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Maurício “Shogun” Rua fala sobre passado, presente e futuro

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Maurício “Shogun” Rua fala sobre passado, presente e futuro de sua carreira no MMA

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Entrevista feita por Gabriel Maurer de Barros

Com 23 vitórias e 10 derrotas como lutador profissional de MMA, tendo em seu currículo o título do GP de 2005 do Pride até 93 kg e o cinturão dos meios-pesados do UFC, Maurício “Shogun” Rua é um dos principais atletas do esporte. Em entrevista, o atleta de 33 anos fala sobre o início de carreira, mudanças do esporte e muito mais. Confira:

Gabriel: Como você ingressou nas artes marcias?

Shogun: Eu comecei no muay thai com 15 anos graças ao meu irmão Murilo “Ninja” Rua. Ele treinava já há um tempo e me incentivou e me motivou pra treinar com ele, então comecei a treinar por causa do meu irmão.

Gabriel: Quando e por que você decidiu se tornar lutador profissional?

Shogun: Eu comecei a treinar muay thai por lazer aos 15 anos, aos 16 entrei no jiu-jitsu e treinava as duas artes marciais. Com 19 anos eu já tinha uma base boa nas duas e falei pra mim mesmo que queria ser lutador de MMA e que queria dedicar minha vida a isso. Aí resolvi largar tudo e me dedicar só a luta.

Gabriel: E o fato da Chute Boxe estar no auge influenciou nisso?

Shogun: Com certeza. A Chute Boxe na época era a melhor equipe do mundo. Já tive a sorte de começar treinando na melhor equipe e com o mestre Rafael Cordeiro. Fui muito feliz no meu começo.

Gabriel: E nesse início de carreira, além do seu irmão, quais outros lutadores inspiraram você?

Shogun: Sempre me espelhei muito no meu irmão, que sempre foi um cara guerreiro e que sempre foi pra cima nas lutas. O Wanderlei Silva é outro cara que sempre me espelhei muito e o Fedor Emelianenko também. Esses são três atletas que sempre me inspiraram.

Gabriel: Quando você fez a transição do Pride para o UFC, além das regras, você sentiu muita diferença no modo em que os eventos eram promovidos e produzidos?

Shogun: Realmente, eu senti uma diferença muito grande que não imaginava que ia existir. Não só nas regras, mas também no espaço, na área de trabalho. O ringue é um quadrado seis por seis, que é fácil de achar seu adversário. O octógono são oito cantos que dão nove e 20 a nove e 20 de um lado ao outro, é mais difícil você empurrar seu adversário e eu senti muito isso. Foi difícil me adaptar no começo.

Gabriel: E existe muita diferença entre o público japonês e o público americano?

Shogun: O público japonês é um público único. Fica todo mundo em silêncio no estádio e eles apreciam a arte marcial. Nos Estados Unidos é muito parecido com o Brasil, a galera gosta de “porradaria” e quer ver o sangue rolar (risos).

Gabriel: Você está há mais de 10 anos no esporte. Quais as principais diferenças do MMA de quando você começou a sua carreira e de como ele está agora?

Shogun: Acho que agora o MMA está numa terceira fase. Na época do Royce Gracie, por exemplo, era aquela disputa das artes marciais, em busca de descobrir qual era a mais eficaz. Na época do Pride era o ecletismo, tinha que ser bom em tudo. Hoje o MMA está numa fase de você se moldar conforme seu adversário. Cada adversário é uma luta diferente.

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Gabriel: Qual foi o momento de maior dificuldade na sua carreira? E de maior alegria?

Shogun: É realmente difícil ser atleta no Brasil. Acho que foi no começo, quando não tinha dinheiro pra nada e eu não era ninguém ainda, não conseguia nem comprar suplementação. E de alegria com certeza foi quando conquistei meus dois títulos mundiais.

Gabriel: Antigamente existiam várias equipes fortes no Brasil e grandes rivalidades. Com o passar do tempo essa equipes se dissolveram e o lutador começou a fazer seu treino, por que você acha que isso aconteceu?

Shogun: Acho que isso aconteceu porque os Estados Unidos atualmente comandam o MMA, e este padrão de treino é o padrão americano. Se você for ver no boxe, na época do Evander Holyfield, do Mike Tyson, quais eram a equipes deles? Eles lutavam pelos próprios nomes. No Japão é diferente, eles valorizam muito a equipe, enquanto nos EUA eles valorizam o atleta. Como hoje o maior evento é americano, se segue a tendência de lá.

Gabriel: Quanto ao seu treino, onde você vai fazer ele? E quanto tempo dura o preparo pra luta?

Shogun: Vou fazer com o Rafael Cordeiro em Los Angeles. Assim que eu tiver apto pra treinar eu vou pra lá com o mestre. Os períodos de treino costumam ser entre dois, três meses, mas quero chegar um pouco antes. Quero chegar em dezembro e ficar um ano.

Gabriel: Que ajustes você teve que fazer em seu jogo aos longos dos anos e o que você ainda precisa aprimorar no seu estilo de luta?

Shogun: Acho que o principal ajuste que eu tive que fazer foi me adaptar no espaço tão grande do octógono. Lutei minha vida inteira no ringue e mudar de repente pro octógono dá muita diferença. E o que eu tenho que melhorar é tudo na verdade, já que o MMA é um esporte muito amplo. É como se fosse o triatlo das artes marciais. É muito difícil alguém ser bom em tudo: wrestling, jiu-jitsu, muay thai… Então preciso estar sempre aprimorando todas minhas artes marciais.

Gabriel: Quantas lutas você tem no seu contrato com o UFC? Você sabe quando e contra quem será sua próxima luta? Existe algum lutador que você queira muito enfrentar no momento?

Shogun: Tenho mais cinco lutas. Não sei quando vou lutar, mas pretendo lutar em Curitiba, se confirmarem o evento. É um sonho meu lutar em casa. Quanto ao adversário não tenho preferência, sou profissional e enfrento quem o UFC quiser.

Gabriel: Você tem vontade de voltar a lutar no Japão caso o UFC tem chame pra algum evento lá?

Shogun: Muita. O Japão foi o país que me consagrou pro Mundo e tenho um carinho enorme pelo país e pelas pessoas, ficaria muito feliz em poder lutar lá.

Gabriel: Houve algum contato do novo evento do Japão, o Rizin Fighting Federation, com você?

Shogun: Eu conversei com o Nobuyuki Sakakibara (ex-presidente do Pride e atual presidente do Rizin Fighting Federation).Ele foi pros Estados Unidos e conversou comigo, explicou que ia ter um evento, mas eu tenho um relacionamento muito bom com o UFC. Uma das motivações pra eu lutar é pelo UFC, tenho muita consideração pelo Lorenzo Fertitta (dono do evento americano), então sou fiel à organização e quero me aposentar lá.

Gabriel: Já que você tocou nesse assunto, você acha que tem mais quantos anos de carreira pela frente? E depois que você encerrar sua carreira como lutador, o que você pretende fazer?

Shogun: Devo lutar pelo menos mais uns três ou quatro anos. Na verdade eu não sei o que eu vou fazer depois da luta, é uma coisa que eu quero gastar minhas energias e pensar nisso quando eu estiver perto de parar, não agora (risos).

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Gabriel: Você abriu uma nova academia, como está esse projeto?

Shogun: A nossa matriz ficou pronta agora. É uma academia minha com meus irmão Murilo e Marcos e com o Éder Luiz Sanguino. A partir de agora vamos dar andamento nas franquias licenciadas da Shogun Team, que vão surgir no Brasil todo.

Fonte: https://esportesinfoco.wordpress.com/20 ... ra-no-mma/

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Bom saber que o Shogun vai treinar nos EUA e ainda por um longo período.

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Deveria falar somente do passado....

Só boto alguma fé no Shogun se abaixar de peso (até pq batendo o peso de baixo demonstraria comprometimento e dedicação).

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Viuvas do Pride.

Torcedores do Shogas eterno.

Espero que venha bem para a próxima.

Queria muito ver o Shogun devolver a surra que levou do Janjão.

"Sonha guri, dorme e sonha"

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