Entre para seguir isso  
ciclonesurf

"Dessa vez não tem o corpo como desculpa. Eu perdi",

Recommended Posts

27/08/2009 - 09h22

"Dessa vez não tem o corpo como desculpa. Eu perdi", lamenta Guilheiro

Bruno Doro

Em Roterdã (Holanda)

Leandro Guilheiro chegou, pela primeira vez, ao Campeonato Mundial sem lesões. Após sete anos, ele passou sua primeira temporada sem nenhuma lesão. Desde 2002, quando foi Campeão Mundial júnior, isso não acontecia. O medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atenas-2004 e Pequim-2008, porém, não conseguiu mudar a história.

MESMO 'INTEIRO', GUILHEIRO FALHA

Leandro Guilheiro tem duas medalhas olímpicas, mas ainda não conseguiu repetir o sucesso dos Jogos em Mundiais.

Nesta quinta-feira, em Roterdã, na Holanda, ele, mais um vez, não conseguiu chegar às finais do torneio. Chegou a vencer suas duas primeiras lutas, mas foi eliminado.

SAIBA COMO FOI A DERROTA

MAIS IMAGENS DO DIA EM ROTERDÃ

BRASIL EXPORTA JUDOCA AO CANADÁ

MAIS SOBRE O MUNDIAL DE JUDÔ

Confiante, chegou até as oitavas-de-final, mas não resistiu ao cazaque Rinat Ibragimov. Não conseguiu defender a maior força do rival, um golpe nas pernas, o deixou dominar a pegada e levou o ippon. Sua última luta no Mundial de Roterdã, que segue até domingo, teve apenas 38 segundos.

"Desta vez não tem corpo como desculpa. O que aconteceu é que eu perdi. É injusto falar que foi incompetência minha, mas o que aconteceu foi que o adversário teve seus méritos e foi melhor", admitiu Guilheiro, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. Veja as melhores partes:

O que aconteceu na última luta? Ele te surpreendeu?

Leandro Guilheiro: Eu já sabia que ele (Ibragimov) é bem perigoso. Não apareceu do nada, já ganhou de caras bons, venceu o coreano (Ki-Chun Wang, vice-campeão olímpico) no ano passado. Nunca tinha treinado com ele, e quando o vi, me surpreendi. Ele é maior do que imaginava. É o cara que mais preocupava o Jun (Luiz Shinohara, técnico da seleção brasileira) na minha chave. Mas, na luta, fiquei em uma situação em que não tinha muito o que fazer. É como ele gosta de lutar, fez o que sempre faz e finalizou.

O que você ainda tem para fazer nesse ano?

Guilheiro: Minha temporada acabou no Mundial. Vou descansar por alguns dias. Preciso recuperar o corpo e a cabeça. Foram sete meses treinando muito, muito. Tudo que me propus a fazer foi feito. Acordei cedo, treinei, cuidei do corpo, treinei, dormi. Agora é o momento de sentar e analisar os resultados. Mas sei que essa derrota não vai me derrubar. Só vai me fazer mais forte.

Você não teve nenhuma lesão grave nesse ano. Quando foi a última vez que teve um ano assim?

Guilheiro: Acho que foi em 2002, o ano em que conquistei o Mundial Júnior. A partir de 2003, comecei a arrastar as lesões. Quebrei a mão, machuquei o cotovelo e tive de arrastar tudo isso até as Olimpíadas. Depois de Atenas, tive que consertar tudo isso. Aí começou a coisa toda, a bola de neve de uma cirurgia por ano. E depois de Pequim, tive três cirurgias (ombro esquerdo, joelho direito e coluna).

Como foi voltar a competir depois de tudo isso?

Guilheiro: Minha temporada acaba sendo mais longa que a dos outros atletas. Em outubro, quando todo mundo ainda estava descansando, tentando quebrar a ressaca olímpica, eu já estava fazendo fisioterapia para três, quatro partes diferentes do meu corpo. E isso cansa. E quando voltei a treinar, já tinha que tentar tirar o atraso em relação aos outros, que já estavam no tatame há mais tempo. Então, uma temporada que deveria durar só sete meses para mim, acaba durando 11, 12 meses.

Qual a diferença entre Olimpíadas e Mundial para você? Tem alguma razão para seu desempenho ser tão bom nos Jogos, e não tão bom nos Mundiais?

Guilheiro: Nos últimos dois Mundiais eu não cheguei em condições físicas ideais. No de 2007, então, minha coluna estava no pior estágio (da lesão) e eu não tinha a menor possibilidade de estar brigando por alguma coisa. Hoje eu vejo isso, mas na época não. Nesse mundial eu estava bem, muito preparado, treinei, enfim. Não há desculpa em relação a corpo, lesão, nada. Eu perdi e o atleta que venceu teve seus méritos. Mas estou morto por dentro. Está doendo. A grande diferença é que Olimpíadas acontecem a cada quatro anos. E realmente aquele que está melhor preparado, mais forte, é o que chega ao pódio. Esse é o meu primeiro Mundial inteiro. É difícil falar porque em Olimpíada eu ganho medalha e no Mundial não. Mas pretendo no ano que vem estar mudando essa história.

http://noticias.bol.uol.com.br/esporte/200...ult951u367.jhtm

__________________________________________________________________________________________

Campeão mundial, Luciano Correa assiste à luta de Guilheiro. Pouco antes, ele foi expulso de uma das áreas vips do ginásio por ter dado um grito de incentivo para o companheiro

http://fotos.noticias.bol.uol.com.br/espor...jhtm?abrefoto=7

Compartilhar este post


Link para o post
Compartilhar em outros sites

Crie uma conta ou entre para comentar

Você precisar ser um membro para fazer um comentário

Criar uma conta

Crie uma nova conta em nossa comunidade. É fácil!

Crie uma nova conta

Entrar

Já tem uma conta? Faça o login.

Entrar Agora
Entre para seguir isso