marionetoo

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Posts postados por marionetoo


  1. Fala, pessoal! Tudo joia?

    Já fui membro de outros fóruns no passado e também tive uma curta experiência aqui no pvt há um tempo atrás.

    Mas ou menos em 2010, por aí, eu lembro da existência de um fórum gringo (só era possível ter login e senha através de convites), que era uma das principais fontes de pesquisa da galera e tinha muito conteúdo. Alguém por aqui lembra deste site?

    Teria algum outro onde eu consiga ter lutas da carreira de alguns atletas como, Ana Vieira, Rodolfo e da Nicolini? Queria os vídeos atuais, mas, principalmente, imagens antes da faixa preta.


    Obrigado


  2. Vulkan Elite Division, Daniel Wanderley começou a treinar Jiu Jitsu em 2000. Natural de Pernambuco, Daniel foi da faixa branca a preta com o mestre Gutenberg Melo, que carrega consigo as origens da lenda Carlson Gracie.

    "Eu comecei a treinar Jiu Jitsu em 2000 com o meu professor Gutenberg Melo, em Recife-PE, onde me formei faixa preta. O Guto é faixa preta do mestre Carlson Gracie,e hoje posso dizer que tive a honra e o prazer em conviver com ele bem antes de falecer".

    Campeão em inúmeras competições sem pano, no ano de 2006 Daniel recebeu o convite de Carlson Gracie Jr. para ministrar aulas em sua academia, localizada em Chicago.

    Pouco tempo depois conheceu Duke Roufus, o principal responsável por levar Daniel para a academia Roufusport MMA, onde, entre muitos talentos, ele é responsável por refinar o chão do campeão do UFC , o talentoso Anthony Pettis

    Leia mais em - www.vulkanfc.com


  3. Um dos exercícios mais antigos nas tradições marciais é a limpeza, onde os próprios alunos se encarregam de limpar o Dojo depois das aulas. Infelizmente, muitas escolas acabaram não levando a frente essa tradição, muitas vezes por não reconhecer a importância neste tipo de exercício.

    Um simples exercício como este pode desenvolver:

    Fonte: http://www.vulkanfc.com/news/o-importante-exercicio-da-limpeza-no-jiu-jitsu


  4. Muito legal o tópico e um show de explicações do amigo jitsuNaja.

    Realmente ainda não passaram a guarda do Lo na faixa preta e como amigo pessoal dele, espero que assim fique por bastante tempo. :)

    Sobre ele e o Rodolfo, é a luta que todo mundo quer ver. Minha torcida é para que ele fique por cima, mas não acho que o Rodolfo vá puxar. Acredito que ele ganhe nas vantagens, jogando por baixo, mas se conseguir raspar e o rodolfo afrouxar as pernas, o magrinho vai passar... hahahahaha

    Ah, e o mais legal disso tudo é saber que mesmo lutando, mesmo com toda promoção, ele e o Rodolfo são grandes amigos. Sou muito fã do Rodolfo, e espero que ele volte a passar mais guardas, não gosto de vê-lo jogando por baixo.

    Valeu, galera! Muita informação legal aqui. Oss


  5. 1395880_560613080658723_292649813_n.jpg

    Admirados por sua criatividade, jogo plástico e estilo eficiente, os craques do Jiu Jitsu são cada vez mais numerosos. O que nos levou à dúvida: que competidores da ativa encantariam mais os fãs? Quem seriam de fato os faixas-pretas que mais arrebatam o público e atraem torcedores aos estádios e ginásios?

    Começamos esta enquete com a ajuda de nossos mais fiéis colaboradores. No voto popular, coletado no site e nas mídias sociais da Graciemag, os três mais citados foram Marcus Buchecha, Rodolfo Vieira e Leandro Lo. Um trio e tanto.

    A partir daí, apurando com seis professores e ábritros sempre assíduos à beira dos principais campeonatos de Jiu Jitsu do mundo. Aí a eleição esquentou.

    O primeiro a votar foi o bicampeão mundial absoluto e lutador de MMA Marcio "Pé de Pano", que competiu até o Mundial 2012 e hoje ensina na Flórida. Injusto votar em apenas um, então o voto veio triplo:

    "Quem mostra um Jiu Jitsu bonito hoje são Buchecha, Rodolfo e Leandro Lo", opinou Pé, concordando com o voto do povo. E emendou, bem a seu modo: "Agora, os mais feios são dos que fazem a guarda 50/50. Sou a favor de prisão perpétua para quem for pego fazendo a guarda 50/50", disparou, com uma gargalhada. Para cutucar Pé de Pano,indagamos se o estilo de Lo pode ser vistoso mesmo sem tantas finalizações. "Ele tem um Jiu Jitsu muito solto, joga aberto seja contra quem for. Isso pra mim é mais difícil e admirável do que sair finalizando todo mundo", justificou.

    A seguir, Romero Jacaré, fundador da Alliance, apresentou seus três eleitos: "Buchecha, Rodolfo e Lucas Lepri". O voto do ábritro e professor André"Negão" Terencio chegou parecido: "Poucos têm um Jiu Jitsu para a frente e de encher os olhos como Rodolfo Vieira, Marcus Buchecha e Xande Ribeiro".

    Marcio Feitosa, um dos comandantes da Gracie Barra, topou participar e opinou: "Vou de Bráulio Estima, Paulo Miyao e Rodolfo". O tricampeão mundial dos leves detalhou suas escolhas pessoais.

    "Para mim o Jiu Jitsu do Bráulio é um dos mais bonitos por utilizar a flexibilidade para fazer uma guarda solta, rica em finalizações criativas que parecem surgir do nada. E gosto do Miyao porque compensa a falta de peso (ele tem 61kg) e força (venceu o último absoluto contra caras bem mais fortes) criando alavancas que até hoje não consegui entender", elogiou Feitosa, antes de arrematar Rodolfo:

    "Gosto do Jiu Jitsu do Rodolfo porque ele estudou a parte de quedas e a pressão na passagem de guarda. Admiro quem consegue marcar pontos de queda em lutas de alto nível no Jiu Jitsu. Um dos motivos da minha admiração é pelo fato de ser uma missão complicadíssima dar queda no Jiu Jitsu. Diferente do judô, o kimono do Jiu Jitsu é justinho no corpo, e ainda por cima existe a possibilidade de puxar para a guarda", destrinchou.

    Veio então o pitaco do árbitro Muzio de Angelis, um dos juízes mais ativos e respeitados da IBJJF. Fala, Muzio: "Gosto do estilo do Marcus Buchecha, do André Galvão e do Caio Terra. São três atletas que não esperam vencer por punição; se tiverem a mínima oportunidade, eles vão para finalizar mesmo".

    Pleito praticamente decidido, sentimos falta de mais um voto. Recorremos a Royler Gracie, tetracampeão da Gracie Humaitá e filho do grande mestre Helio. Royler não se fez de rogado: "Não posso deixar de falar que gosto do Jiu Jitsu para a frente. Entre os atletas de que mais gosto, portanto, estão Marcus Vinicius de Almeida, Rodolfo Vieira e Rubens Charles Maciel. Acho que todos os três lutam para a frente e sempre com ritmo".

    Os três mais votados, portanto, curiosamente uniram eficiência e estilo: Marcus Buchecha, atual campeão mundial absoluto; Rodolfo Vieira, atual vice absoluto e tricampeão mundial dos pesados; e Leandro Lo, atualmente bi mundial dos pesos leves. Gostou do resultado? Em quem você apostaria?

    Matéria retirada da Revista Graciemag do mês de Novembro.

    Fonte


  6. Será? Tem um camarada aqui no fórum que tá por dentro de tudo da IBJJF/CBJJ, logo mais ele tá aqui :)

    Obrigado, Tony Fla!

    aproveitando..já tem o calendário de 2014? Tava afim de ir pro mundial e precisava agendar minhas férias!

    Não, FMonteiro. Pode acompanhar o calendário no seguinte link. http://www.cbjj.com.br/calendario.htm

    Isso é só para finais, para diferenciar os atletas.

    Não irá mudar nada nas cores não.

    Bacana! :D

    Obrigadão aí a todos pelas respostas.


  7. Fala, pessoal! Boa tarde a todos.

    Estou com uma dúvida e eu acho que não tem lugar melhor que o fórum do PVT para eu perguntar.

    Ouvi dizer, que a partir de 2014, a CBJJ e a IBJJF só permitirão que os competidores lutem com kimono branco e azul royal. Até o preto seria cortado.

    O artigo 8º das regras da IBJJF diz o seguinte:

    8.1.4 Nas categorias da faixa-preta (masculino e feminino) adulto, a organização do evento pode exigir que os atletas tenham dois

    kimonos de cores diferentes (um azul royal e outro branco) para que nas lutas das categorias citadas acima cada atleta utilize

    um kimono de cor diferente do adversário.

    Em relação aos kimonos pretos, alguém sabe se essa informação é válida?

    Muito obrigado


  8. O criador do BJJ Hacks treinou um tempo na minha academia, agora treina com o De La Riva. Cara gente boa pra caramba. Tá com um projeto bem legal, parece que é um documentário com váaaarios mestres faixas vermelha! Um dos entrevistados foi o Rosado, único faixa vermelha do Carlson. Tem uns videos bem legais que ele faz, vale a pena olhar dps o do Braulio, do Rico Vieira, do Royler..

    Realmente ele faz vídeos incríveis e também fiquei ansioso para ver o documentário que você citou. Só que eles prometeram um vídeo com os Miyao que até hoje não rolou, acho que ele se perdeu na edição. hahahaha

    Se eu não me engano, ele é casado com uma brasileira, não?

    Abs


  9. Muitos devem ter sentido a falta de Rubens Charles “Cobrinha” no segundo Mundial Profissional de Abu Dhabi, que aconteceu no dia 17 de abril de 2010. O faixa preta, havia sido finalista da primeira edição do torneio, que aconteceu em maio de 2009, perdendo para Rafael Mendes na final. “Cobrinha” deu explicação em sua página no Facebook do motivo de não ter comparecido para competir.

    Confira abaixo a declaração do Atleta

    Muitas pessoas me perguntaram por que eu não competi no Mundial Profissional em Abu Dhabi, principalmente depois de ter confirmando minha presença no evento através do Facebook. Inclusive fui informado de que os comentaristas do evento falaram sobre o meu não comparecimento, então eu gostaria de esclarecer para os meus fãs o que realmente aconteceu.

    O que aconteceu foi o seguinte: a organização do Abu Dahbi Pro tem regras muito rígidas com relação às passagens aéreas que eles dão para os atletas. Essa foi a razão de eu não ter lutado. Eu queria ir, já estava tudo preparado para minha ida e, foi por isso, que eu soltei a notícia pelo Facebook, mas eu estava errado.

    Entrei em contato com a organização em Fevereiro para informá-los que gostaria de competir no evento principal, mas que não teria tempo para disputar as seletivas. Gostaria de saber se eles poderiam me convidar, pois então eu poderia montar toda minha agenda em torno do evento, com treinamentos, seminários e competições.

    Infelizmente eles não puderam me confirmar de imediato. Me disseram que só poderiam confirmar depois, e eu não recebi convite até duas semanas antes do evento. Quando eu já tinha refeito toda a minha agenda e programado seminários na Espanha.

    Após receber o convite de Abu Dhabi, arrumei uma forma de poder competir no torneio e ainda dar os meus seminários na Espanha, mas para isso só bastava que eles mudassem minha passagem de volta. Ao invés de voltar para os Estados Unidos, eles me mandariam direto para Espanha. Infelizmente eles se recusaram a fazer isso. Segundo as regras deles, só poderiam me mandar de volta primeiro para Atlanta, o que me impediria de cumprir minha obrigação com o seminário. Como um profissional eu tenho que honrar meus compromissos, por isso não pude competir.

    Fiquei muito frustrado, pois apesar de todos os esforços que fiz para competir, eles não foram capazes de fazer algo que na minha cabeça era muito simples para eles realizarem.

    http://www.arena1.com.br/


  10. Para os amantes da arte-suave!

    Após a confirmação do Rio de Janeiro como cidade sede dos jogos olímpicos de 2016, nunca se esteve tão perto de se concretizar o sonho de ver o Jiu-Jitsu como esporte olímpico.

    Infelizmente, para o sonho se tornar realidade, as coisas não são tão simples e o trabalho a ser realizado não é nada fácil. Isso porque, o Comitê Olímpico Internacional (COI) exige que, para uma modalidade ser considerada Olímpica, o esporte deve ser praticado por homens em pelo menos 75 países e em quatro continentes, e por mulheres em 40 países e em três continentes.

    Sabe-se que existem muitos esportes na expectativa de inclusão, contudo o mais estruturado e mais bem organizado que será o escolhido. Para exemplificar tal fato, citamos o ocorrido nas Olimpíadas de Seul de 1988, onde tivemos o Tae-Kwon-Do como esporte de exibição, somente passando a ser considerado esporte Olímpico e oficializado no ano 2000, nas Olimpíadas de Sydnei.

    Em um curto espaço de tempo, o Brasil conseguiu uma medalha Olímpica na modalidade anteriormente citada, nos jogos de Pequim de 2008, com a atleta Natália Falavigna, demonstrando que o trabalho quando é feito com seriedade torna-se válido e traz resultados favoráveis.

    Voltando ao assunto Jiu-Jitsu, muito se ouve que este poderia ao menos tentar entrar como esporte de exibição nas Olimpíadas de 2016, assim como fez o Tae-Kwon-Do. Contudo, vale lembrar que não existe mais a possibilidade de esportes de apresentação em Olimpíadas, tal impedimento ocorreu exatamente a partir das Olimpíadas de Seul.

    O Jiu-Jitsu nunca esteve tão perto dessa oportunidade, além de ser um esporte genuinamente verde e amarelo, a modalidade obtém pontos exigidos pelo Comitê Olímpico Internacional. Aquele é amparado por uma federação internacional que realiza campeonatos em todos os continentes, com isso, podemos afirmar que existem praticantes de Jiu-Jitsu em qualquer lugar do mundo. Em relação às regras, o modelo de competição é semelhante ao do Judô.

    Além disso, não podemos esquecer da história do Jiu-Jitsu no Rio de Janeiro, nem de todos os momentos eletrizantes e marcantes realizados nos famosos mundiais de Jiu-Jitsu, começando na década de 90 no ginásio do Tijuca Tênis Clube, momentos de glória que não voltam mais.

    Infelizmente nem tudo são flores e da mesma forma que temos pontos positivos, também temos pontos negativos. O primeiro passo é definir qual federação internacional é a mais importante, infelizmente ainda temos muitos caciques e poucos índios, muito eu e pouco nós, muita gente querendo ganhar e fazendo pouco pelo Jiu-Jitsu.

    Com isso, as olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro, a comunidade do Jiu-Jitsu tem que começar uma movimentação muito bem organizada para que esse assunto possa vir a se tornar uma realidade.

    http://combatzoneblog.blogspot.com/


  11. É com muita satisfação que o Fight2Live traz uma entrevista com o nome mais comentado do mundo do Grappling no ano de 2009, trata-se de Braulio Estima. Campeão do ADCC 2009, a fera da Gracie Barra relembra o seu início no Jiu-Jitsu, planos para 2010, MMA, Família e muito mais.

    Confira a entrevista exclusiva.

    Braulio nos conte como começou a sua relação com o Jiu-Jitsu? Lembra do primeiro dia em que vestiu um Kimono?

    Aos 9 anos de idade eu comecei a praticar Judô, infelizmente meu professor Alex faleceu em um acidente de moto, então fiquei um pouco frustrado e parei com os treinos. Em 1996, aos 16 anos aconteceu a minha primeira relação com o Jiu-Jitsu através de um amigo, o Fernando Cavalcanti, o qual era parceiro de treino no Judô.

    Me lembro muito bem que peguei emprestado um kimono usado de um outro amigo que terminei pagando o equivalente a 30 reais pela parte de cima (risos), parecia um molambo, até quando o meu avô me deu o meu primeiro kimono.

    O que o Jiu-Jitsu te ensinou como homem?

    Na minha opinião, o seu temperamento e caráter reflete no seu jiu jitsu, e assim você se redescobre e um ajuda o outro na jornada da vida.

    Você pode notar bem se o cara é um cara paciente ou não, ou quando o cara se desespera em uma situação inesperada. Muito engraçado isso, mas se você parar pra notar, a forma de lutar o jiu jitsu pode te dar uma grande lição de vida.

    Nunca abandonar uma posição segura sem estar certo de que onde você esta indo é melhor ou tão seguro quanto, se está em uma situação ruim não se desesperar, tentar se acalmar e tentar não deixar a situação ficar pior. A pressa é a inimiga da perfeição. Errar é muito importante para você se outro descobrir,,, e assim vai. Jiu-jitsu pra mim é um estilo de vida. Meus melhores amigos conheci no tatame e me ensinaram muitas coisas como pessoa.

    Como você espera que o nome Braulio Estima seja lembrado no Jiu-jitsu?

    Como um exemplo de que determinação e disciplina. São coisas fundamentais pra conquista de qualquer objetivo. Quando comecei jiu-jitsu o faixa preta mais próximo morava no rio. O meu professor e amigo José Radiola era faixa azul e ele tem um grande mérito nisso também , e foi ele que me mostrou a importância da determinação.

    Braulio Estima se espelha em alguém? Tem algum ídolo no Jiu-Jitsu? E no MMA?

    Eu me espelho nos melhores lutadores de jiu-jitsu, em geral procuro sempre adaptar posições as quais eles fazem de melhor. Embora muitos lutadores me inspiram, Deus é o meu ídolo.

    O caminho natural para quem vive da luta, hoje, está em torno do MMA. Você tem vontade de lutar MMA? Tivemos agora há pouco tempo o caso do Marcelinho que migrou para o MMA, fez uma luta e acabou parando, sentiu que não era a "praia" dele...

    Sim, lógico. Vejo o MMA como um desafio de pôr a minha arte em prática. Muitos se dão bem, outros não. Isso é normal. Com certeza eu vou experimentar e ver no que vai dar. O que eu amo é Jiu-Jitsu, treino onde estiver, até em férias se tiver uma academia eu pinto por lá, sou viciado. Já o MMA vai ser um desafio que quero ter.

    Falando em MMA, você já teve algum contato com eventos que promovem o MMA?

    Sim, todo mês recebo ligações, mas tenho um empresário que esta tomando conta disso. A hora certa vai chegar, mas tem que ser paciente e estar preparado para o dia D.

    Hoje em dia, o foco do MMA está nos EUA, mas lá eles ainda estão começando a entender como que funciona um lutador de jiu-jitsu que migra para o MMA. Seria mais interessante você ir lutar no Japão, como fez o Marcelinho e o Roger Gracie?

    Lutarei onde a relação entre eu e o evento for melhor.

    Quem foi o maior campeão absoluto da história do Jiu-Jitsu?

    Roger Gracie, sem dúvidas.

    Fernando Tererê, um dos nomes mais importantes da história do Jiu-Jitsu, está passando pelo adversário mais difícil da carreira dele, as drogas. Qual mensagem de apoio você deixaria para ele?

    Você acha que a imprensa especializada está fazendo a parte dela? Por tudo que o Tererê fez pelo jiu-jitsu, você acha que eles estão correspondendo hoje?

    Cara, o Tererê é um fenômeno , infelizmente um grande desperdício pro mundo da luta.

    Acho que a imprensa, atletas e amigos estão fazendo a parte deles, agora é só esperar que o Tererê faça a dele. Nao é fácil, mas não adianta o mundo inteiro querer ajudar se o Tererê não estiver disposto a sair dessa.

    Torço pra ele dar a volta por cima. O Tererê pra mim está entre os 10 melhores lutadores de todos os tempos.

    Como é o seu treinamento? Seu dia–a-dia.

    Sempre estou treinando jiu-jitsu, todos os dias. E quando tem competições eu foco na preparação física e aumento o ritmo de treinos.

    Você já passou por algum momento de dificuldade no jiu-jitsu?

    Sim, vários. O principal foi a minha cirurgia no joelho, em fevereiro de 2008. Mas graças a Deus estou de volta.

    Qual a diferença entre você perder ou seu irmão perder uma luta?

    Em termos de tristeza é o equivalente. Em termos de raiva, quando eu perco. Mas antes e durante a luta eu fico mais nervoso quando estou assistindo o meu irmão lutar.

    Vi em uma entrevista que você se declarou preguiçoso em relação aos treinamentos. O que você costuma pensar em momentos de preguiça? De onde vem o estímulo?

    Isso foi um exagero meu (risos). Na hora saiu isso. O que eu quis foi passar uma mensagem de que mesmo sem estar a fim de treinar, ou quando estamos todo dolorido do dia anterior, temos que levantar e ir à forca, pois depois seremos recompensados.

    Eu sempre treino bastante antes das competições, mas temos que ter um sistema, uma agenda, uma estrutura, e seguir a risca tipo um trabalho qualquer. Se o expediente começa as sete da manha, as sete da manha temos que estar lá. Pra me estimular, fora a minha cabeça, procuro ter um personal trainer sempre me puxando ao máximo.

    Em relação ao ADCC, você foi campeão do peso (88kg) e absoluto. Como foi a sensação de ser campeão do evento de grappling mais famoso do mundo? A ficha já caiu? Valeu à pena superar a preguiça?

    A sensação foi inacreditável! Não tão diferente das outras grandes competições que fiz, mas pelo fato de como decorreu, sem levar nenhum ponto e finalizando todas as finais. Foi muito gratificante e com certeza os meus personal trainers foram fundamentais para isso, para me tirar da cama as 6:30 da manhã.

    A ficha só cai quando eu falo sobre o evento. Sou um cara muito pé no chão, quem vive de passado é museu (risos), estou ligado no que vem pela frente. O mundial de jj vai ser o bicho, não vejo a hora... Vem surpresa por aí.

    Agora no próximo ADCC você lutará com o Jacaré, que foi o campeão da super luta derrotando o Robert Drysdale, Vai se satisfazer lutando só a super luta?

    Como falei antes, eu acho um pouco injusto isso. Eu amo lutar, e lutando só uma vez não temos a chance de mostrar o nosso jiu-jitsu contra oponentes diferentes. O dinheiro não é o mais importante pra mim. Com certeza vou ficar me mordendo pra lutar contra os outros. O Jacaré não teve a chance de lutar contra Xande, Marcelinho, André Galvão, Vinicius Magalhaes, Rafael Lovato...

    Como é o Braulio pai? Curtindo muito o filho?

    Muito! Ele é muito fofinho, sorridente... Vai ser um cara de alto astral. Ser pai é uma sensação inexplicável, só sendo pra saber. Isso faz eu apreciar tudo o que os meus paz fizeram por mim.

    Como foi realizar o British Open e o NO-GI British open?

    Foi um desafio e uma responsabilidade que botei a minha frente. As competições aqui no Inglaterra eram muito desorganizadas, muita gente pensando em fazer dinheiro e não se preocupando com os atletas. Poucas áreas, poucos árbitros e nenhum coordenador de área. Muito ruim para o desenvolvimento do campeonato, assim muitos atletas que esperavam lutar às 11 da manhã terminavam indo pra casa às 5 da tarde sem ser chamado ainda. Pra se fazer um bom campeonato tem que se gastar, então não me preocupei com retorno financeiro e fiz um campeonato no nível da confederação, e hoje se tornou um marco na historia do jiu-jitsu no reino unido.

    Braulio, naquele mundial de jiu-jitsu nos Emirados, a final contra o Tarsys Humphreys foi cheio de polêmicas. Nos conte exatamente como você viu aquela luta?

    Bem o que ocorreu foi que o juiz era muito verde e despreparado. Foi comentado antes que teriam três árbitros nas finais, mas o que realmente aconteceu foi que ninguém do evento sabia que já era a final (risos). Já eram 2 da manhã, então o árbitro que era pra ser o Zé Marcelo, cara que é experiente, nem sabia que era a final então é isso. Com o Fábio Gurgel gritando do lado, quando você não sabe muito o que esta se passando, termina sendo influenciado. O que aconteceu é que eu raspei o Tarsys, daí comecei a tentar a passar, mas ele ficou em posição defensiva, então não pude desenvolver o jogo e o Fábio gritando do lado fez com que o juiz me desse punição, me forçando a abrir o jogo nos últimos 30 segundos. Sem opção, tive que soltar as pegadas pra mostrar que ele é quem tava amarrando, e ele aplicou um raspagem a qual deveria ser segura por 3 segundos. Mesmo eu batendo e voltando na mesma hora o juiz marcou os pontos fazendo com que o Tarsys ganhasse por uma vantagem.

    Mas é isso. Passado é passado, Na próxima vez não vou depender dos juízes.

    Quais seu planos para 2010?

    Fazer um tour pelos Estados Unidos de seminários e lutar tudo.

    Um bate bola

    Jiu-Jitsu: estilo de vida

    Braulio Estima: perseverança

    Vitor Estima: melhor amigo

    Roger Gracie: grande amigo e o melhor lutador de jiu -itsu do mundo

    Finalização mais bonita: arm-lock helicóptero

    Ainda na faixa-marrom, Braulio finaliza Ryan Gregg com sua finalização favorita no pan americano de 2003

    Fãs: gratificante e inspiradores

    Deixe um recado para galera do Fight2Live e para os fãs.

    Queria agradecer a oportunidade da entrevista e que tenham um excelente natal e um ano novo de muito sucesso

    Se você tem altos e baixos nos treinos, vá se acostumando, pois eles não desaparecem. Isso faz parte da evolução no jiu-jitsu.

    Valeeeeeeu.

    Fonte: http://www.fight2live.net/home/index.php?o...p;Itemid=100002


  12. Escrito por João Carlos Brito

    Da última vez que pisou no Rio Grande do Norte para descansar, o lutador potiguar Gleison Tibau recebeu a notícia que lutaria contra Melvin Guillard, tendo que encurtar as férias. Agora a história se repete, e dessa vez o adversário é o ex campeão dos leves Sean Sherk, em luta que deve ocorrer no UFC 104, em setembro. Para Tibau, o casamento com um lutador top revela que a derrota polêmica para Melvin não virou um problema na sua trajetória dentro do UFC. “A organização reconheceu meu desempenho e me pagou a bolsa integral, como se eu tivesse vencido. Recebi a garantia que não seria prejudicado pela derrota, e a prova é o adversário que escolheram pra mim.”, revela Tibau, confiante que uma vitória pode deixá-lo no topo.

    Por outro lado, o brasileiro sabe que uma derrota pode atrapalhar seus planos de continuar na organização americana, o que faz do combate contra Sherk um desafio de vida ou morte dentro do UFC. “Ainda tenho três lutas no contrato, mas tem uma cláusula que permite que eles possam encerrar quando quiserem, e eles estão cortando mesmo”, declara o lutador, que não esconde a disposição e satisfação de lutar contra o ex campeão, que também vem de derrota e precisa vencer. “Podem esperar, um dos dois vai cair”, garante.

    Gleison Tibau segue no fim de semana para a cidade que adotou como sobrenome, a praia de Tibau, onde visitará a família e fará algumas doações. Depois tem compromissos no Ceará, antes de viajar e encarar a rotina de treinos na American Top Team, nos Estados Unidos.

    Fonte - http://www.fight2live.net/home/index.php?o...p;Itemid=100002


  13. Hoje o Fight2Live traz para vocês a cobertura de um evento de Jiu-Jitsu que rolou hoje na terra do sol nascente, o Rickson Gracie Cup, organizado e criado pela lenda Rickson Gracie.

    O evento que foi realizado no Hamamatsu Arena contou com uma verdadeira seleção brasileira formada por feras como Gustavo Dantas, Kron Gracie, Rafael Mendes, Robson Moura, Adalberto "Betinho" Vidal e Abmar Barbosa.

    Infelizmente não vimos o Kron Gracie em ação mas vimos um verdadeiro show por parte dos outros atletas brasileiros.

    Outro destaque foi para homenagem de Rickson Gracie para Carlão Santos, principal responsável pela evolução do Jiu-Jitsu nos Emirados Árabes, Carlão recebeu uma placa em forma de agradecimento pelo trabalho que vem realizando e pela equipe que ele trouxe de Abu Dhabi com 20 atletas. A equipe foi patrocinada pelo Sheikh Mohamad Bin Zayed Al Nahyan.

    Clique aqui para conferir a lista de atletas inscritos no evento e aqui para conferir as chaves do torneio.

    Resultados do Rickson Gracie Cup 2009

    PRETA /ADULTO / PLUMA

    1.ROBSON MOURA (NOVA UNIAO)

    2. JOAO PAULO KURAOKA (AXIS)

    3. IKUTA MAKOTO (TRUST JIUJITSU ACADEMY)

    3. TADASHI MURAKAMI (PUREBRED-KYOTO)

    PRETA / ADULTO / PENA

    1. RAFAEL MENDES (ATOS JIU-JITSU)

    2. KATANIWA KATSUNORI (AXIS CHIBA)

    3. KITAHARA NOBUHIKO (AXIS)

    LEE HEE SUNG(KOREA BJJ)

    PRETA / ADULTO / LEVE

    1. GUSTAVO DANTAS (NOVA UNIAO)

    2. SILVA RENATO (INFIGHT JAPAN )

    3. SUTO YOSKI (GRACIE BARRA AICHI)

    VITAL ADALBERTO (KRAZY BEE)

    PRETA / ADULTO / MEDIO

    1.BARBOSA ABMAR (DRYSDALE JJ)

    2.KONDA TETSUYA ( RED SHARK)

    3.FERNANDES MAX (EXTREME BARBOSA)

    PRETA / ADULTO / MEIO-PESADO

    1.JOAO YOSHIMURA (BLACK BELT JIU-JITSU CLUB)

    2. SHINKAWA TAKESHI (TEAM LEGNUM)

    PRETA / ADULTO / ABSOLUTO

    1.JUNIOR CALVACANTE (JAWS)

    2. JOAO YOSHIMURA (BLACK BELT JIU-JITSU CLUB)

    3. FERNANDES MAX (EXTREME BARBOSA)

    KATSUNORI KAWANIWA (AXIS CHIBA)

    PRETA / MASTER / LEVE

    1.ALEXANDRE OGAWA (ROCHA TOYOKAWA)

    2.EVALDO SANTOS (DAMM FIGHT JAPAN )

    3. ROGERIO CRISTO (ROCHA TOYOKAWA)

    3.FUKUZUMI SHINSUKE (FUKUZUMI JIU-JITSU)

    PRETA / MASTER / MEDIO

    1.OHTA ADEMIR (GRACIE BARRA FUJI)

    2.DASILVA GILBERTO CAETANO(CARLOS TOYOTA)

    3. EDSON LUIS MISSIO (ACAO JIU-JITSU)

    PRETA / MASTER / MEIO-PESADO

    1.VIEIRA REGINALDO SHIBUYA (EXTREME BARBOSA)

    2.TANI TSUYOSHI (TANI TEAM)

    PRETA / MASTER / SUPER-PESADO

    1.CARIOCA CRISTIANO (CARIOCA JIU-JITSU)

    2.KAMPHUIS STEPHEN (FABRICIO JIU-JITSU)

    3.CARIOCA CRISTIANO BEZERRA (CARIOACA JIU-JITSU)

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    Contribuição/Fotos: Adriane Kihara

    Confira a galeria de fotos AQUI.

    Fonte - Fight2Live.net


  14. Hugo Krug, não sei se você é o responsável pelo blog ou pelas "traduções" dos textos do Denis, se for cara, por favor, faça direito. Quem não le o texto original entende de uma forma completamente errada lendo essa "tradução" aí, feio demais cara.

    Estou falando isso aqui pq já é o segundo texto do Denis que eu li com um conteúdo que não tem nada a ver com o original. Li um outro da luta do Anderson com o Thales aqui também, que meu Deus... podre!

    Quem já leu o text, desconsidere. Entre no site do UFC e leia a matéria original.


  15. sinceramente... a equipe do thales é fraca... nem em equipe ele se iguala ao anderson q alem de ser o melhor striker do mma ainda treina suas fraquesas com os melhores( jaca,galvão e minota)

    É triste uma pessoa acessar um forum pra obter conhecimentos e se depara com uma bobagem dessa. ppunkk


  16. Tivemos a honra de entrevistar o fundador de uma das equipes mais conceituadas de MMA do mundo, trata-se da Brazilian Top Team. Luis Roberto Duarte, mais conhecido no mundo das lutas como Bebeo, faixa-preta do lendário Carlson Gracie, um dos mais respeitados no mundo quando o assunto é Jiu-Jitsu.

    Bebeo Duarte falou sobre Carlson Gracie, BTT, disputa de cinturões envolvendo brasileiros no UFC e muito mais.

    Confira a entrevista exclusiva.

    Por Mario Neto

    Você disse recentemente em outra entrevista que o Cacareco bem treinado bateria Lyoto Machida. Como seria essa luta?

    Quando eu falei isso, muitas pessoas imaginam a luta hoje, e não foi isso que eu quis dizer. Eu sei que o Cacareco bem treinado, com a cabeça boa, é luta ruim para qualquer um, e pelo que eu entendo, o jogo dele não “casa†bem com o do Lyoto.

    Acho o Lyoto um ótimo lutador, está vivendo um momento maravilhoso, e jamais eu quis desmerecer o trabalho que o time dele está fazendo. Torço muito para que ele ganhe o cinturão,

    mas continuo achando que seria uma luta melhor para o Cacareco, nas condições que coloquei antes. Usei o Lyoto, pois o nome dele está em alta, e achei que seria mais fácil a compreensão, mas me enganei.

    No fundo o que eu queria mesmo dizer é que o Cacareco é um ótimo lutador.

    Nós fizemos uma entrevista com o Carlão Barreto e quando perguntado sobre o início da fundação da BTT, ele nos revelou algumas dificuldades e planos da equipe.

    Qual foi o principal motivo para a sua saída da equipe Carlson Gracie Jiu-Jitsu? O que faltava na equipe ao ponto de sair e obter outro foco?

    Na verdade, pelo que eu lembre ninguém saiu da equipe, não esses aí que todos gostam de falar, foram expulsos pelo próprio Carlson, mas como eu mesmo já havia te dito, acho que esse assunto já deu o que tinha que dar.

    O Carlson, que não era de ficar quieto, chegou a chamar alguns atletas da BTT de mercenários. Gostaríamos de saber como ficou a sua relação com o mestre Carlson Gracie após a sua saída da equipe.

    Da minha parte sempre tive respeito e sinto muita honra de ter feito parte daquele time, na verdade um verdadeiro Dream team.

    Não quero criar mais nenhum tipo de polêmica com uma coisa que já passou há tanto tempo, ele foi e sempre será o grande mestre de todos nós.

    O que significou Carlson Gracie em sua vida? Quando você ouve o nome do mestre Carlson, o que passa pela sua cabeça? Qual a lembrança que você tem dele?

    O Carlson foi o cara que eu conheci que mais sabia identificar um lutador em todos os aspectos, não precisava muito tempo para ele te dizer se o “galo†era bom ou se não era, aprendi tudo o que sei no convívio diário que pude ter com ele por muitos anos. Tenho ótimas lembranças dele e sempre que escuto seu nome me dá uma grande saudade.

    Conte-nos alguma historia engraçada com o mestre Carlson Gracie?

    Cara, são tantas historias engraçadas... Não tem idéia de quantas!

    Uma vez fomos para a casa do Carlson em Los Angeles. Eu, Murilo, Zé Mario e o Carlão Barreto fazíamos parte da preparação para o evento que eles iriam lutar, não me lembro o nome do evento, mas foi no que o Murilo faz a final contra o Tom Erickson.

    Ficamos nós cinco na casa, e a noite não se tinha muito o que fazer, então sempre jogávamos um baralho. O Carlson adorava jogar cartas, jogávamos de tudo, mas nesse dia o jogo era poker. Ele sabia muitos truques com as cartas, e naquela noite o escolhido foi o Zé para o alvo de suas brincadeiras. Pegou as cartas e começou a “darâ€, olhou para minha cara e deu uma piscada, ai eu pensei : “vem algumaâ€.

    Quando abri o meu jogo, vi que tinha um jogo normal, nada demais, o do Murilo a mesma coisa e o do Carlão idem. Mas o Zé estava com uma cara que tinha ganho na loteria. Ria e dizia que poderia apostar 1bilhão de dólares e etc...

    Ai o Carlson disse: “jura, você quer apostar esse dinheiro todo? então ta bom, vamos apostar.†O Zé mostrou o jogo que o Carlson tinha “dado†pra ele: 4 azes! Teoricamente um jogo muito difícil de ser batido, foi quando o Carlson a gargalhadas começou a mostrar as cartas que ele tinha “dado†pra si: Ele tinha 9, 10, valete, dama e rei de ouros. Um jogo que ganhava dos azes do Zé!

    Todos rimos muito, e o Carlson sempre falava que no baralho era muito difícil ganhar dele, pois ele tinha “o poder da menteâ€, que nada mais era do que muita habilidade com o baralho na mão.

    Qual foi o melhor atleta da sua época de Carlson Gracie?

    Uma pergunta difícil, pois foram muitos bons atletas que passaram na academia, mas eu tenho alguns que sempre falo.

    Por pesos e épocas diferentes, o Mario Cupertino, que foi um dos mais técnicos que eu vi treinar, o Peixotinho, o Cássio Cardoso, Murilo Bustamante, Zé Mario, Libório, Clovis Silva, Del Ariva, o Amauri Bitetti (que depois foi treinar no Oswaldo), mas pegou a faixa preta lá no Carlson.

    daesquerdaparadireitaem.jpg

    da esquerda para direita, em pé: Murilo Bustamante, Fabio Gurgel, Wallid Ismail, Carlson Gracie, Marcelo Behing, Francisco Trivelas.

    da esquerda para direita ajoelhados: José Mario Sperry, Luis Roberto Duarte (Bebeo), Allan Goes e Ricardo Cavalcanti.

    Você se considera um precursor do Jiu-Jitsu no Brasil?

    Acho que eu sou um dos, mas tem muita gente que veio antes de mim.

    Creio que tenho uma visibilidade um pouco maior, se é que podemos dizer isso, devido ao novo boom que o “vale tudo†deu, e pelo fato de termos criado a BTT, que sem duvidas sempre vai ser uma referência quando se falar sobre esse assunto no Brasil e no mundo.

    Por que a BTT deixou de investir nas competições de Jiu-Jitsu? O Murilo disse essa semana que vai investir no kimono porque precisava reciclar um pouco a galera. Existe a necessidade de um resgate?

    Quando tentei mudar para a América no ano passado, conversei com o Murilo e decidimos que a BTT seria dele, ele agora é o “caraâ€. Qualquer pergunta a respeito de BTT no presente e futuro é com ele, eu falo somente a respeito de BTT no passado.

    Por que a BTT perdeu tantos atletas de ponta, como Minotauro, Pezão, Thiago Tavares, Thiago Jambo, Fábio Mello?

    Acredito que todos os atletas que você mencionou, optaram por seguir o que foi melhor para a vida deles no momento em que optaram pela saída do time. Acho que cada um tem uma razão, nada generalizado.

    No dia 18 de Abril teremos a disputa pelo cinturão do UFC até 83 kg. A disputa será entre os brasileiros Anderson Silva, atual campeão, e Thales Leites, desafiante. Qual é a sua opinião sobre a luta e vencedor?

    Uma luta interessante de assistir. O Anderson tem mais experiência, mas o Thales já provou do que é capaz. Acho que é uma luta que vai ser ganha na estratégia. Gosto muito da leitura que o André (Dedé) Pederneiras faz das lutas, acho que ele pode ser um ponto decisivo para o bom desempenho do Thales.

    Mas vejo o Anderson como favorito.

    Se algum atleta que você estivesse treinando viesse a lutar com alguém da BTT, qual seria a sua reação? La nos EUA é normal um atleta treinar em várias equipes, o próprio Forrest Griffin que é da XC (Xtreme Couture) foi treinar com você na BTT em Las Vegas, o que você acha sobre essa “mente†mais aberta dos atletas e equipes lá de fora?

    Treinar atletas para lutar contra amigos é sempre complicado, mas se você se propõe a ser treinador profissional, você acaba não tendo muita escolha.

    Na mente deles não existe a historia de time. O time lá é de um só (lutador futebol clube), então ele vai atrás do que ele acha melhor pra ele naquele momento. Estilo do boxe, é questão de cultura, e não acho que estejam errados, é diferente, só isso.

    De todos os Atletas que você treinou na sede da BTT em Las Vegas, quem mais te chamou atenção?

    O Evan Turner. Ele era um cara especial, um cara muito diferente (pelo menos quando o conheci). O Forrest também me impressionou pela determinação.

    Minotauro vs. Couture, como você analisa esta luta?

    Essa luta era para ter acontecido de uma outra forma, tipo: O Randy como o campeão e o Rodrigo como campeão interino, para a unificação, pois acho que eles ainda são os melhores que a categoria tem.

    Acho que é uma luta muito boa para o Rodrigo se recuperar da pífia apresentação que ele fez no ultimo show que participou.

    Sou um fã do Rodrigo, um fã que sabe o quanto ele pode render pelo fato de ter trabalhado tanto tempo junto dele, sei que pode render muito mais do que rendeu, e sei que vai fazer isso nessa oportunidade.

    O Randy vai pagar essa conta.

    Finalmente foi dada a chance do brasileiro Lyoto Machida disputar o cinturão até 93kg contra o atual campeão Rashad Evans. Você acha que foi justa a decisão? Em quem você apostaria?

    Acho que foi mais do que justa pelo que ele vem mostrando no UFC, e aposto no Lyoto.

    Você disse uma vez que um dos momentos decepcionantes de sua carreira foi quando Murilo Bustamante perdeu para Dan Henderson numa luta pelo cinturão do torneio do Pride em 2005. Foi uma vitória apertada, em decisão dividida a favor do americano. Os juízes japoneses foram tendenciosos ou Murilo mereceu perder?

    A minha maior tristeza é porque a luta estava na mão, não vi uma luta dividida, a luta era do Murilo até os últimos dois minutos, quando numa trocação o Dan conseguiu acertar o Murilo, mas nada demais, tanto que a luta termina com o Dan nas cordas e o Murilo por cima. Mas era tudo o que os japas precisavam, eles não queriam mais um brasileiro campeão no Pride, eles estavam com “passagem comprada†para a América, e então seria interessante para o “Bussiness†ter um campeão Americano.

    Nós tínhamos conversado a respeito disso, e o Murilo tinha nos dito que se não ganhasse por nocaute ou finalização ele perderia.

    Hoje eu vejo isso como a principal razão para ele ter “andado pra cima com tanta vontade faltando dois para terminar uma luta, que estava ganha em qualquer outro evento, talvez no próprio Pride em outra situação.

    Você já disse uma vez que os eventos de MMA do Japão eram mais interessantes do que os americanos. Saudades do Pride ou o crescimento do mercado americano ofuscou a importância dos japoneses?

    Eu não canso de repetir: sou um viúvo do Pride!

    Por mais que o UFC cresça, e acho que vai crescer muito ainda, ele nunca vai conseguir ter a vibração que o Pride tinha, pode perguntar a todos que estiveram no evento japonês. Claro que se você perguntar a um lutador que esteja lutando no UFC, ele não vai falar isso, pois senão seria burro, né!

    O mercado japonês sempre vai ser, junto com o brasileiro, o mercado que deu início ao grande boom no MMA da era moderna. Apesar de o UFC ter começado antes, o mercado japonês bancou isso de cara, enquanto o americano demorou mais a aceitar que o MMA era um esporte.

    Você acredita que Vitor Belfort possa voltar a ser o campeão de outrora? O que achou do desafio que ele lançou a Emilianenko Fedor?

    Acho o Vitor um ótimo lutador. Acho que ele pode vir ser ate melhor do que já foi, pois ele tem a técnica e está mais experiente, então só depende dele. Quanto ao desafio, ele não tem nada a perder, e acho que foi uma boa estratégia de marketing. Se o cara aceitar, ele ganha uma boa grana e ainda pode ser o cara a bater o Russinho bom de porrada.

    Quem é o melhor lutador entre todas as categorias de peso?

    Eu acho que é o RUSSO “ Fedorâ€

    Como surgiu a rivalidade entre a luta-livre e o jiu-jitsu? O que te marcou mais na noite do confronto entre Jiu-Jitsu x Luta-Livre?

    Como surgiu a rivalidade eu não sei, mas acho que foi por que todos queriam afirmar que a modalidade de luta praticada era superior .

    Na real, o que me mais me marcou, não foi a noite das lutas , e sim os meses que antecederam o confronto. Foi como o pessoal do jiu jitsu se uniu, as ‘rixas†entre academias que existiam na época acabaram momentaneamente em prol do jiu jitsu, o próprio jiu jitsu escolheu quem seriam os seus representantes.

    Como participei ativamente daqueles preparativos, pode ver , como a classe estava unida , onde íamos treinar , todos queriam ajudar de alguma forma ,o jiu jitsu se uniu muito por conta do desafio.

    E o resultado dessa união foi o que aconteceu no ring aquele dia.

    Isso não marcou só a mim , mas acho que a todos que praticavam jiu jitsu naquela época , e aquele confronto , ajudou e muito a solidificar o jiu jitsu como uma grande luta do Brasil .

    O que você achou da declaração de Rickson Gracie, que afirmou não existir nenhum representante legítimo do jiu-jitsu no MMA atual? Nem mesmo Rodrigo Minotauro representaria a arte suave, segundo Rickson.

    Talvez o Rickson esteja se referindo ao Jiu jitsu da forma que a família Gracie prega, que não tem tantas opções de treinamento. Só jiu jitsu.

    Falo isso, pois hoje eu vejo um lutador que tem o jiu jitsu como seu carro chefe, mas ele fala também do seu treino de boxe, de wrestling, de muay thay e por ai vai...

    Pode ser dessa forma que o Rickson quis falar, mas cada um acha o que quer.

    Quem é o melhor lutador de jiu-jitsu no MMA em todos os tempos?

    De todos os tempos é muito forte, mas acho que no momento o que mais demonstra o jiu jtsu está sendo o Demian Maia.

    Ainda resta algum resquício de rivalidade entre BTT e Chute Boxe? Tem alguma historia de bastidor sobre a rivalidade que existia entre os dois times?

    A rivalidade foi uma coisa que acabou junto com o Pride.

    Em 1997 você fez sua única luta de vale-tudo e bateu Egidio da Costa. Por que não fez mais lutas? O que te dá mais adrenalina, ser técnico ou lutador?

    Eu fiz aquela luta por que acho que o treinador de MMA , para poder falar certas coisas com certeza, tem que ter passado pela situação de entrar no ringue, então eu quis saber como era para ter melhor visão das coisas.

    Na verdade nessa época , o jiu jitsu era um hobby, pois eu trabalhava com outra coisa. Não podia me dedicar 100%, então como eu não me dedicava 100% , eu sempre queria ajudar. Era minha forma de estar perto dos meus amigos.

    Se eu não tivesse trabalhando em outra coisa na época talvez tivesse feito mais lutas, mas não rolou.

    Acho que quando você luta fica mais tranqüilo, pois sabe o que pode fazer ou não. Mas quando está de fora é mais difícil, são “adrenalinasâ€( sentimentos) diferentes .

    O que você achou da derrota do Gabriel Napão no UFC 96?

    Uma falta de sorte

    Você tem alguma queixa contra algum lutador que já tenha treinado contigo?

    Não, são todos meus amigos, pelo menos eu acho.

    Se tivesse que formar um time brasileiro com cinco lutadores para enfrentar outras nações, quem você escalaria e por quê?

    Na verdade eu tenho muitos grandes atletas em todas as categorias, mas como só “jogariam†5 , vou colocar os reservas também. Aí vão:

    155: Gesias “JZ†(com o Buscapé na reserva)

    170: Anderson silva (o negão ia fazer uma dieta da porra) Demian Maia (outro que ia fazer dieta)

    185: Murilo Bustamante (com o Paulão de reserva) hahahahah!!!!

    205: Ricardo Arona (com o Rogério Nogueira na reserva)

    Pesado: Antonio Rodrigo Nogueira (Antonio “Pezão†silva na reserva)

    Quem é o pai do Jiu-Jitsu brasileiro?

    O pai do jiu jitsu foi o Helio Gracie, mas o primeiro filho (o mais velho) foi o Carlson.

    http://www.fight2live.net/home/index.php/n...ta-bebeo-duarte


  17. Bom pessoal, estou aqui em nome do Carlão Barreto e gostaria de informar que ele está neste momento (22:00h da noite) na pesagem do M-1 Challenge e gostaria de pedir uma coisa para o pessoal que acompanha e gosta do Carlão Barreto.

    Vamos acessar o blog do Carlão para tirar qualquer dúvida e principalmente comentar. Quem quiser saber alguma coisa ou enviar um recado para time para a seleção brasileira que disputará o M-1 Challenge, vamos lá fazer o cadastro rapidinho, qualquer pessoa pode fazer o cadastro.

    Obrigado a todos e vamos colaborar com o blog de uma das pessoas mais importantes quando falamos de MMA no Brasil.

    http://bloglog.globo.com/carlaobarreto/


  18. Conforme o prometido, aqui está a segunda parte da entrevista exclusiva com Carlão Barreto para o Fight2Live.

    Tem alguma história interessante para contar sobre os bastidores do vale-tudo?

    Histórias sempre têm várias para se contar, todos têm o momento Forrest Gump, mais alguma não poderia dar nomes aos protagonistas, então vou recordar quando fui lutar em um evento já extinto nos EUA, o Hook’n’ Shoot, soube do show 20 dias antes, estava completamente destreinado, mas precisava da grana, que não era das piores, ainda iria valer o cinturão peso pesado do evento, meu oponente era o Ian Freeman, cheguei à cidade da luta, só com meu empresário na época, sem treinador ou sparring, até mesmo porque estava sem equipe (tinha saído da BTT). Fomos fazer um treino para desintoxicar aquelas horas insuportáveis em uma cadeira do meio na classe econômica, imaginem só eu com quase dois metros em uma poltrona do meio durantes mais de 13 horas, brincadeira, né?!?! Cheguei a uma academia cedida pelo evento e pedi para um gringo que estava na academia para dar um rola e fazer algumas posições, pois sabia que tinha que vencer no 1º round, pois não teria gás para 3 rounds de porrada. Fiz uma serie de posições e treinei um pouco com o malandro, agradeci pela força e boa vontade, me despedi e fui para o hotel dormir, no dia seguinte, no café da manhã , quem vejo junto de meu adversário, na maior intimidade? O famigerado sparring. Bom, o que rolou na luta muitos devem ter visto, entrei na porrada!!! Foram 3 rounds de terror e pânico... Para mim, é claro! Tudo que eu tentava fazer o malandro já sabia, estava sem treinar e sem um córner que me conhecesse, então não tinha o famoso plano B, foi só coração, puro coração, depois daquela luta me conheci melhor.

    Quais são os lutadores mais importantes na história do MMA nacional?

    Das antigas, O Carlson Gracie. Agora dos tempos modernos com o formato com regras e tal: o Royce; o Marco Ruas; o Vitor Belfort; o Murilo Bustamante; o Wanderlei Silva, O Anderson e o Rodrigo Minotauro.

    Aponte os cinco melhores lutadores de MMA hoje?

    Fedor; Anderson Silva; GSP; BJ Penn e o Miguel Torres.

    Sempre que pode você exalta o Minotauro como sendo um dos principais nomes do MMA brasileiro. Quais seriam os lutadores mais importantes do MMA nacional hoje?

    O Rodrigo sem dúvida é o maior expoente do MMA nacional, poderia destacar também o Anderson Silva e o Wanderlei.

    Tem algum lutador que você gostaria de ter enfrentado, mas não enfrentou em sua carreira no MMA?

    Sim, o Don Frye e o Coleman.

    O Carlão em seu auge teria condições de fazer frente ao maior nome da categoria peso-pesado atual, o russo Emilianenko Fedor? Como seria essa luta?

    Eu sempre acreditei em meu potencial, nunca escolhi adversário, se eu tivesse treinado outras artes com a mesma dedicação que tive com o Jiu-Jitsu, acho que poderia fazer uma grande luta contra o Fedor, vejo alguns buracos em seu jogo, que com um bom estudo e uma preparação física e técnica adequada, podem ser bem explorados. “Mas” e “SE”, não ganha nem jogo de purrinha, então diante dos fatos, posso dizer que: Eu seria seriamente castigado, Ah! Ah! Ah!

    Em seu combate contra Dan Bobish em 1997 pelo UVF 6 - Universal Vale Tudo Fighting 6, você chegou mesmo a ser nocauteado para depois recobrar a consciência e ainda assim vencer o combate? Relembre para os fãs essa luta.

    Sem dúvida foi pedreira, tomei uma marretada de esquerda que vi passarinhos cantando, mas o Jiu-Jitsu e o bom preparo físico me salvaram, consegui finaliza-lo com um triângulo.

    Você teve um começo de carreira arrasador e venceu sete lutas seguidas em eventos nacionais, uma delas contra o perigoso Kevin Randleman na final do Universal Vale Tudo Fighting 6. Mas em sua primeira luta em solo estrangeiro acabou sendo derrotado no UFC 15 pelo canadense Dave Beneteau. Depois perdeu ainda mais seis combates em eventos gringos. Sua única vitória fora do Brasil foi contra Tra Telligman no Pride 9. Como se explica esse mau rendimento do Carlão em eventos internacionais?

    Na realidade eu estreei em solo estrangeiro, no Japão. Logo em seguida lutei nos EUA, um evento muito grande na época, inclusive pagando bolsas atuais, o Renzo, Murilo Bustamante e o Zé Mário também participaram deste evento. Mas independente disso, você tem razão não obtive muito sucesso no exterior. Também tem outra coisa, antes os eventos estrangeiros não passavam na TV como hoje em dia, então para mim, era melhor lutar com os gringos no Brasil, pois tinha bons patrocinadores, e lutando aqui meu retorno era maior para eles, ainda mais fazendo lutas internacionais.

    Tem outra coisa, talvez eu achasse que era melhor do que realmente era, e quando lutava com os gringos, eles me colocavam no meu devido lugar, sei lá, pode ser... Risos.

    Você bateu três lutadores de wrestiling para conquistar o título de campeão do Universal Vale Tudo Fighting 6 num período em que o Jiu-Jitsu estava em baixa e o wrestiling em alta. O que significou para a sua carreira e para o Jiu-Jitsu sua vitória no UVF 6?

    Sem dúvida foi um plus em minha carreira, mas foi de suma importância para Jiu-Jitsu, pois o Wrestling estava surgindo como o antídoto para o Jiu-Jitsu brasileiro, e graças a Deus contribui para colocar as coisas em seu devido lugar, ou seja, um bom jogo de chão supera a grosseria do ground’n’pound, depois o Minotauro chegou e reafirmou isso com mais força e talento.

    A seqüência de 3 derrotas consecutivas, foi considerável para sua aposentadoria?

    Acho que houve um equívoco, não tive 3 derrotas consecutivas, pois não perdi para o Matyuchenko (acho que é assim que se escreve), aquilo foi um erro da organização da Jungle, me contundi sozinho, enquanto ele, já estava com o nariz quebrado devido um chute alto que desferi com menos de 1 min de luta, ora... merecia um No contest! Falo isso sem medo de ser feliz!

    O que me fez rever minhas prioridades foi minha contusão, ela foi séria, rompi o tendão patelar, quem sabe o que é isso, entende que a recuperação é PUNK! Preferi seguir outros caminhos, que graças a DEUS estão sendo abençoados.

    Em quem você aposta na luta entre Frank Mir vs Brock Lesnar pelo cinturão da categoria peso-pesado do UFC?

    O Brock Lesnar vem evoluindo bem rápido, ele não é um Bob Sapp, o cara tem um grande background em wrestling, é um atleta, que por sinal estava massacrando o Mir no primeiro combate, acho que ele pode vencer sim, tem todas as condições para isso, apesar da melhora acentuada no jogo do Mir, vai ser uma boa luta, quem souber traçar uma boa estratégia leva o combate.

    Suas apostas para 2009. Quais lutadores, nacionais e estrangeiros, devem brilhar este ano?

    O ano mal começou, temos a promessa de muitos eventos neste ano, então ficar fazendo previsões, achismos é meio complicado. Fui contratado pela M1 Global para ser técnico de um time brasileiro, algo inédito, estou confiante que este evento veio para ficar, minha previsão é que o M1 será um sucesso no Brasil, e com isso iremos dar oportunidades a muitos talentos Brasil a fora.

    No mercado internacional, vejo poucas mudanças, porém algumas significativas como o Lyoto campeão do UFC, a ascensão do Cain Velásquez, por exemplo.

    Você se considera um precursor do MMA no Brasil?

    Sim claro, sempre me coloquei na linha de frente, mesmo quando não estava 100% , abri portas, não só eu, mas o Renzo, o Royce, Marco Ruas, Murilo Bustamante, Zé Mario Sperry, Vitor Belfort, Wallid Ismail, Hugo Duarte, Eugênio Tadeu, Johil de Oliveira, Ebenezer Braga, Pedro Rizzo, Allan Góes, The Pedro, Ricardão Moraes, Amaury Bitetti entre outros. Nomes que desbravaram o mercado gringo, deixando as coisas bem mais confortáveis para a galera que veio em seguida, fizeram à fama de casca grossa dos lutadores brasileiros. Independente do sucesso ou fracasso, todos foram importantes.

    Quais são teus planos como diretor da FLOAERJ (Federação de Luta Olímpica do Estado do Rio de Janeiro) e da FJJERJ?

    Com certeza teremos um ano bem movimentado, estamos desenvolvendo alguns projetos que darão mais visibilidade a luta olímpica, que é um esporte que precisa se popularizar. O Wagner Gomes (presidente) é uma pessoa honesta e batalhadora, algo difícil nos dias atuais, infelizmente.

    Quanto à federação de Jiu-Jitsu Desportivo, continuará com o trabalho desenvolvido no ano passado, com o circuito Estadual, foi um ano bastante proveitoso. Também queremos introduzir a idéia de que todas as academias de Jiu-Jitsu devem colocar as fotos do Mestre Carlos e do Mestre Hélio em seus tatames, é mínimo por tudo que eles fizeram.

    O Forrest Griffin luta pela bandeira do Couture (Xtreme Couture), além de treinar e defender a XC, ele treina na Warrior Training Center (sede da BTT em Las Vegas), o que você acha disso?

    Tenho uma teoria sobre isso, acho que o lutador brasileiro em sua maioria não se adapta nesse novo estilo de profissionais norte-americanos. Nossa influência vem do estilo japonês, onde a figura do “Mestre” é muito importante, defender a equipe, a relação com os companheiros de time, tudo isso é muito forte no Brasil. O lutador brasileiro é meio dependente desta figura. Vejo alguns lutadores, sem um treinador que centralize as responsabilidades, alguém que organize os treinos, estude adversário e planeje estratégias. Acredito no profissionalismo, mas enxergo que deve existir uma relação de carinho e amizade. O atleta não é uma máquina, precisa de amparo, de um ombro amigo, alguém que de um puxão de orelhas quando necessário.

    Esse estilo americano, de treinar aqui, treina ali, mudar de equipe, de treinador, em uma relação de patrão e empregado, funciona muito bem para um atleta americano acostumado a sair cedo de casa para estudar, fazer sua própria rotina. Em nosso país, o cara mora na casa dos pais até os 30! Tudo é diferente, somos latinos, outra forma de conduzir a vida.

    A Black House surgiu como uma das melhores equipe de MMA do Brasil em um período de tempo muito curto. Com uma equipe formada com tantas feras, em todos os aspectos, desde a administração até aos atletas, o que você acha que faltou para o sucesso da equipe?

    Black House, um belo sonho diante de uma dura realidade: falta de patrocínio, incompatibilidade administrativa e vaidades.

    No UFC 97 teremos uma disputa brasileira pelo cinturão até 84 kg. Anderson Silva vs. Thales Leites, quem levará a melhor?

    É lógico que o Anderson é o favorito, mas o Thales vem evoluindo muito, será um belo combate. A vantagem do Anderson é clara, porém se o Thales conseguir levar para o chão e impuser um ritmo forte, ele tem condições de vencer, principalmente porque ele é o franco atirador, se perder, perdeu para o melhor do mundo, mas se ganhar estará consagrado.

    O que você acha de Dana White?

    Um gênio, um grande businessman, ele poderia dar palestras ensinando como se faz, eu seria o primeiro a me inscrever.

    O que você acha que anda acontecendo com o insucesso de alguns lutadores do extinto Pride? Por que não conseguem ao menos expor o mesmo jogo e o que está faltando para os atletas obterem o mesmo rendimento?

    Amigo, o UFC é outro esporte, no Japão as regras eram diferentes, era em ringue, o show era mais importante do que a luta, você tinha o freak show, nos EUA não, é tudo muito profissional, tem que ser atleta, tem que levar á sério, estudar as estratégias, é esporte. Alguns atletas ainda estão em fase de adaptação, é complicado, demora um pouco, o atleta tem que ter paciência e uma boa estrutura para fazer essa transição sem traumas.

    Como estão os preparativos para o M1-Challenge e como surgiu o convite para ser técnico da seleção brasileira?

    Sem dúvida o M1 é um grande evento, conta com uma boa estrutura, tenho certeza que essa iniciativa de trazê-lo para o Brasil será vitoriosa.

    Quando os empresários Eduardo Grimaldi e Fernanado Navarro, me convidaram para fazer parte deste time, me informando que minha indicação tinha sido aceita sem restrições pelos donos da marca M1, fiquei muito feliz, espero corresponder as expectativas. Na realidade a função do capitão, é mais de motivação e liderança, pois os atletas já chegam prontos, não tenho influência em seus treinamentos.

    O Brasil é um verdadeiro celeiro de lutadores, uma fábrica de craques, então nenhuma seleção será unânimidade, todos terão sua seleção na cabeça, igualzinho ao futebol. Independente das críticas, estou confiante neste time.

    Infelizmente o MMA e pricipalmente o Jiu-Jitsu teveram uma perda muito grande com a morte do mestre Helio Gracie, como você recebeu a notícia? Qual recado você deixaria para família?

    Olha, todos nós que vivemos do Jiu-Jitsu direta e indiretamente sentimos a morte do Mestre Hélio, foi um grande homem, um realizador, junto com seu irmão o Mestre Carlos, são ídolos eternos do esporte. Por isso, que toda a academia que ensine a Arte Suave, tem que colocar a foto deles na parede, como faz o Judô com o Jigoro Kano.

    Deixe um recado para os seus fãs e para os usuários do Fight2Live.

    Agradeço a oportunidade desta entrevista, espero que seja de bom grado para os fãs do MMA. Torço para que nosso esporte cresça, seja respeitado e reconhecido em todos os setores de nossa sociedade.

    Gostaria de dizer as pessoas que gostam do meu trabalho e também aquelas que não gostam, que o mais importante no homem, não é se ele é "bom de briga", e sim se este homem, tem caráter, honra e respeito ao próximo. Admirem aos atletas não só por seu cartel, mas principalmente pela sua boa imagem fora dos ringues, temos que exigir que nossos heróis do ringue, sejam homens dígnos, heróis na vida.

    Um forte abraço para todos que estão conectados no FIGHT2LIVE, continuem apoiando nosso esporte, que DEUS abençoe à todos!

    1ªparte da entrevista: http://fight2live.net/home/index.php/entre...parte-1-fev2009


  19. É com muita satisfação que o Fight2Live traz uma entrevista com uma das pessoas mais importantes e qualificadas para o crescimento do MMA no Brasil. Ele que é ex-lutador, produtor de eventos, comentarista do canal Premiere Combate, diretor de Federações de Jiu-Jitsu e luta olímpica. É com muito prazer que trouxemos uma entrevista com Carlão Barreto.

    Carlão fala sobre início da caminhada no Jiu-Jitsu e no MMA, Carlson Gracie, The Glory e muito mais. A entrevista será dividida em duas partes.

    Confira a entrevista exclusiva.

    Fale um pouco de como o BJJ entrou em sua vida, nos conte sobre a sua caminhada até a faixa preta e títulos?

    Bom, antes de começarmos essa entrevista, gostaria de expressar minha satisfação com o crescimento do esporte no Brasil, trazendo muitos fãs a participarem do processo evolutivo do MMA.

    Comecei a treinar Jiu-Jitsu tarde, com 18 anos, antes tive uma pequena passagem pelo Judô e o Muay Thai (Boxe Tailandês em minha época). Fui treinar na academia do Mestre Carlson, por indicação do Ricardo Libório, treinei um tempo lá, mas infelizmente tive que parar, pois minha família não tinha condições de bancar (O Jiu-Jitsu naquela época era muito elitizado) tive que trabalhar e estudar, não sobrava tempo para a prática do Jiu-Jitsu. Só retornei 2 anos depois já na academia do Sérgio Souza, o “Bolãoâ€, que era um dos principais competidores da equipe de Jiu-Jitsu do Carlson. Tive uma rápida ascensão, comecei a dar aulas e a competir, lutei vários campeonatos, só não cheguei a final em 2, isso da faixa azul à marrom. É lógico que não havia tantas competições como hoje, porém o nível técnico era muito alto, hoje o lutador de Jiu-Jitsu tem mais preparo físico, são mais atletas, essa é real diferença.

    Não competi na faixa preta, isso é algo que me incomoda, por isso, devo começar meus treinamentos para lutar campeonatos neste ano de 2009, isso é um desejo que irei realizar até o fim do ano. Sou um apaixonado pelo Jiu-Jitsu, uma luta espetacular!

    Como foi que surgiu o convite e o porquê do interesse em mergulhar no mundo do MMA/Vale-Tudo?

    Olha, na realidade tudo aconteceu tão de repente, Deus me guiou por esse caminho. Eu estava focado no Jiu-Jitsu, queria praticar lutas que melhorassem meu Jiu-Jitsu, estava começando a treinar Judô como o Mestre De Luca, que era um gênio, pensava em praticar luta olímpica (wrestling), ou seja, minha idéia era me transformar em um lutador de Jiu-Jitsu o mais completo possível. Mas as coisas acontecem com o consentimento de Deus, Ele me colocou de volta na academia Carlson Gracie, levado pela junção da equipe Bolão Jiu-Jitsu e a equipe Murilo Bustamante, que criou um laço mais estreito entre os integrantes dessa nova equipe (Rio Jiu-Jitsu Clube) e os lutadores de ponta da Carlson Gracie. Comecei a treinar como sparring do Zé Mario, Wallid, Amauri e do Murilo, isso me deu mais autoconfiança e criou a vontade de lutar Vale Tudo.

    Depois que me consagrei campeão Mundial no 1º campeonato deste porte no mundo, fui convidado para substituir o Murilo em um evento no Japão, onde lutei e venci o duro Yuri Micha, que na época tinha umas trinta lutas (era o Fedor da época na RÚSSIA, só tinha perdido uma única vez, para um brasileiro o Ricardão Moraes), foi uma experiência incrível, passei 1 mês treinando com o Carlson nos EUA, pois ele, Vitor, Rodriguinho Medeiros e o Marcelo Mello estavam morando em L.A. .

    Quais fatos levaram você, Murilo Bustamante, Bebeo Duarte, Ze Mario Sperry , Ricardo Libório e Allan Góes a fundarem a BTT e quais eram as expectativas de independência naquele momento?

    Foi uma época em que houve muitas fofocas, muita coisa foi dita e muita conversa foi jogada fora, mas acho que foi um passo importante para todos os envolvidos. A criação da BTT, depois a mudança de eixo em que eu, Vitor, Allan Góes, Paulão Filho e Ricardo Arona saímos da equipe por não concordar com algumas atitudes de outros integrantes do time, me fez repensar minha carreira e quase parei de lutar, cheguei a participar de um evento (EUA) sem ter treinado nenhuma vez, uma loucura!

    Irresponsabilidade minha. Mas depois fui convidado a retornar para equipe através do Zé Mário e o Libório. A BTT foi muito importante para o desenvolvimento do MMA como um todo e a rivalidade com a Chute Boxe é um capitulo a parte na história do MMA mundial.

    O que representou e o que representa o mestre Carlson Gracie em sua vida até hoje?

    O Carlson é um grande ídolo do esporte, mesmo que muitas pessoas não o tenham visto lutar, viram e vêem seus atletas atuando até hoje. Ele foi de suma importância em minha vida profissional, tive o prazer de ter tido aulas particulares com ele, convivido com seu cotidiano, o cara sabia muito! Era muito inteligente, apesar das grosserias, (risos) fiquei muito triste com sua morte.

    A saída de vocês gerou um forte impacto na equipe. O Carlson Gracie chegou a chamar alguns da BTT de mercenários. Como ficou sua relação com ele, desde então?

    É foi tudo muito intenso, todos nós saímos com algumas cicatrizes, mas a separação acabou sendo importante para o desenvolvimento pessoal de cada um dos envolvidos. Gostaria de ter feito as pazes com ele, de ter sido menos orgulhoso e mais humilde e me reaproximado dele, sei que ele gostava de mim, me tinha apreço, mas nem tudo na vida é perfeito, peço á Deus que o tenha em bom lugar, o Carlson tinha um bom coração, por isso muitas pessoas que tinham inveja de nossa equipe, o insuflaram contra nós. Alguns acharam que foi problema financeiro somente, mas digo: - Não foi! Todos nós gostávamos e respeitávamos o Carlson, mas isso é passado, deixa pra lá...

    Seu BJJ era refinado e de muita qualidade, mas sua trocação teria sido um ponto fraco nos seus fundamentos e consequentemente influenciado em suas derrotas?

    Sem dúvida! Poderia ter obtido resultados bem mais expressivos, me expus muito, lutei machucado algumas vezes, negligenciei o treinamento de outras modalidades, aprendi na dor, mas sem dúvida tudo que fiz me deu uma grande bagagem, no fim de minha carreia tentei recuperar as coisas, só que sofri a contusão que me obrigou a pendurar as luvas. Chorei, reclamei, mas depois entendi que Deus tinha planos maiores para mim.

    Agora respondendo diretamente seu questionamento, posso dizer que infelizmente, conheci o Mestre Paulo Nikolai (Muay Thai) tarde, se treino com o Nikolai mais cedo, estaria lutando em alto nível até hoje, digo mais, se tivesse treinado com o Carlson e o Nikolai desde o início, teria sido um dos melhores lutadores do mundo, veja bem, não estou sendo arrogante, muito menos desmerecendo nenhum treinador que trabalhou comigo no passado, todos foram ótimos, mas esses que citei foram os mais importantes e marcantes em minha carreira. Estou apenas expressando minha opinião, sem maquiagens.

    A cada dia que passa, nós vemos Federações de Jiu-Jitsu surgindo. O que você acha da estrutura das Federações de Jiu-Jitsu no Brasil?

    Amigo, sabe o que acho? Muito cacique para pouco índio, muito EU e nenhum Nós. Esse ano vou me dedicar mais as federações que atuo, quero ajudar, contribuir para o esporte de luta de uma forma dinâmica, ativa, quero o bem dos lutadores, pois sei o que eles sofrem, já passei por isso, não sou um teórico de plantão.

    Quais são seus atuais projetos de vida e o que ainda deseja almejar?

    Sempre levei tudo que fiz a sério, tropecei algumas vezes pela ansiedade, em alguns momentos pelo orgulho, mas nunca fugi de meus desafios, sempre os enfrentei, mesmo quando tudo dizia para eu recuar e esperar, fui lá e me desafiei, hoje estou mais maduro, tenho muitos projetos de vida, tenho várias metas para serem atingidas. Temos que organizar o MMA no Brasil, estou muito preocupado com o rumo que as coisas estão tomando, vejo muitos oportunistas, temos que nos unir e agir em prol do crescimento e solidificação do esporte. Tenho que estruturar minha empresa, melhorar os serviços oferecidos; tenho que montar meu website pessoal; tenho que voltar a estudar; ser um Cristão fiel; um bom pai; um marido presente, ou seja, tenho muita coisa para fazer, peço a Deus saúde e sabedoria para trilhar meu caminho com sucesso.

    O que nós podemos esperar das próximas edições do The Glory?

    Vou falar uma coisa, fazer evento no Brasil tem que ter duas coisas importantes: Muita organização e um bom planejamento, sem essas duas coisas que parecem óbvias, mas faltam em 8 de 10 eventos realizados em nosso país, não dá nem para começar. Então vou estruturar minha empresa bem devagar, quando achar que estou pronto, voltaremos com o The Glory, mas sempre com a idéia de fazer shows pequenos, para fomentar o esporte e revelar novos talentos.

    Como surgiu a idéia da empresa BF (Barreto Fighter Soluções Esportivas)?Quais são os objetivos da BF?

    A idéia surgiu de uma conversa com minha esposa, que é produtora fonográfica. Ela me perguntou por que todo mundo reclamava dos eventos realizados no Brasil e por que alguns empresários chegam, fazem um evento grandioso e depois nunca mais? Falei para ela que o MMA ainda é muito amador em nosso país, começando por boa parte dos atletas, que era um meio complicado de trabalhar, então ela me perguntou você acha que tem futuro? Eu lhe respondi, sim dentro de alguns anos será recompensador, então decidimos investir em uma empresa com perfil jovem, com o compromisso de crescer com o esporte. Nesse ano a empresa irá mudar um pouco, atingirá outros esportes e públicos diferenciados, em busca de uma maior experiência e crescimento, teremos muitas novidades pela frente, em breve divulgarei para vocês.

    O Marcelo Alonso nos concedeu uma entrevista e quando perguntado sobre uma possível Comissão Atlética para regulamentar o MMA no Brasil, ele nos disse que alem de ser essencial, você já vinha trabalhando neste sentido e que você seria a pessoa mais capacitada para organizar tudo isso. Fale sobre este projeto.

    Fico muito feliz de o Marcelo ter lembrado do meu nome, ele é uma cara inteligente que ama nosso esporte, junto com o Aragão é o principal fotógrafo brasileiro, foi testemunha ocular de diversos momentos do esporte. A opinião dele realmente tem peso.

    Meu trabalho é fazer o MMA brasileiro ser visto como esporte, estou me unindo com diversas cabeças pensantes para criarmos uma maneira de o esporte crescer de uma forma homogenia em todo o Brasil, não apenas no Rio ou em São Paulo, em todo o Brasil, preciso da ajuda de todos, professores, atletas, empresários, promotores de evento, imprensa e principalmente dos fãs do esporte. Estamos confeccionando um projeto de interesse geral, todos serão agraciados com isso, é um projeto sem assinatura, sem dono, espero que a vaidade de terceiros não atrapalhe objetivos bem maiores.

    O que você acha da comissão atlética de nevada? É um órgão responsável pelo desenvolvimento do esporte ou é uma associação subserviente a determinados interesses de setores da sociedade americana?

    Falar o que dessa organização? No início eles eram contra, depois viram que o esporte era promissor, então resolveram tomar conta, legalizar o negócio. Olha sinceramente, ruim com eles, péssimo sem eles! É aquela história, os caras estão no comando, temos que aprender o que eles tem de bom e eliminar os exemplos ruins, entende? Estou providenciando minha ida aos EUA para conhecer melhor a estrutura deles, trazer algo de bom para nossos projetos, já estou fazendo contatos.

    Quais as principais dificuldades que os promotores de eventos de MMA no Brasil encontram? A falta de patrocínio e até certo preconceito das pessoas ainda dificulta o trabalho?

    Tudo isso e a falta de estrutura das empresa/pessoas que fazem eventos no Brasil, tudo muito amador, com raras exceções. Fazer evento no Brasil, é uma batalha, tem que planejar, tomar cuidado com as alianças, tem que botar a razão na frente da paixão.

    O sonho de ver o MMA na TV aberta no Brasil ainda está muito distante?

    Não adianta ficar especulando sobre o tema, ás vezes, vejo uns lunáticos egocêntricos falando besteiras, que vão fazer isso, trazer o evento XYZ, vão colocar o MMA na televisão aberta, que eu sou isso, eu sou aquilo, BALELA! Amigos não acreditem, o MMA na TV aberta é uma possibilidade remota, passar uma luta de fulano ou beltrano, uma vez na vida outra sei lá quando, não viabiliza o negócio, tudo é negócio, vocês não acham que os homens fortes da televisão e publicidade brasileiras não estão observando o MMA? É lógico que sim, eles sabem que tem audiência, mas falta aquilo que mantem as TVs no ar: ANUNCIANTES! As grandes empresas brasileiras, falam em uma postura moderna, mas são conservadoras na hora de investir em publicidade, não querem errar, só investem no que já foi testado.

    Vamos é comprar o pacote da Premiere Combate e incentivar seu crescimento, com sugestões e críticas. Um dia quem sabe, através do conhecimento de alguém, se coloque um programa de qualidade em uma emissora aberta, em seguida um grande evento, quem sabe? Tudo depende da grana. De quanto pode render para os investidores e quanto pode agregar para os anunciantes, mas sou um sonhador, torço para que um dia aconteça.

    Nos Estados Unidos, eventos como EliteXC, IFL e BodogFight chegaram fazendo muito “barulho†no mercado, mas em pouco tempo acabaram falindo. Em sua opinião, qual o motivo do fracasso desses eventos?

    Não sei com essas empresas foram geridas, não sei como eles fizeram seus business plan, realmente não tenho conhecimento disso, porém o que me parece, é que foi falta de planejamento, subiram os degraus do sucesso rápido demais , quando estavam perto do topo não tiveram mais gás e despencaram escadaria abaixo, muitas vezes o dinheiro é o problema.

    Você acha que falta alguma coisa na preparação de um atleta de MMA?

    Sinceramente, acho que o MMA tem que ser estudado melhor, os treinadores de uma forma geral tem que conhecer lutas diferentes das suas e procurar tirar proveito delas para um melhor aprimoramento de seus lutadores, os preparadores físicos deveriam se tornar mais capacitados, promovendo um maior intercâmbio com preparadores de outros esportes. Sem dúvida, algo muito importante que nem sempre é levado a sério, ou pelo menos, da forma que merece é a figura do psicólogo esportivo, fundamental para o nível de competição que temos hoje em dia.

    Em alguns eventos no Japão são aceitos os famosos pisões (tiros de meta), por sua vez, em outros eventos nos EUA são aceitas as cotoveladas. Você acha que as regras do MMA deveriam ser unificadas?

    Desculpe-me, mas nenhuma arte marcial ensina pisar no rosto de seu adversário, acho isso uma tremenda falta de técnica, um recurso que considero apelativo. Já lutei valendo realmente tudo, e não tenho saudades desse tempo. O MMA evolui, acho que as regras do UFC são as melhores, talvez retirar as cotoveladas seria interessante no futuro, pelo menos no Brasil, isso seria mais vendável para TV, por exemplo, mas de uma forma geral o formato UFC é bom, só acho que os jurados deveriam valorizar um pouco mais a luta de solo.

    O UFC vem batendo recorde atrás de recorde em venda de PPV nos EUA, no Brasil o MMA vem ganhando cada vez mais espaço na mídia. Como você vê está vendo a evolução do esporte? Você acha que podemos esperar que o MMA, em um curto prazo de tempo, já seja um esporte mais popular no Brasil?

    O mais popular não, por causa da paixão e a força econômica do futebol. Agora poderíamos sem dúvida, sermos o segundo esporte do Brasil, isso extra oficialmente, pois o número de fãs aumenta consideravelmente, agora oficialmente de forma alguma, pois teríamos que ter grandes eventos patrocinados por grandes marcas, e alguns desses eventos teriam que ser televisionados em TV aberta, onde esses grandes anunciantes bancariam a brincadeira, ai então, grande parte da população teria condições de conhecer os lutadores, se identificando com eles, e seus triunfos, gerando um mercado de consumo (venda de camisetas, dvds, ingressos para os eventos, etc...).

    Em 2006 você cogitou voltar a fazer lutas, mas depois nunca mais falou nisso. Ainda há alguma chance de ver o Carlão lutar mais uma vez lutando MMA?

    Estou muito atarefado com outros trabalhos, estou acima do peso ideal, sem fazer dieta, só trabalhando com a mente, então acho muito difícil isso acontecer, o que talvez eu possa fazer, é promover uma luta de despedida, uma festa, um evento onde faria uma luta contra algum lutador gringo da velha guarda, tipo o Tank, o Kerr, talvez o Severn, isso me foi oferecido por dois produtores de eventos, um brasileiro, outro gringo, mas no momento tenho outras prioridades.

    Fonte - Fight2Live

    Em breve a segunda parte da entrevista...