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Jessica Bate-Estaca responde a análise de Namajunas: "Na hora que eu a encontrar, é uma só"

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Jessica Bate-Estaca responde a análise de Namajunas: "Na hora que eu a encontrar, é uma só"

Após americana ressaltar a própria movimentação, brasileira avisa que vai acabar a encontrando no octógono. No sábado, as duas lutam pelo cinturão peso-palha no UFC Rio 10

Por Ana Hissa, Marcelo Barone, Plácido Berci, Raphael Marinho e Zeca Azevedo 

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Jéssica Bate-Estaca, em toda a promoção para a luta pelo título peso-palha (até 52kg) com a campeã Rose Namajunas, marcada para o UFC Rio 10 - ou UFC 237 - no próximo sábado, prezou pelo respeito. Numa entrevista exclusiva ao Combate nesta última terça, ela manteve a postura em relação à americana, mas não deixou de mandar o recado que julgou necessário.

Namajunas, em entrevista na semana passada à imprensa americana, disse apostar em sua movimentação para que a brasileira não a encontre no octógono. Bate-Estaca lembra que a rival pode correr o quanto quiser, mas a força em suas mãos dirá o que será decisivo. A brasileira garante estar preparada para qualquer jogo que Rose trouxer.

- A gente só sabe de verdade se a movimentação e distância funcionam depois que a mão do adversário entra na cara, aí que vemos se vai funcionar a estratégia. Venho treinando muito a parte de movimentação e esquiva, de entrar no momento certo, então acredito que vou dar um pouco de dificuldade para ela. Não sou a mesma Jéssica que lutou com a Joanna. Ela pode até ter mais movimentação, correr mais o octógono, mas na hora que eu a encontrar, que eu pegar, é uma só. Tenho certeza que vai fazer diferença a força do soco, a grade, tudo isso a gente estudou para tentar neutralizar o jogo dela. A gente sabe que no começo do round ela pode tentar fazer a caminhada, sair, e quando sentir a mão pode colocar para baixo, tudo pode acontecer. A nossa estratégia mesmo é encurralar, apertar na grade, cansar os braços e as pernas dela, e não vai ter o que movimentar. E, se der, botar para baixo e trabalha o ground and pound.

Apesar de Rose Namajunas confiar em sua movimentação, Jéssica Bate-Estaca acredita que ela é mais lenta que a polonesa Joanna Jedrzejczyk, e que seu gás também vai suportar uma luta de cinco rounds. Ela usou as duas últimas lutas de Rose, justamente contra Joanna, para defender sua tese.

- Acredito que a Rose é bem mais lenta que a Joanna. Assisti às duas últimas lutas dela e dá para perceber que do quarto round em diante começa a diminuir a energia. Ela coloca bons golpes, mas começa a ficar mais lenta, e a Joanna começa a crescer do terceiro para frente, fica mais rápida. Ela melhora e o gás dela parece que é infinito. Acredito que minando a força da Rose seja diferente. Contra a Joanna eu estava machucada e não conseguir botar na grade para cansar os braços dela, e quando coloquei para baixo não consegui segurar. A Jéssica de hoje está 100%, não tem lesão, e quando eu colocar pressão duvido que ela volte como saiu do round anterior, no segundo ou terceiro acredito que pode sair nocaute ou finalização. Se eu fizer a estratégia certa, vai ficar difícil para ela.

 
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Jessica Bate-Estaca se vê mais madura e mais evoluída no esporte após primeira luta pelo título — Foto: Andre Durão

 

Bate-Estaca, que vem de três vitórias seguidas acumuladas justamente depois que lutou pelo cinturão com Joanna Jedrzejczyk, acredita que o fato de Namajunas aceitar defender seu título no Brasil tem um motivo estratégico.

 

- Ela aceitou lutar no Brasil por isso, de sentir a pressão e reverter a situação positivamente. Quando ela é pressionada, quando é colocada contra as pessoas, ela inverte a situação e coloca aquilo a favor. Acredito que para ela não vá ter diferença, mas se ela sentir essa pressão... A pessoa só consegue inverter se dentro do octógono estiver fácil, e comigo não é fácil, vai ser bem difícil. Se tiver na grade e fazendo força, eu batendo e a multidão gritando, aí sim vai mexer com a cabeça dela: “O que eu vim fazer aqui?”.

 

Aos 27 anos, Jéssica terá a sua segunda chance de se tornar campeã do UFC. A primeira veio em maio de 2017, exatos dois anos atrás. A brasileira destacou o quanto amadureceu como pessoa, e o quanto evoluiu no esporte.

 

- Muita coisa diferente (de 2017 para 2019). Quando lutei com a Joanna a gente tinha medo de não ter gás suficiente para cinco rounds, e estava vindo de uma lesão que me impediu de treinar as últimas semanas. Estava confiante de que podia dar tudo certo, mas também muito receosa porque nunca tinha feito cinco rounds, e machucada não tinha força para segurar. A Jéssica de hoje é completamente diferente, mais experiente, sabendo que tendo cinco rounds não tem problema nenhum, vai dar para dar o máximo em todos eles. E as vitórias que tive contra a Tecia (Torres), a Claudinha (Gadelha) e a Karoline (Kowalkiewicz) mostraram também o que evoluí, o quanto amadureci psicologicamente.

 

 

Jessica Bate-Estaca fará sua primeira luta no Rio pelo Ultimate — Foto: Andre Durão

Jessica Bate-Estaca fará sua prim

 

Jéssica, que nasceu em Umuarama-PR e hoje vive em Niterói-RJ, na Região Metropolitana do Rio, com seu jeito descontraído e sincero, não escondeu como tem sido ver se rosto espalhado pela cidade em que mora.

 

- Muito legal! Às vezes estamos andando de carro na rua e me vejo atrás do ônibus: “Olha lá, eu ali”. É muito engraçado, de verdade. Isso aconteceu uma vez, na luta com a Liz Carmouche, que também colocaram um outdoor no Empire State, fiquei toda feliz, a gente passava na rua e estava nos ônibus, no metrô, foi bem legal. Mas estar em casa e ver você em todos os lugares, você fala: “gente, estou ficando famosa. As pessoas me amam” (risos). É muito gostoso saber que você conseguiu, conquistou esse espaço, e deu tudo certo.

 

A luta de sábado será a terceira de Bate-Estaca no Brasil no Ultimate. Em 2014, em sua quarta luta na organização, venceu Larissa Pacheco em Brasília, e na sequência perdeu para Marion Reneau em Porto Alegre. Depois, emendou uma sequência de nove lutas fora do país. A última luta no Rio foi em janeiro de 2013, no Web Fight Combat.

 

- Tive sempre uma mídia muito grande fora do Brasil, por fazer mais lutas fora do Brasil do que aqui. Estou há mais de cinco anos sem fazer uma luta aqui, as minhas primeiras lutas foram em Brasília e Porto Alegre, já faz uns quatro anos ou mais, então poder lutar de novo em casa, e ver que as pessoas estão me conhecendo... Antes podia andar no shopping, fazer qualquer coisa, quase ninguém me conhecia, e hoje está difícil. Saio na porta e já fica todo mundo: “Jéssica!! Jéssica!!”. E isso é gostoso. Fico muito feliz de ter o meu trabalho reconhecido, e que tantas pessoas que gostam do que eu faço, do nosso esporte, e da nossa profissão, e que acompanham a minha vida.

 

 

Serviço do UFC 237

 

 

Na próxima sexta-feira, dia 10, a pesagem oficial terá transmissão ao vivo do Combate.com às 9h (de Brasília), com a aferição do peso de cada lutador e as confirmações dos confrontos. Mais tarde, às 17h30, começa a transmissão da pesagem oficial, com as encaradas, com transmissão do Combate, SporTV e Combate.com.

 

No sábado, dia 11, o UFC 237 terá início às 19h15, mas a transmissão do Combate começa às 18h15. O SporTV e Combate.com acompanham ao vivo as duas primeiras lutas, e o Combate.com cobre todo o evento em Tempo Real.

 

UFC 237
11 de maio de 2019, no Rio de Janeiro
CARD PRINCIPAL (23h, horário de Brasília):
Peso-palha: Rose Namajunas x Jéssica Bate-Estaca
Peso-médio: Jared Cannonier x Anderson Silva
Peso-pena: José Aldo x Alexander Volkanovski
Peso-meio-médio: Thiago Pitbull x Laureano Staropoli
Peso-leve: Francisco Massaranduba x Carlos Diego Ferreira
Peso-meio-pesado: Rogério Minotouro x Ryan Spann
CARD PRELIMINAR (18h15, horário de Brasília):
Peso-leve: Thiago Moisés x Kurt Holobaugh
Peso-galo: Irene Aldana x Bethe Correia
Peso-leve: BJ Penn x Clay Guida
Peso-mosca: Luana Dread x Priscila Pedrita
Peso-meio-médio: Warlley Alves x Sérgio Moraes
Peso-galo: Raoni Barcelos x Carlos Huachin
Peso-galo: Talita Bernardo x Vivi Araujo

 

 

 

 

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Foi a mesma conversa antes de lutar contra a Joanna. Lembro que ela dizia: 'Ela caiu pro jab da Claudinha, imagina quando sentir minha mão'. Chegou na luta e tomou uma aula de muay thai

E esse papo de lesão antes da luta, nem preciso comentar

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A teoria muda a parir do primeiro soco na cara kkkkk mas analisando a luta a Jéssica tem chances sim, vejo ela limitada tecnicamente mas absurdamente forte, a mais forte da categoria, o jogo dele prevalece mas na força física.. acho que se ela for louca igual foi nas lutas anteriores pode quebrar a cara, a rose é técnica e certeira.. agora fazendo essa estratégia de derrubar eu acho que pela força física a brasileira consegue segurar a rose embaixo e cansar a mesma.. mas de pé ele da muitas brechas para ser acertada, levou uns três chutes na cara da Joanna.. aberta desse jeito contra a rose pode ser fatal.

Torço pela brasileira, treinei com ela em um aulão em Curitiba bem antes dela entrar no ufc, muito simples e humilde merece esse reconhecimento.

Editado por Steel Bjj

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Ela tem q rebater na luta o q a Rose disse, não em uma entrevista, pois se ela perder esse papinho vai ficar feio pra ela, e esse negocio de entrar uma mão nós já sabemos q não é assim q funciona.

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Está prometendo vir bem pra luta e já garantiu que não tem lesão... Se perder será por erro ou dificuldade na estratégia... Afinal o jogo da Rose é bem complicado pra ela na longa distância,ela pode não ser tão rápida quando a Joanna mas tem pegada! Acho que ela terá que agarrar mesmo, encurtar pra socar vai ser mais difícil (talvez se a Rose cansar consiga encaixar ) . Acho que um ponto que pode ir a favor da Jéssica é o tempo parado da Rose e torcida,se ela sentir a pressão e falta de ritmo pode se perder ali e tomar um gnp ou se expor e deixar a mão entrar.... Ainda acho a Rose favorita,mais técnica e com um jogo complicado pra brasileira... Vou torcer mas se não der pra Jéssica pelo menos o cinturão estará em boas mãos

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10 horas atrás, Lucas Timbó disse:

Foi a mesma conversa antes de lutar contra a Joanna. Lembro que ela dizia: 'Ela caiu pro jab da Claudinha, imagina quando sentir minha mão'. Chegou na luta e tomou uma aula de muay thai

E esse papo de lesão antes da luta, nem preciso comentar

pensei a mesma coisa

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Falou dela mesma em terceira pessoa, disse q estava machucada quando perdeu, veio com porcentagem...

Ela já foi mais humilde heim.

 

 

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Acho que ela tem uma chance considerável de achar a Rose ao longo de 5 rounds, lembrando que duas das três derrotas da Namajunas foram para atletas de estilo similar e que a Jéssica venceu após a derrota dela para a Jedrzejczyk. Acho a movimentação da Rose muito eficiente para o padrão da categoria, na qual a maioria das atletas não tem muito punch, mas é inegável que a Bate Estaca não está nesse padrão em termos de força e resistência, se falta a ela uma técnica mais apurada, sobra explosão e uma mão que entra pode ser o que vai decidir.
Sei não, gosto muito da Rose mas tô com a impressão de que teremos 3 cintas femininas no UFC no próximo domingo.

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tem que ver se a rose consegue segurar bem as quedas, ou levantar rápido se cair. a joanna acabou cansando tanto a bate estaca quanto a claudinha nessa de não deixar elas imporem o jogo de queda. acabaram ficando cansadas e frustadas e daí a joanna foi só pontuando ao longo da luta

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5 minutos atrás, siso_ disse:

tem que ver se a rose consegue segurar bem as quedas, ou levantar rápido se cair. a joanna acabou cansando tanto a bate estaca quanto a claudinha nessa de não deixar elas imporem o jogo de queda. acabaram ficando cansadas e frustadas e daí a joanna foi só pontuando ao longo da luta

Acho mais a cara da Rose tentar se virar no chão para finalizar caso seja quedada, uma vez que ela confia bastante no próprio jogo de chão, mas se não funcionou para a Gadelha que tem isso como carro chefe...

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36 minutos atrás, Rucci disse:

Acho mais a cara da Rose tentar se virar no chão para finalizar caso seja quedada, uma vez que ela confia bastante no próprio jogo de chão, mas se não funcionou para a Gadelha que tem isso como carro chefe...

mas o jogo da gadelha depende muito disso....acho que a rose vai usar o chão só no caso de ser quedada mesmo, não vai tentar derrubar a jéssica

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1 hora atrás, siso_ disse:

mas o jogo da gadelha depende muito disso....acho que a rose vai usar o chão só no caso de ser quedada mesmo, não vai tentar derrubar a jéssica

Vejo a luta podendo se desenrolar tanto em pé quanto no solo. Se a luta se desenrolar em pé a Namajunas provavelmente tentará fazer o seu jogo padrão de entrar, bater e sair sem ser acertada, mas isso pode ser perigoso para ela, principalmente nos dois primeiros rounds. Acredito que o caminho mais seguro para a Rose seria o solo no início da luta, para tirar um pouco da potência dos golpes da Jéssica, e se ela não finalizar, ao menos não correr tantos riscos depois, mas ainda assim seria uma estratégia arriscada porque qualquer uma poderia esvaziar o tanque primeiro, a Jéssica é muito forte para a categoria (lembremos que ela lutava duas categorias acima). Se ela escolher lutar em pé terá que sobressair muito na movimentação, porque eu não vejo a brasileira andando para trás, mesmo sendo golpeada, e não sei se a Namajunas terá a potência necessária para derrubá-la se mesmo a Joanna não foi capaz.
Enfim, para mim essa luta será um xadrez, o clássico duelo de força vs técnica.
 

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