Caliani

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Posts posted by Caliani


  1. Brother, estas ainda considerando o Vítor era PRIDE...depois de lutar com o Liddland no Affliction, Vítor venceu praticamente todos os wrestlers que enfrentou...perdeu uma luta roubada na minha opinião para o Ortiz...e de resto, passou o carro geral...

    O Vítor da luta contra Couture, Sakuraba, etc...eu não vejo faz tempo, e olha que ele lutou contra atletas bem melhores do que estes...Hendo de agora passaria o carro no Couture daquela época na minha opinião.

    Que Pride? Levou maior sufoco do AJ e foi surrado daquele jeito pelo Jon Jones. Esse é o histórico recente com wrestlers.


  2. anderson dava pisao no joelho dos oponentes.

    humilhou o demian com insultos.

    desrespeitou a maioria dos oponentes no ringue.

    desrespeitou a maioria dos oponentes em entrevistas.

    maltrata seus fas.

    K

    A

    R

    M

    A

    Já vc ficou falando um monte de merda e ficou com cara de bunda no final. Coisa linda esse tal de karma.


  3. Na boa, mas pra mim, foi a mesma coisa que um jogador de futebol visivelmente cruzar uma bola de falta e acertar diretamente o gol e, depois, falar que bateu direto mesmo. Ou seja, se apega ao resultado e ponto final. Respeito quem viu diferente, mas pra mim, o americano não chegou a preparar a defesa não.

    E por qual razão importa se houve intenção ou não? A defesa do golpe foi legal.


  4. Você só esqueceu de ler a regra 16.1

    Se uma contusão causada por manobra legal em uma luta for severa o suficiente para encerrá-la, o competidor machucado perde por nocaute técnico.

    E essa regra, por sinal, não é passível de interpretação do árbitro, diferente das outras referentes às infrações intencionais. É o que é, sem subjetividade.

    E "levantar a perna para defender chute baixo" não consta como ação faltosa a ser penalizada depois de cometida. TKO legal e segue o jogo.


  5. Morango não tem minha torcida por causa do que ele fez no jiu jitsu. Era de brigar em campeonato e tens umas histórias que não são coisa de faixa preta.

    Mas sobre o Diego não sei nada. Por que marginal?

    Abraço!

    Ele é muito problemático. Na casa do TUF ele ameaçou esfaquear a mãe de outro cara, entre outras merdas. Ele não bate bem da cabeça. Mas o Morango parece ter mais ruindade mesmo.


  6. Reflexões sobre Silva/Weidman I

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    Amanhã à noite, no UFC 168, Anderson Silva e Chris Weidman medirão forças pela segunda vez para determinar quem é o melhor peso médio do mundo. Nenhuma luta nesse ano tem causado tanto barulho e por tantas razões. Para alguns a revanche é uma oportunidade para Silva provar que Weidman teve sorte quando o nocauteou na primeira luta, ou que Silva a entregou por seguir uma estratégia descuidada. Para outros, é a oportunidade de Weidman provar que ele é realmente bom.

    Sem querer parecer maçante, mas uma luta, como qualquer outra coisa, é mais complexa do que aparenta ser. Tem tanta coisa acontecendo na arena com os dois lutadores que não se deve jamais deixar explicações serem reduzidas à simplicidade da parte física, mental, ou técnica. Mas o que nós faremos hoje é simplesmente: analisar o primeiro combate e o casamento estilístico entre os dois lutadores.

    "Aquele backfist" e a evasiva

    Eu chamei bastante a atenção das pessoas depois da primeira luta Silva-Weidman porque eu havia escrito na semana anterior o artigo Killing the King: Anderson Silva, no qual eu descrevia a mania de Silva de pendular com os socos e se afastar deles, ambos movimentos de resposta que podem ser neutralizados com fintas e mãos dobradas. Eu argumentei que era importante para Weidman dobrar os socos de um lado e criar uma situação de onde não fosse seguro para Silva simplesmente reagir com golpes telegrafados. Mas é claro que, no momento crucial da luta, foi a mão direita dobrada de Weidman que fez Silva se curvar e não ter para onde ir, antes daquele gancho de esquerda selar a vitória sobre o grande peso médio.

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    Eu gostei dos elogios recebidos, mas seria tolice fazer de conta que a mão direita dobrada de Weidman sozinha fez o serviço. Sim, Silva curvou a cabeça para trás como antecipação à combinação jab/direto de direita/gancho de esquerda que todo lutador de MMA jogou nele durante 10 anos. Mas havia muito mais do que isso acontecendo naquele momento. Mesmo no instante anterior ao nocaute, Silva foi acertado por uma esquerda enquanto trocava de base na distância de Weidman (geralmente um tabu). Ele então dobrou os joelhos para brincar com os socos, encenando como frequentemente encena...

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    Por que Silva encena

    Mike Tyson bem disse quando observou que, nos esportes de combate, caras brigadores duram menos; os caras espertos, mais. Anderson Silva não é, diferente do que se pensa, um sujeito desprovido de inteligência ou disciplina mental. Ele é, em vez disso, um sujeito que encena (ou se diverte) para criar brechas, roubar rounds, ou disfarçar inatividade. E ele o faz dançando, mexendo sua cabeça, abaixando suas mãos, desafiando seus adversários a atacar.

    Os exemplos mais famosos disso se deram nas lutas diante de Forrest Griffin, Thales Leites e Demian Maia. Contra Griffin e Leites, Silva estava simplesmente tentando induzi-los a atacar sem se arriscar. Funcionou maravilhosamente contra Griffin, porque Griffin se dispunha a atacar o brasileiro, mas Leites não estava interessado em tentar alguma coisa.

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    Contra Chris Weidman, Silva havia perdido o primeiro round de maneira razoavelmente convincente. Ele foi colocado para baixo, atacado com tentativas de finalização, e acertado com alguns socos pesados. As brincadeiras de Silva - sua dança, seu grito, sua palhaçada - foram uma tentativa de se colocar acima na visão dos juízes e de chamar Weidman para fora do seu casulo, e não prova de subestimação ao desafiante.

    O que significa que o nocaute de Weidman em Silva foi o resultado de circunstância. Caso Silva não tivesse encenado como fez, resta pouca dúvida de que Weidman teria encontrado dificuldades para pegar Silva tão fora de posição. Weidman conseguiu, no entanto, neutralizar o jogo de contragolpe de Silva bem o suficiente no transcorrer da luta. Ele o fez primeiramente ao gerar incerteza com seus ataques e depois ao corrigir a distância entre ele e Silva durante as trocas.

    Incerteza na luta

    A importância de se esconder intenções de luta não é novidade, embora até lutadores experientes possam ser induzidos a partir para cima quando confrontados com um contragolpeador explosivo (e Silva está entre os melhores no MMA). Eles se tornam relutantes em atacar, o que mata as chances do lutador. Quando você parte para a ofensiva somente duas ou três vezes durante um round, você tem de usar tudo o que tem em cada ataque para valer a pena, e é exatamente isso que um contragolpeador quer.

    Nós falamos anteriormente sobre a habilidade de Silva em chamar seus oponentes para o contragolpe. Seja Forrest Griffin, Chris Leben, ou Dan Henderson, todos eles correram para cima de Spider em algum momento porque Spider os seduziu a fazê-lo.

    Com muitos dos adversários de Silva pode-se praticamente prevê-los se apoiando em coragem, tentando atacar num grande momento de bravura antes de pisarem para frente e serem desligados por Silva. Não importa qual disciplina de luta você carrega consigo, ou em qual esporte você está competindo de fato, smoke and mirrors é o nome do jogo. Se toda vez que você pisa para dentro você joga tudo o que tem, um bom contragolpeador conseguirá adivinhar o que você vai fazer antes mesmo de tentar.

    Dê uma olhada no pobre Yushin Okami. Quando ele lutou com Silva em 2011, todo santa vez que seu pé da frente mexia, ele jogava um jab. Não somente isso; ele não tinha uma mão esquerda ou gancho de direita em nome da variedade, só o jab. Ele jamais fintou ou enganou; ele só andou para frente, jogando jabs firmes. Se você ataca toda vez que você se mexe, você de fato facilita muito a vida de um contragolpeador como Silva. Silva poderia ter fechado os olhos assim que viu o pé da frente de Okami se mexer que seu contragolpe teria entrado da mesma maneira.

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    O que Chris Weidman fez tão bem para combater essa tendência foi se mover constantemente, jogar fintas e golpes inócuos entre ataques genuínos. Ele ciscou jabs sem se esticar loucamente, gastou pouca energia em tentativas de queda só para manter as mãos de Silva baixas, e toda vez que Silva tentava enganá-lo, ele conseguia ao menos ciscar um golpe de raspão sem dar a Silva a chance de responder.

    Weidman criou um cenário onde era muito difícil para Silva conseguir encaixar seus contragolpes, e essa é realmente a única maneira de sobreviver a um contragolpeador excepcional além de simplesmente não fazer nada e ser humilhado.

    As ciscadas sucessivas de Weidman abriram terreno para armar socos mais pesados, os quais normalmente não vemos entrar em Anderson Silva. Por exemplo, o direto de direita que Weidman usou no primeiro round: Weidman retraiu um pouco o jab assim que Silva andou para trás, e fez este pensar que Weidman ainda estava se recusando a caçá-lo, então Silva relaxou e abaixou as mãos. Weidman saltou com uma mão direita um pouco depois. Lance adorável. Não é boxe de primeira, mas psicologia pura, e essa é frequentemente a estratégia mais eficiente de se usar contra um contragolpeador confiante.

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    Corrigindo a distância

    A segunda coisa que Weidman fez tão bem para neutralizar o jogo de Silva foi reestabelecer a distância corretamente toda vez que Silva se movia. Não havia ímpeto para atacar Silva, ou exposição; ele só recompôs as posições a cada vez que Silva se deslocava. Metade do jogo de Silva consiste em forçar adversários a se esticar em sua direção. Existem muitos lutadores que fazem isso e se dão mal e outros que conseguem contra-atacar por cima. Muhammad Ali e Prince Naseem são ótimos exemplos. Se você pode chamar um lutador dessa forma ele se torna uma presa fácil.

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    O que Silva também faz é criar um falso senso de distanciamento ao se posicionar longe o suficiente do oponente de maneira que esteja efetivamente a salvo, e então se curva para frente para fazer parecer que está mais próximo do que realmente está. Roy Jones Jr era um mestre nesse macete em particular; toda vez que um oponente dava um bote nele se via descobrirem que ele não estava tão perto quanto pensavam, ou se via dobrarem os joelhos após um gancho de contragolpe.

    Aqui está um momento legal de Roy Jones iniciando à distância mas curvando-se ao adversário com sua cabeça reta sobre seu joelho da frente. Quando o adversário de Jones parte para cima, Jones se curva para trás, criando mais espaço. O oponente se estica em demasia, tornando-o alvo fácil em distância de contragolpe.

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    Ao corrigir constantemente o distanciamento e se recusando a dar o bote na falsa distância que Silva apresentou, Weidman evitou precisar se esticar em demasia e ao mesmo tempo tirou de Silva o seu primeiro, e mais importante, pilar de defesa.

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    Aqui Silva tenta chamar Weidman para o ataque, mas em vez disso come um jab enquanto Weidman oferece pouquíssimas brechas para ser revidado.

    E aqui está um exemplo legal que mostra por que a recusa de Weidman em se precipitar foi tão determinante para o seu sucesso. Silva o chama para frente e Weidman abre com vários socos. Embora Silva revide, Weidman ainda está em boa posição, sobre seu quadril e pés, e pronto para se afastar.

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    Apenas note a diferença entre Weidman, que cisca o jab sem se comprometer e então acompanha com um passo, e Forrest Griffin, que simplesmente corre para cima.

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    Perceba como Weidman está sempre em posição de lidar com a ameaça do contragolpe, enquanto Griffin constantemente vai de encontro a esta.

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    Silva teria nocauteado Weidman no final?

    A força de Silva no octógono tem sido o uso da sua distância, suas mãos baixas para prevenir quedas, e sua habilidade de convencer oponentes a se esticar demais. Agora, assumindo que seu estilo permaneça igual ao daquele contragolpeador brilhante e provocador, será que Silva será capaz de encontrar o nocaute amanhã à noite? Ou, posto de outra maneira: quão perto esteve Silva de atiçar Weidman para conseguir o nocaute na última vez?

    Apesar de toda a disciplina de Weidman durante a primeira luta, não há como negar que a combinação que nocauteou Anderson Silva foi desengonçada e precipitada. Na verdade, Weidman caçou Silva na combinação matadora, algo que em princípio não deveria ter feito, e foi claramente se esticando loucamente com o backfist de direita. Perceba como a sua cabeça se projeta para a frente do seu quadril e como seu queixo está exposto. Nada como o estilo abafador, de postura reta que ele havia empregado tão bem até aquele ponto.

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    Se Silva não tivesse mais tentado convencer Weidman a entrar depois daquela travessura, e ao invés disso tivesse fixado a cabeça em mexer os pés e contragolpear, será que ele poderia ter acertado Weidman e virado a luta? Talvez encontraremos a resposta para isso amanhã à noite.

    http://fightland.vice.com/blog/jack-slack-reflections-on-silva-weidman-i


  7. Boa, Caliani!

    Tava sentindo falta das análises do Jack Slack que você traduz. Se der, traduz essa próxima aí, velho. Valeu!

    Tamo junto, chefe!

    Fiquei muito ocupado nesse semestre. Esse do AS é só coisa básica, mas às vezes é bom traduzir pra melhorar o inglês e se informar, embora seja trabalhoso pra cacete. Se a próxima sair a tempo eu posto, sim.