessa forma.

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

igual ao wand infelizmente nunca mais.

wand proporcionou show unicos. aqueles que vc fica com o coração pulsando,sem saber o que vai acontecer. o bixo era tempo ruim o tempo todo.

lutador mais agressivo da historia.

Editado por Pride Event

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar Agora
Entre para seguir isso