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Como é estar diante de Jon Jones no cage? Com a palavra, cinco de seus adversários brasileiros

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Como é estar diante de Jon Jones no cage? Com a palavra, cinco de seus adversários brasileiros

Belfort, Shogun, Andre Gusmão, Glover Teixeira e Carlos Cachorrão analisam americano campeão meio-pesado, que no sábado defende cinturão contra Anthony Smith no UFC 235

Por Zeca Azevedo

Das 23 vitórias de Jon Jones na carreira, seis delas foram diante de brasileiros, ou seja, 26% de todo o cartel do americano, campeão meio-pesado do UFC. Na semana em que “Bones” defende seu título no UFC 235, em Las Vegas, contra o desafiante Anthony Smith, o Combate ouviu cinco dos seis lutadores que estiveram diante do Jon Jones dentro do cage.

Vitor Belfort, Maurício Shogun, Andre Gusmão, Glover Teixeira e Carlos Eduardo Cachorrão analisaram suas lutas com Jon Jones, avaliaram sua evolução e vislumbraram se alguém será capaz de pará-lo - apenas Lyoto Machida não quis falar sobre o assunto.

 

Carlos Eduardo Cachorrão

 

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Em abril de 2008, em sua segunda experiência dentro de um cage, Jon Jones encarava Carlos Eduardo Cachorrão. Hoje, o brasileiro relembra a dificuldade que vivia à época em sua vida e a complexidade de enfrentar um rival com a envergadura do atual campeão meio-pesado. Jon Jones tinha apenas 19 anos quando se enfrentaram no Battle Cage Xtreme 4, onde venceu por nocaute no terceiro round.

- Não estava apto, muito tempo parado, não consegui me preparar bem fisicamente, mentalmente, fiz perda de peso errada... Mas isso não é desculpa, o cara mereceu mesmo ganhar. Se eu tivesse ganho, não era merecedor, até mesmo pelo que vinha fazendo comigo mesmo. No terceiro round ele conseguiu me nocautear, botei na cabeça que tinha que ir para o tudo ou nada, e ele por ter envergadura maior chegou mais rápido no meu queixo e acabei tomando aquele nocaute.

Cachorrão ainda disse que uma revanche entre eles foi cogitada logo na sequência da primeira luta, quase três meses depois. Jon Jones nocauteou Moyses Gabin e se tornou campeão de evento em New Jersey. No mesmo card, o brasileiro finalizava Ryan Contaldi em 44 segundos. Cachorrão, no entanto, não contava com o desenrolar relâmpago da carreira de Jon Jones.

- Meses depois, a gente lutou no mesmo evento, ele pelo cinturão e eu numa luta do card principal, mas com a promessa que se ganhasse teria a revanche. Consegui finalizar minha luta em 44s, e ele nocauteou o cara no segundo round, e ficou tudo certo. Uma semana depois que foi campeão desse evento, ele já foi para o UFC, e depois de 15 dias já estava estreando contra o Andre Gusmão. Foi tudo muito rápido na vida dele. Ele teve um crescente muito grande a cada luta, e foi pegando só top, acho que isso o credenciou ao título rápido. E o cara é merecedor de onde está (...). Se eu tivesse lutado com ele naquela época com o talento que ele tem hoje, acho que tinha me matado no primeiro round. A evolução dele foi gigantesca, cada luta foi uma coisa absurda, e o cara só lutou com os melhores.

Cachorrão, que em sua última luta perdeu para Daniel Sarafian no ACB, em março de 2018, acredita que a estratégia diante de Jon Jones é ir para o abafa. Segundo o lutador de 37 anos, não pode dar espaço para o americano usar sua envergadura.

- Muita gente o respeita, por ele ser esse atleta, então a pessoa espera muito. Se hoje eu fosse lutar com ele, acho que não daria o espaço que muitos lutadores dão a ele. Quando ele começa a tomar porrada, quando vê o cara andando para frente dele, ele meio que dá uma andada para trás, começa a respeita, muda o jogo dele. Muita gente deixa ele muito solto. Se tivesse a oportunidade de lutar com ele de novo com certeza ia ser totalmente diferente, ia caçar ele toda hora, não ia fugir da trocação, e ia fazer esse jogo de abafa ele.

Andre Gusmão

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Convocado às pressas em sua estreia no UFC, Jon Jones enfrentou Andre Gusmão substituindo outro lutador que acabou se machucando. Numa luta de três rounds no UFC 87, em agosto de 2018, o americano venceu por decisão unânime (30-27, 29-28 e 30-27). Gusmão, que logo depois se afastou do MMA, se surpreendeu com o jogo do lutador vindo do wrestling.

- É um cara extremamente difícil de lutar, é muito longo. A grande dificuldade que tive quando lutei com ele era o tamanho, o cara tem uma envergadura muito grande, então é muito difícil acertá-lo. Na época ninguém sabia e hoje todo mundo sabe que ele é um cara muito versátil. Fui fazer luta com wrestling e de repente o cara está me dando queda, me dando joelhada voadora, soco giratório. Não era wrestler esse cara? Então foi um negócio que me pegou de surpresa. Aliás, pegou o UFC inteiro de surpresa, era um cara bem mais versátil que esperavam. Não só faz queda, como o cara dá chute e soco, bem completo. E ele é muito grande para a categoria, é a grande vantagem que ele tem.

Andre Gusmão ressaltou que Jon Jones dificilmente corre riscos em suas lutas, à exceção do primeiro duelo com o sueco Alexander Gustafsson, em 2013.

- (Ele evoluiu) muito, cada vez que o vejo lutar está mais assustador. Tirando a luta com Gustafsson que ele fez, sem ser essa passada, todas ele não passa nem risco. Já reparou? Ele nunca tomou knockdown, ele não passa risco em luta. Ele é um cara que está sempre melhor, evolui muito, sempre surpreendendo cada vez que volta.

 

Maurício Shogun

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Em 19 de março de 2011, Jon Jones começava seu domínio com o cinturão meio-pesado do UFC. O responsável por lhe entregar o título foi um brasileiro, Maurício Shogun, até então dono do cinturão. O lutador curitibano vinha de conquista contra Lyoto Machida, mas sucumbiu aos 2m37 no terceiro round.

- É difícil falar, ele foi melhor e mereceu a vitória. Na hora, quando você está lutando, você às vezes entra meio no automático, e é muito difícil explicar como senti a luta lá na hora. Não consegui colocar meu jogo, ele soube anular minhas armas e foi uma luta muito dura. Méritos dele - disse Shogun.

Para o brasileiro, Jon Jones pode acabar derrotado num dia ruim ou num golpe inesperado do adversário.

- Com certeza, o MMA é um esporte muito imprevisível e qualquer atleta de ponta tem chance numa luta. Parece papo furado, mas é aquilo, tudo sempre pode acontecer numa luta de MMA. O Gustafsson mesmo fez uma luta duríssima com ele na primeira vez, e quase venceu. Jon Jones é um atleta completo, muito bom e não é à toa que está até hoje com o cinturão, mas ele é humano, e basta um dia ruim dele ou uma mão que entre para mudar uma história.

Shogun acredita que o peso de uma derrota de Jon Jones pode fazê-lo ser mais pragmático numa luta, apesar de a experiência ser um fator positivo importante para ele nesse momento, que fará sua 13ª luta com o título em jogo.

- Com certeza, como lutador, tecnicamente, ele evoluiu e a tendência é a gente estar sempre evoluindo em alguma parte do jogo. Ele hoje é mais experiente, e isso sempre ajuda. Por outro lado, hoje em dia ele tem muito mais a perder e isso pesa, é mais fácil se soltar quando você está começando e a responsabilidade está com os outros.

 

Vitor Belfort

jonjones.png

Em setembro de 2012, mais de dois anos depois de perder para Anderson Silva pelo cinturão dos médios, Vitor Belfort voltou ao meio-pesado para tentar tirar o título de Jon Jones. O brasileiro aceitou a luta com três semanas de antecedência ao substituir Dan Henderson. Logo no primeiro round, quase finalizou Jones numa chave de braço. Após perder a oportunidade, Belfort foi finalizado aos 54s do quarto round numa chave de ombro.

- Ele continua achando uma fórmula para vencer. Acho que, atualmente, para vencê-lo o lutador precisa de uma base forte de wrestling, um jiu-jítsu afiado e um kickboxing em dia. Atualmente não vejo ninguém (capaz de vencê-lo), só se o Vítor Belfort voltasse no tempo (risos), ou se eu pudesse voltar o meu tratamento de TRT e assim o “field” (batalha) estaria igualado. O Jones sempre foi uma evolução do esporte.

Glover Teixeira

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Na sétima vez em que defendeu o título meio-pesado na história do UFC, Jon Jones aceitou enfrentar mais um brasileiro, e saiu com mais uma vitória. Contra Glover Teixeira, Bones venceu por decisão unânime (triplo 50-45), completamente dominante ao longo dos cinco rounds.no UFC 172, em abril de 2014.

- Jon Jones é, com certeza, o melhor da história. Lembro que ele ganhou o cinturão antes de eu entrar no UFC. Para mim, é o melhor lutador da história. Hoje em dia não vejo ninguém o vencendo. Acho que o Cain Velásquez, na época em que estava no auge, conseguiria vencer o Jon Jones, mas agora depois dessa (derrota para o Francis Ngannou) aí...

Para Glover Teixeira, apesar das derrotas nas duas oportunidades em que enfrentou o desafeto, Daniel Cormier fez a estratégia que considera certa para bater Jon Jones: “o tempo todo na cara dele”.

- O Cormier fez a estratégia certa - claro que perdeu também - de não dar o espaço para ele ficar jogando aquelas pernas, não dar espaço para ele, e tem que ter um wrestling muito bom para derrubar e trabalhar o chão. Acho que o caminho para vencer é esse aí, o tempo todo ali na cara dele, botando para cansar, que acho que ele vai cansar. Se lutasse com ele de novo, seria essa a estratégia, porque se ficar na distância ali de fora ele só vai ficar batendo, marcando pontos. É inteligente, não arrisca.

 

Serviço do UFC 235

 

Neste sábado, o Combate transmite todo o card com exclusividade, a partir de 20h30 (de Brasília), e o Combate.com e SporTV 3 exibem as duas primeiras lutas.

UFC 235
2 de março de 2019, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL (0h):
Peso-meio-pesado: Jon Jones x Anthony Smith
Peso-meio-médio: Tyron Woodley x Kamaru Usman
Peso-meio-médio: Ben Askren x Robbie Lawler
Peso-palha: Tecia Torres x Weili Zhang
Peso-galo: Cody Garbrandt x Pedro Munhoz
CARD PRELIMINAR (20h15):
Peso-pena: Jeremy Stephens x Zabit Magomedsharipov
Peso-meio-pesado: Misha Cirkunov x Johnny Walker
Peso-galo: Alejandro Perez x Cody Stamann
Peso-meio-médio: Diego Sanchez x Mickey Gall
Peso-médio: Charles Byrd x Edmen Shahbazyan
Peso-galo: Gina Mazany x Macy Chiasson
Peso-palha: Polyana Viana x Hannah Cifers

* Com colaborações de Ana Hissa e Raphael Marinho

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Jon Jones vai terminar a carreira que nem o Floyd Mayweather. Apesar que eu estou sentindo cheiro de Cisne Negro.

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Se os lutadores dizem q ele é o melhor de todos os tempos quem sou eu para dizer o contrário.

Jones LENDA

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A luta Shogun x JJ foi angustiante de ver pois foi uma surra  do JJ no Shogun e estava torcendo para o juiz parar, acho que se na época o Shogun  tivesse pegado o Rashad (JJ substitui o Rashad) tinha até ganho aquela peleja e mantido o título por pelo menos mais uma luta e  depois pegaria o JJ. O único lutador que ameaçou o JJ mesmo foi o Gustafsson o resto ele passeou mesmo.

 

 

 

Editado por Stark

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36 minutos atrás, Stark disse:

A luta Shogun x JJ foi angustiante de ver pois foi uma surra  do JJ no Shogun e estava torcendo para o juiz parar, acho que se na época o Shogun  tivesse pegado o Rashad (JJ substitui o Rashad) tinha até ganho aquela peleja e mantido o título por pelo menos mais uma luta e  depois pegaria o JJ. O único lutador que ameaçou o JJ mesmo foi o Gustafsson o resto ele passeou mesmo.

 

 

 

foi angustiante mesmo. parecia um irmão ou amigo sendo surrado pq sou muito fã mesmo. foi um choque. acordei depois boladão...

com aldo o sofrimento foi igual, mas não deu essa angustia como bem disse pq foi rapidíssimo...

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Já está na hora de Jones fazer super luta contra algum lutador do peso pesado, ele é único que não aceitou, Anderson encarou e outros lutadores também, e ele tem que fazer...

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1 hora atrás, Axiotis disse:

foi angustiante mesmo. parecia um irmão ou amigo sendo surrado pq sou muito fã mesmo. foi um choque. acordei depois boladão...

com aldo o sofrimento foi igual, mas não deu essa angustia como bem disse pq foi rapidíssimo...

Eu tentei jogar a toalha mano varias vezes, mas não deu, uma surra de dar dó

Editado por Paulo wand

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A unica chance do Jones perder, e um golpe de sorte, a verdade e essa, ele e completo demais, tem todos os artifícios, todos os atributos pra ser bem sucedido, 

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1 hora atrás, Paulo wand disse:

A unica chance do Jones perder, e um golpe de sorte, a verdade e essa, ele e completo demais, tem todos os artifícios, todos os atributos pra ser bem sucedido, 

exatamente... não tem ninguém com melhor atributo que ele em uma só área.

Só um cavalo pra acertar uma no interruptor e apagar o Jones.

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Em tempos de campeões chatos a Vera, cheio de Mínimi pra lutar, ver o Jones rodando o jogo é dando aos contenders a oportunidade de receber um title shot sem se estressar com palhaçadas , e focado apenas em vencer lutas deve ser motivador. 

Não sou fã, mas não tem como dizer q não seja um dos melhores de todos os tempos.

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Os caras são muito engraçados. O Cahorrão disse: "Eu tava isso, tava aquilo, tava aquilo outro...mas não é desculpa."  Primeiro dá todo tipo de  desculpa,  depois diz que n é desculpa. É cada uma. 

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16 horas atrás, Paulo wand disse:

Eu tentei jogar a toalha mano varias vezes, mas não deu, uma surra de dar dó

Pior que o Shogun do UFC nunca foi nem sombra daquele monstro do Pride. Tem umas derrotas bizonhas dele no UFC, tomando passadas de carro mesmo.

O Jones é um monstro mesmo e aproveitando essa categoria super fraca, pode se aposentar até sem perder, se parar na hora certa.

Só pegar umas aulas com o GSP e vai se aposentar como a maior lenda que esse esporte já viu.

 

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Só uma coisa a dizer sobre o comentário do Belfort.  Alto estima realmente é tudo na vida . Melhor viver iludido do que desesperado.

Pqp

 

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16 horas atrás, Paulo wand disse:

A unica chance do Jones perder, e um golpe de sorte, a verdade e essa, ele e completo demais, tem todos os artifícios, todos os atributos pra ser bem sucedido, 

Ah eu não diria golpe de sorte não. Sempre aparece um cara depois que pode vencer, com características físicas superiores e técnica capaz de igualar a parada.

Eu me lembro que quando o Aldo venceu o Edgar e o Chad pela segunda vez, muita gente falava que ele nunca perderia também. Como era possível um Striker como ele jantar todos os Wrestlers pesadíssimos que ele enfrentou, sem sequer correr riscos? O que o Aldo fez nos penas era assombroso. Galera vinha com o antídoto jorrando da agulha e perdia.

Mas aí vieram esses dois penas enormes, Connor e Holloway e definiram um novo nível físico na categoria.

O Jones, fisicamente, ainda está na crista da onda nos meio-pesados pois ainda não apareceu um cara que destoe dos outros fisicamente, até porque ele mesmo segue sendo a referência nesse quesito.

Não dá pra achar uma forma mesmo de Smith, Glover, Volkan e outros caras bem menores de vencê-lo. Pegando um gancho no que falei aí, sobre estrutura física, o Walker vem aí estabelecendo um novo nível também. Parece que ele tem muito mais punch que os outros podem aguentar. Pode ser ele o cara a destronar o Jones. Mas só saberemos num futuro a médio prazo, depois que ele for devidamente testado contra os tops

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Em 3/3/2019 at 12:56 AM, Nick Santoro disse:

Em tempos de campeões chatos a Vera, cheio de Mínimi pra lutar, ver o Jones rodando o jogo é dando aos contenders a oportunidade de receber um title shot sem se estressar com palhaçadas , e focado apenas em vencer lutas deve ser motivador. 

Não sou fã, mas não tem como dizer q não seja um dos melhores de todos os tempos.

X________

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