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Coluna de Xicão Joly para a Tatame

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Em uma edição do Meca, anos atrás - ainda no começo – eu estava chamando os atletas em cima do ringue. E, desatento, anunciei Evangelista Cyborg pesando 900 quilos - isso mesmo, 900 quilos! Independente de ter sido falta de atenção ou erro, trabalho para que não aconteça mais. Acredito estar evoluindo. E, da mesma maneira, como podemos contribuir para evolução do MMA?

Os atletas evoluem em seus treinamentos e em suas técnicas, ou nos próprios intercâmbios com outras equipes. As academias crescem e buscam alternativas de aprimoramento. Profissionais de várias modalidades se dispõem a participar do crescimento de atletas para que possam compartilhar do resultado final que sempre esperam: vitória. Ok. Existe sacrifício, eles treinam, suam, evoluem e dão o sangue se preciso for, para estarem presentes e com a mão levantada quando os chamo e anuncio: o vencedor: FUUUUUUULANNNNNNOOOOOOOO!!!!!

Mas onde vão ser “despejados” estes guerreiros (as)? A quantidade de eventos é suficiente?

Talvez seja, há muita gente trabalhando, e nem todos com as oportunidades que gostariam. Ora, eventos existem, graças a produtores que têm coragem para dar a cara para bater e produzir algo que se torna o local de trabalho de muitos – afinal, um evento não dá oportunidade de trabalho apenas ao lutador, árbitro e locutor - dentre outros.

O evento, no meu modo de entender, tem sua equipe formada desde o contratado para limpar o ringue até o lutador. Isso passa pelo profissional que monta o ringue, outro que afina a luz, que faz o som, que desenha o lay-out das cadeiras... Portanto, envolve muita gente - e muita gente depende disso.

Agora, onde vamos buscar recursos financeiros para produção destes shows?

No empresariado, lógico, mas tudo deve ser feito respeitando as leis de mercado, digamos. Toda empresa tem sua verba para divulgação e propaganda programada e definida, às vezes, com até um ano de antecedência! Meus amigos, como podemos então, a trinta dias - sim, TRINTA dias - pleitear apoio ou patrocínio? Baseado em que? Muitas vezes, não sabem nem onde ou em que dia (!) vai acontecer o evento.

O respeito tem que partir de nós mesmos. União (normal em qualquer mercado, não seria diferente neste) e criatividade, porque às vezes temos vários eventos num mesmo dia – e isso pulveriza apoios, personalidades, atletas, equipes. É fundamental que haja organização, estrutura, calendário e trabalho sério. Sem tudo isso, não vamos conseguir nada. Alguns produtores, depois de conseguirem os valores que pleitearam – SIMPLESMENTE COLOCAM DE LADO AQUELES QUE ACREDITARAM EM SEU PROJETO. Essa atitude acaba queimando todo o pessoal que labuta na área.

Outros realmente se importam, trabalham com profissionalismo e já conseguem até marcar seus eventos com datas e locais antecipadamente. O que faz surgir a possibilidade de que possamos trabalhar com a certeza do que vai acontecer proporcionando credibilidade para que se possa captar recursos. A pergunta é: se alguns conseguem, por que os outros não seguem o exemplo? Por que não são profissionais como deveriam ser? É medo ou falta de humildade para assumirem suas falhas?

Quem não é seguro consigo mesmo não vai conseguir confiar em seu próprio trabalho, e nem que alguém que possa executá-lo. Por isso, sugiro que abram a guarda, que se unam em prol do bem comum do nosso esporte, visando um crescimento maior. E que se lembrem de que GANHAR UMA VEZ SÓ - nem sempre vale a pena. Precisamos ser vistos como profissionais, e respeitados como tal: nós montamos o show e os atletas são os personagens principais. Se os respeitarmos, seremos respeitados.

Sendo assim, está na hora de tomarmos vergonha e nos unirmos com um único objetivo. Do contrário, seremos vistos realmente como um bando de incompetentes que quer apenas ganhar uma “graninha” e “aparecer na foto”. Vão atrás, se organizem, criem um calendário. Em vez de se pulverizarem em várias federações, unifiquem e façam acontecer.

Fonte: Tatame.com.br

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MINHA OPINIÃO:

Po Xicão essa do Cyborg com 900 Kgs eu vi de perto. Acho que você acertou em 100% no que disse. A falta de apoio para atletas no Brasil é complicado. Infelizmente não é só nesta área que o Brasil está sem investimentos. Acho que com o profissionalismo que os EUA estão fazendo com o MMA logo logo deixaremos de ser chamados de pit boys ou outros termos que tanto conhecemos e que a Midia nos impôs.

Exemplo disso é as Olimpiadas, nego ali se fudeu com suplementação, treinos, e vemos que tudo ( na grande maioria ) sai da grana dos próprios atletas. O brasileiro vai lá e tem um nível de competitividade mas na hora vemos claramente que estamos anos luz atrás dos grandes países. Acho que nossa saida seria as grandes empresas americanas e europeias descubrirem o valor dos lutadores brasileiros e iniciassem uma nova forma de patrocinio, assim como é no Futebol. Mas enquanto as bolsas não chegarem a milhões como no BOXE isso nunca acontecerá.

É a lei do retorno. minha opinião é claro.

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Esfreguei meus olhos 5 vezes, eh isso mesmo?

XICAO JOLY analisa o MMA no Brasil?

Imperdivel realmente, nao posso deixar de perde essa

:D

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