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André Filho

Memória Combate: há oito anos, Anderson Silva vivia auge e batia Okami no UFC Rio 1. Veja a luta

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"Spider" fazia revanche com japonês no UFC 134, na estreia do Ultimate na Cidade Maravilhosa, vindo da vitória contra Belfort, patrocínio do Corinthians e parceria com Ronaldo Fenômeno

Por Combate.com — Rio de Janeiro

27/08/2019 10h06  Atualizado há um dia

UFC 134 - Anderson Silva X Yushin Okami

 

Há exatos oito anos, o UFC fazia história ao desembarcar pela primeira vez no Rio de Janeiro, cidade marcada pela força do jiu-jítsu propagado pela família Gracie. Foi apenas em 27 de agosto de 2011, no UFC 134, que a organização fez sua estreia na cidade Maravilhosa. E para fazer um evento à altura da grandeza do Rio de Janeiro, o Ultimate convocou sua estrela principal à época: Anderson “Spider” Silva, então com 36 anos, foi a atração principal na Arena da Barra, que recebeu 14 mil pessoas.

Anderson Silva chegava para lutar no Rio de Janeiro vindo de uma vitória que se tornou um divisor de águas para o MMA no Brasil. Em fevereiro daquele ano, o lutador paulista nocauteou Vitor Belfort com um chute no rosto do compatriota, ainda no primeiro round. Ali se deu a explosão da modalidade no país, e Anderson Silva se tornou a imagem das artes marciais mistas.

O adversário de Anderson no Rio de Janeiro seria um velho conhecido do brasileiro, e com lembranças ruins. O japonês Yushin Okami tinha sido o último lutador a impor uma derrota a Spider, mesmo que sem querer. Em janeiro de 2006, Anderson perdeu a primeira luta com Okami após um chute considerado um golpe ilegal, em luta no “Rumble on the Rock 8”. O brasileiro admitiu depois que errou, mas não vi como uma derrota o primeiro encontro entre eles.

 

A luta

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Anderson Silva devolveu a derrota que tinha para Okami na carreira — Foto: Getty Images

Anderson Silva devolveu a derrota que tinha para Okami na carreira — Foto: Getty Images

Depois que perdeu no primeiro encontro com Okami, Anderson Silva voltou a vencer no evento britânico Cage Rage, e na sequência entrou para o UFC. Em sua segunda luta na companhia, nocauteou Rich Franklin e conquistou o título do peso-médio (até 84kg). O brasileiro chegava para a revanche com Okami com 14 vitórias de invencibilidade e oito defesas de título. Okami, com 30 anos, somava seis vitórias nas últimas sete lutas. A única derrota foi para Chael Sonnen.

No início da luta, Anderson se movimentava bastante e media a distância com o jab. Okami tentou prender o brasileiro no clinche, mas os uppers que disparou foram defendidos. Anderson arriscou alguns ganchos, e o japonês novamente foi para o clinche, mas recebeu boas joelhadas na costela como resposta. Okami ainda tentou uma queda, mas Anderson evitou. Nos últimos segundos do primeiro round, um chute alto do brasileiro atingiu a parte de trás da cabeça do japonês, que chegou a balançar, mas já sem tempo de mais nada.

No segundo round, os dois lutadores aumentaram a intensidade da trocação, e Anderson Silva começava a usar mais a guarda baixa para provocar o erro de Okami. Antes do primeiro minuto, o brasileiro conseguiu aplicar um knockdown com um jab em cheio no rosto do japonês. Anderson deixou que Okami se levantasse e, na sequência, mediu a distância para soltar um gancho de direita que levou o rival ao chão. O campeão começou então uma chuva de socos por cima do japonês até que o árbitro Herb Dean parasse a luta.

Cariocas x Corinthians

Anderson Silva com a camisa do Corinthians após vencer Yushin Okami — Foto: Al Bello/Zuffa LLC/Zuffa LLC

Anderson Silva com a camisa do Corinthians após vencer Yushin Okami — Foto: Al Bello/Zuffa LLC/Zuffa LLC

A torcida carioca fez festa do início ao fim do UFC 134. Na primeira passagem da maior organização de artes marciais mista do mundo pela cidade, o tom era de apoio irrestrito aos lutadores. O clima era de um típico estádio de futebol, com a torcida se manifestado sem parar. Anderson Silva, lutador paulista, ganhou apoio e logo o início da luta o grito uníssono era de “Spider, Spider”. O “olê, olê, olê, olá, Silva, Silva” também veio das arquibancadas ainda no primeiro round. Logo após a vitória, toda a arena gritava "é campeão!".

Na hora de comemorar a vitória, Anderson Silva precisou vestir a camisa com o escudo do Corinthians, clube que o patrocinava. Foi aí que a torcida carioca, com longa rivalidade com o futebol paulista, esboçou uma sonora vaia e gritos contra o Timão, mas o lutador não demonstrou qualquer problema com isso. E ganhou de volta a torcida quando avisou que imortalizaria no UFC um dizer do Capitão Nascimento, do filme "Tropa de Elite".

- Senhores, nunca serão! Jamais serão!

Na semana da luta no Rio de Janeiro, Yushin Okami ainda tentou ganhar o apoio carioca ao posar com uma bandeira do Flamengo. Não deu certo. A torcida era mesmo pelo lutador paulista.

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Yushin Okami posou com a bandeira do Flamengo na semana da luta no Rio — Foto: Ana Hissa

Yushin Okami posou com a bandeira do Flamengo na semana da luta no Rio — Foto: Ana Hissa

 

Pulos de Ronaldo Fenômeno

 

Diante da estrela que se tornou Anderson Silva no país, outro ídolo mundial e brasileiro se juntou a ele para alçar voos maiores. O campeão do UFC ganhou o apoio de Ronaldo Fenômeno e sua empresa de marketing para fazer crescer a marca que se tornava Anderson Silva.

O UFC 134 contou com a presença vip de Ronaldo, que na primeira fileira acompanhava pela primeira vez um evento de MMA ao vivo. Na sequência da vitória do brasileiro, a transmissão oficial foi buscar primeiro a reação do pentacampeão mundial de futebol, e se deparou com Ronaldo aos pulos na comemoração como se tivesse acabado de marcar um gol.

Àquela altura, Ronaldo era um recém aposentado que passava a se dedicar às suas empresas. Numa das ações com Anderson Silva, conseguiu fechar um patrocínio do Corinthians para o lutador, justamente o clube pelo qual se aposentou em fevereiro de 2011.

 

Mais vitórias marcantes de brasileiros

Anderson Silva não foi a única estrela do UFC 134. A chegada do Ultimate ao Rio de Janeiro teve lendas como Maurício Shogun e Rodrigo Minotauro. E para tornar a noite mais especial, os dois também venceram por nocaute.

No peso-pesado (até 120kg), Minotauro entrou ovacionado na arena, vindo de um ano e meio sem lutar e com seguidas lesões e cirurgias. Não foi o bastante para pará-lo. Muito menos o jovem americano Brendan Schaub, que terminou nocauteado com 3m09 de luta. Foi também a primeira luta de Minotauro no Brasil desde a estreia no MMA em 1999.

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Rodrigo Minotauro nocauteou Brendan Schaub ainda no primeiro round — Foto: Getty Images

Rodrigo Minotauro nocauteou Brendan Schaub ainda no primeiro round — Foto: Getty Images

Depois, na co-luta principal, Maurício Shogun voltava ao octógono logo depois de perder o cinturão meio-pesado (até 93kg) para Jon Jones. A recuperação veio em cima de Forrest Griffin, também ex-campeão da categoria e que tinha vencido uma primeira luta entre eles, mas que foi nocauteado com 1m53 de confronto.

 

Confira todos os resultados do UFC 134:

 

CARD PRINCIPAL:
Anderson Silva venceu Yushin Okami por nocaute técnico aos 2m04s do R2
Mauricio Shogun venceu Forrest Griffin por nocaute a 1m53s do R1
Edson Barboza venceu Ross Pearson por decisão dividida
Rodrigo Minotauro venceu Brendan Schaub por nocaute aos 3m09 do R1
Stanislav Nedkov venceu Luiz Banha por nocaute técnico aos 4m20 do R1
CARD PRELIMINAR:
Thiago Tavares venceu Spencer Fisher por nocaute técnico aos 2m51s do R2
Rousimar Toquinho venceu Dan Miller por decisão unânime
Paulo Thiago venceu David Mitchell por decisão unânime
Raphael Assunção venceu Johnny Eduardo por decisão unânime
Erick Silva venceu Luis Ramos por nocaute técnico aos 40s do R1
Yuri Marajó venceu Felipe Sertanejo por decisão unânime
Yves Jabouin venceu Ian Loveland por decisão dividida

Fonte: https://sportv.globo.com/site/combate/noticia/memoria-combate-ha-oito-anos-anderson-silva-vivia-auge-e-batia-okami-no-primeiro-ufc-no-rio.ghtml

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Incrível como uma gestão pode afunda um mega negócio em tão pouco tempo.

8 pra uma empresa é um piscar de olhos.

Essas fotos mostram muito. Desde os patrocínios fazendo com que os atletas tivessem uma renda favorável até os músculos saltando mostrando que o bom e velho doping era usado por todos!

MMA atingiu números extraordinários no Brasil e hj.. lamentável como tem voltado a ser um esporte que as pessoas assistem quando dá

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1 hora atrás, Silverchair disse:

Incrível como uma gestão pode afunda um mega negócio em tão pouco tempo.

8 pra uma empresa é um piscar de olhos.

Essas fotos mostram muito. Desde os patrocínios fazendo com que os atletas tivessem uma renda favorável até os músculos saltando mostrando que o bom e velho doping era usado por todos!

MMA atingiu números extraordinários no Brasil e hj.. lamentável como tem voltado a ser um esporte que as pessoas assistem quando dá

Infelizmente nossa cultura sempre apreciou campeões ao invés do esporte propriamente dito, se não tivermos atletas em alta(Campeões). o público em sua maioria para de acompanhar o esporte. A exemplo temos esportes que aqui no Brasil perdeu audiência através dos anos como F1, Boxe, Tênis, ginástica olímpica etc.

Editado por André Filho

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Ai já não era mais o auge físico do Anderson. Era o auge no que tange a popularidade, mas o auge físico foi bem antes, nas lutas contra Franklin , Hendo, Griffin, etc. Nessa época o Anderson parecia realmente imbatível. 

Com 36 anos o Anderson já vinha fazendo lutas mais monótonas, correndo riscos de perder. A segunda luta contra o Sonnen não foi boa. E o americano também já não vinha lá grande coisa.

Ali já dava mostras de que o bastão seria passado adiante em poucas lutas. Mas o cara é realmente um gênio lutando. 

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saudade desse UFC

 

falem o que for, mas o AS é um gênio

 

quase que o Minota me mata do coração

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23 horas atrás, André Filho disse:

Infelizmente nossa cultura sempre apreciou campeões ao invés do esporte propriamente dito, se não tivermos atletas em alta(Campeões). o público em sua maioria para de acompanhar o esporte. A exemplo temos esportes que aqui no Brasil perdeu audiência através dos anos como F1, Boxe, Tênis, ginástica olímpica etc.

Mas sempre foi assim em qualquer esporte em qualquer lugar.

A exemplo do futebol nos EUA. O esporte mais popular do mundo não é nem o 3º esporte mais popular nos EUA e não a tôa eles não tem hegemonia. Lá o futebol feminimo é mais popular e não por acaso eles são potência.

Onde eles tem hegemonia? Basquete, Football, Hokey, Beisebol...

 

Brasil é igual a todos os outros países. Tirando Japão que costuma ter extrangeiros como ídolos mas isso cabe até uma conversa mais cultural.

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17 horas atrás, junior-sjc disse:

Ai já não era mais o auge físico do Anderson. Era o auge no que tange a popularidade, mas o auge físico foi bem antes, nas lutas contra Franklin , Hendo, Griffin, etc. Nessa época o Anderson parecia realmente imbatível. 

Com 36 anos o Anderson já vinha fazendo lutas mais monótonas, correndo riscos de perder. A segunda luta contra o Sonnen não foi boa. E o americano também já não vinha lá grande coisa.

Ali já dava mostras de que o bastão seria passado adiante em poucas lutas. Mas o cara é realmente um gênio lutando. 

Eu discordo. O Aranha se apresentou muito bem contra o Yushin Okami, com sua tradicional guarda baixa, e golpes mira a laser. Já Chael Sonnen II, também não vi nada de anormal. O americano colocou pra baixo, tendo em vista que o AS nunca teve um grande wrestling defensivo - porém, o brasuca se defendeu bem, aguentou a pressão, e finalizou a luta no segundo round.

Eu acho que o declínio do Spider veio depois da primeira luta contra o Chris Weidman... Até a primeira luta entre eles, tava bem, confiante, e fazia uma boa apresentação. Já na revanche, não sei se o psicológico ficou abalado, já não o vi tão bem (mas isso é mera suposição, tendo em vista que a luta não durou muito). Depois de fraturar sua perna, ficou um bom tempo parado, e aí, sem sombra de dúvidas, não era mais o mesmo contra o Nick Diaz. Aí, soma-se o tempo de inatividade, fraturas, idade, psicológico e etc...

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