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Bethe desabafa sobre luta cancelada: “Pior que a dor financeira é esse julgamento

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Bethe desabafa sobre luta cancelada: “Pior que a dor financeira é esse julgamento

Lutadora conta que foi vetada pelo próprio departamento médico do UFC de enfrentar Irene Aldana, no UFC 227. Ela espera que a luta seja remarcada para novembro, na Argentina

 
 
 

Por Camilo Pinheiro Machado, Evelyn Rodrigues e Marcelo Barone, Los Angeles, EUA

07/08/2018 16h13  Atualizado há 1 hora

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Bethe Correia explica cancelamento de luta no UFC 227
 

Na semana passada, Bethe Correia foi pega de surpresa com o cancelamento de sua luta contra Irene Aldana, no UFC 227, em Los Angeles. A brasileira, que chegou aos EUA com antecedência para a reta final de preparação para o combate, foi informada na terça-feira, 31 de julho, de que não poderia competir no sábado, 4 de agosto. Em entrevista exclusiva ao Combate.com, ela informou que, inicialmente, achou que tudo se tratava de um mal entendido.

- Até pedi para o UFC para chegar aqui alguns dias antes para me preparar, porque estava há um ano sem lutar por conta de lesões que tive. Estava tudo perfeito. Foi tudo muito estranho. Na terça-feira, estava treinando, inclusive muito satisfeita com o resultado do meu peso, porque estava muito abaixo do que nas outras vezes, quando subi no quarto para tomar banho e fazer meu almoço, recebi dois e-mails do UFC. O primeiro dizendo que estava suspensa por seis meses, que não ia lutar, e que iam me mandar no mesmo dia para o Brasil. Fiquei louca, desesperada. Quando abri o outro e-mail dizia que não tinham achado passagem e que iam me mandar no dia seguinte. Fiquei louca, desesperada, comecei a chorar, sem entender. Liguei para o meu empresário para entender o que estava acontecendo. Me disseram que não estava apta a lutar por causa do meu olho esquerdo, que estava suspensa por seis meses.

Bethe Correia deu sua versão sobre o cancelamento da luta contra Irene Aldana (Foto: Evelyn Rodrigues)Bethe Correia deu sua versão sobre o cancelamento da luta contra Irene Aldana (Foto: Evelyn Rodrigues)
 

A lutadora explica que, na véspera, se submeteu a uma avaliação com um médico indicado pelo UFC para checar as informações que havia colocado na ficha que precisa preencher quando chega ao evento. Segundo ela, a Comissão Atlética do Estado da Califórnia ainda estava analisando o seu caso, mas o departamento médico do próprio UFC foi o responsável por cancelar o combate.

- Descobrimos que não foi a Comissão Atlética da Califórnia que me vetou, cometi até uma injustiça. Fui em um médico aqui e estavam analisando meu caso, até porque tirar uma pessoa do card faltando quatro dias é algo muito sério para tomar uma decisão de um dia para outro. O departamento médico do UFC disse que eu não havia dado informações da cirurgia do olho esquerdo, acabaram vendo no laudo dos médicos daqui e optaram por cancelar minha luta. Fiquei desesperada porque dei todos os exames e laudos médicos mostrando que fiz uma aplicação de óleo no meu olho esquerdo. O médico deu o parecer que eu podia voltar às atividades normais em dois meses. Ficou parecendo que agi de má fé com o UFC, que escondi essa informação, mas não foi. Não sei o que esse médico pensou, nem sei se é oftalmologista, mas nunca recebi uma suspensão de seis meses. Cheguei aqui e a Comissão Atlética pediu para fazer um exame para ver como estava meu olho, porque coloquei na ficha que tive deslocamento de retina, fui muito honesta. Provavelmente eles não iam cancelar porque sabem tamanha a importância de um evento desse para um atleta.

Bethe, que não luta desde junho de 2017 e fez todo o seu camp de treinamento em Curitiba, na CM System, publicou fotos da cirurgia no olho no início do ano, revelando que não poderia enfrentar Irene Aldana em janeiro por conta do procedimento médico. Ainda não está claro se o cancelamento de sua luta no UFC 227 foi motivado por divergências de opinião médica no tratamento da atleta, mas ela afirma que tinha a liberação de três médicos que a acompanharam no Brasil para subir no octógono no último dia 4 de agosto.

- Quando falei com o UFC, acharam que não informei que tinha tido deslocamento da retina, mas minha luta de janeiro caiu por causa disso. Mandei todos os laudos médicos, não só do meu médico, porque tenho três médicos no Brasil, cuido bastante da minha visão para continuar lutando. Os três aprovaram eu continuar a lutar, lógico que me mostraram os riscos, mas os riscos sempre têm, assim como tomar um nocaute pode ter um risco neurológico, é um esporte de risco. Estava apta a continuar lutando. Eles acharam que estava de má fé, escondendo. Mostrei todos os e-mails que mandei para o departamento médico do UFC. Você não sabe quanto é doloroso para uma atleta, que está perdendo peso, ser tirada de um card sem explicar direito. Isso é muito sério. Foi um investimento grande que fiz, aposto que minha adversária também, a gente vive disso, não tem apoio de nada, me mudei para fazer o camp. Não podia ir embora para o Brasil sem saber o que estava acontecendo. Mas pior que a dor financeira é esse julgamento, tirar você da competição, te fazer dar dois passos atrás, marcar outra luta, fazer outro camp... isso é muito mais doloroso.

A atleta aproveitou para explicar que o caso dela não é o mesmo do Michael Bisping, que sofreu um descolamento de retina após a luta contra Vitor Belfort, em janeiro de 2013, e mesmo depois de passar por diversas cirurgias, ainda ficou sem 80% da visão do olho direito.

- Meu caso é diferente do Bisping. Lutadores têm um risco a mais de ter deslocamento de retina, é muito comum isso acontecer, então você não pode proibir alguém de lutar se há tratamento. Há tratamento para isso, você não precisa achar que tem que se aposentar, depende do caso. O Bisping, se não me engano, teve o deslocamento três vezes em um olho só. Não sei o grau que ele teve, mas pode levar à cegueira. Não foi meu caso. Meu olho direito teve a retina deslocada, mas tenho 100% de visão, enxergo muito melhor, não uso óculos, lente, nada. Meu olho esquerdo também não foi danificado. Quando tenho qualquer suspeita de deslocamento, corro para o médico. Quando começou a me incomodar, estava no Rio de Janeiro e, como não podia pegar avião, optaram por colocar um óleo no meu olho. Esse óleo que um dos médicos implicou, esse óleo deixa minha visão turva, mas ainda consigo enxergar, tenho visão frontal, periférica, tenho reflexo, só não tenho muita nitidez para leitura. Implicaram e disseram que preciso tirar esse óleo para lutar. Estou voltando para o Brasil, vou tirar o óleo, com quinze dias posso voltar para as atividades.

Bethe diz que, apesar de ainda estar abalada com o cancelamento do combate, prefere focar em seu retorno ao octógono. No cenário ideal, ela gostaria de lutar no card da Argentina, no dia 17 de novembro.

- Meu empresário está conversando com o UFC para tomar uma atitude para ser melhor com o atleta. Pedi para o Wallid falar que quero lutar na Argentina, ele falou com o matchmaker, que disse que era só eu apresentar os exames direitinho... Quero lutar, bola para a frente. Só sei que desde que caiu a luta só fico triste e chorando, depois que descobri que não foi a comissão que me tirou eu fiquei mais desesperada. Sempre quis ser atleta do UFC, sei que algumas pessoas reclamam do UFC, mas no meu caso eles sempre foram muito justos comigo. Acredito que eles vão agir da melhor forma comigo, vão remarcar a luta. Não foi culpa minha, a maior dor quem sentiu fui eu, acho que a Irene também sentiu a dor dela. Acredito que o UFC vai ser justo, resolver sim, e remarcar a luta. Gostaria muito de lutar na Argentina - encerrou a peso-galo paraibana.

O Combate.com entrou em contato com o UFC solicitando uma posição sobre o caso de Bethe Correia, mas até o momento não obteve resposta.

Fonte: combate.com

 

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Irei falar um achometro já que não sei como é esse lance na vista dela... Mas se ela tá com um óleo que deixa a visão turva, que médicos dela falaram que existe risco.... Bem que fizeram em cancelar a luta dele, foi para seu bem... Só claro poderiam ter cancelado bem antes.

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11 minutos atrás, Henry Chinasky disse:

Isso aí é montagem ?

Pq vc acha isso? 

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- Quando falei com o UFC, acharam que não informei que tinha tido deslocamento da retina, mas minha luta de janeiro caiu por causa disso.

Correia, Beth

Essa parte em específico não faz sentido mesmo. Parece que rolou uma cagada de pau monstra por parte do UFC. 

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pegam muito no pé dela... pegam mais no pé dela que no da Dilma, Lula, Temer...

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oq pega p ele é que ela tem rosto estranho(aka feio) e aquelas dançinhas rídiculas pós luta

peguei abuso dela por causa daquela coisa rídicula

 

ps- falei lenda com sentido de sarcasmo...parece que alguns aqui de fato a consideram como tal rs

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10 horas atrás, Axiotis disse:

pegam muito no pé dela... pegam mais no pé dela que no da Dilma, Lula, Temer...

Foi a Globo que mandou. Desde a luta com a ronda é isso.

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Eu já tiro o chapéu pra Bethe. Veio lá do nordestão, sem apoio nenhum, entrou no maior evento do mundo e ainda conseguiu no grito lutar com a mina que fez o mma feminino ter visibilidade.

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Esquisita essa história. E pela perspectiva dele também não vejo sentindo algum em vetarem essa luta.

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