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UFC 222: Perguntas, respostas e polêmicas - Blog do Alonso

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UFC 222: PERGUNTAS, RESPOSTAS E POLÊMICAS 

Ótimas lutas, surpresas, revelações e grandes reviravoltas. O UFC 222 fez as redes sociais ferverem assim que o evento terminou na madrugada do último sábado (3). Separei as perguntas mais freqüentes relacionadas aos protagonistas da noite e deixei os meus pitacos com relação ao futuro de cada um.
 
Existe alguma mulher capaz de vencer Cyborg?
 
Esta é a pergunta que todo fã de luta se fez após assistir Cris Cyborg atropelar a russa Yana Kunitskaya em apenas 3min25s, conquistando sua 20ª vitória (17ª por nocaute) e se aproximando dos 13 anos de invencibilidade no MMA. Marca que, por sinal, nunca foi atingida por nenhum campeão da história do esporte (Fedor e José Aldo chegaram perto dos 10 anos de invencibilidade).
 
Diante dos fatos a resposta à pergunta acima parece simples, ou seja, por enquanto não existem ameaças claras ao reinado da curitibana.
 
Cabe ao UFC então buscar meninas competitivas. E é nesta toada que Cyborg tem pressionado a organização a fortalecer sua divisão, contratando meninas peso pena, mas a realidade do mercado não tem ajudado mundo. A australiana Megan Anderson (campeã do Invicta), que vem de uma seqüência de 4 vitórias, ainda está às voltas com problemas pessoais.
Diante destas condições do mercado na categoria pena feminino, sou obrigado a concordar com a decisão de Dana White: a oponente mais competitiva para Cris Cyborg no momento é Amanda Nunes.
 
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Além de ser uma das maiores lutadoras da divisão, Amanda tem poder de nocaute e é faixa preta de Judô e Jiu-Jitsu. Se conseguir derrubar e manter a curitibana no chão, coisa que nenhuma das suas 22 oponentes conseguiu até então, a atleta da ATT pode surpreender.
 
No papel a baiana é uma oponente mais dura que Holly Holm, que mal ou bem, conseguiu proporcionar 5 rounds competitivos com a campeã.
 
Cyborg, como sempre, entraria como favorita, mas se a atual campeã peso galo do UFC conseguir destronar a maior lutadora de todos os tempos, escreverá seu nome na história do esporte como a primeira campeã a unificar o cinturão em duas categorias do UFC. Feito até hoje só alcançado por Conor McGregor.
 
Ketlen Vieira já merece disputar o cinturão?
 
Depois de vencer quatro lutas, com destaque para as duas últimas, contra as veteranas Sara Mcmann e Cat Zingano, Ketlen conquistou merecidamente o 4º lugar no ranking e praticamente carimbou o direito ao title shot.
A questão é o timing e a agenda da campeã Amanda Nunes que, além de uma possível luta contra Cyborg, ainda tem Raquel Pennington na frente da fila.
 
Neste caso a brasileira, provavelmente, teria que fazer mais uma luta, que poderia ser contra Germaine de Randamie (5º) ou, Julianna Pena (3º), que deu à luz em janeiro e deixou claro que ficaria afastada por período indeterminado para cuidar do bebê. Em caso de uma 5ª vitória, Ketlen teria chances de estar disputando o cinturão antes do final do ano, ou seja, antes de completar 2 anos de UFC.
 
O fato é que ao anotar a quarta vitória em pouco mais de um ano e meio, Ketlen fez sua parte chegando a 4ª no ranking. O mais importante agora é se manter concentrada e não cair na cantilena de exigir cinturão e achar que está sendo prejudicada pelo evento, caso tenha que fazer mais uma luta.
 
Brian Ortega será páreo para Max Holloway?
 
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Confesso que apesar de reconhecer a impressionante evolução de Brian Ortega, principalmente depois das finalizações sobre Moicano e Swanson em 2017, acreditava que o garoto de 27 anos ainda não tinha armas suficientes para bater de frente com uma lenda como Frankie Edgar, que já havia despachado outro talento novato em maio (Yair Rodriguez).
Curioso é que, assim como na luta entre Romero e Rockhold há 3 semanas no UFC 221, pairava no ar neste co-main event do UFC 222 um certo clima de roteiro pré-escrito.
 
Se na Austrália tudo levava a crer que o substituto, Romero, chamado em cima da hora, seria um mero coadjuvante para o anteriormente planejado title shot entre Rockhold e Whittaker; no evento de Vegas, Brian Ortega, chamado para substituir o campeão contundido a 4 semanas do UFC 222, também chegou como zebra, e assim como Romero, Ortega saiu como grande vencedor da noite, vencendo ainda no 1º round a lenda Edgar, apontado por muitos como a última ameaça a era Holloway.
 
Ortega deu uma aula de Boxe em Edgar, controlou a distância inteiramente e ao encaixar uma cotovelada de encontro seguida de um upper, que tirou Frankie Edgar do chão (numa versão peso pena do nocaute de Ngannou sobre Overeem) escreveu seu nome na história do esporte como primeiro homem a conseguir nocautear o ex-campeão dos leves que destronou BJ Penn.
 
De volta a pergunta no topo do texto: Ortega será páreo para Holloway? Pela evolução que tem mostrado na luta em pé e as impressionantes finalizações que tem conseguido, definitivamente o faixa preta de Rener Gracie merece todo respeito por parte do campeão, curiosamente um ano mais novo que ele.
 
Mas pelas vitórias impressionantes sobre José Aldo e Anthony Pettis, ainda continuo achando que o cinturão permanecerá com o campeão. Independente de qualquer coisa, Dana White já garantiu que o confronto será realizado o quanto antes. Mais uma luta de tirar o fôlego para abrilhantar o calendário do UFC 2018.
 
A estreia de Mackenzie decepcionou?
 
De maneira alguma. A competitividade no maior evento do mundo é muito maior que no Invicta, então seria natural que com todo marketing em cima de Dern ela passasse a ter seu jogo estudado. Trabalho aliás muito bem executado pelos treinadores de Ashley Yoder, os brasileiros Ricardo Feliciano e Gustavo Pugliese.
 
A americana, faixa marrom de Jiu-Jitsu, seguiu à risca o plano tático dos mestres e fugiu inteiramente ao seu jogo tradicional de buscar as lutas de solo. Além de usar bem sua envergadura pontuando com jabs, Yoder fez um anti-jogo perfeito para bloquear as tentativas de queda e o boxe ainda rudimentar da filha de Megaton Dias.
 
Certamente as muitas horas de competição no Jiu-Jitsu foram um diferencial para que Dern mantivesse o ímpeto até o final conseguindo a queda salvadora que a permitiu chegar às costas de Yoder no último minuto, virando a luta na opinião de 2 dos 3 juízes.
 
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Outro ponto positivo foi a motivação de Mackenzie que, após entregar tudo o que tinha numa guerra de 15 minutos, já saiu do Octógono pedindo uma vaga no UFC Rio. Na entrevista a equipe do Combate na saída do octógono deixou no ar, inclusive, uma possível pré negociação para enfrentar a australiana Alex Chambers, que vem de duas derrotas e em sua penúltima luta foi finalizada por Paige Vanzant.
 
Mais uma oponente na medida para a faixa-preta, que chegou a ser chamada pela imprensa americana de nova Ronda, só que do JJ.
 
Ronda aliás é um ótimo exemplo para Mackenzie e seus treinadores traçarem sua carreira, levando em conta o alto nível de competitividade das categorias femininas.
 
Para começar a pensar em cinturão, a longo prazo, Mackenzie precisa afiar bastante sua trocação e Wrestling com o headcoach Ben Henderson na MMA Lab.
 
Tendo em vista a dificuldade de derrubar na grade, umas aulas particulares com o papai Megaton, faixa preta de Judô, também podem ser uma ótima pedida. Se conseguir surpreender as adversárias alternando seu poderoso ataque de single leg, com quedas “de varrida” como Ouchi Gari e Couchi Gari, Mackenzie certamente terá menos dificuldade de levar as oponentes para seu hábitat natural.
 
É justo já colocar o estreante Alexander Hernandez entre os top 13 dos leves?
 
Apesar de todo o mérito por ser chamado a 10 dias do evento (para substituir o contundido Bobby Green) e conseguir nocautear em apenas 42 segundos o 12º do ranking Beneil Dariush, discordo da votação dos colegas da imprensa que já o colocaram na 13º posição do ranking dos leves após o UFC 222.
 
Uma injustiça com atletas como Gregor Gillespie (invicto no MMA e com 4 vitórias no UFC), James Vick (4 vitórias consecutivas no UFC) e Leonardo Santos (há 6 lutas sem perder, invicto no UFC).
 
Penso que na hora de formularem seus rankings, os jornalistas devam levar em conta o grau de competitividade de cada divisão. Se o critério for meramente substituição de números (12º venceu 5º, passa a ser 5º?), não é necessário colocar profissionais que respiram e entendem o esporte para votar no ranking.
 
Bons exemplos de que a objetividade e o bom senso podem evitar bizarrices são Colby Covington em 3º nos meio médios (não estava nem ranqueado até vencer Demian Maia e tomar seu lugar) e Josh Emmett (que pulou de fora do ranking para o 4º lugar após nocautear Ricardo Lamas). Emmett já na primeira luta após Lamas foi nocauteado por Jeremy Stephens; Já Colby, passou a exigir lutas com o campeão Woodley, evitando qualquer oferta que venha “de baixo”.
Não estou aqui dizendo que Hernandez não possa ser um fenômeno que vá enfileirar toda divisão e um dia se tornar campeão, apenas acho que uma exibição de 42 segundos não é suficiente para colocá-lo na elite da divisão mais disputada do maior evento do mundo.
 
Foi justa a desclassificação de Hector Lombard?
 
Como falei comentando na transmissão do Combate ao lado do meu parceiro Prota: o jab aplicado por Lombard milésimos de segundos depois da buzina soar seria plenamente justificável, agora o direto que veio na seqüência enquanto o juiz gritava "stop" pela segunda vez em cima do lance foi a pá de Cal. Para completar o cubano ainda virou de costas e não demonstrou nenhuma surpresa ou arrependimento, deixando claro que ele sabia bem o que tinha acabado de fazer.
De qualquer maneira vale comentário a maneira como CB Dollaway “valorizou” o golpe numa malandragem excessiva.
 
Para efeito de contagem de pontos ao final do round, as comissões atléticas adotam um grau para estipular os níveis crescentes de abalo pelo knock down. No Knock down grau 1, por exemplo, o lutador cai sentado com as duas mão protegendo a queda, ou seja lúcido; no KD grau 2, o lutador cai pra trás sem a proteção das mãos e recobra a consciência na queda; No KD grau 3, cai para o lado sem os braços protegendo e recobra a consciência na queda; no KD grau 4 ele cai para frente e recobra a consciência na queda. Já no KD grau 5, o lutador “implode” caindo no eixo do próprio corpo e recobra a consciência na queda. Obviamente o Knock Down do CB foi grau 1, só que ele se comportou como se tivesse perdido totalmente a consciência, como num knock out. Outro sintoma de simulação foi a “progressão do estado de inconsciência”. Ele começou sem saber contar os dois dedos do médico e em poucos minutos não conseguia ficar de pé, tendo que ser retirado do Octógono de maca.
 
Uma atitude que me lembrou bastante a de Chris Weidman na luta com Gegard Mousasi no UFC 210, quando o americano simulou estar tonto (sem lembrar o dia da semana) após uma possível joelhada ilegal, mas acabou se dando mal quando o juiz Dan Miragliota usou o recurso de vídeo, confirmou que o golpe foi legal e decretou sua derrota por TKO.

Desta vez Dollaway acabou beneficiado por conta da clara intenção e ilegalidade do golpe do cubano, mas seria interessante que as comissões atléticas estejam de olho neste tipo de malandragem que pode vir a causar muitas polêmicas no esporte. Se no futebol o excesso de malandragem é coibido com cartões amarelos, há de haver no MMA alguma maneira de coibir este tipo de atitude que pode causar sérias injustiças.
 
Sean O'Malley: um novo fenômeno?
 
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Pelo que exibiu em suas duas vitórias por decisão no UFC contra oponentes medianos, o garoto de 23 anos que caiu nas graças de Snoop Dogg e Dana White após aplicar um belo nocaute sobre o irregular Alfred Khashakyan no Tuesday Night Contender Series, ainda tem muito a evoluir para entrar no nível técnico dos tops de uma divisão encabeçada por TJ Dillashaw (campeão), e quem tem logo abaixo atiradores de elite como Cody Garbrandt (1), Dominick Cruz (2), Raphael Assunção(3), Jimmie Rivera(4), Marlon Moraes (5), e os Johns, Lineker (6) e Dodson (7).
 
Mas o tempo joga a seu favor. Se estiver cercado de bons managers e contar com a boa vontade dos matchmakers do UFC, Sean pode construir sua carreira sem pressa. O momento é de treinar e adicionar, luta a luta, mais armas a seu arsenal.
 
O fato é que "Sugar" O'Malley agradou ao patrão não só pelo “estilão irmãos Diaz” de ser, mas principalmente pelo estilo versátil e espírito guerreiro de lutar até o final da luta com Soukhamthath mesmo tendo machucado o tornozelo. No final recebeu o anúncio da vitória deitado no Octógono, numa cena que me remeteu a famosa vitória de Ronaldo Jacaré sobre Roger Gracie, com o braço quebrado, na final do mundial de 2008.
 
Muito aplaudido pelos fãs o garoto levou pra casa um bônus de US$ 50 mil por sua exibição. O novo talento terá tempo de sobra para curtir o presente, afinal de contas após o evento, a NSAC lhe deu uma suspensão de quase 5 meses em decorrência de sua contusão.
 
Mas voltando à pergunta, só o tempo dirá se O'Malley está mais para Sage Northcutt, irmãos Diaz ou Max Holloway.
Editado por Fabri

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Caleb foi acertivo, só mudo em alguns prognósticos como por exemplo a criss a coloco como favorita para massacrar a amanda nunes pois a forte e Canceriana alá Wanderlei (por sinal mesmo signo) já levou para o pessoal e pode unir isto a vontade ganhar alá wand vs rampage 2 no Pride!

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aliás fui incorreto ao haver pensado que o magnifico Caleb havia cogitado e dado a preferencia no combate das feras brasileiras um favoritismo a madna nunes, esta cem porcento correto caleb fantastica sua visao de todas! clara a precisa...

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