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Papo aberto com Lyoto Machida - saída do UFC, Bellator, USADA, Mousasi...

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Saída do UFC, Bellator, USADA, Mousasi e mais: Lyoto Machida na casa nova

Em conversa com o Combate, lutador detalha negociações com o Bellator, com quem assinou por seis lutas, e fim do ciclo no Ultimate: "Entenderam que era business, não havia nada ilegal ou imoral"

Em 12 de maio, Lyoto Machida subia ao octógono no UFC Rio 9 para fazer o que nem mesmo ele sabia: sua última luta no Ultimate. O desfecho foi grandioso, com um nocaute impressionante para cima de Vitor Belfort no segundo round. Pouco mais de um mês depois, no dia 22 de junho, o lutador anunciava sua ida para o principal concorrente do UFC, o Bellator.

Na casa nova, Lyoto Machida assinou um contrato de seis lutas. Em conversa com o Combate.com, entre muitos assuntos, o baiano de 40 anos detalhou o processo da negociação, ressaltou que não saiu brigado com o UFC e defendeu o programa antidoping aplicado pelo Bellator, criticando a postura da USADA, a Agência Antidoping dos EUA que cuida do programa do Ultimate.

- Normalmente, antes da última luta o UFC renegocia o contrato. No meu caso foi um pouco diferente, ele deixou o contrato correr e, quando acabou minha última luta, eu estava livre para negociar com outra entidade. Esperei ainda uma semana, uma semana e meia e ninguém entrou em contato. Comecei então a tomar minhas atitudes, e aí falei com o UFC. Eles disseram que tinham uma proposta, mas não estava me agradando tanto, e aí fui no Bellator, que fez uma proposta mais interessante. Fui no UFC e avisei que tinha recebido tal proposta, e eles cobriram, mas já tinha dado minha palavra ao Scott Coker (presidente do Bellator). O UFC falou que podia dar exatamente o que o Bellator queria dar, mas foi uma questão de acordo. O Ultimate entendeu no final, e ainda falei com o Dana, que disse: “Poxa, Lyoto, queria tanto que você tivesse ficado aqui”. Mas disse a ele que ficava chato dizer não ao Bellator. A gente foi ensinado assim, a ter palavra. De forma alguma (saí brigado). Recebi mensagem do CEO do UFC, do Dana, e no final eles entenderam que era business, não havia nada ilegal ou imoral.

A relação com o Bellator, porém, vem antes mesmo da negociação que culminou na ida de Lyoto para a organização com sede em Newport Beach, no estado americano da Califórnia. O lutador lembrou que, ao acompanhar o irmão e lutador Chinzo Machida no Bellator, criou um vínculo de muito respeito com os diretores.

- Meu irmão luta no Bellator, e eu já tinha ido algumas vezes no Bellator, vinha me dando bem com eles, com o Scott Coker, já há algum tempo. A gente se falava, ele mandava mensagem. Quando tive problema com a USADA, ele mandou mensagem algumas vezes perguntando se estava tudo bem... A gente manteve esse contato. Isso foi importante para caramba! Quando procurei o Bellator, fui muito bem tratado. Isso aproximou os espaços. E gosto também de estar lutando, estar competindo, e me sinto bem para fazer isso. Acho o Bellator um evento superinteressante, que vem valorizando bastante os lutadores e as lendas. É difícil até explicar, mas você sente que está próximo da organização. Não que eu não estivesse próximo do UFC, tenho grandes amigos dentro do UFC, fiz grandes contatos e relacionamentos ali dentro, mas o UFC se tornou mais corporativo, se tornou uma empresa muito grande.

Após cumprir 18 meses de suspensão por uso de substância proibida, Lyoto voltou a lutar em outubro de 2017, quando foi nocauteado por Derek Brunson. Em fevereiro deste ano, venceu Eryk Anders, antes de nocautear Belfort em maio. Nascido na Bahia e criado em Belém, Machida acreditava que podia voltar a ser campeão no Ultimate, e ressalta que a ida ao Bellator não foi por confrontos menos complicados.

- Eu acreditava muito que poderia chegar (ao título) no UFC, na situação que estou hoje. Houve um crescimento, nessas últimas duas lutas consegui me reerguer e vi grandes chances dentro do UFC também. Não vi, de forma alguma, o Bellator como uma fuga. Lá tem muita luta dura, Mousasi está lá, Rory MacDonald, Fedor (Emelianenko), caras que fizeram parte do plantel do UFC por muito tempo e que trouxeram grandes resultados. A sensação agora é que tenho um pouquinho mais de liberdade. Essa é a minha sensação (no Bellator) - explicou o lutador, que era o nono colocado do ranking dos médios ao sair da organização.

Indagado sobre o programa antidoping utilizado pelo Bellator, Lyoto Machida disse preferir o sistema utilizado pela nova casa, e ainda teceu críticas à USADA, que o puniu em 2016 após um teste positivo fora de competição, que mostrou o uso da substância proibida “7-keto-DHEA”, da classe dos agentes anabólicos.

- O Bellator faz o certo, tem testes fora de época também, mas não são testes surpresa. Essa é uma questão muita delicada. Concordo com o sistema antidoping, é importante para o esporte, mas não concordo com a forma como é feito pela USADA. A gente tem visto muita coisa acontecendo, eles são muito duros, e têm pessoas que foram suspensas, banidas, que não tiveram culpa. Passei por uma situação muito parecida, assim como meu amigo Werdum, em quem acredito 100%. É uma situação que você vive num estresse. Você não precisa estar tomando nenhuma substância ilegal, mas vive num estresse, tem que estar toda hora avisando para onde vai, olhando o que pode ou não pode. O atleta já tem várias coisas para se estressar como rendimento, treinamento, corte de peso, alimentação... Lógico que o controle é importante para que as pessoas possam respeitar, mas tudo que vai ao extremo não se torna tão legal assim. Passei praticamente dois anos fora, tive que ter a cabeça muito boa para superar isso, treinava todos os dias imaginando a minha volta. Tem que olhar um pouco esse lado do esporte, a gente está tratando com pessoas, não é simplesmente “suspendeu e acabou”. Entendo que o trabalho deles é correto, achou uma substância têm que investigar e julgar, mas até que ponto é essa procura? Até que ponto é essa espera? Até que ponto é benéfico para o atleta, para o evento, e até mesmo para a USADA?

De volta aos assuntos relacionados a dentro do cage, Lyoto sinalizou com uma estreia no Bellator no final de outubro, apesar de ressaltar que tudo ainda está sendo conversado. Ele ainda se mostrou aberto a super lutas, apesar de afirmar que sua categoria segue sendo o peso-médio.

- Eles falaram que em dois ou três meses posso estar lutando, talvez no final de outubro. Mas só especularam, não confirmaram nada (...). Estou muito feliz na organização, acho que tomei a decisão certa. Têm grandes adversários, grandes lutas, e isso me empolga, saber que vou lutar com pessoas que fizeram história e ainda estão fazendo. Isso é a valorização do esporte, dos atletas. Isso está me deixando bastante empolgado para vários desafios que vou ter. Minha categoria principal é a 84kg, mas Scott Coker perguntou (sobre outras categorias) e eu disse: “Lógico, posso fazer super lutas também”. Se o Bellator estiver casando lutas que são interessantes, acho que é válido.

Uma das lutas no horizonte de Lyoto no Bellator é com o iraniano Gegard Mousasi. Eles já se enfrentaram em 2015, quando o brasileiro venceu por decisão unânime.

Lyoto Machida, que estava no UFC desde 2007, tem um cartel com 24 vitórias e oito derrotas. Em 2009, o carateca conquistou o cinturão dos pesos-meio-pesados (até 93kg) ao derrotar Rashad Evans por nocaute, e manteve o título por pouco menos de um ano, com uma defesa bem sucedida contra Maurício Shogun. Em 2013, Lyoto desceu para o peso-médio (até 83,9kg), categoria pela qual disputou o cinturão em 2014 contra Chris Weidman - foi superado na decisão unânime dos juízes. Na nova trajetória, “O Dragão” contará com o apoio da família, que recebeu muito bem a notícia sobre sua mudança.

- Antes da decisão já vinha falando que provavelmente as coisas podiam ir para esse lado e todo mundo ficou muito feliz. Estamos vendo o esporte em si, não olhando só o UFC, que é uma grande empresa à qual sou muito grato por tudo o que aconteceu comigo. O esporte tem um crescimento muito maior que o UFC, a gente vê eventos acontecendo diariamente ao redor do mundo, e isso que temos que empurrar. É muito pequeno só falar em UFC, o esporte tem muita vida.

http://sportv.globo.com/site/combate/

 

 

 

 

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1 hora atrás, clebersusuki@hotmail.com disse:

Lyoto não vende nada , e se ganhar de alguém , vai ser por pontos em luta chata .

luta chata tipo a contra o mousasi ?

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Vou acompanhar , sempre entendi a forma de lutar do Lyoto,e acho seu jogo valido., tem meu respeito.

Curiosidade além do Ken scharock e o do kimbo mais alguém já foi pego no doping do bellator ?

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32 minutos atrás, mrcavalera disse:

Vou acompanhar , sempre entendi a forma de lutar do Lyoto,e acho seu jogo valido., tem meu respeito.

Curiosidade além do Ken scharock e o do kimbo mais alguém já foi pego no doping do bellator ?

Não tenho certeza, mas acho que o King Mo também.

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é disciplinado . tem foco , mas não empolga. uma coisa é uma coisa. quer ver outro? rapael assunção. é pedreira. é bom em todas as áreas mas tem que modificar o jogo.

Editado por JUnior Box

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Em 6/29/2018 at 1:49 PM, Dudu show disse:

Não tenho certeza, mas acho que o King Mo também.

mo acho que foi ainda no strikeforce nao?

se nao me  e engano o mike richman caiu tb.

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Grande Lutador, grande ser humano!

Um dos lutadores que mais admiro e respeito nesse esporte em razão de sua técnica refinada, respeito pelos oponentes e o caráter de homem que tem.

Quem já praticou caratê, sabe bem do que estou falando.

Grande aquisição para o Bellator.

 

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