Eder Jofre55

Os lutadores e a guerra contra a balança: o impacto na performance atlética.

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Os lutadores e a guerra contra a balança: o impacto na performance atlética.

Os estudos são inconclusivos e esparsos quanto ao impacto sofrido pelo corpo do lutador após corte abrupto de peso, no momento do combate.

Luiz Felipe Prota

Para fechar, vamos para a terceira parte da nossa série sobre o "Os lutadores e a guerra contra a balança" em lutadores. Vamos abordar seu impacto na performance atlética, no momento em que o lutador chega para lutar contra seu adversário, depois de passar por todo o processo de corte drástico de peso (primeira parte) e pela recuperação do peso (segunda parte).

Pra começo de conversa, a palavra “performance” é importada do inglês e tem relação direta com eficiência atlética, no nosso caso. Na luta, o desempenho na aplicação de um golpe pode ser medido pela performance de acordo com o objetivo em questão. No caso do striking, busca-se acertar o adversário com a maior precisão e força possíveis. Então, a performance pode ser analisada em vários campos dentro de um combate.

Começando pela performance competitiva, os estudos existentes não são conclusivos quanto ao sucesso nos resultados com lutadores que fazem o corte drástico de peso, uma vez que existem diversos fatores que podem interferir no processo.

Numa pesquisa norte-americana com lutadores de wrestling em escolas (High School), aqueles que perdiam mais peso conseguiam melhores classificações do que aqueles que cortavam menos peso. Cerca de 58% dos atletas que não seguiram as recomendações de peso ideais conseguiram medalhas, contra os 33% que se enquadravam nos respectivos pesos sem estressar seus organismos. Mesmo com idades abaixo de 18 anos, esses lutadores já começavam a correr riscos, estressando o corpo a percentuais de gordura corporal abaixo de 5%, o que é contra-indicado por médicos e nutricionistas.

Por outro lado, um outro grupo de cientistas observou que não havia diferença de vitórias e derrotas entre lutadores de wrestling que perdiam e recuperavam mais peso após a pesagem.

Análises confirmam que os lutadores que ficam em uma mesma categoria de peso conseguem sucesso mais prolongado na carreira. Olhemos os casos dos lutadores de MMA como Anderson Silva, 7 anos sem perder, José Aldo, 8 anos invicto e Demetrious Johnson, um pouco menos de 7 anos com o cartel limpo. Aqueles que conseguem bons desempenhos ao mudarem de divisão, conseguem resultados positivos em categorias acima da habitual, e não nas categorias de peso abaixo como foram os casos dos judocas Ilias Iliadis, João Derly, Leandro Guilheiro e Keiji Suzuki; dos boxeadores Oscar de la Hoya, Evander Holyfield e Manny Pacquiao; e do lutador de MMA, Rafael dos Anjos, e muitos outros que poderíamos citar aqui. Ao mudar de categoria o corpo pode demorar para se adaptar aos novos processos fisiológicos mas o recondicionamento é mais rápido quando não se intensifica a perda de peso para categorias mais baixas. O estresse do organismo pode ser mais pronunciado.

Um estudo mostra que a força muscular não é impactada de maneira aguda ou no momento do combate, após o processo de corte abrupto de peso, no entanto, a força muscular máxima tende a diminuir de forma siginificativa ao longo da carreira do atleta, devido ao processo de estresse repetido que culmina com perda de massa magra. A potência de um golpe pode ser diminuída de forma substancial.

Olhando de forma indireta, o corte de peso pode impactar na performance geral de movimentos e ações musculares uma vez que o processo favorece o surgimento de lesões. Atletas que reduzem o peso em mais de 5% da sua massa corporal tem maior chance de sofrerem lesões durante uma competição ou combate. Dependendo do tipo de injuria o corpo pode não responder da mesma maneira com a mesma eficiência atlética em desafios futuros.

O que fica nítido é que a fase de recuperação de peso é a mais importante para o dia da luta porque este é o momento em que o lutador pode restaurar o organismo à níveis normais ou próximo disso, após todo o estresse vivido no corte drástico de peso. Por exemplo, uma pesquisa que chamou a atenção foi a de que a capacidade anaeróbica ou de explosão física de judocas pode ser restabelecida à níveis normais com apenas três ou quatro horas de recuperação de peso. Isso melhoraria a performance num momento de ataque múltiplo ou finalizador na tentativa de se acabar com uma luta ou mesmo na defesa desesperada e explosiva para escapar de golpes capitais.

Assim, em lutas de MMA e boxe onde as pesagens são feitas com cerca de 24 horas antes do evento, os atletas podem chegar mais inteiros para os combates, mas cada lutador reage de uma forma, e o que é regra para a maioria pode ser problema para outros. Lembre-se disso!

Recuperar o peso acima do limite normal da vida de um lutador, pode impactar em lentidão de movimentos e sobrecarga cardíaca, candidatando o lutador ao sofrimento aeróbico com mais rapidez do que o habitual.

A notícia que não é legal para os lutadores que realizam ciclos de ganho e corte de peso é que as chances de desenvolverem obesidade depois dos 40 anos é muito grande. O problema mora no fato do efeito sanfona reduzir a taxa metabólica do organismo o que resulta em menor gasto energético a longo prazo, levando a um maior acúmulo de gordura e aumento de peso. Com isso, os problemas de controle de peso em lutadores podem começar a aparecer e complicar a performance atlética naqueles que insistem em continuar suas carreiras com mais idade. Além disso, esses lutadores tendem a apresentar distúrbios de alimentação após os períodos de luta o que pode levá-los a comer de forma descontrolada. Sabemos que quanto maior o índice de massa corporal (IMC), maior o trabalho do coração, que pode não dar conta de bombear o sangue num momento de necessidade emergencial numa luta, por exemplo, levando esse indivíduo à exaustão de forma mais rápida.

Após essa coletânea de estudos acerca da perda de peso e performance, chego à conclusão que muito pouco, ainda, é estudado sobre o assunto, principalmente no MMA, esporte que cresce e chama a atenção de cada vez mais pessoas no mundo inteiro. A longo prazo, os efeitos são negativos no corpo do atleta! O recado que fica é que vale a pena fazer um acompanhamento médico e nutricional específico para a luta e não cair na besteira de tentar fazer porque fulano falou que dá certo. Não bater o peso para uma luta custa dinheiro e revela o atleta sem profissionalismo, e ao mesmo tempo, bater o peso da forma errada custa muito um bem intransferível e alíenavel: sua saúde!

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Valeu Eder.

Ajustes com a balança nunca deixarão de acontecer.

Mas teria que ser num percentual menor.

O que tenho ouvido a galera afirmar por aqui é que tem lutador que pesa 85kg e consegue lutar na categoria até 70kg.

Isso dá um corte de aproximadamente 17%

 

Loucura.

Editado por AndersontheBest
Corrigir a palavra daí para dá

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16 horas atrás, Eder Jofre55 disse:

Os lutadores e a guerra contra a balança: o impacto na performance atlética.

Os estudos são inconclusivos e esparsos quanto ao impacto sofrido pelo corpo do lutador após corte abrupto de peso, no momento do combate.

Luiz Felipe Prota

Para fechar, vamos para a terceira parte da nossa série sobre o "Os lutadores e a guerra contra a balança" em lutadores. Vamos abordar seu impacto na performance atlética, no momento em que o lutador chega para lutar contra seu adversário, depois de passar por todo o processo de corte drástico de peso (primeira parte) e pela recuperação do peso (segunda parte).

Pra começo de conversa, a palavra “performance” é importada do inglês e tem relação direta com eficiência atlética, no nosso caso. Na luta, o desempenho na aplicação de um golpe pode ser medido pela performance de acordo com o objetivo em questão. No caso do striking, busca-se acertar o adversário com a maior precisão e força possíveis. Então, a performance pode ser analisada em vários campos dentro de um combate.

Começando pela performance competitiva, os estudos existentes não são conclusivos quanto ao sucesso nos resultados com lutadores que fazem o corte drástico de peso, uma vez que existem diversos fatores que podem interferir no processo.

Numa pesquisa norte-americana com lutadores de wrestling em escolas (High School), aqueles que perdiam mais peso conseguiam melhores classificações do que aqueles que cortavam menos peso. Cerca de 58% dos atletas que não seguiram as recomendações de peso ideais conseguiram medalhas, contra os 33% que se enquadravam nos respectivos pesos sem estressar seus organismos. Mesmo com idades abaixo de 18 anos, esses lutadores já começavam a correr riscos, estressando o corpo a percentuais de gordura corporal abaixo de 5%, o que é contra-indicado por médicos e nutricionistas.

Por outro lado, um outro grupo de cientistas observou que não havia diferença de vitórias e derrotas entre lutadores de wrestling que perdiam e recuperavam mais peso após a pesagem.

Análises confirmam que os lutadores que ficam em uma mesma categoria de peso conseguem sucesso mais prolongado na carreira. Olhemos os casos dos lutadores de MMA como Anderson Silva, 7 anos sem perder, José Aldo, 8 anos invicto e Demetrious Johnson, um pouco menos de 7 anos com o cartel limpo. Aqueles que conseguem bons desempenhos ao mudarem de divisão, conseguem resultados positivos em categorias acima da habitual, e não nas categorias de peso abaixo como foram os casos dos judocas Ilias Iliadis, João Derly, Leandro Guilheiro e Keiji Suzuki; dos boxeadores Oscar de la Hoya, Evander Holyfield e Manny Pacquiao; e do lutador de MMA, Rafael dos Anjos, e muitos outros que poderíamos citar aqui. Ao mudar de categoria o corpo pode demorar para se adaptar aos novos processos fisiológicos mas o recondicionamento é mais rápido quando não se intensifica a perda de peso para categorias mais baixas. O estresse do organismo pode ser mais pronunciado.

Um estudo mostra que a força muscular não é impactada de maneira aguda ou no momento do combate, após o processo de corte abrupto de peso, no entanto, a força muscular máxima tende a diminuir de forma siginificativa ao longo da carreira do atleta, devido ao processo de estresse repetido que culmina com perda de massa magra. A potência de um golpe pode ser diminuída de forma substancial.

Olhando de forma indireta, o corte de peso pode impactar na performance geral de movimentos e ações musculares uma vez que o processo favorece o surgimento de lesões. Atletas que reduzem o peso em mais de 5% da sua massa corporal tem maior chance de sofrerem lesões durante uma competição ou combate. Dependendo do tipo de injuria o corpo pode não responder da mesma maneira com a mesma eficiência atlética em desafios futuros.

O que fica nítido é que a fase de recuperação de peso é a mais importante para o dia da luta porque este é o momento em que o lutador pode restaurar o organismo à níveis normais ou próximo disso, após todo o estresse vivido no corte drástico de peso. Por exemplo, uma pesquisa que chamou a atenção foi a de que a capacidade anaeróbica ou de explosão física de judocas pode ser restabelecida à níveis normais com apenas três ou quatro horas de recuperação de peso. Isso melhoraria a performance num momento de ataque múltiplo ou finalizador na tentativa de se acabar com uma luta ou mesmo na defesa desesperada e explosiva para escapar de golpes capitais.

Assim, em lutas de MMA e boxe onde as pesagens são feitas com cerca de 24 horas antes do evento, os atletas podem chegar mais inteiros para os combates, mas cada lutador reage de uma forma, e o que é regra para a maioria pode ser problema para outros. Lembre-se disso!

Recuperar o peso acima do limite normal da vida de um lutador, pode impactar em lentidão de movimentos e sobrecarga cardíaca, candidatando o lutador ao sofrimento aeróbico com mais rapidez do que o habitual.

A notícia que não é legal para os lutadores que realizam ciclos de ganho e corte de peso é que as chances de desenvolverem obesidade depois dos 40 anos é muito grande. O problema mora no fato do efeito sanfona reduzir a taxa metabólica do organismo o que resulta em menor gasto energético a longo prazo, levando a um maior acúmulo de gordura e aumento de peso. Com isso, os problemas de controle de peso em lutadores podem começar a aparecer e complicar a performance atlética naqueles que insistem em continuar suas carreiras com mais idade. Além disso, esses lutadores tendem a apresentar distúrbios de alimentação após os períodos de luta o que pode levá-los a comer de forma descontrolada. Sabemos que quanto maior o índice de massa corporal (IMC), maior o trabalho do coração, que pode não dar conta de bombear o sangue num momento de necessidade emergencial numa luta, por exemplo, levando esse indivíduo à exaustão de forma mais rápida.

Após essa coletânea de estudos acerca da perda de peso e performance, chego à conclusão que muito pouco, ainda, é estudado sobre o assunto, principalmente no MMA, esporte que cresce e chama a atenção de cada vez mais pessoas no mundo inteiro. A longo prazo, os efeitos são negativos no corpo do atleta! O recado que fica é que vale a pena fazer um acompanhamento médico e nutricional específico para a luta e não cair na besteira de tentar fazer porque fulano falou que dá certo. Não bater o peso para uma luta custa dinheiro e revela o atleta sem profissionalismo, e ao mesmo tempo, bater o peso da forma errada custa muito um bem intransferível e alíenavel: sua saúde!

Tópico excelente! Muito bom mesmo!

Um dos melhores dos ultimos tempos!

 

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Interessante essa perca de peso no MMA em relação a envergadura é força, tem atleta que pesa 93 é luta de 77.

Outro 84 e luta de 77 .

Acho absurdo é nego 85 a 88 quilos luta de 66.

Agressão absurda ao organismo

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Se todos lutassem na sua categoria normal, baixando só do peso off pro de treinos... nao teria problema...

Mas pq começou essa queda de peso grande na pesagem pra lutar bem mais pesado no dia da luta?

Acredito que que foi pra burlar a categoria e tirar vantagem física do seu adversário. Acabou que virou regra...

Editado por Axiotis

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20 minutos atrás, NEGO DÁGUA disse:

Interessante essa perca de peso no MMA em relação a envergadura é força, tem atleta que pesa 93 é luta de 77.

Outro 84 e luta de 77 .

Acho absurdo é nego 85 a 88 quilos luta de 66.

Agressão absurda ao organismo

Isso tudo pra tirar vantagem do adversário... começa ganhando quem perde mais peso possível de maneira melhor e luta mais pesado...

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1 hora atrás, MV8 disse:

Tópico excelente! Muito bom mesmo!

Um dos melhores dos ultimos tempos!

 

Valeu MV8 ,vale a pena  ler as outras duas partes que fazem parte de toda a matéria ,está bem interessante!

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1 hora atrás, Axiotis disse:

Se todos lutassem na sua categoria normal, baixando só do peso off pro de treinos... nao teria problema...

Mas pq começou essa queda de peso grande na pesagem pra lutar bem mais pesado no dia da luta?

Acredito que que foi pra burlar a categoria e tirar vantagem física do seu adversário. Acabou que virou regra...

Uma imbecilidade trazida do boxe. A diferença é que no Boxe há inúmeras categorias de peso e muito próximas umas das outras. No MMA são 8 e com diferenças significativas de peso entre uma e outra.

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2 horas atrás, OGROdrigo disse:

Uma imbecilidade trazida do boxe. A diferença é que no Boxe há inúmeras categorias de peso e muito próximas umas das outras. No MMA são 8 e com diferenças significativas de peso entre uma e outra.

Boxe, wrestling, JJ

Todo mundo quer leva vantagem

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4 horas atrás, OGROdrigo disse:

Uma imbecilidade trazida do boxe. A diferença é que no Boxe há inúmeras categorias de peso e muito próximas umas das outras. No MMA são 8 e com diferenças significativas de peso entre uma e outra.

Acho que até judô rola corte forte de peso... acho... se alguém puder confirmar se sim ou não...

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4 horas atrás, OGROdrigo disse:

Uma imbecilidade trazida do boxe. A diferença é que no Boxe há inúmeras categorias de peso e muito próximas umas das outras. No MMA são 8 e com diferenças significativas de peso entre uma e outra.

Wrestling tem isso mais enraizado que boxe e se perde muito mais peso.

Judô também uma cultura no boxe amador o corte é bem menor

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Isso é doideira mesmo, mas no profissional é mais tranquilo, pois se tem profissionais no acompanhamento. 

No entanto, em eventos menores e sem tanta badalação, os efeitos podem ser desastrosos.

Em algumas lutas o cara já está todo desregulado. 

Me lembro que quando era mais jovem, cortava em média 4 kg pra poder competir até 73kg de kimono no Jiu jitsu, e já era um sofrimento.

Eu não fazia a perda na semana, mas tentava pesar sempre os 70kg mais ou menos no dia-a-dia. Meu peso normal era 74kg.

O problema é que quando vc carrega determinado lastro físico, é difícil viver pesando abaixo da tendência. Tem que mudar um monte de hábitos, principalmente alimentares, e se não tem um nutricionista te acompanhando, vc acaba não consumindo os nutrientes corretos durante as refeições, o que é muito maléfico. Talvez até mais maléfico que cortar peso na semana do evento.

Enfim, precisam estudar mais isso aí ou caminhar para que o esporte não Permita esses cortes abruptos de peso.

 

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topico animal..

 

muito bom mesmo

 

a longo prazo muito lutador vai receber essa conta

 

não tem corpo que aguente isso

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Em 12/04/2018 at 9:29 PM, AndersontheBest disse:

Valeu Eder.

Ajustes com a balança nunca deixarão de acontecer.

Mas teria que ser num percentual menor.

O que tenho ouvido a galera afirmar por aqui é que tem lutador que pesa 85kg e consegue lutar na categoria até 70kg.

Isso dá um corte de aproximadamente 17%

 

Loucura.

Cara, acho q esse é o de praxe, acho q tem lutador da 70 kg em off por exemplo q deve pesar uns 90 kg fácil! O q rola é q os caras n perdem esse peso td de 1x, é feito em varias etapas! E agora tem a Usada controlando isso, ou seja, acredito q os lutadores tem perdido menos ultimamente!

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